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Curso

Curso para
para técnicos
técnicos em
em GNV
GNV

Sistema
Sistema de
de
injeção
injeção gás
gás
Conteúdo do treinamento

Tópicos

1. Gás Natural Veicular.........................................................................03


2. História da empresa e grupo.............................................................07
3. Motor a combustão ciclo Otto............................................................12
4. Mistura ideal.......................................................................................14
5. Sistemas GNV ...................................................................................21
6. Instalação de componentes...............................................................29
7. Sistema de segurança do sistema.....................................................40
8. GNV e funcionamento........................................................................41
9. Variador de avanço............................................................................47
10. Entrega técnica...................................................................................51
11. Detecção de defeitos .........................................................................54
O que é Gás Natural?

•Um combustível fóssil, uma fonte de energia.


•Naturalmente encontrado nas profundezas do mar e sub-
solos
•90% metano (etano, propano, CO2)
•NÃO É GÁS COMUM DE COZINHA (GLP)

Características
Inododoro e incolor
Inflamabilidade reduzida
Menos denso que o ar (alta dispersão)
Seguro e não tóxico
Como ele surgiu?

Quando? 150 milhões de anos atrás


Onde? Nas profundezas da terra entre 1500 e 4500 m abaixo
do solo
Como? Associado ou não-associado
O Gás no mundo

•80 anos com gás natural


•Crescimento de 30% ao ano
•Fiat, VW , Citroen mais de 5% OEM GNV
GNV Brasil

•Abastecimento via
dutos costeiro
•1800 postos de
abastecimentos
•483 em SP
•518 no RJ
•1,6 milhões de veículos
convertidos

Fonte: wwwgasnet.com.br
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técnicos em
em GNV
GNV

WMTM ede
Sistema o
Grupogás
injeção
WMTM Brasil

•Desde 2001 atuando no mercado


•Até 2009 fazendo parte do grupo White Martins
•Hoje representa as marcas BRC, T.A e Zavoli
•Componentes eletrônicos, redutores, mangueiras, bicos
injetores, etc
•Pertence ao maior grupo associado a combustível alternativo
Fuel System Solutions
Grupo - WMTM Brasil

FUEL SYSTEM
SOLUTIONS
IMPCO
BRC Srl
Technologies

MTM | BRC Gas


IMPCO
Zavoli Equipment
Europe

T.A. Fuel AG/GFI


BRC
Maker Argentina Teleflex

MTE
BRC Pakistan
Srl

JEHIN
BRC India
korea

Impco WMTM
Australia Brazil
Parcerias pelo mundo
Tecnologia
Curso
Curso para
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técnicos em
em GNV
GNV

Motor ade
Sistema
combustão
injeção gás
Motor a combustão

Dentre os veículos comercializados atualmente, estão em


maior número estão os que possuem a motorização com o
ciclo Otto (veículo passeio) e ciclo Diesel (caminhão, ônibus).

Os veículo aptos a utilizar o sistema GNV são os de ciclo Otto,


ou seja, aqueles que utilizam Gasolina ou Álcool originalmente.
Ciclo Otto – 4 tempos

Para que exista a queima de um combustível qualquer é


necessário atender rigorosamente três condições:
Combustível, Oxigênio e Ignição (Centelha)

Em geral, o rendimento real deste sistema está entre 22 e 30%


Mistura ideal

Para que a queima seja aproveitada ao máximo para


geração de energia é necessário que essa mistura Ar
(oxigênio) / Combustível seja estequiométrica.
A mistura estequiométrica é aquela que não gera resíduos
Por exemplo:

Mistura estequiométrica - 2H2+O2= 2H2O

Mistura com resíduos - H2+O2= H2O

Neste caso, uma molécula de Oxigênio foi desperdiçada


Closed-loop / Malha fechada

Afim de manter a mistura ideal (estequiométrica) os


veículos com injeção eletrônica trabalham com sensores e
atuadores que regulam a mistura periodicamente.

Fator lambda = Ar / Combustível

Fator lambda = 1, mistura estequiométrica


Fator lambda > 1, mistura pobre
Fator lambda < 1, mistura rica
Sensores e Atuadores

Sensor – Captam a informação e enviando em sinais


eletrônicos a central de comando.
Exemplo: Sensor Lambda, sensor de temperatura, sensor
de posição da borboleta (TPS), sensor de rotação, etc.
Atuadores – Recebem a informação da central e controlam
as reações do motor.
Exemplo: Injetores, Bobina, bomba de combustível, luz de
anomalia, etc.
Sensor de O2

Contribuindo com o meio ambiente

 Localizado na tubulação de escape do motor


 Mede a quantidade de oxigênio presente nos gases de
escape
 Comumente chamado de “sonda lambda”.
 Existem vários tipos (0-5v; 5-0v;0,8-1,6v;UEGO;2,5-3,5v) e
a mais comum de 0-1v.
 Valor em mv alto = menor quantidade de oxigênio, mistura
rica.
 Valor em mv baixo = maior quant. O2, mistura pobre.
Closed-loop operando

Fuel Trim / Corretores de mistura


Com a informação da sonda a central
acrescenta ou decrementa a quantidade
de combustível. Exemplo +12%; -8%, +9%

Quando os corretores de
mistura não trabalham
adequadamente a luz de
anomalia se acende
On Board Diagnostic
Open-loop/ Malha aberta

Neste sistema o sinal da sonda é ignorado, ou seja, existe


um mapa original que é mantido sem alterações mesmo
após a informação da sonda, não existe correção de
mistura.
E neste caso, no que diz
respeito a qualidade da mistura,
há maior ou menor
probabilidade de se acender a
luz de anomalia?

Importantissisissssisiisisimo
Em Open-loop jamais trabalhar com a mistura pobre
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GNV

SistemaGNV
Sistema de
injeção gás
Sistemas existentes

•1ª Geração -Veículos carburados


•2ª Geração -Veículos com injeção, sistema
sem gerenciamento eletrônico
•3ª Geração -Veículos com injeção, sistema
com gerenciamento eletrônico
•4ª Geração -Veículos com injeção, sistema
full-group ou mono-ponto
•5ª Geração -Veículos com injeção, sistema
com injetores GNV
•6ª Geração - Veículos com injeção direta, FSI
Fuel Stratified Injection
Sistema 3ª geração
Sistema 3ª geração

O funcionamento do sistema GNV é paralelo ao sistema


original;
O sinal da sonda é emulado pela central GNV;
O gás é aspirado pelo motor na medida que é solicitado;
Sistema 5ª geração
Sistema 5ª geração

INJETOR
+12 V GASOLINA

EQUIPAMENTO GAS
Injetor Gás

P1 T gas
+12 V

Injetor Gas

+12 V

Passo1 Passo2 Passo3

Laranja TonP
leitura Cálculo de Ton G
Violeta Calculo de vazão de calculo
TonP fluxo TonG
Fluxo GAS
Gasolina Gasolina Fluxo Gás

Central Gás
ECU gasolina MAP
Sistema 5ª geração

O sistema GNV está em série ao sistema original (sistema


Master-Slave);
O comando do sistema GNV é feito pela ECU original,
mantendo estratégias de close-loop, open-loop, cut-off, etc;
O gás é injetado sequencialmente na entrada da válvula de
admissão, proporcionando assim a quantia ideal;
Comparativo

O sistema 5ª geração mantém a dosagem de gás mais precisa,


apresenta melhor performance e desempenho em relação ao 3ª
geração. Além de preservar as estratégias de injeção do sistema
original, traz maior durabilidade ao veículo e controle de emissão
poluentes.
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GNV

Sistema de
Instalação
injeção gás
Preparativo da instalação

-Antes de iniciar qualquer coisa tenha certeza que o veículo


roda bem no combustível liquido
-Faça um check list das condições do veículos antes de iniciar
o trabalho, deixe o cliente ciente.
Preparativo da instalação

-Organize-se, abra o equipamento GNV e visualize onde irá


instalar cada componente
-Verifique se possue todas as ferramentas necessárias
-Deixe disponível no para-brisa do veículo, o esquema elétrico
do equipamento.
-Para facilitar a instalação siga uma seqüência: 1-Redutor, 2-
Flauta, 3-Mangueiras GNV, 4-Válvula de abastecimento, 5-
Sensor MAP, 6-Injetores, 7-Instalação elétrica.
Redutor de pressão

Função: Reduzir a pressão do gás de até 220bar para pressão


de trabalho 1,5 a 2,5 bar.
Devido diferença de pressão e a expansão do GNV no redutor
pode ocorrer o congelamento, então é necessário aquecer

 O redutor deve ser colocado


em local de fácil acesso,
visando posterior
manutenção
 As mangueiras devem ser
as mais curtas possíveis e
não podem ser dobradas.
Redutor de pressão

 A saída de gás no redutor e a


entrada de gás dos injetores e
as mangueiras do vácuo não  A tomada de vácuo deve ser a
devem ser longa (máximo 700 mais curta possível. O furo
mm). Ter em mente que existe deve ser logo abaixo da
balanço do motor e deixar uma “borboleta” , acima da
pequena folga na mangueira. tubulação existente no coletor
que está conectada a cada
cilindro do motor.
Válvula de abastecimento

Função: Oferecer ponto de abastecimento GNV ao veículo.


Mesmo quando possuir válvula externa, pelo INMETRO, é
necessário instalar também a válvula no compartimento do
motor.

 Deve estar muito bem fixada e ser colocada de maneira a facilitar o


abastecimento no posto.
MAP – Manifold Absolute Pressure
Pressão Absoluta do Coletor

Função: Coletar o valor de pressão no coletor de admissão.


Essa é uma informação essencial para o cálculo do tempo de
injeção gás.

 O sensor deve ser fixado a carcaça do veículo. Nunca no motor.


 Evitar áreas potencialmente quentes.
Injetores GNV

Função: Injeta a quantidade de gás necessária na entrada da


válvula de admissão do motor.

 Identifique claramente todas as partes do coletor para que possa ser


perfurado
 O furo deve ser de topo (90°) ou de maneira que o gás seja
direcionado no mesmo sentido que ar
 As mangueiras devem ter o menor comprimento possível, tendo no
máximo 150mm
Injetores GNV

 Todas as mangueiras GNV que vão do injetor ao coletor devem ter o


mesmo tamanho
 Ao colocar o conector no coletor não colocar excesso de trava rosca
evitando que se acumule produto dentro canal e impedindo a
passagem de gás.
 O conjunto de injetores devem estar preso ao bloco do motor, nunca na
lataria do veículo.
 Após instalação da flauta e injetores certique-se que não há
mangueiras dobradas e o gás não terá sofrerá na passagem
Instalação Elétrica

Função: Conectar o módulo GNV a alimentação, aos


sensores, atuadores e ao módulo original do veículo.
 Toda instalação exige a utilização de solda. Estas conexões devem ser
bem realizadas para garantir qualidade
 O aterramento é essencial para o bom funcionamento, o melhor ponto
é o pólo negativo da bateria.
 Acompanhe o chicote original, aproveite o que já foi pensado pela
engenharia da montadora
 Não utilizar a tubulação GNV como suporte de fiação
 Pós-chave, utilizar do painel
Corte dos injetores

 Um dos principais pontos de erro na instalação, agrava quando V6, V8

 Certifiquesse que o
corte confere com a
parte mecânica
Original Com GNV
Sistema de Segurança

Gate 1- Sensor de pressão localizado na


flauta.
Funcão - Medir a temperatura e pressão
de alimentação de gás na galeria.
Identifica queda de pressão na linha de
GNV desde a válvula de abastecimento
até a entrada da galeria dos bicos,
retornando ao combústivel líquido
Gate 3 quando isso ocorre.
Gate 1
Gate 2- Eletroválvula de abastecimento.
Função – Permite a passagem do gás
Gate 2 enquanto existe sinal de rotação do
motor.
Bloqueia o fluxo de gás quando não há
mais sinal de rotação.

Gate 3- Válvula de cilindro.


Função – Controla o fluxo de gás do
cilindro de armazenamento.
No caso de aumento de temperatura ou
pressão fecha o fluxo de saída,
permitindo uma pequena vazão de
alívio.14
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técnicos em
em GNV
GNV

Sistema de
Calibração
injeção gás
GNV em funcionamento

O objetivo da calibração é manter o funcionamento de veículo


GNV similar ao original.
Na condição ideal a melhor performance GNV, ou seja, o
100% terá o mesmo funcionamento gasolina.
Em condições práticas, utilizando o variador de avanço uma
mistura ideal de GNV, e bem ajustado é possível obter uma
perda aproximada de 10% de potência comparado a gasolina.
Closed-loop operando GNV

Fuel Trim / Corretores de mistura


Com a informação da sonda a central
acrescenta ou decrementa a quantidade
de combustível. Exemplo +12%; -8%, +9%

Quando os corretores de
mistura não trabalham
adequadamente a luz de
anomalia se acende
On Board Diagnostic
Calibragem

Marcha-lenta (Closed-loop)
Comparar o tempo de injeção gasolina com ele mesmo
utilizando gás. Efetuar esse ajuste sem qualquer tipo de carga
(ar, farol, etc)

+6,2
-1,3

5,20
2,50
Calibragem

Com Carga (Closed-loop)


Comparar o tempo de injeção gasolina com ele mesmo no
gás. Efetuar esse ajuste com carga (ar, farol, etc).
Aspectos: Meio pedal, cidade.
Girar todo volante, verificar saída, retorno em marcha lenta,
troca de marcha, etc.
Calibragem

Em plena Carga (Open-loop)


Visar dirigibilidade e manter mistura certa(sempre rica) no gás.
Aspectos: WOT (Wide Open throttle) Borboleta toda aberta, pé
na tabua. Estrada
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GNV

Variador de
Sistema de
avanço
injeção gás
Variador de avanço

Taxa de compressão
Valor numérico, razão ou proporção, da relação entre o volume da
câmara totalmente distendida pelo volume da câmara totalmente
comprimida.

A Taxa de
compressão é
Em geral, Motor:
definida pelo
Gasolina 9/1
Flex 11/1
fabricante do motor,
Etanol 12/1 ao instalar o sistema
GNV (teórico) 14/1 GNV não alteramos
essa taxa.
Por isso melhoramos
a potência quando
antecipamos a
centelha
Variador de avanço

Função: Antecipar a centelha de ignição. Melhora o


desempenho
Sinal Defasado

Sinal Real

O variador defasa o sinal conforme os


graus desejados (6,9,12,15) e a Central
eletrônica do veículo avança o ponto.
Variador de avanço

Tipos de sinais de rotação


Sinal tipo HALL Este sensor é
encontrado na
engrenagem do volante
do motor. O sinal é
transmitido através de
GAP ou falha no dente um único fio.

Sinal tipo indutivo Este sensor é


Negativo encontrado na polia
dentada que está
acoplada ao
virabrequim. O sinal é
transmitido através de
Positivo 2 fios, um positivo e
um negativo.
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GNV

Entrega do
Sistema de
veículo
injeção gás
Entrega técnica

Chave push-push, duas posições.

A quantidade de de gás é medida pelo número de leds


acesos, só começa a marcar quando o veículo passa para o
gás
Quando o gás acaba,automaticamente passa para o liquido e
um sinal sonoro é emitido
Entrega técnica

É recomendado que o técnico instalador rode com o cliente


final e verifique o que o mesmo achou do funcionamento GNV.
Isso é essencial para que o cliente saia satisfeito da oficina.
Evita retornos.

Fale sobre o produto e a expectativa de autonomia. Em geral


calculasse para o GNV um rendimento de 20% superior a
autonomia na gasolina. Exemplo: 10km/l = 12km/m3
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GNV

Detecção
Sistema dede
defeitos
injeção gás
Como tratar um problema

1. Verificar qual o defeito reclamado diretamente com o


cliente, evitar telefone sem fio.
Como tratar um problema

2. Com o defeito em mãos, levantar


e listar as possíveis causas.

3. Tomar as ações conforme o


levantamento de dados
4. Após cada ação verificar se o problema está resolvido

5. Após conclusão, chamar o cliente novamente para


confirmação

6. Solucionado o problema, verificar se o que houve foi um erro


de produto, instalação, calibração e padronizar para que não
ocorra mais.
Como tratar um problema
Faça bem feito

Muitos clientes insatisfeitos não reclamam


apenas deixam de comprar
Raras vezes um cliente satisfeito faz propaganda positiva do
sistema GNV. Em contrapartida um cliente insatisfeito tende a
difamar o produto para seus amigos
Um cliente insatisfeito, pode se tornar um cliente satisfeito
desde que seu problema seja resolvido o quanto antes e de
forma a exceder suas expectativas
Após o primeiro retorno e tentativa de solução sem sucesso,
recorra a ajuda externa e novas soluções, retorno repetitivos
tendem a desmotivar o cliente com o produto
Obrigado!

Apoio Técnico: Fábio Sá


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