Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ELETRÔNICA EMBARCADA
INJEÇÃO ELETRÔNICA
FIC
2004
© 2004. SENAI-SP
Injeção Eletrônica FIC
Publicação organizada e editorada pela Escola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo”
E-mail senaiautomobilistica@sp.senai.br
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 5
SENSORES E ATUADORES 11
• Módulo ECA 12
• Sensor de Posição da Borboleta (TPS) 16
• Sensor de Temperatura do Ar (ACT) 17
• Sensor de Temperatura do Líquido Arrefecedor (ECT) 19
• Sensor de Pressão de Ar no Coletor 20
• Reservatório de Vácuo 21
• Sensor de Velocidade do Veículo 21
• Sensor de Oxigênio dos Gases de Escape 22
SISTEMA DE IGNIÇÃO 24
• Módulo de Ignição (TFI) 25
• Sensor Hall do Distribuidor 26
• Correção do Ponto de Ignição 28
• Sensor de Detonação (KS) 29
• Transformador da Ignição 30
• Estratégia de Emergência 31
• Corpo da Borboleta - CFI 32
• Corpo da Borboleta - EFI 33
SISTEMA DE COMBUSTÍVEL 34
• Formação da Mistura Ar/Combustível 34
• Fornecimento de Combustível 35
• Relê da Bomba de Combustível (FPR) 36
• Bomba Elétrica de Combustível 37
• Filtro de Combustível 38
• Injetor CFI 40
AUTODIAGNÓSTICO 54
GLOSSÁRIO 56
APRESENTAÇÃO
Este manual descreve o funcionamento do controle eletrônico do motor (EEC - IV). Trata-se
de um sistema que contém um microcomputador que comanda a ignição do motor e a
injeção de combustível.
Há ainda um sistema de emergência que não deixa o veículo parar, mesmo com falha dos
sensores ou do microcomputador. Para uma manutenção mais fácil existe um autodiagnóstico
que identifica eventual falha no sistema.
Existem dois tipos de sistemas de injeção EEC - IV. O CFI (injeção central de combustível),
caracterizado por um único injetor e o EFI (injeção eletrônica de combustível), que contém
um injetor para cada cilindro.
A manutenção e o diagnóstico são descritos de forma geral, todos os testes devem ser
executados de acordo com o manual de diagnósticos e testes.
Internamente no distribuidor, está o sensor Hall que envia um sinal ao módulo ECA. O
módulo calcula a rotação do motor e o posicionamento dos pistões. Com base nos sinais
provenientes de outros sensores, determina o melhor ângulo de avanço e o envia para o
módulo de ignição TFI. Este módulo corta a corrente elétrica causando uma alta voltagem
no secundário. Essa voltagem passa pelo distribuidor e chega à vela de ignição causando
uma faísca entre os terminais da vela, queimando a mistura ar/combustível.
VANTAGENS
Sistema simples e barato que proporciona boa formação de mistura e baixos níveis de
emissões, para motores de pequena capacidade volumétrica.
VANTAGENS
Sistema um pouco mais caro, com melhor formação de mistura, proporcionando melhor
desempenho, melhor dirigibilidade a frio, com baixos níveis de emissões de poluentes.
SENSORES E ATUADORES
MÓDULO ECA
O módulo ECA é o cérebro do Controle Eletrônico do Motor (EEC-IV). Ele combina o sistema
de injeção com o sistema de ignição.
CONSTRUÇÃO
Placas de circuitos são utilizadas para fixar os componentes eletrônicos. Dentro do módulo
são montados o circuito digital, o circuito analógico e os transistores de potência.
Os sinais dos sensores são lidos pelo módulo ECA. Como alguns sensores só fornecem
sinais analógicos, o módulo os converte em sinais digitais, através de circuitos analógico/
digital (A/D).
PARTES DO MICROCOMPUTADOR
O microcomputador consiste de:
• Unidade de entrada e saída de dados
• Microprocessador (CPU)
• Memória EPROM (memória apenas de leitura programável)
• Memória RAM (memória de acesso aleatório)
• Sistema de autodiagnóstico
Os sinais dos sensores são lidos pela unidade de entrada do microprocessador (CPU), por
meio do barramento de dados.
Estes dados são comparados com os diagramas das características do motor pelo
microprocessador, que envia sinais de saída calculados por meio de programas.
ATENÇÃO!
O módulo ECA não deve ser aberto. Todos os módulos ECA são idênticos exteriormente, e
não deve ser em hipótese alguma trocados. O programa e dados armazenados no módulo
é específico um determinado tipo de motor. Caso seja instalado um módulo, que não condiz
com o motor, o funcionamento, dirigibilidade e a economia estarão significativamente
afetados.
FORNECIMENTO DE TENSÃO
O fornecimento de tensão ao sistema se faz através do relê de potência, passando antes
por um fusível.
O relê é acionado quando se liga a ignição e tem uma ligação contínua à massa. Então, o
contato do relê se fecha e liga o terminal positivo da bateria 37 e 57 do módulo ECA. O relê
da bomba de combustível e outros atuadores são alimentados com uma tensão através do
relê de potência. Para a alimentação da memória RAM, quando a chave de ignição estiver
desligada, existe o terminal 1 que é ligado diretamente no terminal positivo da bateria.
A ligação à massa é feita pelos terminais 20, 40 e 60 do módulo ECA. Os atuadores estão
ligados à massa por meio do módulo ECA.
Existem diferentes formas de fornecimento de tensão para o módulo ECA, tanto para os
sensores como para os atuadores:
• O módulo ECA funciona com 12V.
• Para evitar flutuações de tensão, o módulo ECA fornece a alguns dos sensores uma
tensão de 5V.
• Os atuadores funcionam com 12V e são ativados por sinais fornecidos pelo módulo ECA.
RELÊ DE POTÊNCIA
O relê de potência fornece tensão para o módulo ECA e é energizado após ligar a chave de
ignição e uma ligação contínua de massa. O relê possui um diodo ligado em série com o
seu enrolamento para proteger o sistema.
O contato do relê liga o positivo da bateria aos pinos 37 e 57 do módulo ECA. O relê da
bomba de combustível, injetores, válvula de purga do canister, sensor de velocidade, também
são energizados por ele.
A ligação à massa é fornecida pelo terminal negativo da bateria diretamente aos pinos de
ligação 20, 40 e 60 do módulo ECA.
No caso do sistema CFI, o relê de potência possui um temporizador. Isto garante que o relê
permaneça ativado por mais 6 segundos após desligar-se a ignição. Durante este período,
o módulo ECA pré-posiciona o motor de passo, e armazena o valor da pressão barométrica
através do sensor de pressão no coletor (MAP) na memória KAM (Memória de manutenção)
do módulo ECA. No sistema EFI não existe temporizador.
O módulo ECA detecta as seguintes posições da borboleta, com base na variação da tensão
de referência no sensor. A faixa de ação do sensor esta dividida em três partes:
• Borboleta Fechada (CT)
• Borboleta parcialmente aberta (PT)
• Borboleta totalmente aberta (WOT)
Notas:
• Os valores da tensão na posição fechada CT, PT, WOT podem variar de acordo com a
calibração de cada motor.
• O funcionamento do sensor deve ser verificado com o auxilio do equipamento de
autodiagnose.
• O módulo ECA tem um limitador de rotação de motor, que não permite ultrapassar a
rotação máxima calibrada, pois ocorre um corte no fornecimento de combustível. Quando
a rotação cai um pouco, o fornecimento se restabelece, dando a impressão de falha no
motor.
O sensor ACT é uma resistência elétrica, que varia com a temperatura com um coeficiente
negativo, ou seja, quando aumenta a temperatura do ar, a resistência elétrica diminui, veja
a figura a seguir. O ACT é alimentado internamente com uma tensão de 5 volts pelo módulo
ECA e é usado durante todo o funcionamento do motor.
O sensor ACT encontra-se localizado na parte superior do corpo de borboleta para o CFI, e
no corpo de admissão para calcular a massa de ar que está sendo admitida pelo motor. Isto
determina a quantidade de combustível a ser injetado e o avanço da ignição.
Este sensor é alimentado internamente com um tensão de 5 volts pelo módulo ECA. O
módulo necessita da informação da temperatura para alterar as características de
funcionamento do motor nas fases fria e quente. E utiliza o valor da temperatura do líquido
arrefecedor do motor nos seguintes cálculos:
• Rotação em marcha lenta
• Avanço da ignição
• Quantidade do combustível a ser injetado
O sensor está ligado através de uma mangueira flexível ao corpo de borboleta no caso do
CFI, e no EFI a mangueira está ligada ao coletor de admissão. O
módulo fornece uma tensão de 5 volts para o MAP. Esta tensão é
convertida proporcionalmente em freqüência entre 80,9 e 162,4 Hz,
de acordo com a pressão vinda da mangueira do sensor, que é, então,
lida pelo módulo.
A informação fornecida pelo sensor MAP é necessária para que o módulo ECA calcule a
massa de ar aspirada pelo motor. Quando a borboleta está totalmente aberta (WOT), ou a
chave de ignição (motor parado) é ligada, o sensor MAP mede a pressão barométrica e a
armazena na mesma memória de manutenção (KAM) do módulo ECA.
Quando a borboleta de aceleração está totalmente aberta, praticamente não existe vácuo.
Nesta condição, o valor medido da pressão barométrica é enviado ao módulo ECA em
conjunto com a diferença da pressão do coletor (estima-se a mudança de altitude) para a
memória KAM.
A velocidade do veículo é enviada ao módulo ECA para que sejam efetuados os seguintes
cálculos:
• Identificação do veículo parado ou em movimento
• Enriquecimento do combustível durante a aceleração
• Corte do combustível durante a desaceleração
• Controle de rotação de marcha lenta
Durante o processo de controle, o módulo ECA controla a mistura ar/combustível por meio
da tensão do sensor, para que se consiga uma mistura estequiométrica.
A mistura varia continuamente na sua composição entre “rica” e “pobre”, porque nesta faixa
a característica da tensão do sensor tem uma inclinação muito acentuada, muda (e cerca)
de 0,2 V para cerca de 0,8 V.
O módulo ECA verifica continuamente a tensão fornecida pelo sensor, mas se a temperatura
da ponta de cerâmica do sensor for menor que 300°C (motor frio), o sensor não funciona
adequadamente, pois indica sempre uma mistura “pobre”. Na fase de aquecimento do motor,
o módulo ECA não leva em consideração a tensão do sensor até que esta ultrapasse a
tensão da mistura rica (0,8V), pela primeira vez, quando o motor estiver frio trabalhando em
sistema aberto. Mas para uma maior eficiência do sensor, o módulo tem uma resistência de
aquecimento interna no próprio sensor, o que faz com ele comece a trabalhar mais cedo e
não dependa da temperatura do motor. A resistência está ligada no mesmo circuito da
bomba de combustível, isto faz com que ela só entre em funcionamento quando a bomba
também estiver funcionando.
SISTEMA DE IGNIÇÃO
Nos últimos anos devido à eficiência, aos níveis de controle de emissões, resistência à
detonação e manutenção, os sistemas de ignição foram submetidos a grandes modificações
e melhorias. Dos sistemas de ignição eletrônica, por exemplo, surgiu o sistema de ignição
TFI. Trata-se de um sistema integrado. Isto significa que os tempos de ignição e de injeção
de combustível são controlados pelo módulo ECA. Dessa forma, a distribuição da alta
tensão é feita por um distribuidor.
A abreviatura “TFI” deriva do termo ignição por película de filme espesso (em inglês: Thick
Film), pois este é o nome do processo de fabricação do circuito elétrico do módulo de ignição.
A corrente do circuito primário do transformador de ignição fecha-se pelo seu pólo negativo
através do módulo de ignição TFI. Quando o módulo interrompe a passagem de corrente,
uma alta tensão é obtida no secundário, e enviada ao distribuidor, para alcançar a vela de
ignição adequada.
Sua função é enviar sinais para o módulo ECA calcular a rotação do motor e a posição dos
pistões. O sensor é constituído por um rotor metálico fixado diretamente no eixo do distribuidor,
copo com aberturas, ímã permanente, e o sensor propriamente dito.
Quando a abertura do copo metálico estiver entre o ímã permanente e o sensor, o campo
magnético do ímã consegue chegar até o sensor, e o sinal dele é uma tensão elétrica um
pouco abaixo da tensão da bateria, que é enviado ao módulo ECA. Mas, quando não existir
abertura, ou seja, a parte metálica cobrir o ímã permanente, e o campo magnético não
chegar até o sensor, a tensão será de 0 volts.
Quando a tensão elétrica passa de 0 para 12 volts, o módulo ECA inicia uma contagem de
tempo, que termina quando a tensão passa novamente de 0 para 12 volts. Com este tempo
consegue-se saber a freqüência e, conseqüentemente, a rotação do motor. Ao se aumentar
a rotação do motor o tempo diminui ou a freqüência aumenta.
A outra função do sensor é dar uma referência sobre a posição do virabrequim, pois assim
que o sensor começa a ser coberto pela parte metálica, o módulo é informado que um dos
pistões está a 9º graus do ponto morto superior para que estabeleça o avanço do ponto de
ignição e o momento de injeção de combustível.
Existe uma diferença entre os sensores para cada um dos sistemas de injeção de combustível.
Enquanto no CFI todas as aberturas e partes metálicas são iguais, no EFI a parte metálica
que corresponde ao primeiro cilindro é menor, isto se deve à existência de dois bicos injetores.
O módulo ECA avalia os sinais de entrada e seleciona no mapa o ponto de ignição básico,
esta serve como um valor inicial, que pode ser corrigido dependendo das informações dos
sensores, tais como: posição da borboleta, temperaturas, líquido arrefecedor e ar, pressão
do ar, etc. Assim sendo, todo o mapa das características de ignição pode ser utilizado para
“atrasar” ou “adiantar” o ponto de ignição, dependendo da leitura dos sensores. A partir daí
envia um sinal (SPOUT) para o módulo de ignição TFI.
SENSOR DE DETONAÇÃO
O módulo ECA passa, então, a adiantar o ponto de ignição em cerca de 0,5º graus no
mesmo cilindro, até que o motor apresente novamente vibrações limites. Todo o processo
se repete continuamente, garantindo que o motor tenha um alto rendimento, sem prejuízo
da durabilidade.
Deve-se ter muito cuidado com o cabo do sensor, pois ele é isolado por uma fita metálica
aterrada. Caso haja alguma ruptura ou se o sensor estiver desconectado, poderá ocasionar
a entrada de sinais elétricos no módulo ECA como altas tensões no veículo, linhas de alta
tensão, estações de rádio, etc. Estes sinais podem ser entendidos pelo módulo ECA como
uma detonação o que, conseqüentemente, atrasará o ponto de ignição, causando perda de
potência no motor.
TRANSFORMADOR DA IGNIÇÃO
Uma das extremidades do secundário está ligada ao primário e a outra, por intermédio de
um cabo, está ligada ao distribuidor. Os fios de alta tensão, cabos de vela e cabo do
transformador possuem uma isolação bem grossa, para impedir fugas de corrente. A outra
extremidade do enrolamento primário está ligado ao módulo TFI.
A função da bobina, em conjunto com o módulo de ignição, é elevar a tensão elétrica fornecida
pela bateria, para que possa produzir a faísca entre os eletrodos das velas de ignição. Para
que isto ocorra, é necessário que entre eles exista uma tensão muito elevada (cerca de
15.000 volts).
Existem dois modelos de ignição com diferentes modos de construção e formatos, mas
ambos têm a mesma capacidade.
ATENÇÃO!
DEVIDO À SUA CONSTRUÇÃO, OS DOIS MODELOS (E-CORE OU I-CORE) SÃO MUITO MAIS EFICIENTES QUE OS
TRANSFORMADORES COMUNS. PORTANTO, EVITE RETIRAR OS CABOS DE ALTA TENSÃO COM O MOTOR FUNCIONANDO.
ISTO PODE PROVOCAR CHOQUES ELÉTRICOS OU ATÉ DANIFICAR O SENSOR HALL DO DISTRIBUIDOR, CASO HAJA
FAISCAMENTO PRÓXIMO AOS CABOS DE LIGAÇÃO DO SENSOR.
ESTRATÉGIA DE EMERGÊNCIA
No caso de falha de alguns dos sensores, o módulo ECA detecta o problema e tenta,
inicialmente, substituir as informações do sensor com problema por outro semelhante.Como,
por exemplo, o sensor de ar (ACT) deixa de apresentar informações corretas, mas existe
outro sensor, que é o sensor de temperatura do líquido de arrefecimento (ECT). O módulo
ECA, então, passa a estimar a temperatura do ar baseado na temperatura do sensor do
líquido arrefecedor. O inverso também ocorre, o ECT substitui o ACT. Existe também uma
relação entre o sensor da posição da borboleta (TPS) e o sensor de pressão do ar no
coletor (MAP), um substitui o outro e vice-versa.
No caso de falha no módulo ECA, como por exemplo, no acesso às memórias, todos os
comandos normais do módulo ECA são desabilitados e um circuito eletrônico de emergência,
localizado dentro do próprio módulo, assume o controle da injeção de combustível. Esta
outra estratégia de emergência é chamada de HLOS.
ATENÇÃO!
NÃO EXISTEM REGULAGENS DE MARCHA LENTA, CO, ETC. O PARAFUSO QUE REGULA A POSIÇÃO DE ABERTURA
DA BORBOLETA É TRAVADO PELO FABRICANTE E NÃO DEVE SER MEXIDO. SE HOUVER QUALQUER PROBLEMA
NA MARCHA LENTA, CONSULTE O MANUAL DE DIAGNÓSTICOS.
O corpo de borboleta EFI está montado no extremo do coletor de admissão, logo após a
tubulação proveniente do filtro de ar. Sua função é controlar a passagem de ar para o motor.
Possui um sistema de duas borboletas, controladas por cabo pelo pedal do acelerador.
A borboleta menor está ligada diretamente ao cabo do acelerador, e ligado ao eixo desta
está o sensor de posição da borboleta. Quando o motorista começa a acelerar o motor,
apenas a borboleta menor se abre, mas quando ele pisa mais no pedal do acelerador,
através de um sistema mecânico de came, começa a abrir a segunda borboleta (a maior),
possibilitando que uma maior quantidade de ar entre no motor.
Quando em marcha lenta, as duas borboletas ficam quase que totalmente fechadas, e a
passagem de ar necessária é feita por um “by pass”, uma segunda passagem de ar é
controlada pela válvula solenóide da marcha lenta, que está ligada ao corpo de borboleta
próxima à borboleta maior.
ATENÇÃO!
NÃO EXISTEM REGULAGENS DE MARCHA LENTA, CO, ETC. OS PARAFUSOS QUE REGULAM AS ABERTURAS
DAS BORBOLETAS SÃO TRAVADOS PELO FABRICANTE E NÃO PODEM SER MEXIDOS. SE HOUVER QUALQUER
PROBLEMA NA MARCHA LENTA, CONSULTE O MANUAL DE DIAGNÓSTICOS E TESTES.
SISTEMA DE COMBUSTÍVEL
Para uma queima completa de, por exemplo, 1 Kg de gasolina, são necessários 13 Kg de ar.
Esta relação 1:13 de massas é chamada de estequiométrica. Quando a quantidade de massa
de ar é menor do 13 Kg para Kg de gasolina, este tipo de mistura é chamado mistura “rica”,
pois existe uma quantidade em excesso de gasolina para o ar existente. Mas quando tivermos
mais de 13 Kg de ar, haverá muito ar para pouco combustível, é a chamada mistura “pobre”.
O módulo ECA calcula a massa de ar com base nos sensores de temperatura do ar, pressão
do ar no coletor e a rotação do motor (sensor Hall do distribuidor). Verifica então os outros
sensores e decide qual é a melhor quantidade de combustível para aquele momento. E, então,
(o módulo ECA) faz a abertura dos injetores, fazendo finalmente a mistura ar/combustível.
FORNECIMENTO DE COMBUSTÍVEL
O combustível é puxado do tanque por uma bomba elétrica, localizada no interior do tanque
de combustível. E vai para o filtro de combustível, para que as impurezas sejam retidas.
Para o sistema CFI, o combustível chega até o corpo de borboleta onde abastece o injetor.
No sistema EFI existe um tubo distribuidor que abastece todos os injetores. A pressão do
sistema de combustível, em ambos os sistemas, é controlada pelo regulador de pressão
através de um sistema diafragma/mola, que a mantém constante. Quando a pressão do
combustível excede à pressão da mola, abre a passagem para a linha de retorno do
combustível para o tanque.
O relê da bomba de combustível é controlado pelo módulo ECA, que fornece eletricidade
para a bomba do combustível. Quando a chave de ignição é ligada,
o relê é energizado por alguns segundos. Conseqüentemente, a
bomba de combustível trabalha durante este período, pressurizando
a linha do sistema de combustível. Enquanto o motor estiver em
funcionamento, o relê da bomba de combustível permanecerá
ativado. Se o motor parar de funcionar, o relê será desenergizado. O módulo ECA controla
o relê da bomba do combustível através do pino 22.
Está localizada dentro do tanque de combustível. É formada por um motor elétrico e pela
bomba. O módulo ECA alimenta a bomba de combustível, indiretamente, através do relê de
combustível.
A bomba suga o combustível do tanque, através de um filtro de tela, ligado à própria carcaça
da bomba, e envia o combustível para o interior da carcaça plástica, mantendo-a sempre
cheia. Isto garante que mesmo com o tanque quase vazio, em uma curva, por exemplo, não
haja falhas no fornecimento de combustível.
Não ocorre o risco de explosão dentro do motor elétrico, pois a quantidade de ar existente
em seu interior não é suficiente para inflamar o combustível.
O combustível vai para o filtro de combustível, com pressão e uma vazão de cerca de 100
litros por hora. A pressão da bomba de combustível e de toda a linha de combustível é
controlada pelo regulador de pressão no tubo distribuidor. O excesso de combustível retorna
diretamente para a carcaça plástica da bomba.
FILTRO DE COMBUSTÍVEL
O filtro deve ser substituído em intervalos recomendados pelo manual de serviço. A direção
da seta existente no filtro indica o fluxo do combustível, que deve ser respeitado durante a
instalação
INJETOR CFI
Ele é uma válvula normalmente fechada sob pressão de uma mola, que não permite
passagem de combustível, a menos que seja energizado o solenóide do injetor. O módulo
ECA chaveia o solenóide através do pino 59.
O módulo ECA controla o tempo abertura da válvula, após a leitura dos vários sinais vindos
dos sensores, e transmite para o injetor sinais que o possibilita abrir, o fechamento é feito
pela mola.
Está instalado na parte superior do motor, no coletor de admissão, e é feito de aço inoxidável.
Sua função é conduzir o combustível, sob pressão, proveniente do filtro de combustível, e
abastecer os injetores.
O tubo distribuidor é composto das tubulações de abastecimento, sede dos injetores, válvula
reguladora de pressão, saída de combustível para a linha de retorno e desta para o tanque
e uma tomada de pressão para manômetro, para medir a pressão do combustível
O injetor é uma válvula eletromagnética, e é composto por uma carcaça metálica, bobina
magnética, agulha para controle da injeção, tendo ainda uma chapa com quatro furos
calibrados, muitos pequenos, para fazer uma ótima mistura do combustível com o ar dentro
do coletor de admissão.
O abastecimento de combustível, que está sob pressão no tubo distribuidor, é feito pela
parte superior do injetor, passando antes por um filtro fino de combustível para retenção de
possíveis impurezas.
O regulador de pressão é constituído por uma carcaça metálica dividida em duas câmaras
separadas por um diafragma: a câmara de combustível e a câmara superior aberta à
atmosfera. Ao lado existe uma mola calibrada em 1 bar (gasolina) ou 1,5 bar (álcool), cuja
função é manter fechada a linha de retorno de combustível.
A pressão do combustível, fornecida pela bomba elétrica, exerce uma força contra o
diafragma. Quando esta pressão for maior que a pressão da mola, a válvula se levanta, e
abre a linha de retorno de combustível para o tanque, provocando a queda de pressão e o
fechamento da válvula.
A ligação entre a câmara de vácuo e o coletor de admissão, feita por uma mangueira,
localiza-se após as borboletas de aceleração.
A pressão do combustível, fornecida pela bomba elétrica, exerce uma força contra o
diafragma. Quando esta pressão for maior que a pressão da mola, a válvula se levanta e
abre a linha de retorno de combustível para o tanque, provocando a queda da pressão e o
fechamento da válvula.
No caso de uma aceleração rápida, como uma ultrapassagem de emergência, por exemplo,
quando a borboleta de aceleração se abrir rapidamente, o vácuo existente no coletor de
admissão praticamente desaparece, ocorrendo um aumento instantâneo na pressão do
combustível, o que melhora o desempenho do motor.
A rotação em marcha lenta é comandada pelo módulo ECA, que procura mantê-la constante
em quaisquer circunstâncias, tais como:
• Motor frio
• Cargas de consumo ligadas
• Direção hidráulica e ar condicionado ligado.
À medida que a rotação da marcha lenta diminui, o módulo ECA aumenta o avanço, com
base na informação obtida de vários sensores. Deste modo, a rotação de marcha lenta é
estabilizada.
Outra forma de controle da marcha lenta é o motor de passo (CFI) ou a válvula solenóide
(EFI). A passagem de ar no corpo de borboleta é feita através de um furo interligando a
parte anterior e a parte posterior da borboleta de aceleração, formando assim uma segunda
passagem de ar, chamada “by-pass”. O tempo de injeção é também controlado de acordo
com a mudança do fluxo de ar. A quantidade de combustível correta estabiliza a marcha
lenta que, por sua vez, é sempre verificada pelo módulo ECA.
O motor de passo está localizado na parte inferior do corpo de borboleta e é controlado pelo
módulo ECA, e controla uma passagem de ar extra chamada
“by-pass”. Essa passagem liga a parte superior e a parte
inferior ba borboleta de aceleração. O controle é feito por
um obturador localizado na extremidade do motor de passo.
Dentro dele, um sistema de engrenagens transforma a rotação
do motor em movimento linear, fazendo com que o obturador controle a passagem de ar.
Quando a borboleta estiver fechada e o motor do veículo estiver em marcha lenta, o controle
do fluxo de ar será feito pelo motor de passo. Se a carga do veículo aumenta, causada, por
exemplo, pelo acionamento do ar condicionado, isto provocará queda na rotação. O módulo
ECA perceberá isto e aumentará a passagem de ar pelo “by-pass”, movimentando o obturador
do motor de passo e corrigindo também a quantidade de combustível adequada. Caso a
carga do motor do veículo diminua ocorrerá o contrário. O módulo ECA comandará o
fechamento do obturador do motor de passo, fechando a passagem de ar.
Fora da marcha lenta quando a borboleta começa a se abrir, sendo indicado pelo sensor de
posição da borboleta, o obturador do motor de passo vai-se abrindo conforme aumentar a
rotação do motor. Caso o motorista tire o pé do acelerador, o motor não travará pela falta de
ar na admissão, pois o ar conseguirá passar pelo “by-pass”, dando uma desaceleração
mais suave. Durante as desacelerações o combustível é cortado, queimando ainda o resíduo
de combustível existente no coletor de admissão.
A válvula solenóide está localizada no corpo de borboleta junto a maior das borboletas de
aceleração. Ela é composta de uma carcaça, que liga parte anterior da borboleta de
aceleração à parte posterior, formando um “by-pass” de passagem do ar. Dentro da carcaça
existem a válvula mecânica propriamente dita, que fecha ou não, e a passagem do ar,
sendo comandada por uma válvula solenóide.
A válvula pode ficar permanentemente aberta. Para isso o módulo ECA deixa aplicada,
continuamente, uma tensão de 12 V no solenóide durante todo o período possível de abertura,
quando ocorre máxima passagem de ar pelo “by-pass”. E para a válvula permanentemente
fechada, o módulo não aplicará tensão alguma. Mas ocorrerá metade da vazão, por exemplo:
O módulo ECA abre a válvula, mas na metade do período que a válvula poderia ficar aberta,
e fecha a válvula, que permanece fechada o restante do período. Só então, o módulo ECA
abre novamente a válvula. Isto se repete várias vezes ao longo do tempo, e apenas metade
da vazão possível passa pela válvula.
É dessa forma que o módulo ECA controla a passagem de ar e o tempo em que a válvula
fica aberta. Nesse caso, não ocorre falhas na mistura ar/combustível, devido ao curto
espaço de tempo que a válvula fica aberta ou fechada.
A função deste sistema de controle de ar é controlar a rotação da marcha lenta. Com isto o
módulo ECA, baseado nas informações dos sensores, consegue sempre uma marcha lenta
suave, não importando se o motor estiver frio ou quente ou a carga que ele recebe (ar
condicionado, direção hidráulica, etc.).
O módulo também é utilizado nas desacelerações, uma vez que acima da marcha lenta a
válvula solenóide fica mais tempo aberta e quando o motorista tira o pé do acelerador de
repente, a borboleta de aceleração se fecha e o combustível é cortado, o ar continua a
passar apenas pelo “by-pass”, fazendo com que a rotação do motor se reduza mais devagar,
sem trancos. O módulo só começará a fechar a válvula próximo à rotação de marcha lenta,
quando voltará a injetar o combustível também.
Depois que o motorista aciona o interruptor de ar condicionado, uma tensão (de 12 volts) é
fornecida ao pino 10. Isto faz com que o pino 54 no módulo ECA seja ligado ao terra (pino
20). Esta ligação ao terra aciona o relê interruptor.
O sistema do ar condicionado pode ser desligado pelo módulo ECA, quando ultrapassar
70% de abertura da borboleta de aceleração, o ar condicionado fica por 30 segundos
desligado, mas caso a borboleta do acelerador fique com menos do que os 70% de abertura,
o ar é religado automaticamente. Com o desligamento do ar condicionado, haverá mais
potência do motor para aceleração. Outra situação é quando se aciona o motor de arranque,
quando o ar condicionado fica desligado por alguns instantes para facilitar a partida do
motor.
Quando o veículo está sendo manobrado e o volante da direção atinge sua posição máxima,
o interruptor se abre devido a um aumento da pressão do óleo hidráulico (e, conseqüentemente,
um aumento na carga do motor), que vence a força da mola do sensor. O sensor PSPS
fornece então um sinal ao módulo ECA, para que este controle a rotação da marcha lenta o
mais cedo possível.
O módulo ECA recebe um sinal do circuito do motor de arranque do veículo, no qual existe
um interruptor ligado ao câmbio automático. Isto permite saber se o câmbio está na posição
N (neutral) ou P (parking), ou em outro caso em qualquer outra marcha está aplicada,
inclusive a marcha à ré. lembre-se que, quando o câmbio automático está em N ou P, a
carga sobre o motor é menor que nas outras marchas.
O módulo ECA utiliza o sinal para o controle da marcha lenta. No uso do câmbio automático
não estiver em N ou P com o motor em marcha lenta, por exemplo em um sinal de trânsito,
em que o veículo esteja parado, e o motorista deixa o câmbio automático engatado, mas
com o freio acionado. Existe então uma carga adicional ao motor, devido às percas hidráulicas
internas maiores no câmbio, o afetaria a marcha lenta, o módulo ECA corrige então a marcha
lenta constante e suave.
A válvula de purga do canister é uma válvula solenóide normalmente fechada por força de
uma mola. Está montada entre a linha do canister e o corpo de borboleta. Quando a válvula
é energizada pelo módulo ECA, o solenóide se abre e permite que o vácuo que se forma
abaixo da borboleta aspire os vapores de combustível do canister, para que sejam queimados
juntamente com o combustível injetado, dentro dos cilindros. Quando o módulo ECA
desenergiza o solenóide, a válvula se fecha fazendo com que os vapores de combustível
fiquem armazenados no canister.
AUTODIAGNÓSTICO
O teste com motor desligado e o teste com motor ligado são testes funcionais que somente
detectam falhas que estão presentes no momento em que o procedimento de
autodiagnnóstico está sendo executado.
TESTE CONTÍNUO
O módulo ECA efetua testes e detecta falhas durante o uso normal do veículo, armazenando-
os na memória KAM, para que estas informações possam ser recuperadas mais tarde.
Este tipo de teste é muito útil durante a pesquisa de defeitos interminentes (o proprietário
reclama de uma certa falha, mas não consegue reproduzi-la na concessionária).
Para iniciar o teste com motor desligado e efetuar a leitura destas mensagens, existe um
equipamento apropriado chamado autotest ST4000 (informações detalhadas do procedimento
de autodiagnóstico e a utilização deste equipamento são fornecidas pelo manual de
diagnósticos e testes).
GLOSSÁRIO
CID Cilinder Identification Sensor (SEFI Applic) Sensor de identificação de cilindro (aplicação SEFI)
EDIS Electronic Distribuitorless Ignition system Sistema de ignição eletrônica sem distribuidor
EPROM Eletrically Programable Read Only Memory Memória apenas de leitura eletricamente programável
(continuação)
FMEM Failure Mode and Effects Management Estratégia de emergência de substituição de sensores
HEGO Heated Exhaust Gas Oxygen Sensor Sensor de oxigênio dos gases de exaustão aquecido
ISC-BPS Idle Speedy Control/Bypass Solenoid Controle da marcha lenta/Válvula solenóide Bypass
Este manual é uma ferramenta fundamental para o diagnóstico e testes de veículos equipados
com o Controle Eletrônico do Motor, que engloba tanto a injeção eletrônica como o sistema
de ignição de todos os modelos CFI e EFI.
Neste manual foram levados em consideração desde os sintomas percebidos pelo proprietário
do veículo como uma falha no funcionamento do motor, até o procedimento de testes de
componentes e medições de características peculiares de cada tipo de veículo.
Destinado ao técnico, este manual é um guia prático de análise de falhas informando com
detalhes, os dados, os procedimentos de testes e diagnósticos de sistemas e componentes.
CONDIÇÕES PRÉVIAS
A1 - RELAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
Todos os diagnósticos deste manual podem ser realizados com o uso dos seguintes
equipamentos:
• Autotest ST 4000
• Autotest BOB 4000
• Multímetro FLUKE 77 ou FLUKE 88
• Manômetro com adaptadores para medir pressão de combustível
• Controle remoto (interruptor) para acionamento da bomba de combustível
• Bureta graduada com capacidade de 2 litros
A2 - ADVERTÊNCIAS
O não segmento dos procedimentos deste manual pode comprometer o funcionamento de
componentes que estavam em funcionamento normal antes do diagnóstico.
Cuidados que devem ser tomados quando diagnosticar um veículo com Controle Eletrônico
do Motor:
• O autodiagnótico não é conclusivo, porém é uma valiosa ferramenta que deve ser usada.
• Evitar (sempre que possível) inserir pontas de prova do multímetro nos terminai dos
conectores, isto pode prejudicar a qualidade do contato.
• Na eventualidade de não possuir algum dos multímetros descritos acima, leve em
consideração as imprecisões devido a diferenças de instrumentos.
• No capítulo “E – REPARO USANDO OS CÓDIGOS DE SERVIÇO” , foram consideradas
as falhas mais comuns.
• Lembrar que das falhas já ocorridas no Controle Eletrônico do Motor, uma porcentagem
muito pequena foi devido à unidade de comando defeituosa, portanto, tenha certeza que
esgotou todos os caminhos, antes de trocar a unidade.
• Para efeitos de garantia, os componentes defeituosos deverão retornar acompanhados
da etiqueta correspondente gerada pelo equipamento ST 4000.
• Inicie o diagnóstico sempre pelo “B – SINTOMAS DO VEÍCULO”.
SINTOMAS DO VEÍCULO
Este capítulo é o primeiro contato para se fazer os diagnósticos do veículo, mostrando uma
seqüência de passos necessários no sentido de obter um diagnóstico confiável e eficiente.
Apesar da habilidade e experiência do técnico ser um fator importante, que deve ser
considerado, aqui encontra-se uma forma racional para se fazer o diagnóstico.
DIAGNÓSTICO DO VEÍCULO
• Após analisar as informações fornecidas pelo proprietário, identifique o sintoma mais
adequado na tabela abaixo.
• Para cada sintoma são relacionados nas próximas páginas, os sistemas envolvidos no
defeito em ordem de importância. Verifique cada causa provável, antes de iniciar o
diagnóstico do próximo sistema.
SINTOMAS
B8 Explosões
B9 Falta de potência
B15 Detonação
ATENÇÃO!
INSISTIR EM DAR PARTIDA NO MOTOR, SEM QUE ESTE TENHA CONDIÇÕES DE FUNCIONAR, PODE DEPOSITAR EXCESSO DE
COMBUSTÍVEL NO SISTEMA DE ESCAPAMENTO, DANIFICANDO O CATALISADOR, OU AINDA, DESCARREGAR A BATERIA.
Pressão normal:
- Obstruções parciais
- Injetores (os quatro)
- Qualidade do combustível
(continuação)
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico Capítulo D
do motor
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico Capítulo D
do motor
ATENÇÃO!
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico Capítulo D
do motor
Verificar:
Corpo de borboleta Manual de reparações
- Entradas falsas de ar
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico Capítulo D
do motor
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico Capítulo D
do motor
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico Capítulo D
do motor
B8 - EXPLOSÕES
Descrição: Barulhos de explosões no sistema de escapamento ou admissão.
Furos
Escapamento Manual de reparações
Obstruções
Verificar visivelmente:
Distribuição de vácuo Manual de reparações
- Entradas falsas de ar
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico Capítulo D
do motor
B9 - FALTA DE POTÊNCIA
Descrição: O veículo apresenta desempenho com potência abaixo de suas características
normais em qualquer situação.
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico Capítulo D
do motor
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico Capítulo D
do motor
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico Capítulo D
do motor
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico Capítulo D
do motor
B15 - DETONAÇÃO
Descrição: Ocorre detonação quando um torque maior é requisitado.
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico Manual de reparações
do motor
Verificar: Capítulo D
PCV - Válvula e mangueira
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico Capítulo D
do motor
ATENÇÃO!
Verificar:
Fumaça branca
- Vazamento na junta do motor Manual de reparações
(água na combustão)
- Bloco trincado
ATENÇÃO!
Este grupo de rotinas de testes é denominado teste contínuo (KAM), que é uma ferramenta
muito útil no diagnóstico de defeitos apresentados pelo veículo no passado, mas que não
necessariamente apresentam-se na hora de executar o diagnóstico.
Este teste é útil na detecção de diagnóstico dos componentes ou falhas no contato, pois a
resposta do teste é imediata.
ATENÇÃO!
• AO INICIAR CADA TESTE, LIGAR E DESLIGAR A CHAVE DE IGNIÇÃO. NOS VEÍCULOS CFI DEVE-SE AGUARDAR
10 SEGUNDOS ANTES DE LIGÁ-LA NOVAMENTE.
• SE O ST 4000 ENVIAR A SEGUINTE MENSAGEM “TESTE NÃO CAPTURADO”, PODE SER DEVIDO AS SEGUINTES
SITUAÇÕES:
- FIAÇÃO OU CONEXÕES EM CIRCUITO ABERTO ENTRE A UNIDADE DE COMANDO E O EQUIPAMENTO.
- NÃO TER DESLIGADO E LIGADO A CHAVE DE IGNIÇÃO, NO CASO DO CFI NÃO TER AGUARDADO 10 SEGUNDOS
PARA ENTÃO RELIGAR A CHAVE DE IGNIÇÃO.
- DEFEITO NO ST 4000. NESTE CASO, EXECUTE O AUTODIAGNÓSTICO DO EQUIPAMENTO (CONSULTAR MANUAL
DO USUÁRIO DO ST 4000).
- DEFEITO DA UNIDADE DE COMANDO OU FALTA DE ALIMENTAÇÃO, VERIFIQUE RELÊ DE POTÊNCIA E FUSÍVEL.
• SE TRANSCORRER MAIS DE 30 SEGUNDOS SEM SER ACIONADA QUALQUER TECLA, O EQUIPAMENTO IRÁ DESLIGAR
AUTOMATICAMENTE A LUZ INTERNA DO VISOR, E SERÁ NECESSÁRIO APERTAR QUALQUER TECLA DUAS VEZES.
D1 - INSTALAÇÃO NO VEÍCULO
• Localize o conector de diagnóstico do veículo (compartimento do motor, no lado do
motorista).
• Remova a capa plástica protetora do conector, e insira o cabo de comunicação.
• Ligue o ST 4000 (botão na lateral esquerda).
• Selecionar “outro veículo?”, “Sim”, cada vez que iniciar os testes num novo veículo. Isto
serve para apagar os códigos de serviços armazenados no ST 4000 em veículos testados
anteriormente.
Teste
Selecione a opção test através das teclas de direção , posicione o cursor no
visor (piscando) sobre a posição test.
Execute o teste
Aperte a tecla . Aguarde até o ST 4000 apresentar o primeiro código de serviço no visor.
Captura
• Cada código de serviço é apresentado com a mensagem correspondente.
• Utilize as teclas de direção para visualizar todos os códigos de serviço.
• Os códigos acompanhados da sigla KAM referem-se a códigos armazenados na memória
da unidade de comando capturados durante o teste contínuo.
• Os códigos acompanhados da sigla KOEO referem-se a códigos capturados durante o
teste com motor desligado.
Início
Desligue e ligue novamente a chave de ignição do veículo e ligue o motor.
Teste
Selecione a opção test através das teclas de direção , posicione o cursor no visor
(piscando) sobre a posição test.
Captura
• Cada código de serviço é apresentado com a mensagem correspondente.
• Utilize as teclas de direção , para visualizar todos os códigos de serviços.
• Todos os códigos de serviços apresentados no visor foram capturados durante o teste
com o motor ligado (KOER).
Início
• Ligue o ST 4000 na tomada elétrica (110V ou 220V, indiferentemente).
• Se o ST 4000 foi desligado, para não perder os dados que estão armazenados na memória
ao ligá-lo novamente, aparecerá a pergunta “outro veículo?”, basta responder: “não”.
Execução
• Através das teclas de direção , posicione o cursor na posição “printer”.
• Aperte a tecla , e aguarde até finalizar a impressão.
Teste
Selecione a posição wiggle.Através das teclas de direção , posicione o cursor no
visor (piscando) sobre a posição wiggle.
Execute o teste
Captura
Aguarde até que no visor apreça uma das seguintes mensagens:
ou
Final
Para interromper o teste, basta apertar a tecla .
CÓDIGO
VISOR DO ST 4000 KAM KOEO KOER OBSERVAÇÕES
DE SERVIÇO
11 Sistema OK X X X
(continuação)
CÓDIGO
VISOR DO ST 4000 KAM KOEO KOER OBSERVAÇÕES
DE SERVIÇO
Faça, então, as medições elétricas entre os diferentes pontos da fiação do veículo através
dos pinos do BOB 4000, sempre consultando o esquema elétrico e as instruções deste
manual.
Faça, então, as medições entre os diferentes pontos da fiação do veículo através dos pinos
do BOB 4000, sempre consultando o esquema elétrico e as instruções deste manual.
APÊNDICE DE IGNIÇÃO
O avanço do ponto de ignição dos veículos equipados com o Controle Eletrônico do Motor
é feito pela unidade de comando, tendo como referência o sinal do sensor Hall do distribuidor
(PIP). A unidade de comando envia um sinal para a unidade de TFI (SPOUT), e esta faz o
chaveamento do primário do transformador, isto provoca uma alta tensão no secundário do
transformador de ignição, que acaba chegando até as velas de ignição, passando pelo
distribuidor.
OBSERVAÇÃO
Outros detalhes, consultem o esquema elétrico (Apêndice G3).
Resistência elétrica
A resistência elétrica deverá estar entre 5M e 9MΩ, e invertendo-se as pontas de prova do
multímetro, este deve indicar uma resistência infinita (aberto).
Nível de sinal
As medições devem ser feitas com a chave de ignição ligada, utilizando o BOB 4000 com
a unidade de comando, e posicionando a lâmina do eixo do distribuidor, conforme figuras, a
tensão entre pinos 56 e 16 do BOB.
Estando a abertura da lâmina do eixo posicionado no sensor, a tensão é menor do que 1V.
Mas quando a lâmina do eixo do distribuidor fica entre o ímã permanente e o sensor (figura
anterior), a tensão é maior do que 9V (bateria carregada).
Verificação de alimentações
Com a chave de ignição ligada e a unidade de ignição TFI desconectada, a tensão no
conector entre os terminais Vbat (positivo da bateria) e IGGND (terra da ignição) deve ser
aproximadamente à tensão da bateria.
BOBINA DE IGNIÇÃO
Resistências elétricas da bobina
O transformador pode ser do tipo E-core, conforme o modelo do veículo. Os valores de
resistência elétrica das bobinas do transformador de ignição devem ser de acordo com a
tabela abaixo.
APÊNDICE DE COMBUSTÍVEL
BOMBA DE COMBUSTÍVEL
Características elétricas
Valores de resistência elétrica entre terminais da bomba.
Vazão mínima 0,85 litros 1,2 litros 0,75 litros 0,72 litros
PRESSÃO DE COMBUSTÍVEL
Pressão de combustível CFI
• Não fume durante esta operação ou exponha qualquer chama aberta, pois quando a
tubulação de combustível é desconectada, o combustível está sob pressão e pode vazar
por alguns instantes.
• Com a chave de ignição desligada, remova a mangueira de entrada de combustível no
corpo de borboleta, e conecte o manômetro nela, conforme figura a seguir.
• Ligue o motor do veículo, a pressão de combustível deve estar de acordo com a tabela
abaixo.
CFI CFI
GASOLINA ÁLCOOL
Após 5 minutos com chave de ignição desligada, a pressão de combustível deve estar de
acordo com a tabela abaixo.
CFI CFI
GASOLINA ÁLCOOL
EFI
PRESSÃO
2,6 bar
2,6 Kgf
Marcha lenta
37 psi
37 lbf/in
3,0 bar
3,0 Kgf
Durante aceleração
43,0 psi
43,0 lbf/in
Após 5 minutos com a chave de ignição desligada, a pressão de combustível deve estar de
acordo com a tabela abaixo.
EFI
PRESSÃO
No caso de veículos CFI, a resistência elétrica pode ser medida diretamente nos terminais
do injetor através do BOB 4000 entre os terminais 57 e 59.
No caso de veículos EFI, a resistência elétrica pode ser medida diretamente nos terminais
do injetor ou através do BOB 4000 onde se mede a resistência dos bancos injetores (veja os
valores na tabela de pinos).
Caso o veículo não atenda a tabela ou morra, proceda à limpeza do corpo de borboletas.
10 ACC Ar condicionado
10 - 40 0 Ar condicionado desligado
16 - 40 0 Terra da ignição
20 - 40 0 Terra da carcaça
29 - 49 entre 0,1 e 0,8V Variando continuamente com o motor aquecido em marcha lenta
40 - 60 0 Terra de alimentação
10 ACC Ar condicionado
59 INJ Injetor
10 - 40 0 Ar condicionado desligado
16 - 40 0 Terra da ignição
20 - 40 0 Terra da carcaça
29 - 49 entre 0,2 e 0,8V Variando continuamente com o motor aquecido em marcha lenta
40 - 60 0 Terra de alimentação
APÊNDICE ELÉTRICO
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FIC - Ford Indústria e Comércio Ltda. Controle Eletrônico do Motor EEC-IV. Manual de Diagnósticos
e Testes EFI/CFI. 1997.