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Ano: 7° ano.

Aluno (a):
Ensino Fundamental
Disciplina: Geografia Data: ____/____/2023
Professor (a): Leonardo dos Santos Carloto
Material Didático Conteúdo: Brasil: da conquista à expansão

 Portugueses e indígenas: diferentes formas de apropriação do território


as terras que hoje correspondem ao Brasil já eram ocupadas por muitos povos indígenas. Estima-se que,
em 1500, quando os colonizadores aqui chegaram, esses povos somariam cerca de 5 milhões de
habitantes. Diversas culturas predominavam no Brasil antes da chegada dos portugueses. As sociedades
indígenas contribuíram fortemente para a criação de uma cultura tipicamente brasileira. São muitos os
objetos e costumes herdados dessas comunidades.
Grande parte dos povos indígenas era nômade, ou seja, ocupava determinada área por um período de
tempo e, em seguida, deslocava-se para outras
áreas, reiniciando um novo ciclo de atividades.
Mesmo com esses povos praticando a
agricultura, o fato de não se fixarem em
determinado espaço permitia a renovação das
matas de onde extraíam seus recursos. Os
limites dos territórios indígenas eram, portanto,
determinados pelos lugares onde poderiam praticar
suas atividades, como a caça, a pesca, a
agricultura, a coleta e o artesanato.
Os idiomas falados pelos indígenas variavam
conforme a etnia, de maneira que havia uma
grande diversidade de línguas nativas no
território brasileiro.
Como os colonizadores estavam acostumados às
temperaturas mais baixar do seu país de origem,
trajavam vestimentas que cobriam todo o corpo, ao contrário do que encontraram junto aos indígenas, que
para se adaptar às altas temperaturas típicas do nosso território, faziam uso de poucas vestimentas
cobrindo seus corpos. Atualmente, calcula-se que existam, em território brasileiro, aproximadamente 896
mil indígenas, o que representa pouco mais de 0,4% da população total do Brasil.

 Formação cartográfica do território brasileiro


Antes das chamadas Grandes Navegações
(século XV) a cartografia concentrava suas
atenções na elaboração de mapas europeus
e rotas comerciais envolvendo
principalmente o norte da África e continente
asiático. Impulsionadas pelo lucrativo comércio
de especiarias trazidas das Índias, as Grandes
Navegações tiveram o intuito de descobrir,
ampliar e demarcar novas rotas para o comércio
dos produtos vindos do Oriente. A
consequência dessas navegações, porém, foi
muito além da simples descoberta de novos
caminhos até as Índias.
Mestres na navegação, os portugueses
contavam com conhecimentos que lhes
proporcionaram construir as caravelas,
embarcações mais leves que as usadas pelos
outros países e, portanto, mais ágeis, que
podiam singrar os mares em busca de novas
conquistas. Além disso, eram mestres em confeccionar mapas náuticos com notável precisão. Com
esses mapas, demarcavam as rotas marítimas mais favoráveis à navegação, uma vez que as correntes
marítimas e os ventos dificultavam tais operações e, nesse sentido, se houvesse uma demarcação precisa
dos perigos iminentes, os navegadores teriam maior êxito. Por meio desses estudos, os portugueses
constataram que, para evitar turbulência e prevenir grandes acidentes, deveriam navegar o mais distante
possível da costa africana, aproveitando os ventos alísios que sopram constantemente no oceano
Atlântico.
Foi provavelmente em 1519 que Lopo Homem, cartógrafo de Portugal, elaborou o primeiro mapa oficial
das terras da nova colônia, incorporadas
pela metrópole. Nesse mapa, a costa brasileira
apresenta um contorno muito preciso, e
diversas localidades já aparecem nomeadas.
Essa pode ser considerada a evidência de que
as áreas litorâneas eram as mais conhecidas
pelos portugueses, enquanto o interior
permanecia ainda pouco explorado.
A ocupação realizada inicialmente no litoral
deveu-se à maior facilidade em se atingirem
terras mais próximas às regiões de
desembarque e também porque foi nessas
regiões que os portugueses encontraram um
dos primeiros recursos naturais destinados
à exploração intensiva naquela época: a
árvore pau-brasil. A primeira forma de
exploração ordenada do território aconteceu por
volta de 1530, quando as terras foram divididas em lotes imensos, chamados de capitanias hereditárias,
que eram grandes lotes de terras doadas aos chamados “homens de bem”, ou seja, portugueses que
tinham condições econômicas para cumprir ordens da metrópole, desenvolvendo aqui latifúndios de
cana-de-açúcar.
Com o passar do tempo, a transição da matriz econômica do açúcar para o ouro causou um profundo
impacto populacional, havendo assim, uma mudança no eixo político-econômico, tornando a região de
Minas Gerais povoada e impactando no desbravamento do interior do Brasil através dos Bandeirantes. O
trabalho dos bandeirantes era voltado a busca de metais preciosos (Ouro), caçar indígenas e negros que
haviam fugido dos seus senhores, desbravar nos áreas para a pastagem e criação de gado.

 Exercícios
A) Que significado se atribui ao trabalho indígena ilustrado no mapa 3?
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B) Qual o principal aspecto natural retratado no mapa das terras que viriam a se tornar o território
brasileiro?
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C) O que são latifúndios? Como eles se relacionam com o início da exploração ordenada da terra no
Brasil?
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D) O que sugere a frase “O Brasil é um país que nasceu e se desenvolveu na costa”?
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E) A extensa costa brasileira favorece o desenvolver de atividades econômicas nos dias de hoje. Por quê?
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