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OS OSSOS DO OFÍCIO

EXEMPLO DE RASCUNHO DE
PERSONAGEM

Haruki Kojiro:

Karuki Kojiro é um jovem camponês na época do Japão Feudal (cerca de 1600


d.C.). Ele é de uma classe social baixa e seu futuro é basicamente repetir a vida
do pai, ou seja, colher arroz.

Kojiro, no entanto, adora os samurais. Ele espia os treinamentos sempre que


pode e tem um respeito muito grande por essas figuras. Na verdade, Kojiro
sempre sonhou em ser um samurai e lutar por uma causa nobre e honrada.

Como não podia ser um samurai, Kojiro decidiu ser algo próximo a isso. Em
sua cabeça infantil, ele precisaria aprender a lutar, então virou uma espécie de
moleque brigão.

Sempre que podia, Kojiro se metia em lutas. Não por crueldade, mas porque
queria praticar.

Em pouco tempo o garoto virou um jovem forte, com boas habilidades de


combate. Claro que essas habilidades eram muito mais fruto de agressividade e
coragem do que de técnica propriamente dita.

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Kojiro é grande e forte para a sua idade. Ele tem braços musculosos e mãos
poderosas, normalmente marcadas por calos e ferimentos dos golpes que dá por
aí. Seus cabelos são longos e ele os prende em um coque, tentando imitar os
penteados dos samurais.

O rapaz usa roupas simples, que deixam as pernas e os braços de fora. De vez
em quando ele usa um chapéu de palha. Kojiro também tem uma espada de
madeira... na verdade está mais para um porrete que ele tentou moldar no
formato de uma espada (pesquisar se isso seria permitido de acordo com os
costumes da época).

Kojiro não é muito ligado ao pai. Claro que ele trata o homem bruto com
respeito, mas quase nunca conversam e nem mesmo trocam carinhos.

Com a mãe a história é outra. Ela é uma mulher bondosa e sábia para a classe
social e sempre tenta passar ensinamentos valiosos ao filho brigão. Quando a
mãe de Kojiro morre, ele sofre muito, mas é reprimido pelo pai, que tem
inteligência emocional zero.

Kojiro se sente sozinho no mundo, deslocado, como se tivesse nascido no lugar


e hora errada. Ele sofre calado, descontando sua frustação nas brigas nas quais
se mete.

Porém, o jovem tem uma certeza em seu coração: ele nasceu para ser mais do
que um camponês. Ele sabe que está destinado a algum grande feito e, na hora
que essa oportunidade surgir, ele vai agarrá-la com unhas e dentes. Ele deixará
seu nome na história nem que para isso tenha que morrer. Afinal, ele tem a
alma de um samurai.

Embora seja calado e pareça durão, Kojiro na verdade é ingênuo e confuso. Ele
não sabe lidar com os próprios sentimentos e por isso pode se meter em
confusões. Além disso, ele tem vergonha do pai e não tem ideia de como se
relacionar com o homem.

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A Ideia de História + Personagem:

Kojiro nasceu em uma vila do Japão, perto do ano 1585. Naquela época o Japão
vivia sob o regime feudal, com poderosos senhores controlando grandes áreas de
terra e lutando entre si por poder.

Durante esse período também tínhamos o auge das figuras conhecidas como
samurais, servindo aos diferentes senhores feudais do país.

Mas Kojiro não era um samurai. Nem mesmo um samurai da baixa nobreza.

Kojiro era um camponês.

Nascido e criado próximo a uma plantação de arroz, ele cresceu forte, sempre
admirando os guerreiros que vivam ali perto, defendendo a terra, impondo a
ordem e também fazendo a vontade do senhor local.

No seu íntimo, Kojiro vivia o sonho de também ser um samurai. Desde pequeno
ele sabia que aquilo era impossível, já que havia nascido na classe social errada.
Só que isso não o impedia de divagar, de criar batalhas em sua imaginação e de
tentar ficar bom em luta.

Sim. Kojiro era briguento. Não por maldade, mas porque achava que se lutasse
bastante, ganharia experiência e se transformaria em uma espécie de guerreiro.
Seu pai não ligava – na verdade, o homem não falava muito com Kojiro. Mas a
mãe tentava ensinar valores melhores para a criança, como a ideia de trabalho
coletivo, honra e dignidade.

Quando tinha 12 anos, a mãe de Kojiro começou a tossir sangue. Antes dele
chegar aos 13, ela faleceu.

Naquela época, Kojiro já era praticamente um homem, ainda mais dado seu físico
avantajado e os braços fortes que ele exibia. Em razão disso, seu pai não quis
saber de lamúrias pela morte da mãe e fez a única coisa que sabia: colocou Kojiro
para trabalhar de maneira mais intensa.

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Pelos próximos dois anos Kojiro trabalhou, ganhou mais músculos, observou os
samurais e continuou arrumando briga por aí. Embora tenha se desenvolvido em
um jovem calado e duro, ainda sonhava acordado sobre ser um samurai.

No íntimo, ele sabia que poderia ser mais que um simples camponês.

E uma noite suas preces foram atendidas.

Quando voltava de uma briga após um festival local, ainda com o olho roxo e
levemente alcoolizado, Kojiro ouviu ruídos estranhos vindo da estrada. O som de
espadas se chocando.

O jovem seguiu o som e se deparou com uma cena chocante: um samurai ferido
enfrentava um ninja. Ao redor, mais 5 cadáveres pintavam a terra de vermelho.

A princípio Kojiro congelou. Ele não sabia o que fazer ou como agir. Era óbvio
que o samurai precisava de ajuda, mas será que ele não estaria desonrando o
homem caso se metesse ali?

Kojiro observou a luta por mais um tempo, mas quando o samurai ferido
finalmente caiu de joelhos, ele não pôde mais ignorar. O jovem camponês
agarrou sua “espada” de pau e avançou sobre o ninja. Com um só golpe, levou o
bandido ao chão.

Kojiro ajudou o samurai e descobriu que se tratava de Hantaro Sezuka, um dos


mais antigos e renomados samurais do seu senhor feudal. O velho estava
bastante ferido, prestes a morrer, e explicou ao jovem camponês que tinha sido
atacado por bandidos contratados pelo seu filho desgarrado Hantaro Otomi, o
“Lótus Fantasma” (pesquisar se já existia algo parecido com a Yakuza naquela
época).

O filho criminoso desejava a espada do pai, uma relíquia de família que diziam
ser abençoada pelos deuses e que trazia boa sorte a quem a carregasse (foi feita
com metal que caiu do céu).

Hantaro Sezuka explica a Kojiro que mais bandidos virão e que o Lótus Fantasma
não vai desistir até ter aquela espada. Ele explica que possui outro filho, um
samurai honrado que está do outro lado do Japão, unindo-se às tropas do grande

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Xogum Tokugawa (estudar mais sobre o período e sobre a Batalha de


Sekigahara). O velho samurai pede então que Kojiro fuja com a espada, que ele a
entregue ao seu herdeiro de direito.

Claro que o garoto se espanta com o pedido, afinal, não passa de um camponês.
Ele pensa sobre seu papel na sociedade, sobre seu pai austero e solitário, mas
também lembra daquela certeza que sempre sentiu, a de que tinha sido
destinado a um grande feito.

Kojiro pega a espada do velho samurai (pesquisar se ele pode tocar na arma de
fato) e jura levá-la ao herdeiro legítimo.

Na jornada de Kojiro ele irá enfrentar uma série de problemas, como: distância
geográfica, falta de dinheiro, as autoridades (pois está carregando uma arma),
bandidos em cidades grandes, criminosos que trabalham para o Lótus Fantasma,
o próprio Lótus Fantasma, preconceito social, suas crenças limitantes, a relação
complicada com seu pai, entre outros.

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