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Nascida em 1952, Kentucky, EUA

Gloria Jean Watkins


 Qual é o sentido em fazer estas leituras?

A importância do  É necessário nomear a dor;

ato de ler:  É necessário ser capaz de imaginar, pois todos os sistemas de


dominação racial se sustentam por quem controla a produção e
“quase não havia reprodução das imagens;
linguagem” para  Atualmente, o ponto de vista supremacista branco patriarcal
capitalista alimenta um regime de representação sobre o/a “outro”
descrever os e explora cotidianamente fantasias criadas há muito tempo;
“horrores da vida  É fundamental romper com modelos hegemônicos de ver, pensar
dos negros” e ser que bloqueiam nossa capacidade de ver em outras
perspectivas, de imaginar, de descrever, de inventar, de libertar;
James Baldwin  A linguagem possibilita que se atraia aliados para luta e nos
Da próxima vez, o capacita para estabelecimento de laços de afetividade, intimidade
fogo e capacidade de amar entre nós
 Ler para não apenas anular raciocínios simplistas, mas para
evitar cair em outros raciocínios do mesmo tipo (dicotômicos,
binários e essencialistas)
A substituição de uma
educação narradora
por uma educação
mediada por narrativas
Relato do Prefácio: a escola Booker T. Washington
Paulo me deu uma
linguagem
bell hooks
Influências: inspiradas mulheres Minhas práticas
Negras, professoras da escola (Booker pedagógicas
nasceram da
T. Washington), pensamento feminista interação entre as
e Paulo Freire pedagogias
anticolonialistas,
crítica e feminista.
Bell hooks
 Questiona as parcialidades que reforçam os sistemas
de dominação;
 É intervenção e não transmissão (contra a educação
bancária);
 Se contrapõe ao tédio e alimenta o entusiasmo na
sala de aula ou nos espaços de formação;
E que práxis  Prática catalisadora de engajamentos;
pedagógica é  Que abra a cabeça e o coração para conhecer o que
está além do aceitável e que permita, possibilite a
essa? transgressão;
 Que implemente uma educação que produz
conhecimento para além do que está nos livros (sem
prescindir deles) e ensina a viver no mundo
 É ativa e de autoatualização, é de
conscientização;
 Do bem-estar e não do medo, e que lute
contra toda hierarquia coercitiva;
 Que valorize a expressão do aluno, do
Que práxis aprendiz;
pedagógica é  Que lute cotidianamente para que o
currículo não seja um mecanismo de
essa? dominação;
 Que contribua para interação consciente
entre os discursos e representações
dominantes e crie ativamente espaços
analíticos e culturais de oposição;
 Que deseja, contribui e lida com a multiculturalidade tanto do
ponto de vista ético e político, quanto do ponto de vista
epistemológico;
 Permitir que experiência não hegemônica domine os espaços de
formação e educação (é preciso descentralizar a civilização
Que ocidental);

pedagogia  Facilitar, promover, estimular outras falas, outras vozes, outras


gentes (isso não significa dizer ou defender que a experiência
política é essa? pessoal nos faz especialistas em algo) p.62 de Ensinando a
transgredir.
 E para isso é preciso partir da margem (posição de grupos
oprimidos e marginalizados) para questionar desde este lugar as
políticas da dominação, o impacto do racismo, do sexismo, da
exploração de classe e da colonização
O ponto de partida da luta é sempre
aquele momento histórico em que se
começa a pensar criticamente sobre
nós mesmas e nossa circunstâncias.
Isso não significa absolutamente que
basta mudar a maneira de pensar!
 “Cheguei à teoria porque estava machucada – a dor dentro de
Essa relação mim era tão intensa que eu não conseguiria continuar vivendo.
entre teoria e Cheguei à teoria desesperada, querendo compreender –
apreender o que estava acontecendo dentro de mim e ao redor de
prática precisa mim. Mais importante, queria fazer a dor ir embora. Vi na teoria na
época um local de cura (...)
ser pensada,  A teoria não é intrinsicamente curativa, libertadora e
repensada, revolucionária. Só cumpre essa função quando pedimos que o faça
e dirigimos nossa teorização para esse fim.
vivenciada (Ensinando a transgredir, p. 83-86)
É abandonar os raciocínios simplistas;

Aprender a
pensar de outras É abandonar os raciocínios reducionistas;

maneiras: É abandonar as teses essencialistas sobre humanos e humanas;


destacando um
aspecto É fugir dos regimes de representação como forma de dominação;

É vigiar para que nossos discursos não sejam repletos de clichês, frases
feitas, ficções e autoficções, inversões de conteúdo das armadilhas
europeias
Referência bibliográfica usadas neste encontro:

 hooks, bell. Ensinando a transgredir: educação como prática da liberdade, São


Paulo: Martins Fontes, 2013.
 hooks, bell. Olhares negros, raça e representação. São Paulo: editora Elefante,
2019.
 Baldwin, James. Da próxima vez, o fogo, Biblioteca universal popular, 1967

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