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Biografia da autora

- Gloria Jean Watkins;


- Nasceu em Hopkinsville, ao sul dos EUA em 25 de setembro de 1952.
- O nome adotado, bell hooks, é em homenagem ao seu bisavó, Bell Blair Hooks;
- Formou -se em literatura inglesa na Universidade de Stanford, fez mestrado na
Universidade de Wisconsin e doutorado na Universidade da Califórnia. Seus principais
estudos estão dirigidos à discussão sobre raça, gênero e classe e às relações sociais
opressivas, com ênfase em temas como arte, história, feminismo, educação e mídia de
massas;

Introdução/ Contexto da obra


- Livro escrito em 1994, chegou no Brasil em 2013
- A obra reúne ensaios sobre teoria e prática de uma educação com prática da liberdade
- Escola Booker T. Whashington: escola frequentada por bell hooks no ensino fundamental, no
contexto do apartheid;
- pedagogia revolucionária/ anticolonial;
- educação com missão, com compromisso político com o ato de resistência à política
hegemônicas;
- processo de ensino-aprendizagem contextualizada a partir do “histórico
familiar”/experiências familiares;

- Pós apartheid - processo de dessegregação - produz escola massificadas ocasinou na


transformação do ensino, que deixou de ser libertadora e passou a ser “pura informação” -
educação bancária (Freire) - alunos como tábulas razas/ escola como prisões.
- que posteriormente também se reproduz em âmbito acadêmico.

- bell hooks foi fortemente influenciada pela obra de Paulo Freire e a pedagogia crítica +
experiências no ensino fundamental + pedagogia radical;

- Acredita na sala de aula como um lugar de entusiasmo (ato transgressor), presumindo esquemas/
práticas didáticas flexíveis e adaptadas;
- preocupação /valorização dos sujeitos por eles mesmo e outros - presume uma quebra de
hierarquia;
- esforço coletivo;
- sala de aula como espaço comunitário, gerando uma comunidade de aprendizado;

Cap. 1
- Educação com prática de liberdade = didática/ conexão (aprendizagem + realidade = inédito
viável) que permite com todos os sujeitos aprendam;
- Educador como participante ativo do crescimento intelectual e espiritual dos alunos;

- Influências do monge budista Thich Nhat Hanh e de Paulo Freire:


- estratégias de conscientização e emancipação = consciência e engajamento críticos;
- educando como participante ativos;
- trabalho coletivo entre educador e educandos para a construção do conhecimento;
- Pedagogia engajada:
- ênfase ao bem-estar;
- educador com compromisso de autoatualização que promova seu próprio bem-estar;

- Desvalorização e objetificação dos professores - dualismo público-privado - reflexo da educação


bancária;
- práticas de vídeos que não condizem com as práticas/hábitos em sala de aula;
- contra a práxis;

Cap. 2
- Relação com Ken, colega branco no colegial;
- Reafirma a necessidade da práxis em compromisso com a liberdade;
- Martin Luther King: revolução de valores;
- “Temos de deixar de ser uma sociedade orientada para as “coisas” e passar rapidamente a
ser uma sociedade orientada para as “pessoas” (pp. 42)
- ameaça a supremacia branca;

- Nova direita/ neoconservadores


- manutenção das políticas de dominação → desinformação;
- segregacionistas;
- condenação do feminismo;

Cap. 3
- Discussões práticas de como o contexto de sala de aula pode ser transformado a fazer do
aprendizado uma experiência de inclusão;

- Uma educação/práxis ques respeite e honre a realidade dos educandos exige mudanças;

- Educação multicultural (implica em múltiplas abordagens e referenciais)


- envolve mudança de paradigma, causando medo no professorado, uma vez que ameaça a
autoridade na sala de aula;
- solução: formações de professores que proporcionam partilha de experiências para
constituição de um currículo multicultural;

- Oberlin College
- maior parte do corpo docente branco com práticas pedagógicas hegemônicas e universais;

- bell hooks e Mohanty organizam seminários sobre pedagogia transformadora;


- inicialmente contava com a participação dos professores (comentários racistas) e
alunos (intolerantes);
- 1º encontro: partilha de experiências educativas de bell hooks + discussões
políticas;
- nenhuma educação é politicamente neutra;
- impactos de Paulo Freire;
- currículo é uma posição políticas (ex: uso só de autores brancos nas aulas
de literatura);
- necessidade de desaprender o racismo para instituir um olhar crítico sobre a
colonização, aprendendo sobre descolonização;

- Sentimento de medo por parte dos docentes e alunos.


- docentes: perda a autoridade, da sala se tornar um ambiente incontrolável - falta de preparo
-, da crítica;
- alunos: de julgamento diante da exposição de idéias, conhecimentos, opiniões -
silenciados;

- sala de aula como espaço “seguro” é constituído a partir do sentimento de comunidade, que cria a
sensação de compromisso partilhado e bem-estar.
- valorização do sujeito como produtor de conhecimento;

- Experiência do diário: partilha de vivências, exercícios de reconhecimento;

- Falta de preparo e conhecimento de experiências de educação multicultural crítica fazem com que
os professores não saibam como agir diante de uma sala multicultural;
- códigos culturais;
- é necessário que educador e educando aprendam a aceitar diferentes formas de conhecer
novas epistemologias;
- as mudanças de paradigmas geram medo, decepções, conflitos que explicam a resistência
de abandonar as velhas formas de pensar. Nesse sentido compartilhar as vivências e
dificuldades pode ajuda no processo de reconhecimento, de fortalecimento da práxis
através do questionamento de ideias e dos hábitos;
- um ensino heterogêneo, que respeita as diferenças, implica tempo e dedicação, e por vezes
a falta de reconhecimento imediato do trabalho do educador;

Cap. 4 (todas)
1º perg: Porque a obra de Freire influenciou bell hooks?
Resp: Reconhecimento com obra, contribuição para linguagem política de bell hooks e formação da sua
identidade de resistência.

2º perg: Elo entre o processo de descolonização de bell hooks e o processo de conscientização na obra de
Paulo Freire.
Resp: Estão ligadas a medida em que um completa o outro, é necessário a conscientização do sujeito
enquanto produtor de conhecimento, a partir do pensar crítico sobre as circunstâncias políticas em que
estão inseridos, sendo ela o primeiro passo para um mudança de atitude que posteriormente se materializa
na práxis (ação e reflexão) culminando em uma revolução, iniciada pela mudança de atitude na vida
cotidiana. “Nossa vida deve ser um exemplo vivo da nossa política”

3º e 4º perg: Linguagem sexista de Freire.


Resp: A autora critica, dentro de uma perspectiva feminista, a linguagem usada pelo autor, que associa,
em suas obras, liberdade com experiências masculinas patriarcais. Mas deixa bastante claro que não há
como desconsiderar tal obra, uma vez que a mesmo, mediante uma educação conscientizadora e
libertadora se autocrítica, aplicado em um contexto feminista, coloca em cheque a opressão do
patriarcado sobre as mulheres.

5º perg: Processo de reconhecimento e sintonização com a obra de Freire.


Resp: Identificação com camponeses marginalizados citados na obra de Freire, semelhantes aos
negros(as) trabalhadores rurais do sul dos Estados Unidos durante o apartheid. O autor colocou como
primordial para o processo de libertação e emancipação a alfabetização desses sujeitos.
Outro ponto importante de identificação com Freire se deu na sua crítica ao modelo de educação
bancária, que se materializava na vida de bell hooks nas escolas “dessegregadas” pós apartheid, causando
um sentimento de desculbalização pelo incomodo causado por um educação tão vazia de pensamento
crítico.

Cap. 5
- No capítulo a autora discute o processo de teorização, que por sua vez fundamenta, sintetiza e
impulsiona os processos de cura, de autorrecuperação e libertação coletiva, mesmo que em
contrapartida sua ausência não desclassifica as práticas das teorizações por sujeitos que jamais a
conheceram.

- Crítica a presença da cultura dominante branca na produção acadêmica/teorização, que classifica e


desclassifica pensamentos, principalmente de sujeitos considerados subalternos, em detrimento de
produções que por vezes roubam as vozes de homens e mulheres negras. Hierarquização as
produções acadêmicas em função de manter o status quo, endossando políticas de dominação
sobre minorias, que por sua vez, nos seus processos de teorização optam por escrever com
linguagens acessíveis a todos, para melhor compressão, mas são deslegitimadoras dentro de
círculos acadêmicos elitizados, brancos e opressor.
- “Em geral buscam brechas entre teoria e prática para manutenção do elitismo de classe.”
(pp. 90)

- Em contrapartida, como resistência e esse movimentos acadêmico feminista branco, a autora


explõe em seu ensaio a importância da discussão acadêmicas. Por meio de uma exemplificação,
durante uma reflexão entre mulheres negras acerca da necessidade de críticas as obras de
pensadores/teóricos negros, numa perspectiva feminista, acaba por ser confrontada por um mulher
negra em relação ao cansaço sobre a discussão, que na sua perspectiva é vazia e inutil diante da
realidade massagrante sofridas pelas mulheres negras foram do ambiente acadêmicos…

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