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1. Considerando os elementos químicos Be, B, F, Ca e Cs, 3,04
classifique-os em ordem crescente de acordo com as ∆p 152 0,02 1
propriedades periódicas indicadas: = X soluto = ⇒ X soluto = =
p 3,04 117,2 × 0,785 0,02 + 2 101
a) raio atômico; +
b) primeira energia de ionização. 152 46
⇒ Xsoluto = 9,901×10-3
SOLUÇÃO:
Os elementos citados estão assim localizados na Tabela 3. O consumo de água quente de uma casa é de 0,489 m3 por
Periódica: dia. A água está disponível a 10,0 ºC e deve ser aquecida até
Be 2º período grupo 2 ou IIA 60,0 ºC pela queima de gás propano. Admitindo que não haja
B 2º período grupo 13 ou IIIA perda de calor para o ambiente e que a combustão seja
completa, calcule o volume (em m3) necessário deste gás,
F 2º período grupo 17 ou VIIA
medido a 25,0 ºC e 1,00 atm, para atender à demanda diária.
Ca 4º período grupo 2 ou IIA
Cs 6º período grupo 1 ou IA
SOLUÇÃO:
Consumo diário de água: 0,489 m3 = 489 kg
a) O raio atômico na Tabela Periódica cresce:
T0 = 10 oC, T1 = 60 oC ⇒ ∆T = 50 oC
• nos grupos, de cima para baixo; Gás queimado: propano
• nos períodos, da direita para a esquerda. C3H8 + 5 O2 → 3 CO2 + 4 H2O
Logo, a ordem crescente dos raios atômicos é:
∆H = 3 (-94,0) + 4 (-58,0) - (-25,0)
F < B < Be < Ca < Cs
∆H = -489 kcal/mol
Calor absorvido no aquecimento da água:
b) A primeira energia de ionização na Tabela Periódica cresce:
Q = m × c × ∆T
• nos grupos, de baixo para cima;
• nos períodos, da esquerda para a direita. Q = 489 × 1 × 50 kcal
No entanto, a primeira energia de ionização do B é menor que a Logo, a quantidade de propano a ser queimada é 50 mols.
do Be, porque este apresenta o último subnível completo (2s2). Cálculo do volume do gás propano (1,0 atm, 25 oC)
Assim, o último elétron do boro é mais facilmente retirável que o p×V=n×R×T
último elétron do berílio. 1 × V = 50 × 82 × 10-6 × 298
Logo, a ordem crescente da primeira energia de ionização é: V = 1,22 m3
Cs < Ca < B < Be < F
4. O sal de mesa ou cloreto de sódio é formado por íons
2. Determine o abaixamento relativo da pressão de vapor do provenientes de átomos de cloro e de sódio e tem massa
solvente quando 3,04 g de cânfora (C10H16O) são dissolvidos em específica 2,165 g/cm3. Este sal cristaliza em empacotamento
117,2 mL de etanol a 25 ºC. cúbico de face centrada. O espectro de difração de raios X
mostra que a distância entre os íons cloreto e sódio, nas três
SOLUÇÃO: direções do cristal, é 2,814 Å. Considerando essas informações,
1ª Solução: calcule o número de Avogadro.
∆p
= Kt × W ×i SOLUÇÃO:
p Sistema cúbico de face centrada:
i =1, uma vez que o soluto é molecular. 1 íon
massa molar do solvente Nos vértices: × 8 vértices = 1íon
Kt = (o solvente é o etanol) 8 vértice
1000 1 íon
Usando índice 1 para soluto e índice 2 para solvente: Nas faces: × 6 faces = 3 íons
2 face
m 1000 ⇒ W = 3,04 × 1000 Total da célula: 4 íons
W= 1× 152 m2
M1 m 2

785 × 10 3 g
m2 = d × V ⇒ m 2 = × 117,2mL ⇒ m2 = 92,0g
10 6 mL
3,04 1000
W= × ⇒ W = 0,217
152 92
∆p ∆p
= 46 × 10 −3 × 0,217 ⇒ = 9,98 × 10 −3
p p
∆p
é o abaixamento relativo da pressão de vapor.
p

2ª Solução:
Como se trata de uma solução molecular, o abaixamento relativo
da pressão de vapor do solvente é dado pela fração molar do
soluto (lei de Raoult).
∆p
= X soluto
p
Cânfora – massa molar = 152 g/mol A aresta da célula é 2 × 2,814 × 10-8 cm (vide figura), porque a
Etanol – massa molar = 46 g/mol distância entre os íons é 2,814 Å. O volume da célula será,
portanto
V = a3 = (2 × 2,814 ×10-8)3 = 178,26 × 10-24 cm3
e esse é o volume de 4 íons.
Da massa específica, tem-se que:
1
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2,165 g - 1 cm3 d) 59 u.m.a. ou 59 u
m - 178,26 × 10-24 cm3 e) Co3O4 + 8 HCl → CoCl2 + 2 CoCl3 + 4 H2O
m = 178,26 × 10 × 2,165 g = 3,859 ×10-22 g
-24
(Co3O4 = CoO⋅Co2O3)
Como a massa molar do NaCl é 58,5 g/mol:
58,5 g - N (íons de cada tipo) 7. O β -caroteno, um pigmento amarelo-alaranjado encontrado na
3,859 × 10-22 g - 4 cenoura e em outras plantas, é o precursor biológico do trans-
58,5 × 4 retinol ou vitamina A. Após ser ingerida, cada molécula de β -
N= − 22
= 6,063 × 10 23
3,859 × 10 caroteno é convertida enzimaticamente em duas de trans-retinol
e, posteriormente, em moléculas de 11-cis-retinal. Este último
5. Ácidos graxos são ácidos monocarboxílicos de cadeia longa. composto, por sua vez, forma um complexo com a proteína
Quando um ácido graxo reage com o glicerol (1,2,3-propanotriol), opsina, presente em células da retina bastonetes. Quando este
o éster formado é um glicerídeo, que pode ser óleo ou gordura. A complexo, conhecido como redopsina, é exposto à luz visível,
reação de saponificação de um glicerídeo regenera o glicerol e dissocia-se com a conversão do 11-cis-retinal em trans-retinal.
produz um sal orgânico, conhecido como sabão. Sabendo que o Esta mudança de geometria desencadeia uma resposta dos
índice de saponificação (IS) é a quantidade em miligramas de bastonetes que é transmitida ao cérebro e percebida como um
KOH que reage completamente com 1,00 g de óleo ou gordura, estímulo visual. De acordo com o exposto acima e considerando
determine o IS do tripalmitato de glicerila (tri-hexadecanoato de as estruturas abaixo, determine:
glicerila). a) a fórmula molecular do β -caroteno;
b) as fórmulas estruturais planas do 11-cis-retinal e do trans-
SOLUÇÃO: retinal;
A reação de saponificação pode ser representada por: c) a existência ou não de isomeria entre o trans-retinol e o trans-
H3C (CH2)14 COO CH2 retinal, justificando sua resposta;
O HO CH2 d) as funções orgânicas presentes na molécula do trans-retinol.
H3C (CH2)14 COO CH +3 KOH 3 H3C (CH2)14 C + HO CH
OK HO CH2
H3C (CH2)14 COO CH2

Logo, 1 mol de éster reage com 3 mols de KOH. A fórmula

molécula do éster é C51H98O6. β- Caroteno
Estequiometria:
806 g - 3 × 56 g 15
7 9 11 13
1g - x 1 6 10 12 CH2OH
x = 0,208 g = 208 mg 2
⇒ IS = 208 8 14
3
5
6. Certo metal, em um determinado estado de oxidação, é muito 4 Vitamina A
usado na forma de acetato, no qual 1/3 da massa é constituído
pelo metal em questão. O cloreto deste metal, no mesmo estado SOLUÇÃO:
de oxidação, é também muito usado e apresenta peso-fórmula a) C40H56
130. Baseado nestas informações, determine: b)
a) o equivalente-grama deste metal e seu número de oxidação
nos compostos mencionados; H3C
b) o equivalente-grama do óxido deste metal, neste estado de
oxidação; CH3 CH3 H3C O
c) a massa de H2SO 4 que reage com 183 g do nitrato do metal,
CH CH C CH C CH C
neste estado de oxidação;
d) a massa atômica deste metal; C C H
e) a equação estequiométrica da reação do óxido salino deste
metal com HCl. CH3 H H
SOLUÇÃO: 11-cis-retinal
O equivalente do acetato do metal M é dado por:
Eq M + Eq acetato = Eq M + 59 H3C
Eq M 1
= CH3 CH3
Eq M + 59 3
Uma vez que a massa do metal é 1/3 da massa total. CH CH C CH H
Eq M = 59/2 = 29,5 g/Eq
O equivalente do cloreto do metal M é dado por: C C O
Eq M + Eq cloreto = 29,5 + 35,5 = 65 g/Eq
Como o peso-fórmula do cloreto do metal M, e o equivalente
CH3 H C CH C
pode ser calculado através de:
130 H3C H
65 = → NOX = 2
NOX 11-trans-retinal
a) 29,5 g/Eq; NOX = +2
c) Não há isomeria, uma vez que o trans-retinol apresenta
b) Eq óxido = 29,5 + 8 = 37,5 g/Eq
fórmula molecular C20H30O e o trans-retinal apresenta fórmula
c) Co(NO3)2 + H2SO4 → CoSO4 + 2 HNO3
molecular C20H28O.
1 mol 1 mol
183 g 98 g
d) Somente a função álcool.
2

8. O propeno pode ser obtido através da reação de isomerização
do ciclopropano, conforme apresentado na reação abaixo:
(g)
O estudo teórico da cinética, considerando diferentes ordens para
esta reação, fornece as seguintes equações:
[ ∆ ] = 0,100 − kt, se a reação for de ordem zero;
 [∆] 
In  = −kt, se a reação for de primeira ordem; e
 0,100 
1 1
− = kt, se a reação for de segunda ordem,
[ ∆] 0,100
onde k é a constante de velocidade. Seguindo este estudo, foram
obtidos dados experimentais da concentração de ciclopropano
[ ∆ ] ao longo do tempo t, apresentados nos gráficos abaixo em
três formas diferentes. Considerando as informações
mencionadas, determine a expressão da velocidade de reação
para a isomerização do ciclopropano.
0,1
0,09
0,08
In [ ∆ ]
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9. No equipamento esquematizado na figura abaixo, as torneiras
A, B e C estão inicialmente fechadas. O compartimento 1 de
volume 2,00 L contém oxigênio sob pressão de 1,80 atm. O
compartimento 2 contém nitrogênio. O compartimento 3 de
(g) volume 1,00 L contém nitrogênio e uma certa quantidade de
sódio metálico. Executam-se, então, isotermicamente, as três
operações descritas a seguir:
1ª) mantendo a torneira A fechada, abrem-se B e C e faz-se o
vácuo nos recipientes 2 e 3, sem alterar a quantidade de sódio
existente em 3;
2ª) fecham-se B e C e abre-se A, constatando que, após atingir o
equilíbrio, o manômetro M1 indica uma pressão de 1,20 atm;
3ª) fecha-se A e abre-se B, verificando que, atingido o equilíbrio,
o manômetro M2 indica uma pressão 0,300 atm.
Finalmente, fecha-se a torneira B e eleva-se a temperatura do
recipiente 3 até 77,0 ºC, quando então, a pressão indicada por M2
é de 0,400 atm.
Calcule a massa inicial de sódio, considerando que, antes da
elevação da temperatura, todo o sódio se transformara em óxido
de sódio, e que os volumes das tubulações e dos sólidos (sólido
e seu óxido) são desprezíveis.
-2,1
-2,3
-2,5

0,07
[∆ ]

-2,7
0,06
0,05 -2,9
0,04 -3,1 SOLUÇÃO:
0,03 -3,3 Ao abrir-se a torneira A, com as torneiras B e C fechadas, passa
0 5 10 15 20 25 0 5 10 15 20 25 O2 do compartimento 1 para o compartimento 2, até a pressão
Tempo (mín) Tempo (mín) estabilizar-se em 1,20 atm.
No recipiente 1 tinha-se p = 1,80 atm num volume de 2,0 L.
25
Nos recipientes 1 e 2 unidos tem-se p = 1,20 atm. Logo:
20 1,80 × 2 = 1,20 × V
15 Ou seja, o volume dos dois frascos unidos é de 3,0 L, o que faz
1/[∆]

10 com que o volume do recipiente 2 seja de 1,0 L.

Ao abrir-se a torneira B, passa O2 do compartimento 2 para o
5
compartimento 3, até que a pressão de equilíbrio seja igual a
0
0 5 10 15 20 25
0,300 atm.
pV 1,20 × 1
Tempo (mín) O número de mols de O2 em 2 é n 2 = = .
RT RT
SOLUÇÃO: 0,300 × 2,0
O número de mols de O2 em 3 é n 3 = .
Qualquer das representações será uma reta, desde que se tenha RT
nos eixos: Cálculo da temperatura T1:
a) Concentração molar x tempo → ordem zero 0,300 × 1 0,400 × 1
De fato, para ordem zero, tem-se: =
T1 77 + 273
[∆] = 0,100 – kt
y = b – ax 0,3
T1 = 350 × = 262,5K
0,4
b) Logaritmo neperiano x tempo → 1ª ordem nº de mols de O2 que reagem com o sódio = n2 – n3.
Para 1ª ordem: 1,0 × 1,2 − 2,0 × 0,30
 ∆  n2 − n3 = = 2,787 × 10 −2 mol
ln  = −kt 0,082 × 262,5
 0,100 
ln[∆] – ln 0,100 = – kt 2 Na + ½ O2 → Na2O
ln[∆] = ln 0,100 – kt 2 mols Na - ½ mol de O2
y = b – ax x - 2,787×10-2 mol
x = 4×2,787×10-2 mol
c) Inverso da concentração molar x tempo → 2ª ordem Logo, a massa de sódio é:
Para 2ª ordem: 4×2,787×10-2×23=2,564g
1 1
= + kt
[ ∆] 0,100 10. Suponha que se deseja estimar o volume de água de um
y = b + ax pequeno lago. Para isso, dilui-se neste lago Vs litros de uma
solução de sal, sendo que a atividade radioativa dessa solução é
Das representações propostas, apenas uma é uma reta: a As bequerel (Bq). Após decorridos D dias, tempo necessário para
a diluição homogênea da solução radioativa em todo o lago, é
correspondente à reação de 1ª ordem, porque tem ln[∆] no eixo
recolhido uma amostra de volume VA litros, com atividade AA Bq
das ordenadas.
acima da atividade original da água do lago.
Portanto a expressão da velocidade é v = k [∆].
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Considerando essas informações e sabendo que a meia-vida do
sal radioativo é igual a t1/2, determine uma expressão para o
cálculo do volume do lago nas seguintes situações:
a) t1/2 e D são da mesma ordem de grandeza;
b) t1/2 é muito maior que D.

SOLUÇÃO:
Determinação da atividade inicial do volume VA da amostra
retirada do lago:
V
A I = A × A S (naturalmente estamos considerando que VS é
VL
desprezível frente a VL).
A atividade final, decorridos D dias, é dada por:
A
A A = DI
2 t1 / 2
VA × A S
AA = D

VL × 2 t1 / 2
VA × A S
VL = D

A A × 2 t1 / 2

a) Esta fórmula está correta para o item a, t1/2 e D sendo da

mesma ordem de grandeza.
D

b) Se t1/2 >> D ⇒ 2 t1 / 2 → 20 = 1.
Logo vale a simplificação:
V × AS
VL = A
AA

DADOS

a. 1Å = 10-10 m
b. conversão da temperatura em graus Celsius (TC) para
temperatura em kelvins (TK): TK = TC + 273,15
c. constante dos gases: R = 82,0 × 10-6 m3⋅atm/K⋅mol
d. massa específica do etanol a 25 ºC: 785 kg/m3
e. massa específica da água: 1,00 × 103 kg/m3
f. calor específico da água: 1,00 kcal/kg⋅ºC
g. calores de formação a 298 K a partir de seus elementos:
C3H8(g)= -25,0 kcal/mol
H2O(g) = -58,0 kcal/mol
CO2(g) = -94,0 kcal/mol

Número Massa atômica

Elemento
Atômico (u.m.a.)
Berílio 4 9,0
Boro 5 10,8
Cálcio 20 40,0
Carbono 6 12,0
Césio 55 132,9
Chumbo 82 207,2
Cloro 17 35,5
Cobalto 27 59,0
Enxofre 16 32,0
Ferro 26 56,0
Flúor 9 19,0
Hidrogênio 1 1,00
Magnésio 12 24,3
Manganês 25 55,0
Níquel 28 58,7
Nitrogênio 7 14,0
Oxigênio 8 16,0
Potássio 19 39,1
Sódio 11 23,0
4