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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA

Reitor Professores Conteudistas


Gustavo Pereira da Costa Renato Moreira Silva
Severino Vilar de Albuquerque
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de Curso
Capa
Coordenação do Setor Design Educacional Yuri Almeida
Cristiane Peixoto - Coord. Administrativa
Danielle Martins Leite Fernandes Lima - Coord. Pedagógica

Silva, Renato Moreira


Gestão escolar da educação básica [e-Book]. / Renato
Moreira Silva, Severino Vilar de Albuquerque. – São Luís:
UEMA; UEMAnet, 2021.
77 p.
ISBN: 978-65-89787-51-8
1.Gestão Escolar. 2. Gestores escolares. 3. Gestão
democrática. I.Albuquerque, Severino Vilar de. I.Título.
CDU: 37.014.15
SUMÁRIO

UNIDADE 1 - A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA E A GESTÃO ESCOLAR........... 5


1.1 Bases teóricas da administração e da gestão escolar na educação
pública brasileira............................................................................................ 8
1.2 A gestão escolar democrática e a qualidade social da educação............ 16
1.3 A gestão escolar no contexto da reforma do Estado brasileiro................ 21
RESUMO.......................................................................................................... 25
REFERÊNCIAS................................................................................................ 26

UNIDADE 2 - O PERFIL DO GESTOR E AS DIMENSÕES DA GESTÃO ESCOLAR...31


.............................................................................. 33
2.2 Dimensões da gestão escolar....................................................................... 35
RESUMO.......................................................................................................... 52
REFERÊNCIAS................................................................................................ 53

UNIDADE 3 - MECANISMOS PARA UMA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA... 55


3.1 O Projeto Político-Pedagógico...................................................................... 57
3.2 O conselho escolar e a participação social................................................. 59
3.3 O conselho de classe e a gestão da aprendizagem.................................... 61
3.4 O regimento escolar....................................................................................... 62
3.5 O grêmio estudantil........................................................................................ 64
RESUMO.......................................................................................................... 65
REFERÊNCIAS................................................................................................ 66

UNIDADE 4 - A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) E A GESTÃO


ESCOLAR................................................................................................................. 69
4.1 O que é a BNCC?........................................................................................... 69
4.2 As 10 competências da BNCC: contextualização e interpretação............ 71
4.3 Ações que podem ser desenvolvidas pelos gestores a partir da BNCC.... 74
4.4 Base Nacional Comum Curricular: alguns apontamentos críticos........... 75
RESUMO.......................................................................................................... 76
REFERÊNCIAS................................................................................................ 76
APRESENTAÇÃO

Caro(a) cursista,

C
ompreender os processos de gestão escolar da educação básica requer
atenção aos condicionantes históricos, sociais, culturais, políticos e

educacionais.
Este e-Book foi desenvolvido no âmbito do Programa de Pós-Graduação

do Maranhão (UEMA), fazendo parte da pesquisa intitulada: “Formação


Continuada de Gestores Escolares em municípios maranhenses: políticas,

e orientada pelo Prof. Dr. Severino Vilar de Albuquerque e integra a linha de

O objetivo inicial deste e-Book é subsidiar o trabalho do gestor escolar,

estudantes.
Assim, esse e-Book está estruturado em quatro unidades: a primeira traz
aspectos históricos da administração escolar no Brasil, analisando a gestão
democrática e seus efeitos na organização do sistema de gestão escolar,
com o foco na qualidade da educação. Além disso, situa a gestão educacional
e escolar no contexto da reforma do Estado brasileiro e as implicações nas
políticas educacionais e na gestão da educação pública; a segunda unidade
aborda as dimensões da gestão escolar; a terceira versa sobre os mecanismos
para uma gestão democrática da escola; e a quarta traz apontamentos para
a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no âmbito da
gestão escolar.

Bons estudos!
UNIDADE A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA E A
GESTÃO ESCOLAR

N função social da escola e as concepções de administração e gestão escolar


no Brasil, considerando os processos históricos desde a década de 1930
até a implantação da reforma do Estado. Essa reforma promoveu mudanças

políticas educacionais de gestão escolar, particularmente no trabalho do gestor.


Isto posto, essa Unidade tem os seguintes objetivos:

Compreender a função social da escola;


Conhecer as bases teóricas da Administração e da gestão escolar no

de gestão escolar e no trabalho do gestor.

No senso comum, existe a percepção de que a função da escola é apenas

da humanidade. Mas a escola precisa ser compreendida de forma mais ampla,


a partir da sua importância social. A escola, para poucos, historicamente em

Conforme a Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 205, “a educação,


direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo

legislação reconhece a Educação como um direito fundamental das pessoas.


A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) (Lei n.º

desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para


o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em

Gestão Escolar 5
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), homologada pelo Conselho
Nacional de Educação em 2017, é orientada pelos princípios éticos, políticos

sociedade justa, democrática e inclusiva.


Para Dourado (2012, p. 18):

as diferentes práticas, as concepções que as norteiam e, assim, vamos


compreender a importância da organização dos espaços e tempos
pedagógicos, das dinâmicas de participação que envolvam todos e cada um
na gestão e construção de uma educação de qualidade.

Até aqui observamos que a legislação educacional, principalmente por


meio da Constituição de 1988, da LDBEN e da BNCC, apresenta princípios que
visam garantir a formação integral das pessoas mediante de uma educação de
qualidade social.
Historicamente, o conhecimento sempre foi restrito a determinados grupos
sociais. Na Grécia antiga, a Educação estava voltada para formar apenas os
homens que participavam da administração das cidades e o alto escalão dos

Ficou curioso(a) em saber um pouco mais sobre o surgimento da primeira


escola no mundo? Acesse o link. Disponível em: https://super.abril.com.
br/mundo-estranho/qual-foi-a-primeira-escola/.

No Brasil, as primeiras escolas foram criadas pelos jesuítas em 1549 e


1554, em Salvador e São Paulo, respectivamente, e a Educação era destinada

a organização do ensino no Brasil, a elitização da escola por mais de 200 anos

brasileira, por exemplo, o analfabetismo, que ainda atinge 11 milhões de pessoas

Gestão Escolar 6
No período colonial, no Brasil:

situação de muitas das instituições públicas. Havia exceções, é claro, o que


em geral acontecia nas capitais ou em centros urbanos maiores. As escolas

cujos pais podiam arcar com seus custos (VIEIRA, 2001, p. 21).

Para Libâneo (2011, p. 300):

A escola é uma instituição social com o objetivo explícito: o desenvolvimento das


potencialidades físicas, cognitivas e afetivas dos alunos, por meio da aprendizagem
dos conteúdos (conhecimentos, habilidades, procedimentos, atitudes e valores),
para tornarem-se cidadãos participativos na sociedade em que vivem.

Nesse contexto, ganha relevância a atuação dos gestores escolares que


precisam conhecer os aspectos que fundamentam a educação, a gestão educacional

para quem exerce ou pretende exercer a função de gestor escolar.

Partindo desse pressuposto, assista ao vídeo: Função da Escola por


Libâneo

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=6kk__FXVwC0

é
função da escola criar projetos educativos numa perspectiva transformadora e
inovadora, em que os fazeres e práticas não estejam centrados nas questões
Gestão Escolar 7
individuais, mas sim nas questões coletivas,
de um projeto societário, desde que os princípios de justiça e igualdade sejam
vivenciados por todos. Segundo Dourado (2006, p. 28):

Isso quer dizer que, para a escola avançar, é fundamental considerar os espaços

de todos aqueles que dela fazem parte.Também é fundamental não perdermos


de vista que a escola faz parte das relações sociais mais amplas, e que os
contextos históricos de sua organização passam pela sociedade política e civil.
Nesse cenário, os processos de mudança vivenciados pelo Estado são um dos
indicadores dos limites e das possibilidades da gestão escolar.

A seguir, vamos conhecer mais sobre a gestão escolar, explorando bases


conceituais sobre a administração escolar até os contextos atuais da gestão educacional.

1.1 Bases teóricas da administração e da gestão escolar na


educação pública brasileira

A Educação no período colonial foi conduzida pelos jesuítas,


caracterizando-se pela exploração da terra, aculturação indígena e imposição
da cultura europeia (SAVIANI, 2013). Esse modelo era orientado pelo plano
geral de estudos conhecido como Ratio Studiorum, contendo 467 regras que
sistematizavam toda a pedagogia dos jesuítas.

O Ratio Studiorum
geral dos estudos e de um prefeito geral de estudos como assistente para
auxiliá-lo, que funcionava como um supervisor educacional (SAVIANI, 2013).
Contudo, o cargo e a função de diretor escolar adquirem novas dimensões
a partir da implantação dos grupos escolares na Primeira República (1889 a
1930) quando a escola pública, enquanto instituição estatal começa realmente
a ser institucionalizada e regulada.
Assim, buscaremos compreender a importância da administração e da
gestão escolar para a organização e funcionamento da escola e os processos
históricos que envolvem administração e gestão, diretor e gestor.

Gestão Escolar 8
E para você? Existem diferenças entre diretor e gestor?

Vamos percorrer os caminhos históricos da administração escolar até os


atuais contextos da gestão para respondermos a essa pergunta.

1.1.1 Escola Clássica da Administração

A partir de 1930, o Brasil inicia um movimento de desenvolvimento


econômico impulsionado pelo crescimento urbano-industrial. O país, que
até então tinha sua base econômica rural e exportadora, passa a observar o
crescimento das cidades e de polos industriais acompanhados do aumento das
demandas sociais, entre elas, as educacionais, pois a população necessitava

regulamentação da escola pública, acompanhado pelo movimento de renovação


pedagógica. No período de 1930 a 1988, a historicidade da educação brasileira
contempla: a criação do Ministério da Educação e Saúde pública (1931), o
surgimento do ideário renovador, com o Manifesto dos Pioneiros da Educação
Nova (1932), a implantação das leis orgânicas do ensino reforçadas pelas
reformas Capanemas (1942-1946), a primeira Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDBEN nº 4.024/61), a Lei de Diretrizes para o ensino de
1º e 2º graus (Lei nº 5.692/1971).
O modelo de organização escolar que emerge nesse período adota como
pressupostos para a administração escolar os princípios da administração
clássica empresarial.
Vamos conhecer um pouco mais sobre os pensadores da administração

Gestão Escolar 9
Gestão Escolar 10
A escola clássica de Administração é representada por Henry Fayol e
Frederick W. Taylor. Este último desenvolveu um novo método de organização
racional do trabalho. Taylor criou uma linha de montagem adequada para a
produção em massa, para fazer pleno uso de tempo, mão de obra e recursos
materiais com o objetivo de minimizar despesas e aumentar os lucros.Para esta
escola de administração, a perspectiva de resultados determina a forma correta

ser analisado e estudado em detalhes, para adaptá-lo ao rendimento máximo.


Portanto, a administração deve intervir desde a seleção e treinamento de pessoal,
até o estabelecimento de mecanismos de incentivo econômico (incluindo
supervisão e controle). Organização é uma forma de estruturar uma empresa,
projetada para maximizar a produtividade e o lucro, independentemente de
seus aspectos sociais. Portanto, fundamentalmente, a função do administrador
é determinar a forma correta de trabalhar (DOURADO, 2006).

administração escolar brasileira, na qual se destacam os estudos clássicos

(1961), Lourenço Filho (2007), Alonso (1976) e Benno Sander (1982), intelectuais
que deram importantes contribuições para a educação brasileira.
As pesquisas nessa área avançaram com a criação, na Universidade de
São Paulo (USP), da cadeira de Administração Escolar, em 1934, que fazia
parte do currículo do recém-criado curso de formação de diretores e inspetores
escolares do ensino primário (DRABACH, 2013).
De 1930 até meados da década de 1970, a administração escolar concebia
os fundamentos da administração geral e princípios como racionalidade,

encarregado de executar as políticas educacionais.


Em 1936, Anísio Teixeira publica a obra “Educação para a Democracia:

é função que depende muito da pessoa que a exerce; o administrador depende

1961, p. 84).

Gestão Escolar 11
Fayolismo1 na Administração escolar das escolas públicas (1938), trazendo
uma abordagem das Teorias da Administração de Henry Fayol, e Ensaio sobre uma
teoria de Administração Escolar (1952), ambas com concepções produtivistas
de administração escolar, com base no modelo da organização empresarial.
Em 1939, Antônio Carneiro Leão lança a primeira edição do livro
Introdução à Administração Escolar, apresentando uma abordagem sobre a
administração escolar centrada no diretor, tendo este, antes de suas funções de

(SOUZA, 2018, p. 28).

dos ocupantes do cargo, quando em uma conferência, realizada em 1961,


proferiu: "[...] parece que não há administração no Brasil no sentido real de algo
que se possa aprender e, muito menos, em educação, onde, ao que parece,

dirigir as escolas" (TEIXEIRA, 1961, p. 84).


Sobre essa fala podemos indagar
para gerir as escolas?
Outro estudioso, Lourenço Filho, escreveu o livro Organização e
Administração escolar: curso básico, lançado em 1963. O autor apontava

A administração é uma necessidade intrinsecamente humana e que


converge para o entendimento do ato de administrar, calcado no alcance de um

ad (direção,
tendência para) e Minister (subordinação ou obediência). Neste sentido,

lhe um serviço. Porém, esta concepção de controle sobre uma prestação

(CARVALHO, 2017).
1

Administração é questão de medida, de ponderação e de bom senso. Tais princípios, portanto, são maleáveis e adaptam-se a qualquer circunstância,
tempo ou lugar (CHIAVENATO, 1983).

Gestão Escolar 12
Vejamos alguns conceitos de administração:

“[...] administração é a utilização racional de recursos para a realização de

Administração e gestão são conceitos que se dissociam a partir de


características próprias, mas que precisam ser compreendidos, “como parte de
um continuum
que se complementam e servem para subsidiar o trabalho de quem está na
organização escolar.
Vamos conhecer um pouco mais sobre o contexto histórico da gestão
escolar no Brasil:

Assista ao vídeo: MARCOS HISTÓRICOS E LEGAIS DA GESTÃO


ESCOLAR NO BRASIL (1º EPISÓDIO).

Assista ao vídeo: MARCOS HISTÓRICOS E LEGAIS DA GESTÃO


ESCOLAR NO BRASIL (1º EPISÓDIO).

Gestão Escolar 13
A partir dos anos 1980, a necessidade por uma teoria de administração
escolar que considerasse os processos pedagógicos e a organização das práticas
escolares, no contexto de redemocratização que se iniciava no país, fez emergir
trabalhos com uma perspectiva crítica sobre o campo da administração das escolas.

da sociedade de classes, o que contrariava a sua função social para a superação


das desigualdades (RUSSO, 2004). A corrente crítica e os novos paradigmas da
gestão da escola pública são fundamentados, principalmente, pelos estudos de:
Miguel Arroyo (1979), Maria de Fátima Felix (1984) e Vitor Paro (1996).
Miguel Arroyo (1979) trouxe contribuições ao abordar as “relações
políticas que cercam a administração da educação, procurando construir uma

Arroyo, a administração escolar tradicional possuía uma essência burocrática


que associava os problemas educacionais a questões técnicas, considerando

Assim, os trabalhos no campo da Administração escolar, no início dos anos


1980, pairam suas críticas sobre os seguintes pressupostos: a administração
clássica conservadora na organização e gestão das escolas favorece a
manutenção das estruturas sociais de classe; os trabalhos tinham base
essencialmente teórica, não havendo articulação com estudos empíricos; os
instrumentos e processos de gestão escolar eram concebidos como fenômenos
essencialmente tecnocráticos, e o diretor escolar era visto como um gerente, cuja
função era garantir a produtividade e o controle dos trabalhadores em educação,
e a escola durante muito tempo foi sendo pensada apenas administrativamente
(SOUZA, 2017).
Os movimentos pela redemocratização na década de 1980 pulverizaram na

escolar capitalista conservadora nos moldes da gestão democrática.

É um

que compõem a escola.

Gestão Escolar 14
Para Luck (2013, p. 109):

Ao se adotar o conceito de gestão, assume-se uma mudança de concepção


a respeito da realidade e do modo de compreendê-la e de nela atuar. Cabe
ressaltar, portanto, que, com a denominação de gestão, o que se preconiza é
uma nova óptica de direção e organização de instituições, tendo em mente, a
sua transformação e de seus processos.

Nesse contexto, conceitualmente, a gestão escolar está associada ao


compartilhamento de ideias e participação social no processo de organização
e funcionamento da escola (SANTOS FILHO, 1998). Para aprofundarmos essa

perspectiva de Dourado (2012, p. 61):

Gestão:
Forma de planejar, organizar, dirigir, controlar e avaliar um determinado
projeto;

Gestão Escolar:
Forma de organizar o trabalho pedagógico, que implica visibilidade de objetivos
e metas dentro da instituição escolar;
Implica gestão colegiada de recursos materiais e humanos, planejamento de
suas atividades, distribuição de funções e atribuições, na relação interpessoal
de trabalho e partilha do poder;
Diz respeito a todos os aspectos da gestão colegiada e participativa da escola
e na democratização da tomada de decisões.

Gestão Escolar 15
Para Luck (2009, p. 24):

diretrizes e políticas educacionais públicas para a implementação de seu projeto


político-pedagógico e compromissado com os princípios da democracia e com
os métodos que organizem e criem condições para um ambiente educacional
autônomo (soluções próprias, no âmbito de suas competências), de participação
compartilhamento (tomada de decisões conjunta e efetivação de resultados) e
autocontrole (acompanhamento e avaliação com retorno de informações).

Com a Constituição Federal de 1988, os princípios da gestão democrática


são institucionalizados na Educação brasileira, e agora a gestão para uma

1.2 A gestão escolar democrática e a qualidade social da educação

A Constituição Federal de 1988 apresenta vários princípios que orientam


o ensino, entre eles destacamos o VI - gestão democrática do ensino público,
na forma da lei, e o VII - garantia de padrão de qualidade. Assim, após a

implantar a gestão democrática e assegurar uma educação de qualidade social.

Saiba mais sobre a qualidade social da educação


Acesse o texto complementar disponível para a Unidade 1: SILVA, Maria

Cadernos Cedes 29.78 (2009): 216-226. Disponível em: http://www.

foram escolhidos por critérios político-partidários, em detrimento de critérios


técnicos. Ou seja, o diretor da escola é sempre o amigo do prefeito, votou no

Gestão Escolar 16
pode ser problematizado na charge a seguir (Figura 2).

Figura 2 - Gestão democrática e práticas clientelistas

Fonte: https://eduardopenteadonet.wordpress.com/2016/04/06/projeto-lei-
para-colocar-em-pratica-a-gestao-escolar-democratica-e-participativa/

Você sabia? Há várias formas de chegar ao cargo de diretor, e elas


variam muito entre as redes de ensino.
Na federal, por exemplo, prevalece a escolha por processo eleitoral, com
participação da comunidade escolar, com 59,8% dos casos, enquanto nas
escolas estaduais este percentual é de 39,5%. As unidades municipais
têm o diretor escolhido, em sua maioria, exclusivamente por indicação ou
escolha da gestão (66,2%). A maior parte dos diretores da rede privada é
proprietária ou sócia da escola (56,3%), e outros 31,2% foram escolhidos
pelo gestor da unidade (INEP, 2020).

A atual LDBEN, em seus artigos 14 e 15, apresenta as seguintes


determinações sobre a gestão democrática:

Gestão Escolar 17
do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e
conforme os seguintes princípios:

pedagógico da escola;
Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes.
No Plano Nacional de Educação (PNE - Lei nº 13.005/2014), a gestão
democrática encontra-se na meta 19, que estabelece que os sistemas de ensino
devem:

Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da


gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito

escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto


(BRASIL, 2014).

Na legislação, a gestão democrática encontra-se assegurada por meio


de princípios e metas. No entanto, na prática, o que se tem observado é a
centralidade de decisões tanto da gestão educacional, representada pelas
instâncias maiores como o Ministério da Educação e as Secretarias, quanto

Em pleno século XXI, a sociedade espera que escolas como instituições


formadoras de cidadãos ponham em prática os princípios da gestão
democrática-participativa. Para isso, existem vários instrumentos que auxiliam

garantia do padrão de qualidade posto pela Constituição Federal, precisamos


problematizar a questão:

Gestão Escolar 18
O que é qualidade?
Quais elementos fazem diferença nos resultados de
aprendizagem dos estudantes?

Vejamos algumas concepções sobre qualidade:

[...] o conceito de qualidade sempre pressupõe parâmetros comparativos,


que permitam a distinção entre o que se julga uma boa ou má qualidade,
particularmente quando se focalizam fenômenos sociais. Sendo assim, na
condição de um atributo, a qualidade e seus parâmetros integram sempre

dizer que sofrem variações de acordo com cada momento histórico e,


portanto, de acordo com as circunstâncias temporais e espaciais. Em

qualidade está diretamente vinculado ao projeto de sociedade prevalecente


em determinadas conjunturas. Como tal, se relaciona com o modo pelo qual
se processam as relações sociais, produto dos confrontos e acordos dos
grupos e classes que dão concretude ao tecido social em cada realidade
(AZEVEDO, 2011, p. 422).

[...] a qualidade da escola para todos, entendida como qualidade social,


implica garantir a promoção e atualização histórico-cultural, em termos de
formação sólida, crítica, ética e solidária, articulada com políticas públicas
de inclusão e de resgate social (DOURADO; OLIVEIRA, 2009, p. 211).

Postas essas concepções, compreendemos que para a gestão democrá-

com as conquistas já alcançadas e a existência de mecanismos de democrati-


zação como o conselho escolar e outras instâncias colegiadas.
Gadotti (2013, p.1) traz uma abordagem de qualidade na perspectiva
social. Para esse autor, “falar em qualidade social da educação é falar de uma
nova qualidade, onde se acentua o aspecto social, cultural e ambiental da
educação, em que se valoriza não só o conhecimento simbólico, mas também

vida das pessoas. A qualidade da escola deve ser acompanhada da qualidade


do professor, do aluno e da comunidade escolar. Por isso, qualidade torna-se

Gestão Escolar 19
um assunto bastante complexo, pois não basta resolver apenas um aspecto da
educação para que ela seja de qualidade (GADOTTI, 2013).
Entre os elementos que interferem na qualidade do ensino, pesquisas
levantadas por Pinto, Silva e Neto (2016) apontam para:
• Sistema educativo;
• Políticas educativas;
• Autonomia da escola;
• Contexto socioeconômico e cultural familiar;
• Cultura escolar;
• Desempenho dos professores;
• Características dos estudantes;
• Uso das tecnologias da informação e comunicação (TIC).

Libâneo (2011, p. 302-303) acrescenta ainda como fatores diferenciais


para a qualidade do ensino e o desempenho dos alunos:

• Bom clima de trabalho com uma gestão que busque o empenho de
todos;
• Boa organização do processo de ensino e aprendizagem;

• Disponibilidade de condições físicas e materiais;
• Conteúdos bem selecionados;
• Disponibilidade da equipe para aceitar inovações;
• Capacidade de liderança dos gestores escolares;
• Práticas de gestão participativa.

Gestão Escolar 20
Diante do contexto exposto, cabe considerarmos que os sistemas
educacionais têm apostado unicamente no Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (IDEB) como medidor da qualidade da educação. Por se tratar

de ser considerado, porém, “é a escola como um todo que deve responsabilizar-

1.3 A gestão escolar no contexto da reforma do Estado brasileiro

Nas últimas décadas, apesar de ter passado por várias crises, o


capitalismo tem demonstrado uma grande capacidade de se reinventar e se
sustentar, demandado ações que reverberam na organização dos Estados

outros mecanismos para assegurar sua acumulação. Nesse movimento, a nova


gestão pública, implantada pelo Estado brasileiro, a partir de 1990, faz parte das

De acordo com Harvey (2011, p. 8):

As instituições internacionais e ambulantes de crédito continuam a sugar,


como sanguessugas, a maior quantidade que podem do sangue de todos os
povos do mundo – independentemente de quão pobres sejam – por meio dos
chamados programas de ‘ajuste estrutural’.

Nos países periféricos ao capitalismo, a dependência econômica submete,


aos interesses das grandes corporações internacionais, as políticas de Estado,
que são organizadas para atender aos critérios de liberação de empréstimos.
Esses critérios implicam cortes que atingem principalmente as políticas sociais e
a vida do trabalhador. No espectro educacional, o trabalho do gestor escolar passa

intencionalidades que seriam voltadas para a melhoria da qualidade da educação

Gestão Escolar 21
Nessa nova lógica de organização neoliberal, o Estado deixa de ser
o responsável pela execução das políticas públicas e passa essa
responsabilização para os gestores escolares, que agora têm que deslocar

Nesse contexto, as políticas educacionais brasileiras tiveram interferência


dos organismos internacionais, principalmente do Banco Mundial, para a
implantação de um modelo gerencial e neoliberal2 para a educação. Em sua
análise sobre a inserção do Banco Mundial na administração pública brasileira,

sua atuação política junto ao setor educacional cresceu mais expressivamente


nos anos 90, pela atuação central na organização da Conferência Mundial de

, realizada na Tailândia no período de 5 a 9 de


3

março de 1990, aprovou a “Declaração Mundial sobre Educação para todos,

texto apresenta propostas com ênfase na educação básica, considerando que:

para a aprendizagem e o desenvolvimento humano permanentes, sobre a qual


os países podem construir, sistematicamente, níveis e tipos mais adiantados
de educação e capacitação (UNESCO, 1990).

a Conferência de Nova Delhi que reuniu os países mais populosos do mundo


como Brasil, México, China, Índia, entre outros, estabelecendo para a educação
metas voltadas para a universalização, qualidade e equidade de oportunidades.
Tais medidas estavam alinhadas as diretrizes do Banco Mundial que priorizavam
o ensino primário e a educação das mulheres com a seletividade no ensino
superior (OLIVEIRA, 2015).
2
Denominação de uma corrente doutrinária do liberalismo que se opõe ao social-liberalismo (modelo econômico keynesiano) e retoma algumas das
posições do liberalismo clássico e do liberalismo conservador, preconizando a minimização do Estado, a economia com plena liberação das forças
produtivas de mercado e a liberdade de iniciativa econômica (OLIVEIRA, 2011, p. 97).
3
-

Todos (1994-2003) (INEP, 2000).

Gestão Escolar 22
A imposição de condicionalidades imbricadas aos empréstimos oferecidos
pelo Banco Mundial representou uma “camisa de força sobre os próprios

2015, p. 61), sendo a comunidade local excluída dos processos decisórios de

de Fernando Henrique Cardoso (1995), com o “Plano Diretor da Reforma do


4
, que teve como objetivo implantar uma gestão pública

ser observado no trecho do documento:

É preciso, agora, dar um salto adiante, no sentido de uma administração pública

poder chegar ao cidadão, que, numa sociedade democrática, é quem dá

serviços prestados pelo Estado (BRASIL, 1995, p. 7).

O plano trouxe a concepção de uma reforma do aparelho do Estado

prestação de serviços públicos e pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial

Essa concepção gerencial é transversal nas políticas educacionais

intencionalidades é condição fundamental para compreensão da gestão do


sistema de ensino e das escolas.

Saiba mais sobre o Plano Diretor da Reforma do Estado acessando


o link. Disponível em: http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/

do-estado-1995.pdf
4
O Plano Diretor da Reforma do Estado foi elaborado pelo Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado e, depois de ampla discussão,

da administração pública brasileira (BRASIL, 1995, p. 2).

Gestão Escolar 23
Como observa Fonseca (2009, p. 173), nas últimas décadas:

[...] a ação educativa deu ênfase a programas e projetos orientados pela lógica
do campo econômico, dirigindo a ação escolar para as atividades instrumentais
do fazer pedagógico e para a administração de meios ou insumos. A qualidade,
por sua vez, foi sendo legitimada pelo horizonte restrito da competitividade,
cuja medida é a boa colocação no ranking das avaliações externas.

As reformas educacionais da década de 1990 convergiram para


novos modelos de gestão, sob a ótica da participação, descentralização,

a uma preocupação com a qualidade do ensino escolar como núcleo central do


sistema com uma lógica economicista (OLIVEIRA, 2015).
Conforme Azevedo e Cardoso (2017, p. 254):

O gestor deixa de ocupar um espaço de pensador, condutor do processo


educativo em suas variadas instâncias e passa a ser um técnico, cumpridor

fora ou nunca estiveram dentro de uma sala de aula.

internacionais na construção das políticas educacionais brasileiras e como a


reforma do Estado de cunho neoliberal reverberou na adoção de um modelo

gerencialismo, que muitas vezes apresentam divergências com os princípios da


gestão democrática.

Gestão Escolar 24
Resumo

N
esta Unidade, apresentamos as bases legais e conceituais referentes

escolar e a função social da escola, que vai muito além de ensinar competências
e habilidades ligadas aos conteúdos do livro didático. A educação, no seu sentido
mais amplo, precisa ser compreendida por toda a sociedade, e especialmente
por aqueles que se interessam pela gestão escolar. A organização do ensino
brasileiro, em especial a forma como as escolas foram sendo administradas,
passou por várias transformações históricas, consequências de concepções de
sociedade e de modelos adotados. Destacamos, ainda, conceitos importantes,
como administração, gestão, gestão escolar e gestão democrática. Tais conceitos
guardam suas particularidades e são fundamentais para a organização dos
sistemas educacionais. Estudamos a gestão democrática e sua importância no
contexto escolar, tendo em vista os princípios vigentes na Constituição Federal
de 1988, na LDB (9.394/96) e no Plano Nacional de Educação (13.005/2014).
A partir da década de 1990, a reforma do Estado brasileiro teve repercussões
na gestão escolar, e princípios gerenciais foram sendo implantados nas
políticas públicas, fazendo o gestor escolar ser sobrecarregado de atribuições
administrativas em detrimento de aspectos pedagógicos. A nova gestão pública,

padronização curricular e competitividade, compreende os caminhos seguidos


pelos sistemas de ensino e pelas escolas que têm a sua qualidade mensurada
sobremaneira pelos Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
Nesse sentido, não abordamos todos os elementos que fundam a sociedade
capitalista e as intencionalidades escondidas nas políticas públicas, já prontas,

geral, perceber a lógica em que essas políticas são elaboradas, muitas vezes,
orientadas pelos acordos dos países com organismos internacionais.

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