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Os regimes autoritários

Gianfranco Paquino atribui aos regimes autoritários as seguintes características:

 Pluralismo político limitado: poucas são as organizações (por exemplo


forças armadas, igreja católica e estruturas burocráticas do estado) autorizadas
a exercer poder politico;
As que existem tem de ser limitadas, tem autonomia limitada e nunca entram
em concorrência eleitoral ou de outro tipo.
 Ausência de responsabilidade: a organizações autorizadas não são
responsáveis perante qualquer eleitorado e também não respondem perante as
respetivas “bases” tem uma estrutura interna hierarquizada.
O poder flui de “cima” para “baixo”.
 Mentalidades: os regimes autoritários possuem mentalidades flexíveis, não
ideológicas. Juan Linz entende que a ideologia como um sistema de
pensamento codificado, bastante rígido, dotado de uma lógica apertada, como
intérpretes autorizados e que impõem a sua leitura uniforme do regime.
 Mobilização: os regimes autoritários têm alguma relutância (no plano das
mentalidades) e alguma incapacidade (de natureza organizativa) em mobilizar
grandes massas. Tenta despolitizar (retirar o poder) as massas, mantem
baixos níveis de integração política, encoraja e elogia o progresso a nível da
esfera privada. (exemplos: Mocidade Portuguesa e Legião Portuguesa)
 Liderança: aos regimes autoritários estão maioritariamente ligados- na sua
origem, funcionamento e duração- a um líder que deu provas do seu carisma
na resposta que deu à crise; o líder autoritário exerce o pode político dentro de
limites mal definidos, essencialmente arbitrários. Em geral os regimes
arbitrários experimentam grandes dificuldades de sucessão política e de
transferência de poder, pois o seu líder e o poder que ele tem não são produto
de qualquer organização, mas de uma situação de que ele se aproveitou, graça
a um conjunto de qualidades e à sorte.

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