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Magnu Windell Araujo Santos

1) Defina o conceito de Estado, segundo Max Weber.


O Estado como detentor do poder utiliza-se da “violência” não como anarquia,
mas como meio específico para se impor. Assegurando assim o monopólio da
violência física legítima, dominação homem sobre homem, motivada pelas
requisições de uma comunidade humana por elementos específicos da região
desde que condicionada pelo Estado, ou seja, desde que essa violência esteja
voltada aos interesses do estado.

2) Quais são os três fundamentos da legitimidade da dominação?


Explique. (p. 63-8)
FUNDAMENTOS DA LEGITIMIDADE: A teoria Weberiano dos três tipos de
dominação puros, é uma referência para estudos sociológicos, históricos e
políticos, nos quais nos apresenta: - FUNDAMENTO CARISMÁTICO: Exercido
pelo profeta, príncipe guerreiro, imperador, demagogo ou líder partidário. No
campo da política pela admiração pessoal ao dominador e a seu carisma, ou
seja, pelas suas qualidades e não pela vocação ou estatutos. Os dominados
não os obedecem por sua posição ou cargo, ou mesmo pela tradição, mas pura
e simplesmente por suas qualidades, tendo esse carisma desaparecido assim
desaparece também sua dominação. - FUNDAMENTO PATRIARCAL: Baseia-
se na tradição, onde nessa dominação quem manda é o senhor. Dentro de uma
sociedade, a tradição é a instituição mais forte já que pela maioria o que
sempre foi feito de uma maneira sempre será corretíssima. É esse tipo de
domínio que os adeptos das teorias da origem familial do Estado identificam
como primário, como originador do Estado na história. –FUNDAMENTO DA
LEGALIDADE: tem sua legitimidade fundada em um estatuto; a forma mais
pura é a burocracia; o grupo dominante constitui uma empresa, e é dividido em
outras empresas, cada uma com sua competência, limites e funções próprias.
O princípio da legalidade em seu sentido amplo é uma forma de legitimação
das diretrizes emanadas do Estado, uma forma de limitar o arbítrio estatal e
garantir a aceitação de seus preceitos.
3) O que é um “partido político”?
É uma associação destinada a obter benefícios, onde os agentes possuem
objetivos comuns em busca do poder de um líder e sequazes. Assim, os
partidos apresentam-se como representação das ideologias coletivas, e uma
forma daqueles que se identifica com uma ou outra posição política se
posicionarem. Quem participa ativamente da política, luta pelo poder quer
como um meio de servir a outros objetivos e ideais ou quer como “o poder pelo
poder”.

4) O que Max Weber entende por “político profissional”?


Max Weber diferencia dois tipos de políticos profissionais, aqueles que vivem
de política e não exclusivamente para a política. Obtém receitas por meio de
salários, como funcionários públicos ou ganham vantagens por seu cargo
político. Através de sua influência acaba retirando lucro. A atuação pública
desse profissional da política é confusa visto que sua luta não é apenas por
ideais comuns, mas também pela conquista de meios de conseguir renda, o
que de alguma forma prejudica a capacidade a forma de como atuar nos
problemas relacionados aos interesses das classes representadas. Por outro
lado apresenta-se aqueles que vivem exclusivamente para a política, onde não
tomam como prioridade a busca por uma remuneração, é um político
vocacionado, sua independência financeira também estabelece uma
independência de seus objetivos no decorrer da vida pública. Busca pelo poder
pelo poder, pelo prestígio, honra e ideais.

5) Quais são as principais características do “demagogo”?


O demagogo se destaca na atividade política, mostrando-se hábeis em
conquistar o apoio da maioria para suas idéias, sem qualquer sentido
pejorativo, intimamente ligados à defesa da democracia. Apela para
preconceitos, emoções, medos e esperanças do público em obter apoio
popular, muitas vezes através do uso de retórica e propaganda. Mostram-se
conservadores ou progressistas a depender da necessidade momentânea,
objetivando a conquista de seu objetivo. É persuasivo e acaba alcançando a
credulidade de seu público e se beneficia dele.
6) Quais são as principais características do “líder carismático”?
Possui um caráter exemplar, conquista as pessoas por sua simpatia, o que
leva a ter confiança de seus colaboradores. São comunicativos e se
posicionam com empatia. tem em suas ações um certo caráter de moralidade
científica, portanto ele tem uma atitude de honestidade e humildade intelectual.
Parte do reconhecimento de seus próprios limites e não pretende usar sua
influência para atingir objetivos que beneficiam somente a ele, mas aos
interesses coletivos.

7) Qual é a diferença entre a “ética da convicção” e a “ética da


responsabilidade”? (p. 126-27)
Para Weber, a ética da convicção é o conjunto de normas e valores que
orientam o comportamento do político na sua esfera privada. Ao agir
eticamente e se porventura desencadear reações ruins ou repressão, ele não
será considerado responsável por isso, pois está agindo pela ordem humana e
as reações são frutos da estupidez dos outros. Assim ele se sente responsável
por exemplo de que a a justiça de ordem social seja cumprida. Já a ética da
responsabilidade representa o conjunto de normas e valores que orientam a
decisão do político a partir de sua posição como governante ou legislador.
Carregam consigo a responsabilidades das conseqüências, assumindo o peso
de suas ações.

8) Explique, com suas palavras, o que é a “política como vocação”.


Partindo do sentido real da palavra vocação, podemos definir política como
vocação como a capacidade ou interesse natural de fazer parte de um grupo
de pessoas que anseiam pelos mesmos interesses ou objetivos. Diante do
exposto observamos as diversas ramificações que englobam esse termo, visto
que os envolvidos, apesar de lutar por uma causa específica, podem ocupar
diferentes funções e apresentar-se à sociedade com discursos e atitudes
distintas. Baseando-se em estudos realizados na obra de Max Weber sobre o
tema, compreende-se que é preciso caracterizar todo aquilo que se define
como atividade política como vocação, ou seja, compreender as características
de estado e seu posicionamento para firma-se como soberano, compreender
os agentes envolvidos diretamente nas ações políticas, como se portam, a
ideologia que defendem, e compreender a política vocacional como a prática
de ações que solidificam as convicções e anseios da sociedade.

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