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Março de 2023

CIÊ NCIA POLÍTICA

1. REGIMES POLITICOS
Um regime político é a forma que o poder político assume em cada Estado, pelo que
se relaciona, intimamente, com a constituiçã o, organizaçã o e distribuiçã o do poder,
fins e meios do poder, direitos fundamentais e organizaçã o econó mica e social. Neste
sentido os regimes podem ser:
i. Democrá ticos
ii. Nã o democrá ticos
a. Autoritários
b. Totalitários
Atualmente, mesmo dado o aumento do nú mero de estados democrá ticos nos
ú ltimos anos, o nú mero de estado nã o democrá ticos e parcialmente democrá ticos
continua a sobrepor-se, em grande medida, aos estados democrá ticos. Para além
disso, os estados nã o democrá ticos, possuem uma enorme variedade de
características e estilos, em funçã o dos seus lideres, pelo que é mais difícil o seu
enquadramento conceptual.

2. OS REGIMES AUTORITÁ RIOS


A. As suas principais características
i. Pluralismo Político limitado;
a. Poucas organizações podem exercer o poder político;
b. As organizações que exercem poder político têm de ser legitimadas
pelo líder;
c. A autonomia das organizações é limitada e não pode entrar em
confronto com as demais;
Como consequência desta característica, poucas sã o as variaçõ es que se podem
verificar na distribuiçã o poder nas diversas organizaçõ es, o que dá a ideia de
imobilismo.
ii. Ausência de responsabilidade;
a. As organizações existentes não são responsáveis perante qualquer
eleitorado ou cidadãos;
b. Têm uma estrutura interna hierarquizada;
c. Os dirigentes são convidados diretamente pelo líder com base em
critérios pessoas de confiança (apoio ao líder e aos princípios do
regime);
d. Modo de funcionamento autoritário;
e. Os cargos de poder são ocupados por cooptação, com base na
antiguidade.
iii. Mentalidades;
a. Flexíveis e não ideológicas: enquanto a ideologia é um sistema de
pensamento codificado, bastante rígido, dotado de logica e que
impõe uma leitura uniforme e vinculativa; nos regimes
autoritários as crenças são menos codificadas, menos rígidas, com
margens à ambiguidade interpretativa e sem interpretes oficiais.
Por exemplo, a trilogia “Deus, Pátria, Família” é um fundamento
para uma vaga e amplo variedade de experiências autoritárias.
b. A construção da mentalidade depende das tradições políticas,
sociais, culturais e religiosas que possuem uma base nacional.
iv. Mobilizaçã o;
a. é vista de forma relutante pelos regimes autoritários;
b. uma vez estabelecido o regime: renuncia de assembleia de
multidões; despolitização das massas; manter baixos os níveis de
intervenção política; encoraja e elogia o regresso à vida privada.
v. Liderança.
a. O líder exerce o ser poder dentro de limites mal definidos,
essencialmente arbitrários (embora não totalmente);
b. O líder possui uma forte componente personalista, com traços
carismáticos;
c. Grandes dificuldades de sucessão política e transferência de poder,
pois o seu líder e o poder que ele detém não são o produto de
qualquer organização, mas sim de um contexto que ele próprio
definiu, graças à sua sorte.

3. OS REGIMES TOTALITÁ RIOS


A. As suas principais características
i. Inexistência de pluralismo político;
a. Apenas o Partido que exerce poder pode ter uma organização ou
participar no poder político;
b. Conceção centralizada, convergente e absoluta do poder;
c. São regimes de partido único, ou seja, monista.
ii. Ausência de responsabilidade
a. Os órgãos de poder não têm responsabilidade face aos seus
cidadãos, pois também não existe pluralismo político.
iii. Ideologia
a. Ideologia uniforme, rígida e inequívoca;
b. Moldar o sistema político e a sociedade de acordo com os ditames
desta ideologia;

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c. O objetivo é estender a influencia do poder político a todas as
esferas políticas e privadas com base na ideologia.
iv. Mobilizaçã o
a. Estes regimes advogam que deve existir uma revolução constante
(mobilização permanente), vinda “de cima”, ou seja, de quem
detém o poder, destinada a mudar a sociedade e a formar um
Homem novo;
b. Todo o tempo livre dos cidadãos deve ser empregue na vida
política, extinguindo as fronteiras entre o público e o privado.
v. Liderança
a. Dado que o partido é único, este é quem detém e exerce o poder
político;
b. O poder é exercido sem limites e arbitrariamente pelo líder,
podendo recorrer ao terror físico (inicialmente) e psicológico
(depois da ideologia esta interioriza: hipnotismo político);
vi. Outras características
a. Existência da polícia secreta do governo;
b. Monopólio estatal dos meios de comunicação;
c. Controlo centralizado de todas as organizações sociais e culturais;
d. Subordinação total das forças armadas;
e. Arte propagandista e monumental dirigida às grandes massas.

4. OS REGIMES DEMOCRÁ TICOS


A. As suas principais características
i. Pluralismo ilimitado, concorrencial e responsável: mú ltiplos partidos e
associaçõ es civis, candidatando-se a eleiçõ es e competindo pelo poder, mas
também, assumindo responsabilidades perante os seus eleitores.
ii. Mentalidades e ideologias horizontais: mentalidade caraterizada pela
tolerâ ncia em relaçã o a todas as formas de diversidade e pela aceitaçã o da
concorrência; ideologia moldada em torno dos valores da liberdade, da
igualdade e da solidariedade.
iii. O conflito é considerado normal, integra-se nas prá ticas quotidianas e
resolve-se pelo diá logo e pelo compromisso (contrariamente, os regimes
autoritá rios costumam abafar o conflito e os totalitá rios eliminam-no, nã o
havendo em nenhum deles espaço para a negociaçã o ou para compromissos
e concessõ es).
iv. Livre participação dos cidadã os na vida pú blica, quer concordem quer nã o
concordem com os ó rgã os que exercem o poder.

5. COMPARAÇÃ O ENTRE OS 3 TIPOS DE REGIMES


Regimes Autoritários Regimes Totalitários Regimes Democráticos

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Pluralismo Limitado (poucas sã o as Inexistente (apenas o Ilimitado, concorrencial e responsá ve
organizaçõ es estã o Partido que exerce (mú ltiplos partidos e associaçõ es civ
autorizadas a exercer poder pode ter uma quem detém o poder tem
poder político) organizaçã o ou responsabilidade sobre os eleitores.)
participar no poder
político)
Mentalidade Mentalidades flexíveis; Ideologia rígida, Mentalidades e Ideologias tolerantes
e Ideologias -Deus, pá tria, família fechada e fundadas em direitos: compromissos
-Institucionalismo inquestioná vel, consensos, aceitaçã o da concorrência
-Hierarquias praticada através do Nã o existem autoridades ou
terror hierarquias impostas;
Liberdade, igualdade e solidariedade
Diversidade Pouca tolerâ ncia: a Nenhuma tolerâ ncia Respeito (há tolerâ ncia)
diferença deve ser
dissipada
Conflitos e Nã o há lugar para o diálogo, a negociaçã o e o O conflito é normal, integra-se nas
compromisso compromisso. prá ticas quotidianas;
Os conflitos resolvem-se pelo diá logo
Rejeita-se e desmotiva-se qualquer participaçã o, a pelo compromisso;
nã o ser a mobilizaçã o dos que aplaudem o regime. Flexibilidade;
Incentiva-se a participaçã o dos
cidadã os na vida publica.

6. A DEMOCRACIA
A primeira democracia surgiu na Grécia Antiga, no tempo de Péricles, em oposiçã o
a tirania, e era muito diferente da atual e muito limitada, pois admitia apenas as
liberdades políticas dos cidadãos atenienses e impedia que as mulheres,
escravos e estrangeiros acedessem à cidadania e, consequentemente, que tivessem
as mesmas liberdades.
Depois de Atenas só se volta a ouvir falar de democracia no século XX.
E o que é, hoje, a democracia?
A definiçã o que reú ne maior consenso é a de Schumpeter, quer pelo seu
caracter essencialmente processual, quer porque permite o desenvolvimento de
consideraçõ es e teorizaçõ es apuradas e profundas que nos levam a distinguir,
com clareza, regimes democrá ticos de nã o democrá ticos.
Segundo Schumpeter, "o método democrático consiste no arranjo
institucional necessário para chegar a decisões políticas no qual algumas
pessoas alcançam o poder de decidir através de uma competição destinada
a obter o voto popular" Como consequência disso, os cidadã os eleitores podem
responsabilizar os seus governantes, através de procedimentos eleitorais
democrá ticos substituindo (aqueles cujas capacidades e prestaçõ es nã o foram
satisfató rias por outros em quem acreditam) ou recompensando (os que se
preocuparam em ser representativos e responsá veis).
Os requisitos mais pormenorizados essenciais à criaçã o de um regime
democrá tico foram formulados por Dahl, que o construiu com base nas

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garantias que é necessário conferir aos cidadãos e nos direitos a promover
e a proteger para que as suas preferências sejam efetivamente tidas em conta
pelos governantes previamente escolhidos segundo as modalidades sugeridas
por Schumpeter.
1. Formular preferências
Liberdade de formar organizaçõ es e de a elas aderir; liberdade de expressã o;
fontes alternativas de informaçã o; direito à concorrência entre políticos; direito
de voto.
2. Exprimir preferências
Liberdade de expressã o; eleiçõ es livres e imparciais; direito ao voto;
elegibilidade para cargos políticos; liberdade de formar organizaçõ es e de a elas
aderir; fontes alternativas de informaçã o.
3. Ver as próprias preferências valorizadas pelo governo em pé de
igualdade com outras
As instituiçõ es que produzem políticas governativas que dependem do voto e de
outras formas de expressã o das preferências dos cidadã os; direito dos dirigentes
políticos a concorrerem entre si e pelo voto dos cidadã os; elegibilidade para
cargos pú blicos.
Liberalizaçã o: alargamento das oportunidades de contestaçã o, o que conduz os
regimes fechados na direçã o das oligarquias concorrenciais.1
Inclusã o: alargamento das atividades de participaçã o, que origina regimes nos quais
todos ou quase todos têm a possibilidade de participar, mas que nã o sã o,
necessariamente, concorrenciais, já que o poder continua a ser exercido pela elite
dominante.
Democratização: conjugaçã o destes dois processos: liberalizaçã o e inclusã o. O
resultado desta conjugaçã o sã o os chamados regimes poliárquicos: regimes em
que a disputa pelo poder é alta e a participaçã o política é ampla.

7. VAGAS DE DEMOCRATIZAÇÃ O
A democratizaçã o é o aumento do nú mero de estados democrá ticos, bem como o
aumento de grau de democraticidade de cada estado.
A democraticidade interna é aferida pelas oportunidades que cada cidadã o tem de
formular preferências, de as exprimir e de constatar que o seu governo as valoriza
da mesma forma que valoriza outras.
A progressã o da democraticidade dos diferentes Estados tem sido medida com
recurso ao conceito de "vaga de democratização".
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A crise dos sistemas liberais surgiu potenciada por uma inédita irrupçã o das massas na
política – a emergência de novas classes e grupos sociais portadoras de pretensões e
expectativas que chocam com a velha ordem social, com a natureza oligárquica, elitista e
restritiva dos sistemas liberais instalados: regimes em que a disputa pelo poder é alta,
mas a participaçã o política é limitada.
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Vaga de democratizaçã o: período durante o qual um nú mero significativo de
países se torna democrá tico
Vaga de Refluxo: reduçã o do nú mero de Estados democrá ticos ou a paragem
do crescimento desse nú mero.

i. A 1.ª vaga de democratização aconteceu entre 1828 e 1926, tendo-se


atingido um total de 26 Estados democráticos.
A 1ª vaga de democratizaçã o foi potenciada por fatores de natureza socioeconó mica:
a industrializaçã o, a urbanizaçã o, o aparecimento da burguesia e da classe média, o
aparecimento da classe operá ria e das suas organizaçõ es e a reduçã o gradual das
desigualdades econó micas.

ii. Seguiu-se a 1ª vaga de refluxo (entre 1922 e 1942), tendo o número de


democracias baixado para 12.

iii. A 2ª vaga de democratização (entre 1943 e 1962) aumentou para 36 o


número deEstados democráticos.
A 2ª vaga de democratizaçã o está mais relacionada com fatores políticos e militares
em primeiro lugar, a vitó ria dos Aliados na Segunda Guerra Mundial e, em segundo
lugar, o início dos processos de descolonizaçã o.

iv. A 2ª vaga de refluxo (entre 1958 e 1975) terminou com um saldo de


menos 6 Estados democráticos do que no seu início.

v. A 3ª vaga de democratização, "iniciada em 1974 e ainda em curso, deu


origem ao mais elevado número de Estados democráticos de todos os
tempos: 58. Note-se, todavia, que a atual percentagem de Estados
democrá ticos em relaçã o à totalidade dos que existem é sensivelmente
idêntica à que se verificava no fim da primeira vaga, ou seja, 45%"
A 3ª vaga tem na sua origem algumas causas econó micas e algumas causas políticas,
mas também causas morais, sociais e religiosas, podendo-se afirmar que nela se
revelaram como fundamentais os processos de liberalizaçã o das oportunidades de
contestaçã o e de inclusã o de todos os grupos sociais na participaçã o política.

8. O ESTADO DE DIREITO DEMOCRÁ TICO


O Estado de Direito é uma organizaçã o jurídica e política que se caracteriza como um
Estado onde:
i. o Direito é a fonte da legitimidade do Estado conformidade com normas e
leis.

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ii. o Estado organiza-se através do Direito las instituiçõ es têm de respeitar a lei.
iii. o Estado subordina-se ao Direito dever de obediência as leis, mesmo para
aqueles que as elaboram).

Princípio da Constitucionalidade: todos os seus atos devem estar em


conformidade com a Constituiçã o, que é entendida como fonte de legitimidade das
leis e do exercício do poder político.
Princípio da Juridicidade: O Estado de Direito também se subordina à lei,
concebida como forma de delimitar e de tutelar a esfera pessoal de cada
individuo e como instrumento que visa impedir o abuso de autoridade e impedir
que os detentores de cargos políticos ou de ó rgã os de soberania se tentem colocar
acima da lei ou usar esses cargos para servir os seus interesses pessoais.
Princípio da separação dos poderes: Estabelece que aqueles que exercem um dos
poderes soberanos - legislativo. executivo ou judicial - nã o pode simultaneamente
exercer outro desses poderes. Este princípio é fundamental para evitar a
acumulaçã o de poderes.
Reconhecimento de direitos fundamentais: Aplica um conjunto de direitos
fundamentais a todos os cidadã os considerando esses direitos como garantias que
protegem a esfera individual de cada um e que decorrem da pró pria natureza do
ser humano e da dignidade da pessoa humana; estã o plasmados na própria
constituição.
Aquilo que transforma o Estado de Direito em Estado de Direito Democrá tico é o
alargamento do sufrá gio: desde que deixa de ser censitá rio e passa a ser universal.

9. SISTEMAS DE GOVERNO
Um sistema é um conjunto de elementos interligados e interativos um sistema de
governo é constituído por diferentes poderes e é relativo ao modo como se
relacionam uns com os outros.
Tem a ver com o grau de separaçã o entre os poderes, com as relaçõ es entre os vá rios
ó rgã os de soberania e com o papel desempenhado pelos partidos políticos.
O sistema de governo é definido pela Constituiçã o.
Constituição em sentido material: Abarca a forma de governo, a organização
do Estado, as instituições jurídicas e políticas e a forma como se exerce e
transmite o poder político. Inclui, portanto, os costumes, as praxes, as tradiçõ es
e as normas escritas ou nã o que caracterizam o poder político.
Constituição em sentido formal: Como é entendido pela Declaraçã o dos Direitos
do Homem e do Cidadã o, a Constituiçã o é um texto escrito que codifica as normas
que regulam a forma e o exercício do sentido poder político, que o limitam,
que estabelecem os direitos individuais e que foi elaborado por um ó rgã o
representativo dotado de poderes especiais para o efeito, os poderes constituintes.

A. Sistema Presidencialista

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1. Total independência entre órgãos de soberania, cada um tendo a
função de fiscalizar a atividade dos restantes.
2. Poder executivo: liderado pelo Presidente da República, que é
simultaneamente chefe de Estado e chefe do governo.
3. Os membros do governo (além do presidente) não têm autoridade
governativa independente: são colaboradores / conselheiros /
secretários do presidente: função consultiva.
4. O governo não é um órgão coletivo, mas um órgão unipessoal.
5. O Presidente da República pode ser eleito em sufrágio universal,
direto ou indireto.
6. Presidente da República e Parlamento são totalmente independentes
e, consequentemente, o executivo possui enorme estabilidade.
B. Sistema Parlamentarista
1. A separação de poderes está atenuada: nenhum órgão de soberania
tem uma função exclusiva.
2. Os diferentes poderes são repartidos pelos diferentes órgãos de
soberania, portanto, a colaboração entre eles é fundamental.
3. O executivo é dualista: existe um Chefe de Estado (presidente eleito ou
rei) e um Chefe do Governo / Gabinete.
4. O Chefe de Estado só tem funções simbólicas ou honoríficas, entre as
quais a função de representar o Estado (tanto interna como
externamente); tem o dever de cumprir as decisões tomadas pelo
Governo e pelo Parlamento.
5. O primeiro-ministro não pode ser substituído nem destituído em
consequência de qualquer vitória parlamentar da oposição mas
apenas por decisão dos eleitores expressa nas urnas. Porém, pode
perder o cargo se perder a liderança do seu partido.
6. Governo / Gabinete: é um órgão coletivo que decide em reunião de
ministros: o Conselho de Ministros; detém a maior parte das funções
executivas; é constituído por um conjunto de ministros e é chefiado
por um deles: Primeiro-Ministro e Chanceler são designações do Chefe
do Governo.
7. O Governo é responsável perante o Parlamento pela ação governativa:
tem de sujeitar a sua atuação à apreciação do Parlamento e se este
aprovar uma moção de censura contra aquele, tem de se demitir. Por
outro lado, o executivo também pode exigir a aprovação, no
Parlamento, de uma moção de confiança que proporcionaria uma
maior legitimidade à atividade governativa. A não aprovação de tal
moção conduz, também, à sua demissão.
C. Sistema semipresidencialista
1. um executivo dividido entre um Chefe de Estado e um Gabinete, ele
próprio chefiado por outro indivíduo que não o Chefe de Estado.
2. um executivo politicamente responsável perante o Parlamento;

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3. um executivo que pode, em determinadas circunstâncias, dissolver o
Parlamento;
4. Portugal tem um sistema misto. Eis algumas das suas características.

10. SISTEMA E CONSTITUIÇÃ O DA RÉ PUBLICA PORTUGUESA


A. Constituição
A Constituiçã o da Repú blica Portuguesa que foi aprovada em abril de 1976,
estabelece que "O Estado subordina-se à Constituiçã o e funda-se na legalidade
democrá tica." e que "O poder político pertence ao povo e é exercido nos termos
da Constituiçã o"
Quanto aos ó rgã os de soberania, a CRP diz: "Sã o ó rgã os de soberania o
Presidente da República, a Assembleia da República, o Governo e os
Tribunais"
Quanto ao sistema de governo, estabelece nomeadamente que "Os ó rgã os de
soberania devem observar a separaçã o e a interdependência estabelecidas na
Constituiçã o”.
A revisã o constitucional efetuada em 1982 foi a mais importante, na medida em
que flexibilizou o sistema econó mico, extinguiu o Conselho da Revoluçã o, criou o
Conselho de Estado e o Tribunal Constitucional e redefiniu os poderes do
Presidente da Repú blica. Foi uma revisã o feita com o intuito de diminuir a carga
ideoló gica e programá tica da Constituiçã o.
Comparando:

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B. Sistema
Ó rgã os de soberania de acordo com a constituiçã o
i. Presidente: Eleito por sufrá gio universal direto e secreto dos cidadã os
portugueses eleitores.
ii. Assembleia da Républica: Deputados eleitos por sufrá gio universal direto e
secreto dos cidadã os portugueses eleitores.
iii. Governo: Formado pelo partido vencedor das eleiçõ es legislativas, sozinho
ou em coligaçã o. O Presidente da Repú blica nomeia o primeiro-ministro. O
primeiro-ministro propõ e os ministros e o Presidente da Repú blica nomeia-
os.

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C.

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