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CENTRO BATISTA DE ESTUDO SUPERIOR DE MACAÉ

Polo Ibatiba
Resenha Crítica

Tema: Contribuição da Arqueologia para a teologia.


Disciplina: Arqueologia Geral Professora: Anaeli Q. X. Almeida

Aluno: Gustavo Lima Silva

Descoberta arqueológica dos Manuscritos do Mar Morto

A arqueologia se debruça em reconstituir e elucidar um pouco mais dos contextos


culturais, econômico, político e religioso de uma sociedade e um povo que de alguma
forma são citados ou ate mesmo relatados na Bíblia, trazendo com isso uma utilidade
tanto para os pesquisadores e estudioso como para o fiel cristão. No fim da década de 40
do século XX, foi tida com uma das maiores descobertas arqueológica bíblica. O achado
dos manuscritos do mar morto, também chamado de os Manuscritos de Qumran.
Qumran, Khirbet Qumran, que em tradução próxima quer dizer: Ruína da mancha
cinzenta. Esta localizada na Cisjordânia, a um 1,5 km do Mar Morto, na sua margem
noroeste e a cerca de 22 km de Jerusalém. Sendo ele um sítio arqueológico, que é
administrado pelo Parque Nacional de Qumran, em Israel.
Em 1947, pastores passaram por uma caverna dessa região no oeste do Mar Morto
e encontraram alguns documentos dentro dela. Depois dos primeiros Achado, foram
encontrados em outras cavernas da região mais manuscritos, mais de 800 documentos.
Sendo sua maioria documentos fragmentados com escritos hebraicos em couro e outros
pergaminhos.
Em sua maioria os documentos encontrados eram pequenos. Mas também foram
achados alguns mais completos, como um pergaminho completo de Isaías. Entre os
achados estavam livros que compõem o Antigo Testamento e, também, alguns outros
escritos importantes para as sociedades que morava nas regiões das cavernas na época.
O que foi encontrado maior número de cópias foi o Livro dos Salmos e em
segundo lugar foi o de Deuteronômio, seguido por Isaías em terceiro, que são os três
livros mais citados em referencias no Novo Testamento. Só os livros de Ester e Neemias
que não foram encontradas nenhuma cópia. Também foram encontradas cópias de alguns
livros deuterocanônicos que não vieram a fazer parte da Bíblia Hebraica: como o livro de
Tobias, Eclesiástico, Carta de Jeremias, o Salmo 151, que se encontra na LXX. Os estudos
mostram que as datas dos manuscritos podem variar entre os meados dos séculos III, II e
I a.C.
A descoberta contribuiu para melhor compreensão da transmissão do texto
bíblico. As diferenças são mínimas entre os textos do Antigo Testamento e os
Manuscritos do Mar Morto. Sem dúvida foi uma descoberta muito polemica, mais ainda
é considerada a maior descoberta de manuscritos da época moderna e a mais importante
na região da Terra Santa. A sua influência tem proporcionado um melhor entendimento
de muitos elementos do judaísmo da época de Jesus e a incidência que as ideias da
comunidade que viveu em Qumran tiveram na formação do Novo Testamento e do
cristianismo.
Para o cristianismo, a maior importância está nas descobertas bíblicas e, também,
em poder conhecer melhor o ambiente, as estruturas, ideias do mundo judaico da época
de Jesus e de uma comunidade que tinha pontos em comum e pontos divergentes com o
cristianismo.
Por fim, a arqueologia bíblica é um dos vários caminhos válidos para o estudo
científico da Bíblia. Chamá-la assim não implica numa capitulação diante do
fundamentalismo dos que estão em busca da salvação, esta também uma escolha válida.

Bibliografia:
GOLB Norman. On the Jerusalem origin of the Dead Sea Scrolls (em inglês). Disponível
em <http://oi.uchicago.edu/pdf/jerusalem_origin_dss.pdf>. Acesso em: 09 out. 2011.
FUNARI, Pedro Paulo. Arqueologia. São Paulo: Contexto, 2010.

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