Introdução

Até meados do século XIX, as mulheres tinham seus filhos em suas casas,
auxiliadas pelo que se chamava parteiras, sendo essas amigas, parentes ou
pessoas da comunidade com mais experiencia, que adquiriam essa sabedoria no
decorrer da vida, associado somente a figura feminina.
Em 1993 surgiu o primeiro programada voltado a saúde da mulher, a assistência ao
parto, perdurando durantes anos como o único meio de atenção as mesmas. A
obstetrícia, especialidade que consiste no acompanhamento da gestante no pré,
trans e pós parto, sendo também de domínio da enfermagem é uma ciência que foi
se aperfeiçoando com os anos. Tendo como objetivo inicial apenas reduzir a
mortalidade neonatal, posteriormente mortalidade materna e por fim a humanizar do
ato.
O que se sucedeu com o passar dos anos foi o parto não sendo visto mais como um
processo fisiológico do corpo da mulher, profissionais de saúde começam a
identificar apenas a parte mecanicista, colocando de lado a humanização ao
atendimento a gestante e ao feto.
Sendo um complexo agravo da saúde da mulher, a violência obstétrica É o
desrespeito à mulher, à sua autonomia, ao seu corpo e aos seus processos
reprodutivos, podendo manifestar-se por meio de violência verbal, física ou sexual e
pela adoção de intervenções e procedimentos desnecessários e/ou sem evidências
científicas. se caracteriza como qualquer violação sendo ela a mãe ou ao feto,
colocando o bem estar dos mesmo em risco, em um momento de extrema
vulnerabilidade do corpo da gestante, a violência no parto vem se tornando pauta da
saúde publica no Brasil e é uma clara violação dos direitos humanos.
A taxa de cesarianas vem chamando atenção nos últimos anos, aceita pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) até 10% do total de partos. No Brasil a
atualmente a taxa de 56%. A cesariana é um processo cirúrgico que se faz
necessária para salvar vidas, mas quando excedido pode ter o efeito reverso, não é
um ato de comodidade e sim de necessidade, sendo uma alternativa e não uma
regra.
Mas quais são os fatores que contribuem para essa violência vim se acentuado ao
longo dos anos? O que pode ser feito quanto a isso, quais as alternativas para a sua
redução?