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1) O quadrinho é bem vago no que tange o cenário, que é um fundo branco, e as

relações exatas entre os personagens, a não ser pelo fato do Pavão ser um chefe e o Tatu
ser alguma forma de empregado na área de limpeza; porém, relativo a atividade e
cenário, é possível inferir que há uma espécie de organização, inclusive hierárquica,
entre eles, logo, hipoteticamente, poderia ser uma empresa, uma repartição pública,
escola ou algo do gênero. As falas indicam que todos os outros personagens têm a
intenção de que o Tatu trabalhe de forma mais organizada, no entanto, os elementos
paralinguísticos, apresentados nas expressões nos rostos dos personagens, refletem
opiniões diferentes sobre como o Pavão e a Águia, cada qual à sua forma, transmitiram
essa intenção ao Tatu. Assim como as expressões do Tatu revelam qual das duas
abordagens mais lhe cativou.

2) Um recurso típico da modalidade oral da língua é o emprego de palavras e expressões


muito informais, que não poderiam ser aplicadas na norma culta, um dos vários
exemplos desse tipo no texto é a expressão “Vixi...” no último balão do quadrinho.

3) A Águia é o personagem que utilizou estratégias de polidez em sua fala com o Tatu e,
consequentemente, é ela, e não o Pavão, que obterá uma resposta melhor do
funcionário, na medida em que, usando a polidez, ela mostrou empatia para com ele e
passou uma ordem de forma indireta, sem precisar de humilhar o Tatu e sem parecer
autoritária, o que protege a face de ambos e tende a obter melhores resultados ao cativar
o funcionário.

4) Sobre modalização, a fala do Pavão com o verbo “preste” no imperativo é um ato de


fala que dá uma ordem e indica obrigatoriedade para o Tatu. Já na fala da Águia, em “É
bacana manter o balde nos cantos”, ela emprega o verbo “ser” seguido de um adjetivo
positivo antes da oração que expressa a conduta a ser observada, assim dando ao Tatu
uma ordem impessoal com a impressão de que existe em si mesma, atenuando a ordem.

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