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Fitossociologia
Prof. Lauri Amândio Schorn
Organizadora: Acad. Sabine Lanzer
SUMÁRIO
1. Introdução....................................................................................................4
3. Planejamento do Inventário.....................................................................20
3.1 Seleção e delimitação da área..................................................................20
3.2 Intensidade e Número de Unidades Amostrais.....................................20
3.3 Tamanho e Forma das Unidades Amostrais..........................................20
3.4 CAP/DAP Mínimo de Inclusão...............................................................21
3.5 Métodos de Amostragem.........................................................................21
3.5.1 Amostragem Aleatória Simples..........................................................21
3.5.2 Amostragem Estratificada..................................................................26
3.5.3 Amostragem Sistemática.....................................................................27
5. Parâmetros Fitossociológicos...................................................................32
5.1 Estrutura Horizontal...............................................................................32
5.1.1 Densidade.............................................................................................33
5.1.2 Frequência............................................................................................33
5.1.3 Dominância...........................................................................................33
5.1.4 Porcentagem de Cobertura.................................................................34
5.1.5 Porcentagem de Importância..............................................................34
5.2 Estrutura Diamétrica...............................................................................34
5.3 Estrutura Vertical....................................................................................35
Lauri A. Schorn Fitossociologia 3
8. Diversidade da Vegetação........................................................................48
8.1 Índices de Riqueza de Espécies...............................................................49
8.1.1 Riqueza Numérica................................................................................49
8.1.2 Densidade de Espécies.........................................................................49
8.1.3 Índice de Diversidade de Margalef....................................................50
8.1.4 Índice de Menhinick............................................................................50
8.2 Modelos de Abundância de Espécies......................................................50
8.3 Abundância Proporcional de Espécies...................................................50
8.3.1 Índice de Shannon................................................................................50
8.3.2 Índice de Uniformidade de Piellou.....................................................51
8.3.3 Índice de Simpson................................................................................52
8.3.4 Medida de Diversidade de McIntosh.................................................53
8.3.5 Índice de Berger-Parker......................................................................53
8.3.6 Índice de Espécies Raras.....................................................................53
9. Referências Bibliográficas........................................................................54
Lauri A. Schorn Fitossociologia 4
1. Introdução
- Cálculo da Média
- Cálculo da Variância
Nº de
Indivíduos Freq. Observada f(x) . x f(x) . x 2
(x) f(x)
0 13 0 0
1 17 17 17
2 13 26 52
3 3 9 27
4 7 28 112
5 1 5 25
6 1 6 36
Total 55 91 269
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b) à2 = n * ( x2/N) – N
à 2 = 55 * (269/91) – 91 = 71,58
á 0,05 0,01
c 1,64485 2,32635
Exemplo:
Graus de liberdade = n – 1 = 55 – 1 = 54
á = 0,05
N
I= ni (ni – 1) * N onde,
I=1 n(n – 1)
I=n* x2 – N onde,
N (N – 1)
Significância:
Para determinar se valores próximos a 1, são diferentes estatisticamente de
1, pode-se usar o teste do ÷2 (qui-quadrado).
Utilizando-se a 2ª expressão,
I = n * f(x)*x2 – N
N (N – 1)
÷2 = ( n * ( f(x)*x2/N) – N)
Exemplo:
Graus de liberdade = n – 1 = 55 – 1 = 54
á = 0,05
F = (I * (N – 1) + n – N)/ (n – 1) onde,
Interpretação
Significância
F = (IGA * (N – 1) + n – N)/ (n – 1)
F = (1,1468 * (91-1) + 55 – 91)/(55 – 1) = 1,2447
Valor de F (tabela) para á = 0,05 e n-1 g.l. = 1,39
Portanto, o valor de F calculado é menor que o valor de F da tabela,
indicando que estatisticamente o valor do IGA 1,1468 não é diferente de 1,0 e o
padrão de dispersão da espécie é aleatório.
Causas de Agregação
Padrão x Idade
Na sucessão:
Área Abandonada
Padrão Aleatório
1 2 3 4 5 6
7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18
19 20 21 22 23 24
25 26 27 28 29 30
Espécie População
Variabilidade
Genética
Diversas populações
interagindo
Comunidade
1
2 3
5
4
7
20
18
Número de espécies
16
14
12
10
8
6
4
2
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
2
Superfície (m )
20
18
Número de espécies
16
14
12
10
8
6
4
2
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Superfície (m 2)
Este método define a área mínima como sendo aquela onde os índices de
homogeneidade e similaridade se mantém relativamente constantes. Para isto,
calculam-se os índices entre as unidades amostrais levantadas.
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Procedimentos:
f Plotar no eixo “x” a área da primeira unidade amostral em m2, e no
eixo “y” o número de espécies encontradas;
f Plotar no eixo “x” a área acumulada da primeira unidade amostral
com a segunda unidade amostral e dividir por 2 o número de espécies existentes
nas duas unidades amostrais;
f Repetir este procedimento até a última parcela;
f Unir todos os pontos;
Delimitar a partir da média final a faixa de variação de 5% (2,5 acima e
abaixo desta).
Exemplo:
-
9
Área
amostrada
Figura 09: Área Mínima pela % de incremento de área amostral e
espécies.
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3. Planejamento do Inventário
Para realização de um inventário fitossociológico é necessário seguir as
seguintes etapas:
Procedimentos:
f Dividir a área amostral (sobre uma planta) em parcelas de igual
tamanho.
f Numerar estas parcelas.
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Vantagens:
Média aritmética:
n
∑ xi
i =1
X=
n
Variância:
n
∑ ( xi − X ) 2
S 2 x = i =1
n −1
Desvio padrão
Sx
CV = ×100
x
Variância da Média
S 2x
S x=
2
n
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Erro Padrão
Sx
Sx =
n
Sx =
Sx
n
× ( F)
Erro de Amostragem relativo:
t×S x
ε= ×100 Erro absoluto: ε= t × Sx
x
t2 × S 2x
n=
E2
t2 × S 2x
n=
t2 − S2x
E +
2
N
Onde:
(
E = 0,10 × x )
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t 2 × ( CV% ) 2
n=
( LE% ) 2
t 2 × (CV% ) 2
n=
t 2 − (CV% ) 2
( LE% ) 2 +
N
Notação:
X = média de um parâmetro
x i =parâmetro analisado
F=
N = número potencial de parcela para uma determinada área
n = número de parâmetros analisados
S 2 x = variância
Sx = desvio padrão
CV = coeficiente de variação
S 2 x = variância da média
S x = erro padrão
ε= erro de amostragem
t = índice da tabela “T”
E = limite de erro da média
LE % = limite de erro
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Exemplo:
Com os resultados do inventário florestal abaixo, calcular a análise
estatística.
U.A. No de
palmiteiros
adultos
1 25
2 20
3 18
4 28
5 30
6 31
7 24
8 27
9 29
10 21
11 19
12 21
13 30
14 23
15 28
Σ 374
X 24,93
S 2 x = 19,3524
Sx = 19 ,3524 ∴ Sx = 4,3991
4,3991
CV = × 100 ∴ CV = 17,6459%
24,93
19,3524
S2 x = ∴ S 2 x = 1,2902
15
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15ha ×10000 m 2
N= ∴ N = 500 U.A. potenciais
300 m2
500 − 15
F= ∴ F = 0,97 ž População Finita
500
4,3991
Sx = × 0,97 ∴ S x = 1,118
15
1,761× 1,118
ε= ×100 ∴ ε = 7,897
24,93
(1,761) 2 × 19,3524
n= ∴ n = 9,7070 ≅ 10 U.A.
(1,761 ) 2
× 19 ,3524
( 0,10 × 24,93) 2 +
500
ou
(1,761) 2 × ( 0,176459 ) 2
n= ∴ n = 9,4732 ≅ 10 U.A.
(1, 761) 2
× (0,176459 ) 2
( 0,10) 2 +
500
Pós-estratificação
Recomendações de uso:
f Áreas extensas
f Áreas em que não se dispõe de plantas
f Planos de manejo
Locação de Unidades:
f Deve-se ter conhecimento prévio da variabilidade da população ou
do número de amostra a locar.
Vantagens:
f Pode ser mais representativa que a amostragem aleatória.
f A locação das unidades no campo é mais fácil.
f Maior facilidade de localização das unidades amostrais
futuramente.
Desvantagens:
f Se existirem variações cíclicas nas populações e não forem
detectadas, pode apresentar baixa precisão.
Análise Estatística:
f Igual a utilizada para a Aleatória Simples.
Quantidade:
r : espécie muito rara (em condições de extrema raridade rr)
t : presente em pequena quantidade
1 : moderadamente abundante, mas sua cobertura é escassa
2 : muito abundante, mas não cobre 25% da superfície
3 : cobre de 25% a 50% da superfície
4 : cobre de 50% a 75% da superfície
5 : cobre de mais de 75% da superfície
Sociabilidade:
1 : indivíduos ou fustes isolados
2 : formando pequenos grupos
3 : formando grandes grupos
4 : formando grandes maciços
5 : população contínua
5. Parâmetros Fitossociológicos
Referem-se aos valores e índices obtidos a partir dos dados coletados em
campo. Os principais parâmetros utilizados estão descritos a seguir.
5.1.1 Densidade
n
f Absoluta =
ha
n ha
f Relativa = ×100
N ha
Onde:
5.1.2 Freqüência
Freq.Absoluta
f Relativa = ×100
∑ Freq.Absol
utas
5.1.3 Dominância
g
f Absoluta =
ha
g ha
f Relativa = ×100
G ha
Onde:
800
700
Número de árvores
600
500
400
300
200
100
0
0 10 20 30 40 50 60
Classe de DAP (cm)
Exemplo: q = 2
Exemplo:
Onde:
Exemplo:
100
90
80
% Acumulada
70
60
50
Limite E2 - E3
40
30
20
Limite E1 - E2
10
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Classe de Altura
Onde:
Exemplo:
Regeneração com 600 indivíduos.
Onde:
Densidade
Freqüência
Densidade Absoluta:
É determinado pelo número de árvores por espécie em 10000 m2.
2
Densidade Absoluta = área ∴10000m = 3156 árv/ha
(d )
2
(1,78)2
Onde:
d = é a média das distâncias entre as árvores de cada quadrante até o
ponto amostral.
Onde:
g = área basal média por espécie
n = número de árvores por espécie
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G
Dominância Relativa =
Gtotal
Onde:
G = área basal por hectare por espécie
Gtotal = área basal por hectare do levantamento
a
S A, B =
a + b +c
Onde:
a = número de amostras em que A e B estão presentes simultaneamente
b= número de amostras em que só B aparece
c = número de amostras em que só A aparece
Exemplo:
a= 6
b= 2
c= 1
6 6
S A, B = = = 0,67
6 + 2 +1 9
6.1.2 Índice de Coincidência
2a
S A, B =
2a + b + c
Se S A, B = 1, temos uma associação completa
Se S A, B = 0 , não existe associação
ad − bc
D A, B =
(a + b) × (a + c) × (b + d ) × (c + d )
S A, B = ∑ T (x A + xB )
∑ T (x A + xB ) + 2(∑ U xa + ∑ V xB )
Onde:
T = subconjunto de amostras em que as espécies A e B coincidem
U = subconjunto de amostras em que aparece somente a espécie A
V = subconjunto de amostras em que aparece somente a espécie B
x A = número de árvores da espécie A no subconjunto
x B = número de árvores da espécie B no subconjunto
Interpretação:
f Se as espécies A e B aparecem sempre juntas, então temos, S A, B = 1
f Se as espécies A e B aparecem sempre separadas, então temos,
S A, B = 0.
r= ∑ ( xA − x A ) × (xB − x B )
∑ (x A − x A )2 × ∑ ( xB − xB )2
Onde:
x A = média dos valores da espécie A no subconjunto
x B = média dos valores da espécie B no subconjunto
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− 3,60
r= = −0,38
18,40 × 4,89
a
CJ =
a + b +c
Onde:
a = número de espécies comuns às 2 comunidades
b= número de espécies exclusivas à comunidade A
c = número de espécies exclusivas à comunidade B
Quando todas a espécies são comuns a "A" e "B", temos CJ = 1.
Quando não existem espécies comuns a "A" e "B", temos CJ = 0 .
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2a
CS =
2a + b + c
7. Índices de Heterogeneidade de Comunidades
Ne
QMJ = ×100
Ni
Onde:
N e = número de indivíduos de uma determinada espécie.
N i = número total de indivíduos.
7.2 Grau de Homogeneidade
Exemplo:
8. Diversidade da Vegetação
DMn = S/ N onde,
S = Nº de espécies amostradas
N = Nº de indivíduos amostrados
H ' = ∑ pi × ln pi
Onde:
pi = proporção de cada espécie em relação ao total.
H '= 1,7443
H'
J=
ln S ( H ' máximo)
Exemplo:
1,7443
J= ∴ J = 0,8388
ln 8
n × (ni −1)
D = ∑ i
N ( N −1)
Onde:
nr
IER = × 100
N
Onde:
n r = número de espécies raras encontradas
N = número total de espécies
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9. Referências Bibliográficas