Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
As Questões
Identitárias Culturais
na (Trans) formação
do Ensino/Aprendizagem
de Línguas e Literaturas
Org.
Karim Siebeneicher Brito
Sílvia Regina Delong
Valéria de Fátima Carvalho Vaz Boni
Org.
Karim Siebeneicher Brito
Sílvia Regina Delong
Valéria de Fátima Carvalho Vaz Boni
As Questões
Identitárias Culturais
na (Trans) formação
do Ensino/Aprendizagem
de Línguas e Literaturas
COLEGIADOS
DE LETRAS
CENTRO ACADÊMICO
DO CURSO DE LETRAS
PORTUGUÊS E ESPANHOL
COMISSÃO ORGANIZADORA
Dra. Sílvia Regina Delong (Presidente)
Esp. Arlete de Melo
Esp. Daniel Brizueña
Dr. Éderson José de Lima
Ms. Ivete Pauluk
Esp. Jaqueline Araújo
Ms. Josoel Kovalski
Dra. Lilian Salete Alonso Moreira Lima
Ms. Maria Cristina Fernandes Robaszkievicz
Ms. Valkíria de Novaes Santiago
Esp. Wellington Jean Farias
COMISSÃO CIENTÍFICA
Karim Siebeneicher Brito, PhD (Presidente)
Ms. Alexsandra Cibelly Finkler
Dra. Bernardete Ryba
Dr. Caio Ricardo Bona Moreira
Ms. Édina Aparecida da Silva Enevan
Ms. Gisele Ludka Deitos
Esp. Marcos Aurélio Ariatti
Ms. Michele Schneiders
Valéria de Fátima Carvalho Vaz Boni, PhD
CONSELHO EDITORIAL
Acir Mário Karwoski (UFTM)
Alessandra Cristina Valério (IFPR)
Édina Aparecida Cabral Bührer (Unicentro)
Keli Cristina Pacheco (UEPG)
Luisandro Mendes de Souza (UFPR)
Maria Salete Borba (Unicentro)
Phelipe de Lima Cerdeira (UERJ)
APRESENTAÇÃO
As organizadoras.
INTRODUÇÃO
If this trend continues nations all over the world will soon
be producing generations of useful machines, rather than
complete citizens who can think for themselves, critici-
ze tradition, and understand the significance of another
person’s sufferings and achievements. The future to the
world’s democracies hangs in the balance. (Nussbaum,
2014:2)
A) Mediação de textos:
• Transferindo informações específicas–orais ou escritas;
• Explanação de dados (ex. gráficos, diagramas, tabelas, etc) –
oral ou escrito;
• Processamento de texto – oral ou escrito;
B) Mediação de Conceitos:
• Colaborar em um grupo;
• Facilitar a interação colaborativa com os pares;
• Colaborar na construção do significado;
• Liderar o trabalho em grupo;
• Gerenciar a interação;
• Encorajar a conversa conceitual.
c) Mediação de Comunicação:
• Facilitar o espaço pluricultural;
• Atuar como intermediário em situações informais (com amigos
e colegas);
• Facilitar a comunicação em situações delicadas e desentendi-
mentos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
QECR E QuRAPLeC
Abordagens plurais
Descritores
COMPETÊNCIA INTERCULTURAL
1 Mit Interkultureller Kompetenz ist die Fähigkeit gemeint, auf der Basis eines geklärten
Eigenkulturbewusstseins fremde Kultur und fremde Lebensformen als Bedingung der
Möglichkeit menschlicher Lebensentwürfe zu akzeptieren und darüber in einen Dialog zu
treten.
REFERÊNCIAS
ABSTRACT: “Soft skills” are hardly measurable skills, also called transversal,
which constitute novel requirements that language teachers face: intercultural
learning, linguistic awareness, and intercomprehension between languages. Such
skills are not contemplated in the Common European Framework of Reference
for languages (CEFR), which constitutes a document for the description of
communicative language competences, and is used as a guide for the assessment
of these competences in several levels around the world. Transversal competences
thus constitute the object of a complementary framework to the CEFR, which
in Portuguese is called QuRAPLeC: Quadro de Referência para a Abordagem
Plural de Línguas e Culturas (Framework of Reference for the Plural Approach
of Languages and Cultures). It was developed following the French original
(CARAP - Cadre de Références pour les Approches Plurielles et Culturelles, Michel
Candelier), with the partnership of secondary teachers in several countries,
and presents a list of descriptors for he competences currently required in an
integrative didactic for languages. The applicaion of such descriptors aims to
fulfill a quality criterium which is essential in the areas of intercultural learning,
language learning competence, and the promotion of multilingualism. This
chapter addresses language teaching based on those competences, and the
development of activities to foster them.
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
Students: ________________________________________________
Group number _______:
• Make eye contact during the presentation: Yes ( ) No ( )
• Use a proper tone of voice: Yes ( ) No ( )
• Wear a uniform or white T-shirt: Yes ( ) No ( )
• Have a proper posture during the whole presentation:
• Yes ( ) No ( )
ADVICE: _______________________________________________
Figura 4. Ficha de avaliação dos grupos
Fonte: Dados da pesquisa, 2019
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 44. ed. São Paulo: Terra e Paz,
2005.
ROSE, Mike. The Working Life of a Waitress. Mind, Culture, and Acti-
vity, Los Angeles, v. 8, n. 1, 2001.
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
KOSSOY, B. Fotografia & História. 2. Ed. rev. São Paulo: Ateliê Editorial,
2001.
INTRODUÇÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
O XAMANISMO EM PERSPECTIVA
2 Tivemos a oportunidade de nos aprofundar nas ñe´e porã no ensaio “Poéticas Ame-
ríndias: Perspectivismo e Transcriação Canibal” (2019). Ali pudemos relembrar que os
conceitos de poesia e de literatura são ocidentais, mas as “belas palavras”, as palavras
adornadas, ou inspiradas, chamadas de ñe´e porã pelos guaranis, são as referências que
em sua linguagem e cultura mais se aproximam da poesia, em termos de aspectos so-
noros e metafóricos. Trata-se, assim como na poesia, de uma linguagem voltada para
a própria linguagem, cuja função não é comunicar, mas produzir acima de tudo beleza
com a linguagem, com finalidades religiosas e/ou ritualísticas. Naturalmente, as metáfo-
ras são constantes nesse trabalho linguístico não-pragmático. Por exemplo, para designar
a flecha, as ñe´e porã usam a expressão “pequena flor do arco”, ou para falar do cachimbo,
usa-se a expressão “o Esqueleto da bruma”. Com tais cantos, por exemplo, em um ritual
de pajelança, não apenas se reconstituem os mitos cosmogônicos, mas também curam-se
doenças, espantam-se maus espíritos, e preserva-se o mundo da destruição. Assim como
o belo da poesia, o belo (porã) das ñe´e porã refere-se ao adornado, e não à beleza natural
(MOREIRA, 2019, p.78).
XAMANISMO E POESIA
para trás. De lá para cá, inseri-me com gosto no magistério, não sem
o permanente desassossego que acompanha a caminhada daqueles que
constantemente se sentem aprendizes no universo complexo e prazeroso
da profissão. Com os anos, fui me afastando da linguística – área que
nunca deixei de apreciar – e me aproximando cada vez mais das pes-
quisas voltadas para a literatura, arte que me seduzia desde a infância e
adolescência nos tempos de colégio. O texto de Bakhtin foi ficando para
trás, mas não esquecido. Quase vinte anos depois, enquanto ensaiava as
primeiras reflexões para o presente texto, imediata e misteriosamente
o texto de Geraldi me voltou ao pensamento e o reli agora com outros
olhos, numa outra enunciação.
No artigo, Geraldi transpõe o conceito de “excedente de visão”,
oriundo da teoria estética de Bakhtin, para o mundo da vida, que é o
mundo no qual não há um autor. Sua hipótese é a de que se estamos vi-
vendo, temos um porvir e, portanto, somos inacabados. O nosso “eu” não
domina, então, o todo acabado da vida. Por isso, para Geraldi, o mundo
da vida é um mundo ético, embora possamos viver a vida esteticamen-
te. O autor dá um exemplo, convidando-nos a imaginar que estamos no
mundo e quem nos vê nos vê com o fundo da paisagem em que estamos:
“A visão do outro nos vê como um todo com o fundo que não domina-
mos” (2007, p.44). Portanto, ele tem em relação a nós um “excedente de
visão”. O que isso nos quer dizer? Que ele tem uma experiência de mim
que eu próprio não tenho, e vice-versa de mim sobre ele:
REFERÊNCIAS
____. Todas as vezes que dissemos adeus. 2 ed. São Paulo: Triom, 2002.
KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Com-
panhia das Letras, 2019.
STIGGER, Veronica. Onde a onça bebe água. São Paulo: Cosac Naify,
2015.
Josoel Kovalski
Universidade Federal do Paraná, Literatura
Curitiba – Paraná
INTRODUÇÃO
assim uma das facetas do que Philippe Lejeune chamou “pacto autobio-
gráfico”, ou seja, pede-se uma maneira de se ler a obra como fruto factível,
como “real”, pois para Lejeune (2008), há diferenças na maneira em como
lemos uma autobiografia e um romance. Contando sua vida ou, o que pela
narração é selecionada dela, há um comprometimento intrínseco próprio
do gênero em se falar uma verdade, verdade essa que pelo pacto pode
ser posta à prova, pois possui o grau de verificabilidade a partir do for-
necimento de informações a respeito de uma realidade exterior ao texto
(LEJEUNE, 2008, p. 36), condição necessária para que o pacto se efetue e a
autobiografia se legitime. As fotos, elementos exteriores de uma realidade
são uma comprovação da vida e um convite pactual. Além disso temos o
nome próprio, a assinatura de quem escreve, pessoa em que coincidem o
sujeito do enunciado e o da enunciação: mais uma das facetas do “pacto”,
posto que o leitor pode questionar a veracidade do que está escrito, mas
não a identidade de quem escreve (KLINGER, 2007, p.41). Estamos, pois,
no campo da “escrita do eu”, no qual os desvios de uma pretensa realida-
de podem aparecer devido às distâncias temporais e espaciais permeadas
pelo relato e o acontecimento vivencial (ARFUCH, 2010, p. 112), porém,
permanecem enraizados em um único sujeito, cuja identidade é definida
pela legibilidade incontestável de sua assinatura. Contudo, para nós res-
ta saber como a autora articula, pelo texto e a partir da experiência do
desterro, um envolvimento com o passado que, longe de estar atrelado à
realidade como algo factual, promove a reinvenção desse mesmo passado
transformando em matéria poética. Nessa já ressaltada segunda edição
há a adição de dois prefácios: um de Pauline Chiziane – escritora moçam-
bicana negra que viveu momentos semelhantes aos da Figueiredo, mas
estando do lado “negro” – e de José Gil, filósofo português. Há ainda uma
espécie de prefácio da própria autora intitulado “Palavras prévias”. Nesse
seu prefácio encontramos a melhor síntese-convite do livro:
3 Citado erroneamente pela autora como “A minha vida sexual” (Figueiredo, 2018, p. 168.
O destaque é nosso.
4 Segundo Thomaz (2012, p. 406), “No dia 7 de setembro de 1974 foram assinados em
Lusaka, capital da Zâmbia, o acordo entre os representantes do governo português e o re-
presentante da FRELIMO, Samora Machel, os quais definiam os termos da transferência
de poderes e a independência de Moçambique”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
SAID, Edward. Reflexões sobre o exílio e outros ensaios. São Paulo: Com-
panhia das Letras, 2003.
ABSTRACT: This work study how memory and how distance in time and
space - an exile - allows us to trace a biographical past as a poetic word. At the
heart of the study are the writings of Isabela Figueiredo, a portuguese language
writer, who portrays her history in Mozambique, where she was born, rebuilt
by the memory and empathic conscience of the black people and the suffering
of a country on the eve of its independence. For this purpose, we will read his
book Caderno de memórias coloniais (2009), which focuses on the story of the
Mozambican liberation from the Portuguese yoke and the life of a girl who is
forced to go into exile in the metropolis of Portugal. Stories reconstructed by the
distant view of memory by the recomposition of memorial fragments more than
forty years after leaving for exile. In this way, we aim to make considerations
about Isabela Figueiredo’s work, how fiction and factual intertwine, how
memory is reinforced, reconstructed by the dynamism of distances. We will base
ourselves on authors such as Arfuch, Cabaço, Chiziane, Said and Kristeva and
their reflections that bring up the concept of memory, exile and exile in doing
the facta, ficta.
ESCOLHAS
1 Venho defendendo as perspectivas que apresento aqui em minha atividade como pro-
fessor do Instituo Federal do Paraná (IFPR). Assim, já ofereci àquela comunidade do-
cente perspectivas sobre a ética e a estética no ensino de literatura na educação básica,
assim como não é a primeira vez que apresento a noção de escritas do professor Antonio
de Pádua Dias da Silva.
autônomas. Então, não posso aceitar, por meu turno, que estudantes da
educação básica e pública brasileira sejam meros objetos da história.
EUDEMONISMO
ESCRITAS2
As questões que levantei até aqui decerto não são novas. Eu mes-
mo, como afirmei, já as tenho repetido há um tempo. A literatura, como
instituição teórica fartamente especulativa, é um objeto que nos escapa
inúmeras vezes. Há, de fato, um patrimônio imenso de obras a inventa-
riar quando nos aventuramos por esse campo do conhecimento huma-
no, cujos instrumentais teóricos podem ser tão díspares como o são as
culturas que produziram os textos para os quais servem de parâmetros
de análise, de categorias de pensamento. Patrimônio quase tão desregra-
do quanto a realidade, objetiva ou não, a qual os textos buscam captar,
mimetizar, poetar ou lhe contrapor. Essa proliferação de obras e teorias
sobre as obras dizem-nos muito da insegurança da qual jugo signo posi-
tivo da literatura.
REFERÊNCIAS
NOVAES, Adauto. Cenários. In: NOVAES, Adauto (org.). Ética. São Pau-
lo: Companhia das Letras, 2007.
Bernardete Ryba
UNESPAR – Curso de Letras /
Português/Inglês
União da Vitória – PR
INTRODUÇÃO
outras identidades nacionais que, por sua vez, tampouco são fixas, natu-
rais ou pré-determinadas” (SILVA, 2009, p. 85). O autor ainda comple-
menta que, no caso das identidades nacionais, a língua é um dos elemen-
tos centrais, “a história da imposição das nações modernas coincide, em
grande parte, com a história da imposição de uma língua nacional única
e comum” (SILVA, 2009, p. 85). À época de 1917 e anos seguintes, devido
à grande contingência de imigrantes que para o nosso país vieram, as au-
toridades brasileiras sentiram a necessidade de impor a língua brasileira
sob o estabelecimento da identidade nacional.
Para Silva (2009, p. 81), a identidade, tal como a diferença “está
sujeita a vetores de força, a relações de poder. Elas não são simplesmente
definidas, elas são impostas. Elas não convivem harmoniosamente, lado a
lado, em um campo sem hierarquias [...]”. O poder de definir a identida-
de e de marcar a diferença não pode ser separado das relações de poder.
Dessa maneira, a “ordem” para o uso exclusivo da língua portuguesa nas
escolas dos imigrantes precisou vir das autoridades federais e estaduais.
Como a ordem não foi totalmente acatada, pois “10 escolas utilizavam-se
exclusivamente da língua polonesa [...] (WACHOWICZ, 1970b, p. 63),
houve o fechamento de algumas.
Há, segundo Silva (2009, p.86), movimentos socialmente orga-
nizados (como o movimento negro) que defendem a mobilidade entre
diferentes territórios de identidades. O hibridismo, de acordo com Silva
(2009, p.87), na perspectiva da teoria cultural contemporânea e usado no
sentido de mistura, conjunção, intercurso entre diferentes nacionalida-
des, entre diferentes etnias, entre diferentes raças,
ensinados cantos, música, culinária – eram feitos com base na ajuda mú-
tua, semelhante ao processo de mutirão.
Nessas comunidades, sem a presença do Estado, inclusive nas
escolas por carecer de professores brasileiros, a língua polonesa fazia-se
presente. Campos (1998, p. 108) nos alerta que, com o governo Getúlio
Vargas, houve mudança no
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
MOITA LOPES, Luiz Paulo. Como e por que teorizar o português: recurso
comunicativo em sociedades porosas e em tempos híbridos de globaliza-
ção cultural. In: MOITA LOPES, Luiz Paulo (org.). O Português no século
XXI: Cenário geopolítico e sociolinguístico. São Paulo:Parábola, 2013.
Bernardete Ryba
Josoel Kovalski
Língu
a
Litera
tura Língu
Litera Língu
a
a
Língu tura Identid
a ade Identi Identi
dade
Identid
ade Identi Identi
dade Litera dade
Litera dade tura Língu
Litera
tura Língu
Litera Língu a tura
Língu a
tura Língua a
Língu
a
a Identi Identi Litera
Identi
dade
dade dade tura Língu
Identi
dade Litera
tura Língu Litera a
Litera a tura Identi Língu
tura Identi Língu
a dade a
dade Língu
Identi a
Língu
a LitederaUnião da Vitória dade Identi
Identi
dade LíngCampus
Identid
ua
t u r a dade
ade