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ANAIS DA .

F'ACULDADE OE MEDICINA DE PORTO ALEGRE 163


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HESU~TA DOS OBTIDOS COM DIETAS NORMAIS


NO TRATAMENTO DO DIABETE MELLITUS

Mauricio Seligman

Pôrto Alegre, março de 1949


Rua Venâncio Aires 964.

Tôda vez que iniciamos o t(atamento animais tornados diabéticos, "quanto mais
de um dibético nos colocamos deante de hidrato de carbono êles ingerem, mais gra-
do:s fatores em jogo: por um lad.:> o doente, mas êles metabolizom por unidade de insu-
ignorante em geral da seriedade de sua lina".
moléstia e que deseja passar bem, nê0 se Confirmando ainda essas observações
sentir doente, livrar-se do!> sintomas e, por e pesquizas Langner e Fies, em 1941, de-
outro lado, nossas prescrições, que são o re- monstraram a influência que tem sôbre o
sultado dos nossos conhecimentos científi- espeto da curva glicêmica o dieta observada
cos e da nossa prática profissional. Isto pela pessôa em observação na véspera do
cria um verdadeiro conflito, pois nem sem- prova. Verificaram êsses pesquizadores que
pre essas prescrições coincidem com os de- a curva é tanto mais diabética quanto mais
sejos do paciente. pobre tiver sido a dieta, do dia anterior em
O interessante seria encontrar um meio hidratos de carbono. '
de satisfazer as duas partes. Desde que co- Em 1926 Sansum e quasi simultanea-
meçamos a nos dedicar com especial ca- mente Geyelin publicaram os resultados
rinho ao tratamento do Diabete Mellitus, das suas observações no emprego de dietas
nos impressionou vivamente o problema die- rica em hidratos de carbono em diabéticos
tético. Tínhamos compaixão dos diabéticos com restrição de gorduras. '
que se viam submetidos a regimes de fome. Adlersberg e Porbes em 1928 também
Pensamos que si essa maneira de pr'Jceder confirmam êsses resultados.
era justificável na era pré-insu:;n,sa, hoje Seria fastidioso passar em revista a
não tem mais razão de ser. infinidade de publicações que se manifes-
Começamos a prescrever dietas mais tam acordes com essa maneiro de proceder.
ricas em hidratos de carbono do que os ha- Não podemos deixar de mencionar os no-
bituais entre os tratadistas e nossa maneira mes de Gibson, Rabinovitch, Barach e Poul-
de ver foi se robustecendo com dados que ton como defensores ardorosos dessa no-
iamos colhendo na literatura médica desta va orientação. Da mesma maneiro, na Amé-
especialidade. rica Latina, Carlos Dominguez e Carlos
Em 1919 Ha.nmon e Hirschmann de- Campos, da Argentina, são paladinos das
monstraram que a ingestão de 100 gramas d:etas ricas em hiprocarbonados nos diabé-
de glicose por um individuo ~ão, 2 a 3 ho- ticos. Seus trabalhos muito contribuíram na
ras após uma ingestão semelho!1te, não nossa maneira de agir.
provocava hiperglicemia e, !ji provocava, Hoje podemos recomendar aos diabé-
era muito pequena. !:sse fenômeno também ticos dietas que muito se aproximam dos
se verifica no diabético. normais, nunca, porém, dietas livres 1 pois
Staub em 1921 e, separadamente, normal e livre não são s:nônimos.
Traugot em 1922, estudando êsse fenôme- O homem civilizado perdeu muito do
no, aplicaram-no ás curvos glicêmicas em instinto primitivo que o orientava na escolho
diabéticos, ficando bem confirmado que "o dos alimentos/ cujo industrialização os põe
ingestão repetida de glicose modifico a res- à sua disposição muito purificados e alta-
posta do organismo ante a hiperglicemia mente concentrados, principalmente os hi-·
provocada, tornando os curvas glicêmicas drocarbonodos e as gorduras. A sua inges-
menos diabéticas". !:sse fenomeno passcú tão obriga o organismo, mormente no que
a se chamar "Efeito Stoub-Traugot". dzi respeito ao seu sistema glicoregulador,
Em 1924, Alia. •, confirmando a verda- o adatações bruscas e violentas.
de dessas pesquizas, demonstrou que/ em Si o homem precissasse extrair dire-
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'
tamente dos alimentos como a natureza Não sabemos si é u;na sorte ou não,
lhos oferece a quantidade de hidrocarbona- mas o fato é que o Q.i.-:Joete pode passar
dos que muitas vezes costuma ingerir, êle despercebido para 0 paciente e muitas ve-
precisaria uma quantidade tal de frutas, zes para o médico, durante muito tempo.
verduras e cereaes, que seria provavelmen- Quando êsses pacientes vêm ao consultório,
te incompatível com a sua capacidade gás- geralmente se encontram profundamente
trica. Fatalmente êle ficaria reduzido ás envolvidos no círculo vicioso que já vinha
suas reais e biológicas taxas dessa espécie se instalando há muito tempo, e que hoje
de alimentos. assume um aspeto impressionante. Podemos
A absorção seria lenta e daria traba- caracterizar êsse círculo-vicioso da seguinte
lho aos dentes, estômago, glândulas diges- maneira:
tivas, intestinos e só depois de absorvidos,
aos órgãos encarregados da g Iicorregula-
POL.IF"AGIA
ção. Evitaríamos assim a atrofia dos pri-
/ \
(O,PS'A)
meiros por falta de função e o desequilíbrio
dos últimos pelas bruscas agressões a que
são submetidos habitualmente. FOME HIPERGL.ICE MIA
( SÊDC)
Hoje podemos ingerir, por meio de
açucar, compotas, bon-bons, sorvetes, do-
ces, etc., quantidades enormes de hidrocar-
bonados sem perceber e sem dar muito tra-
~ GL.ICOSÚAIA
(POUÚII,A)
J
balho ao nosso aparelho digestivo. Entretan-
to, mal podemos imaginar o malabarismo O primeiro elo dêsse círculo vicioso é
que devem fazer o fígado, o pâncreas, a hiperglicemia, seguindo-se os outros to-
os musculos e o resto da constelação glico- dos na ordem acima indicada. Entretanto I

reguladora, para acomodar, utilizar ou eli- para o paciente, a fome ou sêde constitui
minar essas quantidades de hidrocarbona- o primeiro elo.
dos que entram ràpidamente no meio in- •
A
• •
primeira finalidade visada por nós I
terno. ao rntctarmos o trate-menta de um diabético
~ de se admirar que haja tão pouca nessas condiçõe~, é livrá-lo dêsse círculo-
doença na nutrição em vista do desregra- vicioso ou, pelo rnenos, aliviar a sua gravi-
mento dietético do homem civilizado. dade. Não creio que possamos consegui-lo
Póde ser que alguém um dia venha ordenando ao paciente que não coma ou be-
a provar que aí reside um dos fatores mais ba tanto; que coma gordura em vez de pão,
importantes, sinão o mais importante, da ou frutas ou massas. A sua fome ou sêde
etio-potogenia do diabete e de quantas são algo de respeitavel e merece nossa má-
outras moléstias chamadas com acerto "da xima atenção. Entretanto êsse círculo-vi-
civilização". cioso deve ser interrompido, com energia e
Por todas essas não nos arriscaríamos com a máxima brevidade. Procedendo des-
a deixar o diabético alimentar-se livremen- sa maneira conseguimos captar a confiança
te. Entretanto somos de opinião que êle de- do doente e uma certa autoridade sôbre
ve ter uma dieta normal. êle, o que de suma importância para as re-
Não seria fácil afirmar qual o con- lcções futuras, quando os síntomas são mí-
teúdo duma dieta normal. A diversidade nimos e as transgressões tentadoras.
de opiniões é chocante como em tudo o Discute-r.e ainda e se discutirá provavel
que se refere a moléstias da nutrição. To- mente por muito tempo a etio-potognio do
moremos como exemplo o esquema de Jose- diabete. Um fato porém é indicutível - a
lin in "The treatment of diabetes mellitus", ação benéfica da insulina. Pouco interessa
8. 0 edição, 1946, pr. 270. nêste momento si no diabete a falto de in-
sulina é absoluta ou ralativa; si o fator prin-
Hidr. de carb. 150 a 350 gr. nas 24 horas cipal etio-patogênica é o hipofise, o pon-
Proteínas 60 a 125 gr. nas 24 horas creas, o fígado ou o músculo, ou todos si-
Gorduras ... 60 a 125 gr. nas 24 horas multâneamente; si a insulina não age por
deficiente ou por ser inativado por outro
Essas quantidades são as indicadas hormônio - o fato é que suo introdução
para o ind;viduo adulto, e a ellas procura- no meio interno produz efeitos seguros e
mos aproximar as prescritas para os diabé- muitas vez~s espetaculares, a tal ponto que
ticos. seu emprêgo não deveria ser permitido em
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mãos inexpe1 ientes, pois todos sobemos os de Frank Allon, que provam como se altera
acidentes graves que podem ser produzndos para peor a tolerância hidrocarbonada
por uma dose excessiva. quando o paciente é submetido o uma dieta
As dietas e o modo de instituí~las têm prévia carente em hidr. de carbono.
variado dum autor para outro. Joslin, para Calculamos as calorias sôbre o peso
uma dieta de 1600 calorias, dá 1.50 HC, 70 teórico do paciente, levando em considera-
Prot. e 80 Gord. Suas dietas contêm sempre ção suo idade, sexo, ocupação e moléstias
entre 150 a 200 gr. de HC; Prot. 80 a 90 coexistentes. A taxo de proteínas voe de 1o
e o resto Gord. Corr.aça com 150 de HC. e 2 gramas por ki lo de peso em 24 horas; as
voe tateando a tolerância do paciente. Ra- gorduras também de 1 a 2 gramas, sendo o
ramente começa pela dieta definitiva. restante dos necessidades calóricas preen-
Fronk Allan recomenda HC entre 100 chido com hidratos de carbono, que passam
o 200 gr., não menos e nem mais do que muitas vezes de 300 gramas nos 24 horas.
êsses limites; Prot. entre 70 e 100; Gord. A quantidade maior de proteínas do-
50, 100 e ás vezes 200 gr. mos aos obsesos e ás crianças. Gorduras em
Roussell Wilder, da Mayo Clinic, pa- maior quantidade nos desnutridos ou aos
ra uma dieta de 2. 600 calorias, a distri- que necessitam muitos colorias. Fazemos
buição é a seguinte: HC 167 gr; Prot. 84 e festrição global de alimentos no medida do
Gord. 178. possível.
William S. Collens e Louis C. Boas dão A confecção prático do dieta e suo
150 gr. HC; 60 a 85 de Prot. e o restanh distribuição em refeições está represento-
para completar as calorias necessários em do no modelo que aqui estampamos.
Gorduras, que atingem para um caso de Geralmente fazemos o dieta definitiva
3. 500 calorias a 286 gramas nos 24 horas. de início, sujeita naturalmente o eventuais
Escudeiro, da Argentina, seguido entre alterações, raras no verdade, dependentes
nós pelo escola da Annes Dias, começa dei- do intolerância o certos alimentos ou por-
xando o paciente numa dieta hipocalórica, que alguns não são encontráveis. Assim
que é o regime de ensaio, até se tornar várioda, elo contem em quantidades sufi-
aglicosúrico. Só depois é que voe tateando a cente vitaminas e sois minerais. Costuma-
tolerância hidrocorbonada até Cltingir a ta- mos acrescentar sistematicamente a vita-
xa limiar. Sóbre essa taxa instala o regime, mna B.
administrando grandes quantidades de gor- Exigimos do paciente um exame de
duras. Estabelece 3 tipos de regimes, que urina dos 24 horas com dosagem da glicose
convem transcrever: perdida nêsse espaço de tempo e uma dosa-
gem da glicemia em jejum.
(por k. peso 24 horas Havendo glicosúria e hiperglicemia in-
dicamos sistematicamente a insulina, mes-
H. Carb. Prot. Gord. mo tratando-se de obeso. A experiência nos
Número 1 2 gr 1 g. Q.S. ensinou que quando o diabético perde gli-
Número 2 1 gr 0,75 Q.S. cose e portanto tem polidispsia ou polifagia,
Número 3 0,50 0,50 Q.S. não conseguimos fazê-lo obdecer o nosso
regime. E cremos que ninguém o consegui-
Depreende-se dêsse quadro que a rá. t:sses doentes são capazes de roubar ali·
quantidade máxima de H. Carb. para uma mentes. Só podemos interromper o círculo
pessoa de peso teórico de 75 kilos, é de vicioso o que nos referimos há pouco com
150 gr. e Prot. 75. uma boa dose de insulina, mesmo que te-
Quasi todos só indicam a insulina em nhamos de suspendê-la 1 ou 2 dias depois,
caso de balanço hidro-carbonado negativo quando a fome deixou de ser imperiosa.
ou muito abaixo das necessidades mínimas Nessa ocasião o doente já se convenceu
e também nas complicações. de que é possível fazer dieta; já adquiriu
Nós achamos o método de colocar o mais confinaça no tratamento, mais espe-
doente em dieta de prova com restrição ini- rança de cura e assim se torna mais fácil
cial de hidratos de carbono como anti-fisio- de manobrar com êle.
lógico e sujeito a resultados falsos no que Quosi sempre começamos dando o pro-
diz respeito à sua tolerância hidro-carbona- tomina e a insulina comum simultaneamen-
do. te, pela manhã, antes da 1. 0 refeição, em
Aí estão os trabalhos de Hommonn e picados separados. As vezes, quando o res--
Hirschmann, Stoub, Traugot longner e Fies, posta não é satisfatório, faz~mos a deter-
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minação do perfil glicosúrico do paciente 2 - Consideramos dieta normal, se-
e modificamos o horário de aplicação das gundo Joslin, aquela qL:e contem en!re 60 e
insulinas. 125 gramas de proteínas; 60 e 120 gr. de
O critério por nós adotado para deter- gorduras e 150 a 350 gr. de hidrocarbcma-
minar a dose de insulina nas 24 horas é dos poro as 24 horas.
um tanto empírico. É resultado da nossa ~x­ 3 - A média das dietas prescritas aos
periência da observação de numerosos ca- nossos casos foi a seguinte: 102 gramas de
sos (327 casos da nossa clínica particular). proteínas; 95 de gorduras e 266 de Hidra-
Em geral há basiante confusão também tos de carbono nas 24 horas.
nesta parte do tratamento do diabete. Col- 4 - Procuramos interromper o círcu-
lens o Boas trazem uma tabela de gráu de lo vicioso diabético que consiste em Hiper-
utilização de glicose por unidades de insu- glicemia - glicosuria - polifagia ou dip-
lina, variando entre 1 a 1,5 gramas por uni- s:a- hiperglicemia, dando insulina no iní-
dade nos casos de côma até 7 a 1O gramas cio sistemáticamente, só diminuindo ou
nos casos de diabete benigno. suspendendo seu emprego CO'YI a melhora
Em linnas gerais, a quantidade de gli- do paciente.
cóse perdida nas 24 horas dividida por 3, Com essa técnica conseguimos os se-
nos dá o número de unidades de insulina guintes resultados:
total a aplicar no início do tratamento. 1 - A glicosuria média baixou de
Dessa quantidade total, 1/3 a 1/2 é cons- 185 para 5 gramas nas 24 horas.
tituído de insulina comum e 2/3 ou 1/2 de 2 - A glicemia em jejum, média, bai-
prata mina zinco. xou de 2,86 para 1,60 gr. por mil.
Observamos que as grandes glicosú- 3 - A taxa de insulina total (prata-
rias, ao contrário do que seria de esperar, mina mais insulina comum) que foi em
cedem admirávelmente a doses relativamen- média de 56 unidades nas 24 horas, bai-
te pequenas de insulina. Tivemos casos xou para 16,5 unidades.
com mais de 500 gramas de glicose perdi- 4 - O índice de utilização atingiu a
das em 24 horas, que vieram a O em pou- 15,8 gr. de glicose para cada unidade de
cos dias com 100 unidades de insulina di- insulina:
árias. Exigimos novo exame de urina 5 a H ldr. Carb. 266-5 · 261
8 dias depois. Havendo aglicosurio passa- ( 15,8)
mos a controlar o caso pela glicemía em Insulina 13-j-3,5 16,5
jejum periódica mente.
5 - Não tivemos casos de acidose,
Em resumo: coma ou hipoglícemia depois de instituído
- Damos aos nossos diabéticos o tratamento.
dieta normal desde o início do seu trata- 6 - Não tivemos queixa de defici-
mento. ência de alimentos dos pacientes.
CLíNICA DE DIABETE
N. 0 2419 • 289 -do--
DR. M. SELIGMAN

Nome D. B.
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DATAS I 1
9 i 19 • 20 1 21
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10 1 ~Oj 11 I 12 . 3
Prot. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 I
Gord. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 851
H. Carb. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
lnsulin zinc prot . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Insulin comum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Glicemia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3,750
Glicosuria 24 h gramas . . . . . . . . . . . . . .
225
40 I
20

176
: : :I :
0,~17 o o 11 1,~9
Voi. urina 24 h litros . . . . . . . . . . . . . . . . 2,5 0,8 0,8 0,9
Peso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 a·
8~
86 83 ·1 85
Pulso ................................ 1 84 84 1 84 84

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T. Art. mínima ...................... 15
T. Art. máxima .. . . . .. .. . .. .. . .. . .. 1 9 _ 1: ---
-~--- -~~------~---~---·--~---- --·--·-
ANAIS DA FACULDADE DF. MEDICINA DI'.: PóRTO ALBGRB 187

QUADRO DEMONSTRATIVO DA EVOLUÇAO CLl~ICA DE 27 CASOS DE DIABETE MELITUS


CUNICA DO DR. MAURICIO SELIGMAN

Casos D 1 e &a Io f 1 Glieosurla Glie;mlDial


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Insulina
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\ C.A.F. 204 M 31 112 118 270 42 554j O 2,96 1,72 62 45 56 60 40 20 10
C.T. I 241 F 50 100 101 255 45 183 O 4,86 1,78 51 78 83 40 20 10 O
I D.H. I 264 M 33 125 125 295 40 33 8 %,40 1,60 70 7i 77 20 10 10 o
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F.E. 267 M 48 125 125 295 41 175 4 2,48 2,04 69 76 81 40 20 40 10
F.F. 56 M 52 129 86 352 37 296 O 3,20 1,12 73 87 92 40 O O O
F.G. 156 M 56 94 90 249 32 288 O 2,36 1,84 71 71 74 40 20 O O
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O.M. 263 F 42 100 89 245 43 68 O 3,79 2,56 50 75 ~.0 40 20 20 O
R.C. 260 F 62 100 89 245 43 228 7 2,43 1,32 50 56 b9 60 30 20 O
1 J.C.F. 297 M 71 100 85 283 35 193 8 3,84 1,30 66 51 55 40 30 20 10
1 J.P.S. 299
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o
20
3,5

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ANAIS DA FACULDADE DE MEDICINA D~ PõRTO ALEGRE 169

I REFEIÇõES-,--,

; I I I - I !
1 24 h 1J P / 2.• I a.• \ 4.• 1
1~--=-1=
I i i
~~I=
!
1=1I=--
1- Leite - puro, com café, chá, etc. . ...................... . J 5oo t 15o i r 150 200
2 - Manteiga, mr.eite ou banht. ........................... . ! 4o l 10 ; 10 1 to 10
3 -
4 ·-
Nata (Póde ser trocada por 10 gramas da linha anterior) I 30
Carne mc.;ira ou figado - de boi, vitela, frango, peixe - .
i
I
30 I
I
I
cosido ou grelhado sem gordura adicional ............. .
5 - Presunto magro, arenque, sardinhas, peixe em conserva,
150 1 100 I 50
queijo magro .......................................... . 30 30 ! '
6 - Ovo passado nágua quente ............................. .
7 ·- Abacaxi fresco, goiaba, lima, limão, melancia, melão, mo-
rangos ................................................. .
3 - Abacate, amoras, bergamota, cajú, groselha, laranja, pêra
dágua, pêssego, a escolher. Média HC: 10% ........... . 300
I1 1so 1
I I
! ,,. I
9 - Abricó, cereja, framboeza, maçã, mamão, manga, pera,
uva do tipo americano ............................... . i I
10 - Banana, figo fresco, kaki, romã, uva do tipo europeu 20% 100 l 50 ; 50 :
11 - Abobrinha, acelga , aipo, agrião, alface, alho, brocoli, co-
I I
1
I
I
I

gumelo, couve, couve-flor, couve azeda, chicorea, espargo,


espinafre, mostarda, pepino, rabanete, radice, tomate, va-
I i I
gens bem novas 4% ................................... ·
12 - Abóbora madura, beringela, beterraba, cebola, cenoura,
300 I 150 I I 150 I
ervilha verde, nabo, pimentão, repolho, xuxú 8% ....... .
13 - Batata ingleza cosida em duas águas, <Póde ser trocada
200
l 100 1 I 100 I
I
por 50 gramas de aipim ou batata doce ou por 30 gra- i
mas de feijão) ....................................... .
14 - Arroz, aveia, cangica de milho, trigo, Cevadinha. Fari-
100 I
I
50 I
I
l 50
nha de trigo milho ou mandioca. Polvilho. Macarrão.
Tapioca. Maizena. Pesados crús, secos 75% ........... .
15 - Pão - de preferência integral 60% .................. ..
16 - Cerveja - Vinho - Cognac - Whisky ............... .
40
150 50
l
!
2()
3(1
!
! 5o 1
I
!
20
20 l
. l -- --~ - ----- ! _____ - - - ·

Alimentos que não figuram nesta lista só scriiJ permitidos mzdiante consulta previa.
Dentro de cada linha os alimentos podr.m ser cs colhidos à vontade, contan!o que o peso final não seja
ultrapassado.
Adoçar os alimentos com sacarina
Aplicar diáriamencc 40 unidades de PROTAMINA ZINCO INSULINA com 20 unidades de INSULINA
COMUM antes do almoço.

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