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DÍVIDA PÚBLICA
ESCOLA SECUNDÁRIA D. MARIA II
ECONOMIA A
RESUMO
Este trabalho resulta da pesquisa coletiva realizada por três alunos de Economia
A da escola D. Maria II cujo objetivo é analisar o significado de dívida pública e como
o nosso país e a Zona Euro têm vindo a reagir com a evolução deste mesmo indicador
económico.
Em Portugal, a maior parte dos investimentos realizados pelo Estado tem sido
financiada por terceiros, provocando um aumento da dívida pública nesta década
(exceto no ano de 2019). Ao longo do trabalho iremos explorar este tema dividindo-o
em vários subtemas, por exemplo, como se financiam os Estados-Membros da Zona
Euro, causas do aumento da dívida pública portuguesa, peso da dívida pública, entre
muitos outros assuntos.
Vamos fazer a distinção entre dívida pública, dívida privada e dívida externa,
líquida e bruta, e apresentar diversos gráficos e tabelas que mostrem os seus
comportamentos com o passar dos anos e com outros fatores que influenciaram a
mesma dívida, tal como o Covid-19, a crise de 2008 e a atual guerra entre a Ucrânia e a
Rússia.
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Dívida Pública
ABSTRACT
This work is the result of collective research carried out by three Economics A
students from the D. Maria II school whose objective is to analyze the meaning of
public debt and how our country and the Euro Zone have been reacting with the
evolution of this same economic indicator.
In Portugal, most investments made by the State have been financed by third parties,
causing an increase in public debt in this decade (except in 2019). Throughout the work,
we will explore this topic by dividing it into several sub-themes, for example, how the
Eurozone Member States are financed, causes of the increase in Portuguese public debt,
the weight of public debt, among many other subjects.
We will distinguish between public debt, private debt and external debt, net and gross,
and present several graphs and tables that show their behavior over the years and with
other factors that influenced the same debt, such as Covid-19, the 2008 crisis and the
current war between Ukraine and Russia.
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Dívida Pública
ÍNDICE
Índice de quadros...............................................................................................................5
Lista de abreviaturas.........................................................................................................6
Introdução..........................................................................................................................7
O que é a dívida pública?..................................................................................................8
Produtos de dívida pública................................................................................................9
Diferenças dos certificados de aforro e obrigações do tesouro.......................................12
Diferença dos certificados do tesouro e certificados de tesouro.....................................12
O que é a dívida pública na otica de Maastricht?............................................................13
Dívida pública portuguesa...............................................................................................14
Impactos do PIB na dívida pública..................................................................................16
Evolução da dívida pública portuguesa...........................................................................17
Financiamentos a curto prazo em Portugal.....................................................................18
Dívida pública dos Estados-Membros da Zona Euro......................................................21
Orçamento da UE............................................................................................................23
Como se financiam os Estados-Membros da Zona Euro.................................................24
Efeitos da crise mundial, da pandemia e da guerra na dívida pública.............................25
Dívida privada.................................................................................................................27
Dívida pública vs Dívida privada....................................................................................29
Dívida externa bruta........................................................................................................30
Dívida externa líquida.....................................................................................................31
Dívida externa bruta e líquida.........................................................................................35
Porque é que a dívida externa é um problema?...............................................................36
Dívida pública vs Dívida externa....................................................................................37
Dívida pública, privada e externa....................................................................................38
Conclusão........................................................................................................................39
Bibliografia......................................................................................................................40
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ÍNDICE DE QUADROS
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LISTA DE ABREVIATURAS
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INTRODUÇÃO
Défice orçamental;
Receitas e despesas do Estado;
Dívida externa;
Endividamento das Famílias;
PIB.
A entrada de Portugal na UE possibilitou condições de crescimento e
desenvolvimento económico, para as quais os fundos europeus muito contribuíram: o
país convergiu com a média europeia (na educação, saúde, proteção social), avançou
significativamente no conhecimento científico e na inovação, modernizou as
infraestruturas e adquiriu padrões de consumo e hábitos culturais próprios de uma
sociedade desenvolvida.
No entanto, verificou se a permanência dos desequilíbrios estruturais com a fraca
produtividade da economia, o défice das trocas com o exterior e o endividamento
externo, agravados com a adesão à moeda única, o euro, e com a crise financeira e
económica que atravessou o país e afetou todos os países da união, em particular os
países da periferia da Zona Euro.
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Uma das formas de fazer esse financiamento é recorrer à captação das poupanças
dos cidadãos através de produtos de dívida pública. Podendo recorrer ao mercado, por
exemplo, através da emissão de obrigações do tesouro ou bilhetes do tesouro, e de
títulos de dívida pública destinadas às famílias, como os certificados de aforro ou os
certificados do tesouro.
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Esta forte redução da dívida pública foi possível devido à forte recuperação da
economia portuguesa, à melhoria das contas públicas e à otimização da tesouraria global
do Estado.
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Este resultado foi uma excelente notícia para Portugal. A retoma da trajetória de
redução da dívida pública é fundamental para a credibilidade internacional da república
e para a confiança na economia portuguesa.
No atual contexto de normalização da política monetária a nível europeu, permite
assegurar maior segurança e estabilidade e melhores condições de financiamento para o
Estado, para as empresas e para as famílias. Um fator fundamental absolutamente
determinante para a recuperação da economia portuguesa e para o investimento.
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Figura 6 - Evolução do PIB pós pandemia
Dívida Pública
É entre 2005 e 2011 e entre 2011 e 2016 que se verificam as subidas mais
íngremes da dívida pública portuguesa. O principal abalo é explicado pelo empréstimo
de 78 mil milhões da troika (resgate financeiro), a partir de 2011. Além disso,
contribuíram para esse aumento:
O impacto dos sucessivos défices;
A dinâmica desfavorável entre os juros e o crescimento do PIB;
O ajustamento défice-dívida.
O impacto dos défices é uma marca que acompanha quase todas as etapas desta
evolução, mas com especial enfoque nos anos de 2005, 2009 (défice de 9,8%) e 2010
(défice de 11,2%). A partir de 2010, os anos de 2011 e 2012 foram especialmente
afetados pelo que se chama o ajustamento défice-dívida, o que inclui o alargamento do
perímetro das Administrações Públicas que trouxeram as dívidas de empresas públicas
que anteriormente não contavam. Em 2011 e 2012, com a diminuição do PIB nominal,
relaciona-se diretamente o rácio da dívida pública, diminuindo também.
“Embora o aumento da dívida pública decorra essencialmente da necessidade de
financiar o défice das Administrações Públicas, existem outros fatores que podem
influenciar a variação da dívida pública, em termos absolutos”, explica um
apontamento de 2013 do CFP. Ou seja, existem gastos do Estado que, não estando
incluídos no défice, têm de ser financiados contraindo mais dívida.
Entre 2009 e 2012, a dívida pública deu um salto de 52%. Dessa percentagem, 44
pontos percentuais foram da responsabilidade do alargamento de perímetro, que
absorveu o endividamento dessas entidades. “Os restantes 8 p.p. do PIB
(aproximadamente 15% do total) ficaram a dever-se ao aumento do endividamento das
entidades e operações reclassificadas, bem como ao endividamento que o Estado teve
que efetuar para assegurar o financiamento das empresas públicas reclassificadas
(EPR), substituindo-se ao mercado financeiro”, explica o CFP.
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18%. Todos os outros Estados-membros para os quais há dados apresentam uma fatia
inferior a 10%.
Ainda assim, somando a dívida que está colocada nos bancos residentes,
Portugal deixa de se destacar entre os países onde o recurso a poupanças domésticas é
mais representativo para financiar as administrações públicas. No total, os residentes
têm 41,8% da dívida pública portuguesa. O resto está colocado no estrangeiro.
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Este financiamento foi obtido junto de bancos residentes (24,5 mil milhões de
euros), em grande medida através da aquisição, pelo banco central, de títulos de dívida
emitidos pelas administrações públicas, ao abrigo dos programas de compras de ativos,
designadamente o programa de aquisição de obrigações de dívida soberana (PSPP) e,
mais recentemente, o programa de compras de emergência pandémica (PEPP). Em
contrapartida, o financiamento concedido às administrações públicas pelo exterior e
pelos restantes setores da economia, em particular, pelo setor financeiro não bancário,
foi negativo, em 12,6 mil milhões de euros e em 4,0 mil milhões de euros,
respetivamente. Um financiamento líquido negativo indica que as aquisições líquidas de
ativos financeiros pelas administrações públicas são superiores às emissões deduzidas
de amortizações dos passivos, ou seja, as administrações públicas utilizaram parte dos
fundos obtidos para financiarem outros setores da economia.
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DOS ESTADOS-MEMBROS DA ZONA EURO
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ORÇAMENTO DA UE
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A crise financeira internacional teve origem nos EUA, no Verão de 2007, com
problemas nos empréstimos à habitação, naquela que ficou conhecida como a crise do
subprime. A economia norte-americana atingiu o seu ponto mais crítico em 2008, com a
falência do Lehman Brothers, uma das principais instituições financeiras do país.
Portugal, que já se debatia com a estagnação do crescimento económico e com a
queda do emprego desde o início do século, foi rapidamente atingido nas suas
exportações e no crédito bancário. A resposta europeia à crise internacional foi feita de
forma coordenada, utilizando sobretudo a política monetária que pretende garantir a
estabilidade dos preços, como forma de assegurar o crescimento económico e a política
orçamental que consiste na utilização do Orçamento do Estado para atingir a satisfação
das necessidades da coletividade, redistribuição do rendimento e estabilização da
economia. Aos governos com margem de manobra orçamental foi aconselhado um
aumento da despesa pública, sobretudo de investimento. O BCE procedeu a uma
descida rápida das taxas de juro, para estimular a economia.
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PANDEMIA
GUERRA
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DÍVIDA PRIVADA
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Porque é que uma dívida privada elevada é um problema? Rui Bernardes Serra,
economista-chefe do Montepio, explica que esse é um problema por duas razões: “pela
quantidade e pelo preço “. Pela quantidade porque “os agentes económicos mais
endividados têm menor capacidade para contrair novos empréstimos”. “Mesmo que
um determinado investimento possa ser, a prazo, bastante lucrativo, o facto de uma
empresa ter uma menor capacidade de financiamento poderá afastá-la dessa
oportunidade”, acrescenta o especialista.
Por outro lado, no que diz respeito ao preço, “mais endividamento implica mais
risco”, diz Rui Bernardes Serra. “E mais risco implica que os financiamentos sejam
contratados com spreads maiores [juros mais caros], algo que acaba também, no caso
das empresas, por contribuir para uma menor competitividade nos mercados
internacionais”. Mais recursos gastos em juros significam menor capacidade de baixar
os preços dos produtos e, também, de investir na contratação e outros tipos de expansão
operacional.
Há cerca de dois anos, um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI)
demonstrou que níveis elevados de dívida privada são mais prejudiciais para o
crescimento da economia do que níveis elevados de dívida pública. Na análise dos
economistas da instituição, uma dívida pública elevada só é um constrangimento
para o crescimento quando o setor privado – famílias e empresas – tem, também,
níveis elevados de dívida.
Ricardo Reis, economista e professor da Universidade de Columbia, diz que, em
Portugal, “este é um problema muito difícil, que não me parece que esteja
suficientemente resolvido”. “Quer os bancos quer as empresas podem carregar
uma dívida do passado que impede novos investimentos. É difícil atrair novos
acionistas porque eles percebem que antes de retirarem algum lucro têm de pagar
as dívidas do passado” e, por outro lado, “é difícil conseguir crédito porque as
instituições financeiras percebem que a empresa tem um incentivo em optar por
investimentos muito arriscados de forma a conseguir pagar as dívidas anteriores,
sabendo que já tem pouco a perder”.
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Tal como já foi afirmado anteriormente, a dívida externa líquida portuguesa situou-
se nos 170.600 milhões de euros no final de 2021, representando 80,7% do Produto
Interno Bruto, o valor mais baixo desde o terceiro trimestre de 2009, segundo dados do
Banco de Portugal.
A dívida externa líquida de Portugal é positiva, o que significa que Portugal é um
país devedor face ao exterior.
negativa, o que significa que têm ativos de dívida superior aos seus passivos,
apresentando-se assim como países credores face ao exterior.
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CONCLUSÃO
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BIBLIOGRAFIA
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/financas-publicas/detalhe/
endividamento-da-economia-aumenta-11-mil-milhoes-de-euros-em-outubro
https://eco.sapo.pt/2017/06/20/portugal-e-o-pais-da-zona-euro-que-mais-se-
financia-a-curto-prazo/
https://bpstat.bportugal.pt/conteudos/paginas/1356
https://expresso.pt/economia/2022-02-21-divida-externa-liquida-cai-para-807-
do-pib-em-2021-o-valor-mais-baixo-desde-2009
https://www.publico.pt/2022/02/25/economia/noticia/efeitos-tera-guerra-
economia-1996742
https://www.doutorfinancas.pt/financas-pessoais/certificados-de-aforro-e-do-
tesouro-qual-a-diferenca/
https://bpstat.bportugal.pt/conteudos/noticias/633
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