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Universidade do Minho – Escola de Economia e Gestão

Licenciatura de Economia
Ano letivo: 2017/18
Unidade curricular de Economia Portuguesa e Europeia
Docente: José Cadima
 

Cátia Catarina Eira Martins A78539


Introdução
 Não é dos dias de hoje que se houve falar sobre a
dívida portuguesa. Sendo esta uma realidade
que Portugal enfrenta, ao longo deste trabalho
irei então abordar esse tema.
Dívida acumulada por cada subsetor
Total da dívida em 2015

 Os principais “culpados” para


o endividamento de Portugal
foram as empresas com 40%
da dívida total e o Estado
com 36%.

Fonte: CRC BANCO DE PORTUGAL


Fonte: BANCO DE PORTUGAL
Dívida das famílias portuguesas
Dívida das Famílias portuguesas em 2015
É de destacar que as
famílias portuguesas se
encontram num processo
de redução do seu
endividamento.
 Sendo que o crédito
habitação, representa
cerca de 81% da dívida
das famílias portuguesas.
Estima-se que, em média, pessoas com menos de 30 anos, atualmente, não têm dívidas.
Uma possível explicação para tal prende-se com o facto deste grupo
PORQUÊ? etário de pessoas, num dia pode estar a trabalhar em Braga e noutro já
podem estar fora do país, logo não há incentivo para comprar uma casa
num sitio fixo, e deste modo não contraem crédito habitação.

Crédito concedido pelos bancos


para habitação

UM DESAFIO PARA O SETOR BANCÁRIO

Fonte: Por data


Dívida pública portuguesa
A dívida pública, corresponde ao conjunto dos empréstimos contraídos e aos títulos
emitidos não amortizados pelas administrações públicas.
Interna- quando é detida por cidadãos ou
empresas nacionais
Dívida Externa-quando é detida por não residentes

Tendo em conta que a maior parte da dívida portuguesa é externa, esta tende
a constituir uma maior fator de risco porque:

A possibilidade de ocorrência de “paragens bruscas” (sudden stops) nos fluxos de


financiamento externo das economias endividadas, traduzindo-se numa subida abrupta das
taxas de juro exigidas pelos investidores internacionais.

Se a dívida for interna:

o Estado pode reduzi-la os juros pagos aos credores existe uma maior tolerância para
através da tributação; mantêm-se no país possíveis incumprimentos
Dívida pública portuguesa em percentagem do Produto
Interno Bruto de 1974 e 2016

Em 2011,
Portugal
recebeu um
empréstimo
de 78 mil
milhões de
euros

Fonte: Conselho de Finanças Públicas e Banco de Portugal.


Em 2004, o limite de Maastricht (60%)
foi ultrapassado.
Dinâmica da dívida pública (em percentagem do PIB)

Foram poucos os
anos, desde que
existe democracia
em Portugal, que o
rácio dívida pública
decresceu, com a
exceção dos anos de
2000 e 2007.

No âmbito do programa de ajustamento, registou-se


uma redução significativa do défice primário
A evolução da despesa pública
Despesas correntes

Potenciadoras
de crescimento
Despesas de capital económico
Viver acima das possibilidades
Despesas > Receitas Défices
Expectativas para o futuro
 De acordo com um estudo realizado pelo INE, no horizonte temporal 2050, em Portugal,
o número de idosos por cada 100 indivíduos em idade ativa poderá oscilar entre 54 a
67 idosos, valor em muito superior aos 24 estimados para o ano 2000.

Fonte: INE
A população
encontra-se em
População mais A dívida per
pequena e com
contração, e num
pessoas com menos capita será cada
processo acelerado
capacidade produtiva vez mais elevada
de envelhecimento.
Países mais endividados do mundo
Fonte: Dinheiro Vivo, 03.05.2017
 A dívida pública portuguesa é a 22.ª mais elevada do mundo em termos de valor
total da dívida e a sexta mais elevada em percentagem do PIB.

Em termos de valor Em percentagem do


total da dívida PIB

1º Estados Unidos da 1º Japão – 237,9% do PIB


América -17 biliões de euros
2º Grécia – 181% do PIB
2º Japão-19,4 biliões de
3º Eritreia - 174% do PIB
euros
16º Estados Unidos da
3º China-4,3 biliões de euros América - 105% do PIB

106º China - 42% do PIB


Conclusão
 Portugal é um país excessivamente endividado.
A dívida, principalmente a do Estado, tem-se acumulado, ano
após ano, através de crédito contraído no exterior.
A crise económica que afetou toda a Europa, nomeadamente a
economia portuguesa levando ao resgate pela Troika, o que fez
com que a fatura da dívida do Estado disparar ainda mais.

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