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Deisy Boroviec
Mato Grosso
2022
DEISY BOROVIEC
CUIABÁ – MT
2022
MBA em Direção de Arte para Propaganda, TV e vídeo
Deisy Boroviec
Examinador
NOTA FINAL:
Resumo
Fake news can kill. In this scientific article we will address fake news,
misleading news and also called ‘disinformation’ by today’s communicators that bring
harm to citizens: material an human. We have examples of people who were lynched
and killed becaouse of rumors that circulated on the world wide webe. Here we bring
the ‘TV Assembleia’ of Mato Grosso as an antidote, or safe source, to alert
communities that believe in everything they receive through social networks. The
aggravating factor of this historic moment is in the US elections, here in Brazil, which
elected president Jair Bolsonaro.
(Millôr Fernandes)
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Sumário
Introdução
O início: a comunicação entre os seres humanos foi fundamental para a
sobrevivência e a evolução da espécie. Dos 30 mil anos, registrados nesta trajetória
dos Homo Sapiens, a comunicação serviu para a interação que ajuda a se relacionar
para ensinar, aprender, entreter e influenciar. Os homens e as mulheres perceberam
que não nasceram para ser ‘semente’, um dia a vida acaba, com a morte do ser
vivo, e houve a necessidade de transmitir o conhecimento oral para as novas
gerações. Nasceram daí o locutor, o meio, o discurso e o ouvinte.
Naturalmente foram sendo codificados os símbolos e os signos. Com o
sedentarismo foi preciso registrar o número de animais e plantas, bem como os
habitantes das comunidades que se formavam, foi então que as cavernas podiam
assegurar os registros em suas paredes. O conhecimento foi estruturado e cada vez
mais incorporado com novas informações adicionadas às anteriores, mas também
monopolizado pelas civilizações altamente organizadas, como, por exemplo, os
egípcios que tinham os escribas e sacerdotes. Até a atualidade é possível ver os
registros dos deuses, dos rituais, do cotidiano, das rotinas para cada dia do ano, os
eventos entre os faraós nos templos à margem direita do rio Nilo e as construções
para os governantes mortos, do lado esquerdo.
O grande fenômeno, elemento deste estudo científico, foi alastrado pela população
brasileira a partir de 2018, quando o principal aplicativo de comunicação interpessoal
era o Whats App. A princípio, um veículo mais econômico para quem precisava se
comunicar de forma rápida.
O aplicativo foi criado, em 2009 no EUA, por Brian Actone e Jan Koum.
Engendrado como alternativa para as mensagens SMS (Short Message Service),
que em português significa um serviço de mensagens curtas entre equipamentos
com o mesmo dispositivo, no caso o celular. O Whatts App foi além do SMS, passou
a ser um aplicativo de multiplataforma de mensagens instantâneas com chamadas
de voz, envio de fotografias, desenhos (infográficos, charges etc), áudios e
chamadas audiovisuais pelo smartphone. Na ‘palma da mão’ estava a concretização
do icônico filme futurista de Charlie Chaplin: Tempos Modernos, estrelado em 25 de
fevereiro de 1936.
A doença matou 630 mil pessoas no Brasil, em dois anos de pandemia, e 5,5
milhões de cidadãos em todo o planeta. A monopolização da informação chegou em
usuários de drogas ilícitas, que se recusaram a tomar a vacina porque, de forma
induzida por fakenews, não sabiam a procedência e nem a eficácia médica.
Problematização
Nenhuma pesquisa revela os números de fakenews e muito menos a
nocividade com exatidão. O que o noticiário brasileiro, bem como de outros países,
revela é que há prejuízo tanto nas eleições, quanto na vacinação contra o
Coronavírus que assola a população mundial e que se recusa a se vacinar porque
recebeu algum conteúdo pelas redes sociais que ‘alertam’ o mal que o antídoto
contra Covid19 pode trazer, de forma enganosa.
Caetano do Sul, em São Paulo, publicou no ano passado (2021), uma obra didática
sobre a influência do smartphone na sociedade contemporânea.
O jurista levanta a discussão para os efeitos e danos do uso da Carta Magna
para justificar informações enganosas no mundo virtual. Ele alerta para “a falsa
blindagem de censura que jamais terá a proteção da trincheira do postulado
princípio constitucional da liberdade de expressão”.
Esse trabalho científico apresentará novos modelos audiovisuais para
combater a desinformação e delimitar a diferença entre fakenews e liberdade de
expressão, bem como onde está a informação segura para o internauta. Mostrar o
caminho para que os fatos não sejam deturpados em benefício ou detrimento de,
consequentemente, amigos ou inimigos políticos.
Objetivos Específicos
As mentiras políticas, os boatos etc não são novidade. O meio midiático digital
é a inovação que abala as próprias fundações da democracia e do cotidiano de
forma mais rápida e devastadora. O poder das redes sociais em manipular e
polarizar é tratado pelo editor inglês, Matthew D’Ancona, em seu livro, publicado em
2018, chamado ‘Pós-verdade: a nova guerra contra os fatos em tempos de Fake
News’.
A única forma de combater a desinformação gerada pelas fakenews é levar
informação de qualidade e mostrar que uma fonte segura, que tem CNPJ e CPF,
agrega credibilidade, porque as mensagens enganosas são disparadas por
computadores e feitas no sub-mundo da internet, conhecido por ‘Deep Web’.
A ‘Deep Web’ não pode ser vista pelos internautas comuns, que são os
transmissores das fakenews porque acreditam nela. É uma rede maior do que a
internet e não é possível ser acessada pelo cidadão comum e por ter conteúdo
criptografado (criptologia: Ciência Oculta), não pode ser rastreada. Não é um espaço
criado para o crime, mas como qualquer meio, pode ser usado da forma como o
usuário quiser.
Fundamentação Teórica
De lá pra cá, ele criou uma ‘teia’ na rede mundial de computadores para
engendrar a nova Direita, que se colocou contra a vacinação para conter a
pandemia, criou a teoria da conspiração de uma suposta invasão da Esquerda e do
Comunismo no Brasil, bem como chegou a colocar em dúvida como o planeta Terra
se posiciona no espaço Sideral, levando em consideração a possibilidade da Terra
plana.
“Qualquer grupo de pessoas que permanece por algum tempo num lugar
desenvolve uma linguagem especial, um dialeto ou jargão, que representa
sua maneira de identificar aqueles objetos importantes para a ação do
grupo” (STRAUSS, 1999, p. 40)
redes sociais e que ganha a força do poder econômico que manipula os cidadãos
por meio da política.
Mentiras sempre fizeram parte das conquistas não violentas. Por isso o
impacto da rede mundial de computadores sobre as democracias ainda é uma
incógnita. Por isso esse projeto tem interesse em orientar os governantes, bem
como seus canais de comunicação, a dar transparência, estreitar os canais com
credibilidade para que a própria democracia não caia em desgraça. Mudaram os
meios, mas a égide da Comunicação ainda é dinâmica e criativa, o que faz com que
sejam necessários estudos como este.
“As diversas facetas que a análise semiótica apresenta podem assim nos
levar a compreender qual é a natureza e quais são os poderes de referência
dos signos, que informação transmitem, como eles se estruturam em
sistemas, como funcionam, como são sentidos, produzidos, utilizados e que
tipos de efeitos são capazes de provocar no receptor” (SANTAELLA, Versão
online)
O que ela chama de fatos alternativos pode ser visto também como pós-
verdade (desinformação). O olhar científico para o fenômeno trouxe à luz parte do
iceberg criado com a chamada poluição informacional citada pelo advogado Diogo
Rais, na introdução do livro “Fake News e as eleições de 2018 no Brasil”.
Na obra é possível observar as ações governamentais para combater a
polarização gerada no ambiente virtual que estimula o internauta a permanecer on-
line e consumir as propagandas que rendem milhões aos donos das empresas que
fomentam a internet.
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“Na Alemanha foi aprovada recentemente a Lei Alemã para a Melhoria das
das Leis nas redes sociais (NetzDG), que busca legislar sobre crimes de
ódio e fake news nas redes sociais. A nova Lei estabelece uma
responsabilização das empresas de mídia social em averiguarem conteúdos
denunciados por seus usuários como potencialmente ilegais, eliminando-os
de suas plataformas caso o conteúdo se confirme como discurso de ódio ou
notícia falsa - se não o fizerem, estão sujeitas a multas de até 50 milhões de
euros (JUNIOR, 2018).” (Bernardi, 2020, pg 14)
Antes da cantora que conquistou espaço para ser ouvida na América Latina, o
dramaturgo e poeta alemão, Bertholt Brecht, no antigo continente, escreveu o texto
“O analfabeto político”, aquele que não sabe que é da política que vem ‘o custo de
vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do alguel, do sapado e do remédio’.
Mais uma vez, o texto de Bernardi corrobora um fato histórico:
“A Ciência Política tem trabalhado com a ideia de que se vive em uma
época de crise política, seja ela de representação, da democracia ou de
governabilidade, todas norteadas pela temática da desconfiança de
demonização da política tradicional.” (Bernardi, 2020, pg 45)
O que era boato na vida real foi impulsionado na vida virtual. A diferença, a
princípio, é que as pessoas se relacionavam com conhecidos pelas redes sociais.
Depois das manifestações de 2013 no Brasil, que levaram ao impeachmant da
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“Ora, acontece que naquele país (o Japão) o império dos significantes é tão
vasto, excede a tal ponto a fala, que a troca dos signos é de uma riqueza,
de uma mobilidade, de uma sutileza fascinantes, apesar da opacidade da
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Conclusão
Referências
BARTHES, Roland. O império dos signos, São Paulo: WMF Martins Fontes, 2007.
BASTOS, Heliodoro Teixeira. Psicodinâmica das cores em Comunicação, São
Paulo: Blucher, Sexta Edição, 2006.
BAUMAN, Zygmunt. 44 cartas do mundo líquido, Zahar, 2011.
FREIRE, Paulo e Sérgio Guimarães. Educar com a Mídia: novos diálogos sobre
Educação, editora Paz e Terra, 2011.
MARTINO, Luís Mauro Sá. Teoria das Mídias Digitais, editora Vozes, 2014. MELO,
José Marques de. Mídia e cultura popular, editora Paulus, 2008.
Referências digitais
https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2020/08/20/o-ecossistema-da-
desinformacao
https://www.youtube.com/watch?v=X7bgAVuWe88&t=1s
https://www.unicamp.br/unicamp/tv/2021/03/29/lockdown-nao-serve-para-nada
http://museuegipcioerosacruz.org.br/alexandre-o-libertador-do-egito/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandre,_o_Grande