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1. Introdução
O presente trabalho visa abordar sobre a indústria química. O trabalho surge no âmbito da
cadeira de Química Técnica, lecionado no curso de Biologia com habilidades em Química, 4º
ano. Serão propostos conteúdos do nosso cotidiano como, a economia industrial, a matéria-
prima e os componentes do processo químico – técnico. E de salientar que a industria química
é uma indústria destinada na transformação de uma substancia ou matéria-prima em novos
produtos necessários, usando substâncias químicas e processos químicos.
Quanto a organização do trabalho, encontra-se organizado em introdução, desenvolvimento,
conclusão e referência bibliográfica, onde constam todas literaturas consultadas para a
concretização da pesquisa.
O trabalho tem por objectivo, explicar a posição da indústria química na economia, indústria
química e energia, descrever as bases da matéria-prima e por fim, indicar as tendências de
desenvolvimento das construções das instalações químicas das indústrias químicas.
Para a elaboração da presente pesquisa usou-se o método bibliográfico e com auxílio de
algumas fontes electrónicas capturadas na internet em formas de pdf.
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2. Posição da indústria química na Economia


Segundo Morais (s/d), a química é uma parte integrante de muitos ramos industriais. Falar da
industria química, significa considerar a produção de aço e alumínio, a produção de cimento e
de outros materiais de construção civil e industrial, a produção de vidro baseia – se também
nos processos químicos.
Historicamente, a indústria química desenvolveu se na Alemanha, na base de produção de
tintas, a partir do alcatrão, cerca do ano 1860. Nesta altura, formaram se novos ramos, como,
por exemplo, a industria de detergentes e a metalúrgica. No início do seculo XX havia um
desenvolvimento muito forte da indústria química.
Nos países desenvolvidos a produção química é um dos ramos mais importantes, a sua
percentagem varia entre 10 e 17% da produção industrial bruta e o seu crescimento anual
entre 5 e 10% (MORAIS, s/d).
Actualmente a indústria química produz no mundo produto no valor de cerca 300 biliões Us –
Dólares. Os produtos preliminares, intermediários e fins são colocados em várias áreas. As
empresas petrolíferas, por exemplo, produzem adubos, a indústria alimentar o ácido cítrico.
De acordo com Morais (s/d) indústria química é uma indústria destinada na transformação de
uma matéria-prima em novos produtos usando substâncias químicas e processos químicos.
Incluem as indústrias que têm a ver com a produção de petroquímicos, agro-químicos,
produtos farmacêuticos, polímeros, tintas, etc.
São utilizados processos químicos como reacções químicas, para formar novas substâncias,
separações baseadas em propriedades químicas tais como grau de solubilidade ou a carga
iónica e destilações das substâncias, além de transformações por aquecimento ou por outros
métodos físicos. As indústrias químicas envolvem o processamento ou alteração de matérias-
primas obtidas por mineração e agricultura, entre outras fontes de abastecimento, formando
matérias e substâncias com utilidade imediata ou que são necessários para outras indústrias.
As indústrias de processamento de alimentos não são, em geral, incluídas no termo "indústria
química" (MORAIS, s/d).

2.1 Causas das propriedades da indústria química


Segundo Wongt (2002), uma das causas é a função económica que é importante na
substituição do material. Os produtos naturais como, por exemplo, metais, madeira, fibras
naturais, couro, etc. são substituídos por materiais sintéticos (plástico, elástico, fibras
sintéticas, etc.).
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A aplicação crescente destes produtos químicos nos ramos de fabricação leva também a uma
revolução na tecnologia. Operações tradicionais, como fundir, forjar, aplainar e outras, são
eliminadas ou melhoradas. Este desenvolvimento acompanhado pela descida dos custos e do
tempo de produção causa uma produtividade mais alta, a química participa noutros ramos do
progresso técnico – cientifico como forca motriz determinante (WONGT, 2002).

2.1.1 Produtos químicos importantes


A característica da indústria química é, por um lado, a produção de um grande número dos
produtos finais com base em poucas matérias – primas e, por outro lado, a dominância dos
processos de transformação de substâncias acoplados com processos físicos – técnicos em
etapas (WONGT, 2002).

2.1.2 Classificação dos produtos químicos


Segundo Morais (s/d), uma das possíveis classificações dos produtos químicos é:
a) Substancias fundamentais inorgânicas: ácido sulfúrico, cloro, amoníaco, soda e
adubos minerais, mas não alguns sais de potássio, vidros, materiais de construção,
produtos metalúrgicos e cerâmicas.
b) Substancias fundamentais orgânicas: acetileno, olefinas, parafinas, compostos
aromáticos, gás de síntese e produtos álcoois, esteres, Tesidas, solventes, corantes
orgânicos, produtos preliminares para fibras sintéticas.
c) Produtos químicos de petróleo e alcatrão: combustíveis e lubrificante, ceras, alcatrão,
betume.
d) Produtos químicos especiais: filmes, papel fotográfico, pesticidas.
e) Produtos químicos – técnicos especiais: detergentes, lacas, tintas, meios auxiliares
têxteis, óleo técnicos, perfumes, essenciais.
f) Plásticos e produtos plásticos: polivinilcloreto, poliolefiinas, polistireno,
poliacrilnitrila, fenoplasticos, aminoplasticos, poliuretana, resina epoxídicas, silicones.
g) Fibras químicas: fibras de poliamida, de poliéster, de poliadilnitrila, fibras celulósicas.

2.2 Industria Química e Energia


Na transformação das substâncias em produtos é necessário a garantia de energia, isto é, deve-
se garantir as fontes energéticas. Entre elas, as mais importantes, são: carvão mineral, lenhite,
agua, ar, coque, hidrocarbonetos, termoelétricas, hidroelétricas, centrais nucleares, etc.
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A energia eléctrica toma um lugar especial nas fontes energéticas, porque é cómodo em
qualquer forca de trabalho, é transportável para qualquer zona e é transformável para qualquer
outro tipo de energia (MORAIS, s/d).

2.3 Bases da Matéria-prima


Segundo MORAIS (s/d), a matéria-prima consiste num conjunto de produtos necessários em
diversos processos de produção, que são extraídos ou obtidos directamente da Natureza
(explorações florestais, agrícolas ou minerais). Estas matérias constituem a primeira fase da
cadeia de transformações imprescindíveis para a obtenção do produto final.
Dado que o estado em que se encontram as matérias-primas não possibilita a sua utilização
directa pela maior parte das indústrias, estas usam produtos semi-elaborados obtidos a partir
das matérias-primas, as denominadas substâncias básicas.
Provêm do subsolo, do solo, do mar, da atmosfera usados ao serviço do homem, para servirem
as indústrias.

2.3.1 Classificação da Matéria-prima


Segundo MORAIS (s/d), afirma que de acordo com a proveniência a matéria classifica-se em:
Produtos Minerais – englobam o petróleo, o gás natural, carvão mineral, sais, pedras,
etc;
Produtos Agrícolas – são as plantas e árvores cultiváveis, assim como vegetais;
Produtos Pecuários e Pesqueiros – animais domésticos\selvagens e peixe;
Produtos secundários – sucatas, papel velho, garrafas, vidro, plásticos furados, ossos,
etc;
Produtos Pré-fabricados – plásticos PVC, linha, etc.
Produtos Atmosféricos – Ar;
Produtos Hídricos – água.
São normalmente substâncias auxiliares: a água, o ar, os solventes orgânicos e inorgânicos,
catalisadores e a energia.
Ar – serve para o aquecimento para combustão, como corrente nos altos-fornos, serve
também para arrefecer, dissolvente no processo de Linder;
Água – serve como solvente, aquecimento e arrefecimento, sedimentação, limpeza,
meio de flotação, para filtração, etc.
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2.4 Industria Química como Transformadora de Matéria-prima

2.4.1 Processo Químico Tecnológico


Segundo Morais (s/d), Processo Químico Tecnológico é o processo que envolve desde a
entrada da matéria-prima, montagem dos equipamentos, transformação das substâncias `a
novas substâncias, comercialização ate ao último consumidor. O centro da tecnologia química
designa - se por Processo Químico Tecnológico (PQT).
É o trabalho em indústrias químicas em geral, como as de produtos agrícolas, alimentícias, de
plásticos, tratamento de couros e fabricação de tintas e vernizes, de cimento e de vidro, entre
outras. Na linha de produção, opera equipamentos e controla processos industriais. Em
laboratórios, faz análises de qualidade da matéria-prima e de produtos finais. Controla
resíduos da produção, de modo a não prejudicar o meio ambiente com poluentes.
Em órgãos públicos, participação na elaboração do plano de municípios, no que diz respeito
ao tratamento de águas e serviços de armazenamento e transporte de produtos químicos. É
comum trabalhar em parceria com engenheiros químicos e sanitaristas O Processo Químico
Tecnológico designa-se por processo de produção que se diferem através da sua orientação
tecnológica científica, que engloba a parte sócio económica e material técnica (MORAIS,
s/d).

2.5 Tendências de desenvolvimento das construções das instalações químicas das


indústrias químicas

2.5.1 As principais tendências internacionais, no marco da sustentabilidade


A Abiquim incorpora em seus princípios de sustentabilidade as seguintes diretrizes e
conceitos internacionalmente reconhecidos:
International Council of Chemical Associations (ICCA):
“Posicionar a indústria química como criadora de soluções para o desenvolvimento
sustentável”.
ICC Industries (EUA): “promover o uso seguro de produtos químicos, informar a tomada de
decisões sustentáveis e a inovação acelerada; abordar os impactos ambientais de operações e
produtos; ir além dos requisitos regulamentares para gerenciar, monitorar e reportar progresso
através do Responsável; a inovação como compromisso para a sustentabilidade”.
Além destes princípios, a entidade também acompanha importantes tendências internacionais
nas quais o setor tem papel chave para a criação de soluções que contribuam para que toda a
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comunidade, governos, organismos intergovernamentais, sociedade civil e setor privado


possam juntos cumprir o desafio de uma economia de baixo carbono:
Mudanças Climáticas: assinado em 2015 por 151 países, os compromissos assumidos pelo
Brasil em sua NDC ao Acordo de Paris, especialmente aqueles relacionados aos setores
Indústria e Energia, implicarão em mudanças de processos industriais a serem incorporados
pelo setor a partir de 2020. Portanto, Clima é acompanhado pela entidade de forma bastante
próxima junto ao governo e fóruns de negociações internacionais, durante a atual fase de
construção de políticas públicas que implementarão as metas da NDC a partir de 2020.
Precificação de Carbono: com as metas de redução das emissões, do Acordo de Paris, a
Abiquim está imersa em todas as discussões entre o setor privado e o governo, a fim de
garantir que a construção de políticas públicas seja feita de forma que haja a transição rumo a
uma economia de baixo carbono ao mesmo tempo em que não impacte negativamente na
competitividade da indústria brasileira frente ao mercado internacional.
Bioeconomia: “como resultado de uma revolução de inovações aplicadas no campo das
ciências biológicas, está diretamente ligada à invenção, ao desenvolvimento e ao uso de
produtos e processos biológicos nas áreas da saúde humana, na produtividade agrícola e da
pecuária, bem como da biotecnologia” (CNI 2013), este tema impacta diretamente o setor
químico, na medida em que os atores chave deste processo dependem de produtos químicos
(agroquímicos, soluções médicas e engenharia química).
Química verde: o setor atua na concepção de produtos e processos químicos que reduzam ou
eliminem a utilização e geração de substâncias perigosas para as pessoas e o meio ambiente.
Podem ser citados como exemplos o plástico verde, feito a partir do etanol da cana-de-açúcar
e não de petróleo, e o próprio álcool etílico de segunda-geração, oriundo do bagaço da cana-
de-açúcar. Também merece destaque a utilização da biomassa como matéria-prima e para a
geração de energia.

2.6 Desafio para o setor no marco do desenvolvimento sustentável (Mercado, Tecnologia,


Regulação)
Segundo Carrara & Meirelles (1996), são desafios para o setor no marco do desenvolvimento
sustentável, os seguintes:

Além dos desafios a serem enfrentados devido às tendências identificadas, há outros,


que já são antigos, mas que também devem ser superados se quisermos ter uma
indústria química competitiva e sustentável no mundo;
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Elevada cientificidade no processo de produção em que deve haver pouco desgaste da


força humana e pouco gasto da matéria-prima;
Alta pureza dos produtos, porque a qualidade deve ser aceitável;
Alta produtividade, isto é, muita qualidade de produtos em menos tempo
(automatização);
Alta exigência das obrigações entorno de regras e normas dos padrões nacionais e
internacionais;
Pouco gasto de energia.

2.6.1 Desafios de mercado / econômicos


Diversificação nas fontes de matérias-primas competitivas em preço, disponibilidade
de volume e prazos estabelecidos nos contratos;
Diversificação nas fontes de energia / Biomassa;
Eficiência Energética;
Distorções do sistema tributário, desoneração da cadeia, isonomia tributária em
investimentos sustentáveis;
Acesso a crédito/financiamento a ações em clima;
Qualidade de vida

2.7 Desenvolvimento das construções das instalações químicas das indústrias químicas
Antes da fabricação de um produto químico numa instalação química deve se fazer muitas
investigações, testes e trabalhos preliminares.
A primeira etapa neste processo de desenvolvimento é a descoberta (provas) do processo
químico no laboratório numa variedade de experiencias em que serão determinadas as
condições de reacções mais favoráveis para a sua realização. Nesta fase devem se estudar,
também a preparação e o tratamento dos produtos iniciais, a separação e tratamento dos
produtos finais. As massas dos reagentes no laboratório são cerca de 1 kg (CARRARA &
MEIRELLES, 1996).
Os resultados forma base para a construção de uma aparelhagem semi-técnicas, preparando a
transmissão do processo para a produção, esta aparelhagem deve ter a mesma forma e
sequência dos aparelhos previstos na produção. Com base nos conhecimentos sobre as
condições de reacção, o rendimento da reacção química, a conduta dos reagentes e o
regulamento da instalação, resultantes da instalação semi – técnica é montada uma instalação
de produção química (CARRARA & MEIRELLES, 1996),
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A finalidade da produção é obter o maior número dos produtos com menor dispêndio possível
de capital (gasto para matérias – primas e outros custos), considerando também a proteção do
meio ambiente. Uma instalação da produção química é caracterizada por condutas, recipientes
e aparelhos técnicos, preferencialmente de aço.
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3. Conclusão
Feito o trabalho da cadeira de Química Técnica, com o tema “Industria Química”. Pude-se
concluir que a origem da Indústria Química foi dada nos primórdios do século XIX, época em
que muitos dos princípios químicos já eram utilizados para a produção de bálsamos, colas,
sabões e perfumes. A indústria química, empresas que fabricam produtos industriais, como
agroquímicos, polímeros, farmacêuticos, tintas etc. Materiais específicos, como carbonato de
sódio e potássio, passaram a ter grande demanda devido ao crescente desenvolvimento
industrial no que tangia à confecção de bens de consumo, tais como vidro, sabão e têxteis.

Concluiu-se também que para se desenvolver uma indústria química é necessário que haja
energia sufiente, matéria-prima, assim como transporte e comunicação. E os desafios que tem
são a cientificidade, alta produtividade, alta pureza, pouco gasto de energia assim como pouco
desgasto da forca humana e por fim as exigências das normas e regras nacionais e
internacionais.
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4. Referência Bibliográfica
MORAIS, Carlos Alberto. Química Técnica. Manual de Curso de licenciatura em Ensino de
Química, Universidade Católica de Moçambique Centro de Ensino á Distância. Maputo. s/d.
CARRARA, Júnior, E; MEIRELLES, H. A indústria química e o seu desenvolvimento. São
Paulo: Metalivros, 1996.
WONGT SCHOWSKI, P. Indústria química: Riscos e oportunidades. 2. ed. São Paulo:
Editora Edgard Blucher, 2002.
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Índice
1. Introdução...............................................................................................................................3

2. Posição da indústria química na Economia............................................................................4

2.1 Causas das propriedades da indústria química......................................................................4

2.1.1 Produtos químicos importantes..........................................................................................5

2.1.2 Classificação dos produtos químicos.................................................................................5

2.2 Industria Química e Energia.................................................................................................5

2.3 Bases da Matéria-prima........................................................................................................6

2.3.1 Classificação da Matéria-prima.........................................................................................6

2.4 Industria Química como Transformadora de Matéria-prima................................................7

2.4.1 Processo Químico Tecnológico.........................................................................................7

2.5 Tendências de desenvolvimento das construções das instalações químicas das indústrias
químicas......................................................................................................................................7

2.5.1 As principais tendências internacionais, no marco da sustentabilidade............................7

2.6 Desafio para o setor no marco do desenvolvimento sustentável (Mercado, Tecnologia,


Regulação)..................................................................................................................................8

2.6.1 Desafios de mercado / econômicos....................................................................................9

2.7 Desenvolvimento das construções das instalações químicas das indústrias químicas.........9

3. Conclusão..............................................................................................................................11

4. Referência Bibliográfica.......................................................................................................12

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