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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS –

CAMPUS DE URUAÇU
DEPARTAMENTO DE ÁREAS ACADÊMICAS
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

PEDRO HENRIQUE GODOI SILVA

ESTUDO DO DESEMPENHO DA USINA FOTOVOLTAICA INSTALADA NO IFG


CAMPUS URUAÇU

URUAÇU
2018
PEDRO HENRIQUE GODOI SILVA

ESTUDO DO DESEMPENHO DA USINA FOTOVOLTAICA INSTALADA NO IFG


CAMPUS URUAÇU

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil ao Departamento de
Áreas Acadêmicas do Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia de
Goiás – Campus Uruaçu.
Orientador: Prof. Me. Eder Carlos da
Silva.

URUAÇU
2018
3

Lista de Figuras

Figura 1 - Reconstituição da curva normal prevista por Hubbert que demonstra uma
previsão da produção mundial de petróleo baseada em reservas conhecidas até 1956. ........... 10
Figura 2 - Produção e consumo de petróleo no mundo de 1971 a 2010.. ................................ 11
Figura 3 - Produção de petróleo bruto nos Estados Unidos em milhares de barris.. ................ 12
Figura 4 - Evolução da Capacidade Instalada de Energia Solar Fotovoltaica no Mundo.. ...... 14
Figura 5 - Configuração básica de sistema fotovoltaico........................................................... 15
Figura 6 - Sistema conectado à rede.. ....................................................................................... 15
Figura 7 - Medição bidirecional de registros independentes (a) com utilização de um
medidor bidirecional e (b) com a utilização de dois medidores unidirecionais.. ..................... 16
Figura 8 - Sistema com medições simultâneas.. ....................................................................... 17
Figura 9 - Componentes básicos de um sistema fotovoltaico.. ................................................ 17
Figura 10 - Estrutura de um módulo fotovoltaico.. .................................................................. 18
Figura 11 - Efeito causado pela variação de temperatura das células sobre a curva
característica I x V para um módulo fotovoltaico de 36 células de silício cristalino (c-Si)
sob irradiância de 1000 W/m²................................................................................................... 19
Figura 12 - Modelo de etiqueta do INMETRO afixada nos módulos; os dados indicados
pelas setas são informados para cada modelo de módulo, depois dos ensaios realizados
por laboratório credenciado.. .................................................................................................... 21
Figura 13 - Módulos ligados em série.. .................................................................................... 22
Figura 14 - Módulos ligados em paralelo.. ............................................................................... 23
Figura 15 - Nesse caso, após a limpeza do módulo ele voltou às condições normais de
funcionamento.. ........................................................................................................................ 24
Figura 16 - Esquema de um sistema fotovoltaico isolado domiciliar: A – painel
fotovoltaico; B – controlador de carga; C – banco de baterias; D – inversores; E –
equipamentos elétricos c.a.; F – caixa de conexão.. ................................................................. 25
Figura 17 - Interface da seção do software PVsyst onde se introduz a localização do
projeto analisado.. ..................................................................................................................... 28
Figura 18 - Caracterização de orientação e azimute dos painéis fotovoltaicos no
programa PVsyst.. .................................................................................................................... 28
Figura 19 - Exemplo de definição da linha de horizonte pelo programa PVsyst.. ................... 29
Figura 20 - Interface do software PVsyst.. ............................................................................... 30
4

Figura 21 - Informações sobre o sistema fotovoltaico do IFG Uruaçu apresentadas na


plataforma Sunny Portal.. ......................................................................................................... 31
5

Lista de Tabelas

Tabela 1 - Dados técnicos que constam na etiqueta de um módulo fotovoltaico.. ................... 20


Tabela 2 - Dados técnicos adicionais que podem constar na folha de dados do módulo.. ....... 21
Tabela 3 - Classes de eficiência de módulos fotovoltaicos no Brasil.. ..................................... 22
6

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 7
1.1 HIPÓTESES ..................................................................................................................... 7

1.2 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 8

1.2.1 Objetivo Geral ........................................................................................................... 8

1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................................................ 8

2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................................... 9


2.1 ENERGIA RENOVÁVEL ............................................................................................... 9

2.2 ENERGIA SOLAR ........................................................................................................ 12

2.3 SISTEMA FOTOVOLTAICO ....................................................................................... 14

2.4 COMPONENTES BÁSICOS DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS ............................ 17

2.4.1 Células e Módulos Fotovoltaicos ............................................................................ 18

2.4.2 Baterias .................................................................................................................... 25

2.4.3 Controlador de Carga............................................................................................... 25

2.4.4 Inversores ................................................................................................................ 26

3 METODOLOGIA.................................................................................................................. 27
3.1 PVSYST ......................................................................................................................... 27

3.2 SUNNY PORTAL .......................................................................................................... 30

4 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ................................................................................... 32


5 REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 33
7

1 INTRODUÇÃO

Energia solar é o termo utilizado para designar a energia proveniente da luz e


calor do Sol. Entre as diversas maneiras de se aproveitar essa energia existe a conversão
fotovoltaica. Onde, a energia proveniente da luz do Sol é convertida em energia elétrica
através de sistemas fotovoltaicos (FV) que captam a luz, convertem a energia dos fótons
da mesma em eletricidade e disponibilizam corrente para uso.
O mercado fotovoltaico, no Brasil e no mundo, vem crescendo
exponencialmente, porém ainda é pequena a geração em comparação com as fontes
convencionais de energia. Em 2015, a produção mundial de energia fotovoltaica cobria
1% da demanda mundial de energia (EPIA, 2015). Número promissor, mas ainda
pequeno em comparação ao potencial energético proveniente do Sol.
Alguns campi do Instituto Federal de Goiás (IFG) foram selecionados para a
instalação de usina solar fotovoltaica, com a intenção de contribuir na geração de parte
da energia elétrica consumida por eles. O campus Uruaçu foi um dos selecionados para
tal investimento. O valor da potencia energética proposta pela empresa responsável pela
instalação foi de 70,2 KWp. Watt-pico (Wp) representa uma medida de potência
energética associada às células fotovoltaicas em condições ideais específicas, pois as
condições de produção de energia elétrica dependem bastante de fatores externos à
célula.
Neste trabalho, tendo em vista que a irradiação na região de Uruaçu apresenta
valores favoráveis à instalação de painéis fotovoltaicos (GODOI et al., 2014), dados da
energia elétrica produzida pela usina fotovoltaica instalada no IFG Campus Uruaçu
serão coletados e analisados para a verificação do quanto da demanda energética da
instituição é suprida pela energia proveniente do sistema fotovoltaico. Para realizar as
análises serão utilizados o software PVsyst e a plataforma online de monitoramento de
sistemas fotovoltaicos Sunny Portal.

1.1 HIPÓTESES

Sistemas fotovoltaicos não possuem a mesma potência de geração elétrica no


decorrer de seu funcionamento, pois a produção do sistema será comprometida pelo
ângulo do Sol, condições atmosféricas, poeira nos módulos e deterioração dos
componentes (PENICK; LOUK, 1998, p. 3). Comparações entre as produções de
8

energia esperada e atual são os melhores indicadores de desempenho. Não existe ainda
estudo que demonstre qual a real contribuição da usina fotovoltaica instalada no IFG
Campus Uruaçu para a demanda energética da instituição. Portanto, acreditamos que o
fornecimento de energia elétrica da referida usina atinja faixas de valores esperados,
porém com oscilações que poderão ser de magnitudes desprezíveis ou que saiam de uma
zona de aceitação para valores insuficientes ao abastecimento do campus.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral


Coletar e analisar dados da energia elétrica produzida pela usina fotovoltaica
instalada no IFG Campus Uruaçu para verificar o quanto da demanda energética da
instituição é suprida pela energia proveniente do sistema fotovoltaico.

1.2.2 Objetivos Específicos


Compreender o funcionamento de sistemas fotovoltaicos;
Realizar análise climática e das condições de funcionamento da usina fotovoltaica do
IFG Campus Uruaçu;
Coletar, no período da pesquisa, as intensidades da energia elétrica produzida pelos
painéis, através do software Sunny Data Control, em kWh;
Comparar esses valores com a demanda de energia elétrica do IFG Uruaçu para estimar
a porcentagem suprida pela usina e, portanto, sugerir modificações, se houver
necessidade;
Apresentar resultados que possam informar a sociedade quanto às características da
produção fotovoltaica na região.
9

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ENERGIA RENOVÁVEL


Todas as sociedades precisam de energia para realizarem atividades que
satisfaçam as necessidades básicas do ser humano como iluminação, cozinhar,
comunicação, conforto, mobilidade e também realizar processos produtivos. Para que o
desenvolvimento seja sustentável, os serviços de geração e distribuição de energia
precisam ser seguros e ter baixo impacto ambiental. Pois desenvolvimento sustentável é
aquele que permite às gerações presentes suprirem as suas necessidades, sem
comprometer a capacidade de as gerações futuras fazerem o mesmo (WCED, 1987).
Desenvolvimento social e econômico sustentável requer a garantia de acesso a
fontes de energia que forneçam serviços energéticos essenciais que também sejam
sustentáveis. Entretanto, 85% da energia primaria das atuais potencias econômicas
globais vem da queima de combustíveis fósseis e o consumo desses mesmos
combustíveis representa 56,6% de toda a emissão antropogênica de gases de efeito
estufa na atmosfera (IPCC, 2012). O grande desafio da engenharia sustentável é
desenvolver e executar sistemas que produzam energia de forma “limpa” e eficiente.
Essa eficiência energética diz respeito à tecnologia, planejamento e gestão dos sistemas
que permitem o uso eficiente da energia utilizada pela atividade humana.
Existem aparelhos que funcionam como fontes de energia sustentável, ou seja,
convertem energia com o mínimo impacto ao ambiente. Além de trazerem benefícios
ambientais, em longo prazo, trazem benefícios financeiros como a redução dos gastos
com energia de fontes convencionais (GODOI et al., 2014).
Energia renovável é a energia que é coletada a partir de recursos renováveis, que
são naturalmente reabastecidos em uma escala de tempo humana, como a luz do sol,
vento, chuva, marés, ondas e calor geotérmico (ELLABBAN et al., 2014). Fontes de
energia renovável existem sobre extensas áreas geográficas, em contraste com outras
fontes de energia que são concentradas em um número limitado de países. A
implantação desse tipo de energia, o desenvolvimento em eficiência energética e a
diversificação tecnológica de fontes de energia, resulta em uma significante segurança
energética e traz benefícios econômicos para as nações que aplicam esses princípios.
Além de também reduzir a poluição atmosférica, que é um problema de saúde pública
em países industrializados que possuem grande parte de suas matrizes energéticas
baseadas na queima de combustíveis fósseis, como é o caso dos Estados Unidos (EUA)
e China. A preocupação com as mudanças climáticas e o aquecimento global, aliado
com os altos preços do petróleo e a futura escassez de combustíveis fósseis (Pico do
Petróleo), estão aumentando o suporte e incentivos de governos na legislação e
comercialização de energia renovável (UNEP, 2007).
Durante a maior parte da história, o ser humano utilizou de energia renovável
para suprir suas necessidades. O uso de biomassa para servir de combustível para fogo,
e vento para impulsionar embarcações sobre a água são práticas que datam de milhares
de anos atrás. Antes da Revolução Industrial, em meados do século XVIII, as fontes
10

tradicionais de energia primária eram trabalho humano, força animal, movimento da


água, vento e biomassa.
Revolução Industrial é o nome dado ao processo histórico de mudança de uma
economia agrária e artesanal para uma dominada pela indústria e manufatura por
máquinas. Esse processo começou na Grã-Bretanha no século XVIII e de lá se espalhou
para outras partes do mundo (BRITANNICA, 2018). A partir desse momento, a
economia passou a ser abastecida principalmente por combustíveis de origem fóssil,
como carvão mineral e petróleo, para alimentar as novas máquinas a vapor que estavam
sendo desenvolvidas em larga escala.
Combustíveis fósseis são formados pela decomposição de matéria orgânica
enterrada por milhões de anos sob condições específicas de pressão e temperatura
(SATO, 1990). Considerando que a quantidade de reservas de combustíveis fósseis que
possuímos demoraram cerca de 500 milhões de anos para se acumularem, e que esse
processo geológico ainda está em operação (MANN et al., 2003), fica claro que a
quantidade produzida nos próximos milhares de anos é irrelevante em comparação à
quantidade acumulada nos últimos milhões de anos. Dessa forma, segundo Hubbert
(1956, p. 5), é possível concluir que a exploração industrial desse tipo de combustível se
consistirá em uma exaustão progressiva de uma provisão inicialmente fixada com
nenhuma adição significante durante o período de interesse humano.
Hubbert (1956, p. 27) também afirmou que se o mundo continuasse a depender
de combustíveis fósseis como principal fonte de energia, poderíamos esperar que o
ápice da produção mundial de carvão mineral seria alcançado em cerca de 200 anos,
enquanto que do petróleo e gás natural em cerca de meio século. Essa teoria de que há
um inevitável declínio e subsequente término da produção de petróleo, e outros
combustíveis de origem fóssil, em qualquer área geográfica ficou conhecida como Pico
do Petróleo.
Segundo a teoria do Pico do Petróleo, a taxa de produção de petróleo tende a
seguir uma curva logística como da Figura 1, na qual no início da curva a produção
aumenta com o acréscimo de infraestrutura produtiva. Já na fase posterior ao pico, a
produção diminui devido ao esgotamento gradual do recurso. O Pico do Petróleo não
quer dizer o esgotamento do recurso, mas sim um ponto em que a taxa mundial da sua
produção não pode crescer; o que também significa que a produção, a partir desse

Figura 1 – Reconstituição da curva normal prevista por Hubbert que demonstra uma previsão
da produção mundial de petróleo baseada em reservas conhecidas até 1956. Fonte:
HUBBERT, 1956 apud WIKIMEDIA COMMONS, 2007.
11

momento, deverá cair com o passar tempo (HIRSCH et al., 2005).


Como é apresentado por Ivanhoe (1995), Hubbert não tinha dados estatísticos
suficientes para previsão do cenário fora dos Estados Unidos, o que faz com que suas
previsões para nível global não sejam tão precisas. De fato, a produção de petróleo bruto
nos Estados Unidos e no mundo passou por um pico na década de 70 acompanhado de
um declínio, como é possível observar na Figura 2. Porém, após esse pico aparente, a
descoberta de novas reservas e desenvolvimento de técnicas mais avançadas de retirada
de petróleo fizeram com que a extração e tratamento desse tipo de material entrasse em
uma nova fase de ascensão.

Figura 2 - Produção e consumo de petróleo no mundo de 1971 a 2010. Fonte: BP Statiscal Review apud
THE ECONOMIST, 2011.

Como mostrado pela Departamento de Energia dos Estados Unidos (EIA, 2018),
a produção de petróleo bruto no país, após o pico da década de 70, continuou em queda
até meados da primeira década do século XXI. Quando, graças à combinação de novas
técnicas de produção de óleo e gás de xisto e ao declínio do uso de combustível (WILE,
2013), a produção voltou a subir como pode ser visto na Figura 3.
12

Figura 3 - Produção de petróleo bruto nos Estados Unidos em milhares de barris. Fonte: EIA, 2018.

Energias renováveis ainda não substituem totalmente os combustíveis fósseis,


mas a sociedade está cada vez mais de acordo com a ideia de usar energias provindas do
sol e do vento ao invés de carvão mineral ou petróleo (LEARY, 2017). Nos Estados
Unidos em 2017, energia solar e eólica representaram quase 95% de toda a nova
capacidade de eletricidade adicionada (FINGAS, 2018).

2.2 ENERGIA SOLAR


No centro do Sol, a fusão nuclear transforma núcleos de hidrogénio em núcleos
de hélio. Durante este processo, parte da massa é transformada em energia que é
enviada para o espaço em forma de ondas eletromagnéticas (TORRES, 2014). O fluxo
de energia que chega a Terra, transportado por ondas provindas do Sol, tem um valor
médio de 174.7 W/m². Esse potencial teórico representa mais energia chegando na
superfície da Terra em uma hora e meia, 480 exajoules (EJ), do que todo o consumo
mundial de energia no ano de 2001 de todas as fontes juntas, 430 EJ (TSAO et al.,
2006).
A quantidade de energia solar que atinge a superfície da Terra corresponde a
aproximadamente dez mil vezes a procura global de energia, ou seja, teoricamente seria
necessário utilizar apenas 0,01% desta energia para satisfazer a procura energética total
da humanidade (TORRES, 2014). Segundo a ANEEL (2005), o aproveitamento da
energia solar pode ser realizado diretamente para iluminação, aquecimento de fluidos e
ambientes ou ainda para geração de potência mecânica ou elétrica, como fonte de
energia térmica. A energia solar pode ainda ser convertida diretamente em energia
elétrica por meio de efeitos sobre materiais, dentre os quais o termoelétrico e
fotovoltaico.
13

O efeito fotovoltaico, no qual os fótons contidos na luz solar são convertidos em


energia elétrica por meio do uso de células solares, foi primeiramente observado por
Edmond Becquerel em 1839 (NASCIMENTO, 2017). Em 1954, Calvin Fuller que
trabalhava no laboratório Bell nos Estados Unidos, junto com seus colegas Gerald
Pearson e Daryl Chapin, apresentaram a primeira célula solar em uma reunião da
National Academy of Sciences, em Washington (VALLÊRA e BRITO, 2006).
A primeira aplicação dessa célula foi no estado da Geórgia, nos Estados Unidos
da América, em outubro de 1955. O painel continha nove células e foi utilizado para
alimentar uma rede telefônica local na cidade de Americus. No ano seguinte, o painel
foi removido, porém os resultados foram promissores e concluiu-se na época que os
custos associados à geração fotovoltaica eram demasiadamente elevados, de forma que
sua aplicação seria viável apenas em projetos especiais e de grande vulto, como a
produção de eletricidade no espaço (SIEMER, 2004).
A agência do Governo Federal dos Estados Unidos responsável pela pesquisa e
desenvolvimento de tecnologias e programas de exploração espacial (NASA) adotou as
células fotovoltaicas como fonte de energia de seus satélites, fazendo com que a
pesquisa científica, sobre esse tipo de energia, fosse ampliada (PERLIN et. al., 2004). A
ameaça de crise energética, no início da década de 1970, devido ao Pico do Petróleo,
estimulou a formação de diversas startups nos EUA, visando o desenvolvimento de
tecnologia fotovoltaica terrestre de baixo custo (GREEN, 2005). A era moderna de
desenvolvimentos de módulos fotovoltaicos começou em meados da mesma década,
com o início de grandes programas de compras patrocinados pelo governo nos EUA
(MAGID, 1976).
Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA, 2018), em 2017, o mercado
de fotovoltaicos quebrou recordes e continuou com uma expansão global chegando
perto de 100 GW instalados. Após um desenvolvimento global limitado em 2014 e um
lento crescimento de 25% em 2015, o mercado continuou em crescimento em 2016 e
2017, como mostra a Figura 4. A principal razão é a contribuição da China, cujo
desenvolvimento fotovoltaico representa quase 54% da capacidade total instalada em
2017.
O mercado fotovoltaico, no Brasil e no mundo, vem crescendo
exponencialmente, porém ainda é pequena a geração em comparação com as fontes
convencionais de energia. Como mostra o Ministério de Minas e Energia do Brasil
(MME, 2018), a capacidade instalada de energia solar em abril de 2017 era de 99 MW,
em abril de 2018 a mesma tinha o valor de 1440 MW; o que representa um crescimento
de 1351,5% em um ano. Apesar de significativo, esse número ainda representa somente
0,9% de 159422 MW da capacidade instalada total de geração de energia elétrica do
Brasil em abril de 2018.
Como parte desse crescimento em investimentos na área de energia solar no país,
alguns campi do Instituto Federal de Goiás (IFG) foram selecionados para a instalação
de usina solar fotovoltaica, com a intenção de contribuir na geração de parte da energia
elétrica consumida por eles. O campus Uruaçu foi um dos selecionados para tal
investimento. O valor da potência energética proposta pela empresa responsável pela
instalação foi de 70,2 KWp. Watt-pico (Wp) representa uma medida de potência
14

energética associada às células fotovoltaicas em condições ideais específicas, pois as


condições de produção de energia elétrica dependem bastante de fatores externos à

Figura 4 - Evolução da Capacidade Instalada de Energia Solar Fotovoltaica no Mundo. Fonte: IEA, 2018.

célula.

2.3 SISTEMA FOTOVOLTAICO


Sistemas Fotovoltaicos (SF) podem ser classificados em três categorias
principais: isolados (off-grid), conectados à rede (on-grid) ou híbridos. A utilização de
cada uma dessas opções dependerá da aplicação e/ou da disponibilidade de recursos
energéticos (CRESESB, 2004). Se o sistema é puramente fotovoltaico, então ele é
chamado de sistema isolado. Quando a configuração não se restringe à geração
fotovoltaica, temos os sistemas híbridos. Sistemas não conectados à rede elétrica são
chamados de autônomos ou isolados, eles podem ou não apresentar fontes de energia
complementares à geração fotovoltaica.
Um sistema fotovoltaico básico pode ser entendido como um conjunto de partes
básicas, como mostra a Figura 5. O sistema possui um arranjo fotovoltaico que é
conectado a uma unidade de controle e condicionamento de potência. Essa unidade
pode ou não ser conectada a um sistema de armazenamento, vai depender se o sistema
fotovoltaico é autônomo ou não. Após o condicionamento da corrente para as
propriedades desejadas, o sistema é fechado com o usuário.
Sistemas autônomos, em geral, necessitam de algum tipo de armazenamento.
Este pode ser feito em baterias, quando se deseja utilizar aparelhos elétricos nos
períodos em que não há geração fotovoltaica, ou outras formas de energia. Por exemplo,
num sistema de bombeamento de água, onde esta é armazenada em tanques elevados, a
energia solar estará armazenada em forma de energia potencial gravitacional. Sistemas
15

de irrigação são um exemplo de sistema autônomo sem armazenamento, pois toda água
bombeada é imediatamente usada (CRESESB, 2004).

Figura 5 – Configuração básica de sistema fotovoltaico. Fonte: CRESESB, 2014.

Sistemas conectados à rede são aqueles em que a potência gerada pelo arranjo
fotovoltaico é entregue à rede elétrica. Para tanto é necessário que se utilize um inversor
que satisfaça as exigências de qualidade e segurança para que não degrade a qualidade
do sistema no qual se interliga o arranjo fotovoltaico. A Figura 6 mostra um esquema de
um sistema fotovoltaico conectado à rede.

Figura 6 – Sistema conectado à rede. Fonte: CRESESB, 2014.

De acordo com Mendes (2016), neste tipo de sistemas o consumo é suprimido


pelo sistema fotovoltaico, pela rede elétrica, ou por ambos, consoante a aplicação do
mesmo. O sistema pode ser explorado num regime de venda exclusiva à rede, sendo
toda a energia produzida injetada na rede elétrica, ou ainda sistemas em que a rede
funciona como sistema complementar, sendo a energia produzida consumida
diretamente na instalação.
No Brasil, a RN 482/12 da ANEEL estabelece as regras para o sistema de
compensação de energia. Qualquer usuário que compra sua energia diretamente da
distribuidora pode instalar um sistema de energia solar fotovoltaica conectado a rede
elétrica e se beneficiar do esquema de compensação de créditos (ANEEL, 2012). Em
16

2015, o Conselho Nacional da Política Fazendária (CONFAZ), através do Ajuste


SINIEF 2, revogou o convênio que orientava a tributação da energia injetada na rede.
Cada estado passou a decidir se tributa ou não a energia solar que é injetada na rede da
distribuidora (CONFAZ, 2015). O Governo Federal (2015), através da Lei n° 13.169,
isentou o PIS e COFINS da energia solar injetada na rede.
Segundo o CRESESB (2014), instalações deste tipo vêm se tornando cada dia
mais populares em diversos países europeus, no Japão, Estados Unidos e mais
recentemente no Brasil. As potências instaladas vão desde poucos kWp em instalações
residenciais, até alguns MWp em grandes sistemas operados por empresas. Estes
sistemas se diferenciam quanto à forma de conexão à rede, que, dentre outras
características, depende também da legislação local vigente.
A Resolução 482/12 da ANEEL (2012) estabelece as condições gerais para o
acesso de microgeração e minigeração distribuídas aos sistemas de distribuição de
energia elétrica e o sistema de compensação de energia elétrica. A microgeração
distribuída é a que possui uma central geradora de energia elétrica com potência
instalada menor ou igual a 100 kW e que utilize fontes com base em energia hidráulica,
solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL,
conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras. A
minigeração distribuída possui as mesmas características que a microgeração, porém
com potência instalada superior a 100 kW e menor ou igual a 1 MW.
O CRESESB (2014) define o sistema de compensação de energia elétrica como:
um sistema no qual a energia ativa injetada por unidade consumidora com microgeração
ou minigeração distribuída é cedida, por meio de empréstimo gratuito, à distribuidora
local e posteriormente compensada com o consumo de energia elétrica ativa dessa
mesma unidade consumidora ou de outra unidade consumidora de mesma titularidade
da unidade consumidora onde os créditos foram gerados, desde que possua o mesmo
Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou Cadastro de Pessoa Jurídica (CNPJ) junto ao
Ministério da Fazenda.
Conforme a Resolução 482/12 da ANEEL (2012) há dois tipos de medição de
energia para esse tipo de sistema: medição bidirecional de registros independentes e
medição simultânea. No primeiro tipo, a energia consumida e a energia injetada na rede
de distribuição são registradas separadamente pelo medidor bidirecional, ou por dois
medidores que medem o fluxo de energia em cada sentido, como exemplificado na
Figura 7. A cada instante será realizado o registro em apenas um sentido, dependendo

Figura 7 – Medição bidirecional de registros


independentes (a) com utilização de um medidor
bidirecional e (b) com a utilização de dois
medidores unidirecionais. Fonte: CRESESB,
2014.
17

da diferença instantânea entre a demanda e a potência gerada pelo sistema fotovoltaico.


Quando se deseja ter informações mais precisas sobre o consumo de energia e a
produção do sistema fotovoltaico, o CRESESB (2014) indica adotar a medição
simultânea. Conforme pode ser visto na Figura 8, a medição da energia gerada pelo
sistema fotovoltaico é independente da medição de energia consumida pela unidade
consumidora. Diferente da medição bidirecional de registros independentes, onde a
energia medida é a energia líquida, ou seja, a gerada menos a consumida. Na condição
de medição simultânea, toda a energia gerada é medida, assim como toda a energia
consumida. Posteriormente, a distribuidora faz os cálculos do balanço energético.

Figura 8 – Sistema com medições simultâneas. Fonte: CRESESB, 2014.

2.4 COMPONENTES BÁSICOS DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS


O Sistema Solar Fotovoltaico compreende o agrupamento de módulos em
painéis fotovoltaicos e de outros equipamentos relativamente convencionais, que
transformam ou armazenam a energia elétrica para que esta possa ser utilizada nas
várias aplicações finais (CRESESB, 2004), como mostra a Figura 9.

Figura 9 – Componentes básicos de um sistema fotovoltaico. Fonte: ECO ENERGY,


2015
18

2.4.1 Células e Módulos Fotovoltaicos


De acordo com Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de
Salvo Brito (2014), as principais células fotovoltaicas conhecidas têm individualmente
uma tensão muito baixa, como as células de silício que produzem uma tensão da ordem
de 0,5 a 0,8 Volts (V). Assim, para se obter níveis de tensão adequados, as células são
conectadas em série, produzindo uma tensão resultante equivalente à soma das tensões
individuais de cada célula. Por geralmente serem muito frágeis, o encapsulamento em
placas rígidas ou flexíveis traz uma importante proteção mecânica e contra intempéries.
O número de células conectadas em um módulo e o arranjo, que pode ser série
e/ou paralelo, dependem da tensão de utilização e da corrente elétrica desejadas. Devido
a suas características elétricas é importante o fabricante ter cuidado com a seleção das
células a serem reunidas no momento da fabricação do módulo. A incompatibilidade
dessas características leva a módulos de baixa qualidade, devido ao efeito de mismatch
(descasamento), pelo qual as células que geram menor corrente limitam o desempenho
do conjunto e, em consequência, a eficiência global do módulo fotovoltaico é reduzida.
O módulo fotovoltaico é o principal componente de um sistema fotovoltaico,
sendo o responsável pela conversão de radiação solar em energia elétrica. Este é
constituído por um conjunto de células fotovoltaicas, tipicamente de silício, cuja
quantidade, associada ao tipo de interconexão utilizada, determina as características
elétricas do mesmo (MENDES, 2016). Estas células são encapsuladas por um material
estável a elevadas temperaturas de modo a facilitar o acoplamento entre a parte frontal e
a parte posterior do módulo. Esta última é constituída por um polímero de baixa
resistência térmica que previne a infiltração de água e vapor. Nesta é ainda possível
encontrar a caixa de conexões que permite a ligação do módulo a outros módulos ou
equipamentos. Na maioria dos casos os módulos possuem estruturas rígidas, sendo
constituídos por uma base mecânica com uma ou mais lâminas de vidro temperado. Na
Figura 10 está representada a composição de um módulo fotovoltaico padrão.

Figura 10 – Estrutura de um módulo fotovoltaico. Fonte: MENDES, 2016.


19

Como Mendes (2016) apresenta, além de módulos rígidos existem módulos


flexíveis, de células de filmes finos, em que o substrato é constituído por materiais
maleáveis como polímeros ou lâminas metálicas. Existem ainda módulos que não
necessitam de molduras mecânicas, pois são Painéis Solares Integrados à Construção
(BIPV, do inglês Building Integrated PhotoVoltaics).
Um módulo é geralmente identificado pela sua potência elétrica de pico (Wp),
mas um conjunto de características compatíveis com a aplicação específica deve ser
observado. A definição da potência de pico de um módulo fotovoltaico é feita nas
condições-padrão de ensaio (STC, do inglês Standard Test Conditions), considerando
irradiância solar de 1000 W/m² sob uma distribuição espectral padrão para AM 1,5 e
temperatura de célula de 25°C (CRESESB, 2014). AM significa Air Mass (massa de ar),
a espessura da atmosfera. No equador a Air Mass é igual a 1, enquanto que na Europa
esse valor é aproximadamente 1,5 (ENERGETICA, 2018).
Como apresenta o CRESESB (2014), quando um módulo está posicionado na
direção do Sol, uma tensão pode ser medida entre os terminais positivo e negativo
usando um voltímetro. A tensão observada em um módulo desconectado é a tensão de
circuito aberto (Voc). Por outro lado, ao conectar os terminais desse módulo a um
amperímetro mede-se sua corrente de curto circuito (Isc).
Grandezas elétricas utilizadas para caracterizar um módulo dependem de
condições de temperatura e de irradiância solar. A corrente elétrica gerada pelo módulo
aumenta com o aumento da irradiância solar. A incidência de radiação solar e a variação
da temperatura ambiente implicam em uma variação de temperatura nas células que
compõem os módulos (CRESESB, 2014). A Figura 11 mostra curvas de corrente x
tensão (I x V) para diversas temperaturas da célula, deixando evidente que há uma
queda de tensão considerável com o aumento da temperatura da célula. A corrente sofre

Figura 11 – Efeito causado pela variação de temperatura das células sobre a curva característica I x V para
um módulo fotovoltaico de 36 células de silício cristalino (c-Si) sob irradiância de 1000 W/m². Fonte:
CRESESB, 2014.
20

elevação muito pequena que não compensa a perda causada pela diminuição da tensão.
Como o Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito
(2014) explica, uma vez que as condições-padrão de ensaio (STC) não representam, na
maioria dos casos, condições operacionais, as normas definem uma temperatura
nominal para a operação das células nos módulos, na qual as características elétricas
podem se aproximar mais das características efetivamente verificadas em campo. Cada
módulo tem uma temperatura nominal para suas células, que é obtida quando o módulo
é exposto em circuito aberto a uma irradiância de 800 W/m² em um ambiente com
temperatura do ar a 20°C e sofrendo ação de vento incidindo com velocidade de 1 m/s.
Esta temperatura também é, geralmente, encontrada na folha de dados técnicos
dos módulos, normalmente identificada pela sigla NOCT (do inglês Normal Operating
Cell Temperature) e está normalmente entre 40 e 50°C. A NOCT está ligada às
propriedades ópticas e térmicas dos materiais utilizados na construção do módulo.
Algumas informações essenciais geralmente estão presentes na etiqueta afixada
a cada módulo, com forme mostra a Tabela 1. Como mostra a Tabela 2, informações
técnicas adicionais são encontradas nas folhas de dados ou catálogo técnicos dos
módulos.
Tabela 1 – Dados técnicos que constam na etiqueta de um módulo fotovoltaico. Fonte: CRESESB, 2014.

Informação Significado ou importância da informação


Nome do fabricante Identificação do responsável pela qualidade do módulo
Pelo modelo pode-se identificar a folha de dados
Identificação do modelo técnicos com informações sobre tecnologia, potência e
tolerância.
O número de série é obrigatório para registro,
Número de série
qualificação, rastreabilidade e garantia do produto.
Indica o maior valor de tensão de circuito aberto de um
Tensão máxima do sistema
arranjo onde o módulo pode ser instalado.
Multiplicando-se Voc de cada módulo pelo número de
Tensão de circuito aberto
módulos em série em um arranjo, obtém-se Voc do
(Voc)
arranjo.
Multiplicando-se Isc de cada módulo pelo número de
Corrente de curto circuito
módulos em paralelo em um arranjo, obtém-se Isc do
(Isc)
arranjo.
Multiplicando-se Vmp de cada módulo pelo número de
Tensão máxima de
módulos em série em um arranjo, obtém-se Vmp nominal
potência (Vmp)
do arranjo.
Multiplicando-se Imp de cada módulo pelo número de
Corrente de máxima
módulos em paralelo em um arranjo, obtém-se Imp
potência (Imp)
nominal do arranjo.
Potência máxima nominal do módulo nas condições de
Potência nas condições-
irradiância 800 W/m², temperatura ambiente de 20°C e
padrão de ensaio (STC)
velocidade de vento de 1 m/s.
Temperatura nominal da Temperatura das células do módulo nas condições de
célula nas condições de irradiância de 800 W/m², temperatura ambiente de 20°C
operação (NOCT) e velocidade de vento 1m/s.
21

Tabela 2 – Dados técnicos adicionais que podem constar na folha de dados do módulo. Fonte: CRESESB,
2014.

Informação Significado ou importância da informação


Potência máxima do módulo nas condições nas
Potência nas condições de
condições de irradiância de 800 W/m² e temperatura de
operação (Pmp)
célula NOCT.
Tensão de máxima Tensão do ponto de máxima potência do módulo,
potência nas condições de medida com o módulo sob irradiância de 800 W/m² e
operação (Vmp) temperatura de célula NOCT.
Corrente de máxima Corrente no ponto de máxima potência do módulo,
potência nas condições de medida com o módulo sob irradiância de 800 W/m² e
operação (Imp) temperatura de célula NOCT.
Coeficiente de temperatura Coeficiente de variação da tensão do circuito aberto
para tensão com a temperatura (β), em volts por grau Celsius.
Coeficiente de temperatura Coeficiente de variação da corrente de curto-circuito
para corrente com a temperatura (α), em amperes por grau Celsius.
Coeficiente de temperatura Coeficiente de variação da potência máxima do módulo
para potência com a temperatura (γ), em watts por grau Celsius.
Dimensões de largura, comprimento e espessura do
Dimensões externas
módulo, incluindo a moldura.
Número de células Número de células associadas no módulo.
Tecnologia das células Tipo de célula fotovoltaica e materiais envolvidos
Desenho indicando Desenho com localização das perfurações da moldura,
furações para a instalação dos módulos em painéis.

Os módulos fotovoltaicos comercializados no Brasil devem ser ensaiados com


os Regulamentos de Avaliação da Conformidade (RAC) do Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) e apresentar o respectivo registro e a
etiqueta afixada na sua superfície superior (INMETRO, 2011). A Figura 12 apresenta
um modelo de etiqueta do INMETRO.

Figura 12 – Modelo de etiqueta do INMETRO afixada nos módulos; os dados indicados


pelas setas são informados para cada modelo de módulo, depois dos ensaios realizados por
laboratório credenciado. Fonte: INMETRO apud CRESESB, 2014.
22

O manual de engenharia para sistemas fotovoltaicos do CRESESB (2014)


apresenta que a classificação das categorias de eficiência energética (A a E) é feita pelo
INMETRO de acordo com as faixas de eficiência do módulo, medida nas condições-
padrão de teste, como mostra a Tabela 3.
Tabela 2 – Classes de eficiência de módulos fotovoltaicos no Brasil. Fonte: INMETRO, 2011.

Classe Faixa
A Maior que 13,5%
B Maior que 13% a 13,5%
C Maior que 12% a 13%
D Maior que 11% a 12%
E Menor ou igual a 11%

Os módulos fotovoltaicos podem ser conectados em ligações série e/ou paralelo,


dependendo da tensão e corrente desejadas. Ao definir como serão associados os
módulos, é necessário ter informações de como haverá de ser a instalação e quais
componentes serão utilizados, pois as tensões e correntes resultantes devem ter plena
compatibilidade com esses componentes (CRESESB, 2014).
A conexão em série é feita do terminal positivo de um módulo ao terminal
negativo de outro, e assim por diante. Cabos pré-instalados ou as caixas de conexões na
sua face posterior facilitam esta conexão. É preciso utilizar conexões e cabos
específicos para uso em sistemas fotovoltaicos, que sejam protegidos contra os efeitos
das intempéries e da radiação. A Figura 13 mostra um esquema de módulos ligados em
série.

Figura 13 – Módulos ligados em série. Fonte: STERN, 2017.

Segundo o CRESESB (2014), quando é realizada a conexão em série, as


correntes que fluem por cada módulo são sempre iguais entre si, mas para que a corrente
não afetada em relação à corrente de um módulo individual, consideram-se módulos
idênticos sobre as mesmas condições de radiação e temperatura. Caso haja um
sombreamento parcial ou dispersão de características elétricas, a corrente do conjunto
conectado em série é limitada pelo módulo com a menor corrente individual.
23

Figura 14 – Módulos ligados em paralelo. Fonte: STERN, 2017.

Os módulos ligados em paralelo têm seu terminal positivo conectado ao terminal


positivo do outro módulo e o terminal negativo é ligado ao terminal negativo do outro,
como mostra a Figura 14. Quando conectados em paralelo, as correntes dos módulos se
somam e as tensões permanecem constantes (STERN, 2017).
Módulos que contém células fotovoltaicas associadas em série, quando uma ou
mais destas células recebe menos radiação solar do que as outras da mesma associação,
sua corrente vai limitar a corrente de todo o conjunto série (CRESESB, 2014). Esta
redução da radiação incidente pode ocorrer por um sombreamento parcial do módulo,
depósito de sujeira sobre o vidro, algo que tenha caído sobre o módulo, dentre outras
possibilidades. Caso o módulo esteja conectado em série, o efeito de redução de
corrente no conjunto de células do módulo acaba sendo propagado para os outros
módulos.
Outro problema que o sombreamento pode causar é chamado de “ponto quente”,
do inglês hot spot. Um documento da Du Pont (2017) apresenta os hot spots como áreas
de elevada temperatura que afetam somente parte do painel solar. Eles são resultados de
uma queda localizada de eficiência que resulta em menor produção de energia e uma
aceleração da degradação de materiais na área afetada. Hot spots ocorrem uma vez que
a potência elétrica gerada que não está sendo entregue ao consumo é dissipada no
módulo afetado, às vezes sobre apenas uma de suas células (CRESESB, 2014). Eles
raramente são estáveis e geralmente se intensificam até a falha total do desempenho do
painel em termos de produção de eletricidade e/ou segurança.
Os “pontos quentes”, como mostra a fabricante Du Pont (2017), podem ser
causados por diversos fatores. Esses fatores podem ser entendidos como funcionais ou
operacionais. As causas funcionais para o aparecimento de hot spots são divididas em
duas áreas: incompatibilidade de células e danos na célula. A incompatibilidade é
decorrente de células com produção de corrente variável conectadas em série. Enquanto
24

que danos podem ocorrer durante o processo de produção, porque a célula, geralmente
de silício, estará sujeita a muitos estresses durante laminação, manuseio e transporte.
Os fatores operacionais para o desenvolvimento desse problema são
relacionados com o sombreamento e sujeira nos painéis. A instalação de painéis no
telhado pode apresentar desafios. Quando as células estão completamente sombreadas
pode ocorrer um aumento da temperatura que degradará o painel. Por isso, o
sombreamento parcial devido a árvores ou vegetação alta deve ser controlado.
Os painéis podem ficar sujos devido a poeira, sujeira e outros contaminantes
durante sua vida útil. A empresa responsável pela instalação e manutenção dos painéis
também deve identificar situações que exigem limpeza, o que significa visitas regulares
ao local onde foram instalados. A frequência de limpeza será fortemente dependente das
condições climáticas e do solo que circunda o parque. A Figura 15 mostra o efeito da
limpeza de um módulo na mitigação do fenômeno de “ponto quente”.

Figura 15 – Nesse caso, após a limpeza do módulo ele voltou às condições normais de funcionamento. Fonte: Du
Pont, 2017.

O Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito (2014)
apresenta que para evitar a ocorrência de “pontos quentes”, os módulos são geralmente
protegidos com diodos de desvio (by-pass), que oferecem um caminho alternativo para
a corrente e, assim, limitam a dissipação de potência no conjunto de células sombreadas.
25

Isso reduz simultaneamente a perda de energia e o risco de dano irreversível das células
afetadas que inutilizaria o módulo.
Para proteger a série fotovoltaica (string) do fluxo de corrente reversa de um
conjunto série com tensão maior para um com tensão menor é utilizado um componente
de proteção chamado fusível fotovoltaico. Este deve ser dimensionado para correntes
menores que a corrente reversa suportável pelo módulo. Os fusíveis devem ser
colocados na saída de cada série, tanto no polo positivo quanto no polo negativo. É
importante garantir que o fusível seja para corrente contínua, pois esse é o tipo de
corrente produzido pelos painéis fotovoltaicos.
2.4.2 Baterias
CRESESB (2014) define bateria como um conjunto de células ou vasos
eletroquímicos, conectados em série e/ou em paralelo, capazes de armazenar energia
elétrica na forma de energia química por meio de um processo eletroquímico de
oxidação e redução que ocorre em seu interior.
Em sistemas fotovoltaicos isolados da rede elétrica é necessário o uso de
dispositivos de armazenamento de energia para atender a demanda em períodos nos
quais a geração é nula ou insuficiente, como: à noite, dias chuvosos ou nublados. Desse
modo, parte da energia convertida pelos painéis fotovoltaicos durante o dia é
armazenada para ser usada em outros momentos, de acordo com a demanda.
Baterias podem ser utilizadas em sistemas fotovoltaicos conectados à rede para
mantê-los em operação durante os períodos de interrupção do fornecimento da rede
elétrica. Segundo o manual de engenharia para sistemas fotovoltaicos do CRESESB
(2014), esse tipo de sistema é encontrado na Europa e nos Estados Unidos, porém no
Brasil, para o caso de micro e minigeração, regulamentado pela RN 482/2012 da
ANEEL, não há regulamentação prevendo este tipo de operação, sendo inclusive
desencorajado pelas distribuidoras de energia.
2.4.3 Controlador de Carga
Controlador de carga é um dispositivo que é incluído na maioria dos sistemas
fotovoltaicos isolados com o objetivo de proteger o banco de baterias contra cargas e
descargas excessivas. Controladores de carga são componentes críticos em sistemas

Figura 16 – Esquema de um sistema fotovoltaico isolado domiciliar: A – painel fotovoltaico; B –


controlador de carga; C – banco de baterias; D – inversores; E – equipamentos elétricos c.a.; F – caixa de
conexão. Fonte: CRSESB, 2014.
26

autônomos, pois caso venha a falhar as baterias podem sofrer danos irreversíveis
(CRSESB, 2014). Eles devem ser projetados considerando-se as especificidades dos
diversos tipos de bateria. A Figura 16 apresenta um esquema de sistema domiciliar com
um controlador de carga instalado.
Um sistema fotovoltaico destinado a alimentar equipamentos elétricos com
pouca variação em seu consumo pode ser projetado para operar sem um controlador de
carga, desde que a tensão entregue pelo gerador fotovoltaico seja compatível com a
tensão da bateria. Para isso, se utiliza bancos de bateria superdimensionados em relação
ao painel fotovoltaico e à carga. Esse sistema é chamado de self-regulating system (do
inglês, sistema auto-regulado).
2.4.4 Inversores
O inversor é um dispositivo eletrônico que inverte a energia elétrica gerada pelos
painéis, de corrente continua (CC) para corrente alternada (CA). O Seu papel secundário
é garantir a segurança do sistema e medir a energia produzida pelos painéis solares. O
website Portal Solar (2018) afirma que em residências, o inversor solar é tipicamente
instalado perto do quadro de luz, em um local abrigado do sol, do calor e da água. Em
mini-usinas comerciais e industriais pode-se construir uma sala somente para eles, pois
estes inversores são maiores e ocupam mais espaço físico. De forma geral, existem dois
tipos: o inversor solar on-grid e o inversor solar off-grid.
Souza (2017) explica que o inversor solar off-grid retira energia diretamente de
um banco de baterias, gera um sinal elétrico de corrente alternada e fornece a potência
elétrica diretamente aos aparelhos consumidores. Este tipo de inversor não pode ser
utilizado em sistemas on-grid porque não tem capacidade de interagir com o sinal de
corrente alternada presente na rede.
Os inversores on-grid, que também são chamados de grid-tie, trabalham em
conjunto com a rede pública de distribuição de energia elétrica. O inversor grid-tie é
usado para conectar um sistema fotovoltaico sem baterias na rede e projetados para
desligar rapidamente caso ela venha a cair (PORTAL SOLAR, 2018). É construído para
interagir com o sinal senoidal da corrente alternada presente na rede.
Souza (2017) os chama de inversores interativos e explana que esse tipo de
inversor age como se fosse um “misturador de energia”, que mistura a energia solar à
energia elétrica convencional, permitindo o uso dessa energia por qualquer aparelho
ligado à rede elétrica. Ficam ligados permanentemente à rede e são capazes de detectar
anomalias como flutuações de tensão (elevações ou rebaixamentos momentâneos da
voltagem da rede, isso pode ser percebido quando há variação no brilho das lâmpadas)
ou de frequência, e quedas de tensão.
O inversor fica permanentemente ligado à rede, no caso de quedas de tensão
(apagões) ele deve se desligar automaticamente para evitar pôr em risco o serviço de
manutenção. Esse comportamento é chamado de “anti-ilhamento”. A “ilha” é uma
unidade consumidora que ficaria alimentada em caso de problemas na rede elétrica, ou
seja, uma condição em que parte da rede de distribuição, que contenha tanto carga
quanto geração distribuída, mantém-se energizada, mesmo após estar isolada do restante
27

da rede elétrica (ABREU et al., 2010). Isso pode acarretar problemas, para a rede e para
o próprio gerador, que poderia ser sobrecarregado, vindo a se danificar.
Como apresenta Abreu et al. (2010), O ilhamento deve ser evitado, pois
apresenta situações de risco, tais como: risco de vida para os funcionários da
concessionária de distribuição durante manutenções, pois o alimentador pode manter-se
energizado quando se espera que esteja desconectada de todas as fontes de energia;
possibilidade de danos físicos aos equipamentos da unidade consumidora, caso os
parâmetros de tensão e frequência fiquem fora das faixas toleráveis, por não serem mais
controlados pela concessionária durante o ilhamento e interferência no restabelecimento
da rede elétrica pela concessionária, podendo danificar equipamentos, caso ocorram
religamentos fora de fase.
Justamente devido a essas características, um inversor interativo não funciona
como inversor autônomo, ou seja, não é possível utilizar um inversor grid-tied em um
sistema off-grid, pois esse não consegue fornecer energia elétrica diretamente aos
aparelhos consumidores, uma vez que é construído para alimentar à rede.

3 METODOLOGIA

Inicialmente foi realizada revisão bibliográfica sobre energias renováveis,


energia solar e sistemas fotovoltaicos. A segunda parte da pesquisa apresentará
descrição detalhada da usina fotovoltaica instalada no Instituto Federal de Goiás
Campus Uruaçu (IFG Uruaçu), junto com a comparação de dados de desempenho
esperado e real da mesma. Com esses dados será possível calcular qual a contribuição
da usina para a demanda energética dos prédios do IFG Uruaçu.
Para a análise de desempenho de um sistema fotovoltaico é necessário observar
diversos fatores que influenciam na eficiência do mesmo. Como Torres (2014)
apresenta, existe no mercado diversos programas de simulação para este efeito. Os mais
utilizados, que possuem versão completa paga, são PVSYST, PVSOL, SOLTERM,
TRNSYS, entre outros. Entre os softwares livres, podemos citar HOMER, RETScreen e
PVGIS. Consoante à organização do tempo estipulado para realização desse trabalho,
será utilizado o programa de simulação PVsyst para emitir dados quanto à geração
esperada da usina fotovoltaica do IFG Uruaçu.
A plataforma online Sunny Portal, da empresa alemã SMA Solar Technology,
fornecerá os dados de desempenho real da usina. Esse programa processa e fornece
informações em tempo real sobre o desempenho e funcionamento do sistema
fotovoltaico que está sendo monitorado.

3.1 PVSYST
O PVsyst é um programa de simulação para análise de sistemas fotovoltaicos.
Após a inserção de dados do sistema estudado, o programa produz um relatório da
simulação pretendida. Inicialmente, é necessário indicar a localização da usina. Caso a
28

localização não exista na base de dados do software, é possível criar uma nova
localização em que valores de irradiação podem ser carregados a partir de servidores
meteorológicos ou preenchidos manualmente. A Figura 17 mostra a interface do
programa durante o preenchimento de dados referentes ao local.

Figura 17 – Interface da seção do software PVsyst onde se introduz a localização do projeto analisado.
Fonte: O autor, 2018.

Após definir o local do projeto, é preciso especificar qual o tipo de sistema


analisado e suas respectivas particularidades, como pode ser visto na Figura 18.

Figura 18 – Caracterização de orientação e azimute dos painéis fotovoltaicos


no programa PVsyst. Fonte: TORRES, 2014.
29

Segundo Torres (2014), a linha de horizonte do local é um fator que influencia a


hora em que os painéis começam a receber radiação solar, bem como os sombreamentos
que possam estar sujeitos devido a relevos que interferem na luz solar que incide nos
módulos. Após a determinação do local e características do sistema, é possível
determinar no PVsyst a linha de horizonte do local, como pode ser visto na Figura 19.

Figura 19 – Exemplo de definição da linha de horizonte pelo programa PVsyst. Fonte: TORRES, 2014.

Para que a simulação seja possível, também são inseridas informações sobre o
inversor e painéis fotovoltaicos utilizados. A Figura 20 mostra um exemplo da interface
do software nessa etapa. Com todos os dados e características definidas, é possível
realizar a simulação, após a qual o programa gera um relatório baseado nos dados
inseridos previamente.
30

Figura 20 – Interface do software PVsyst. Fonte: PVSYST, 2018.

3.2 SUNNY PORTAL


Sunny Portal é uma plataforma online de monitoramento de sistemas
fotovoltaicos. Esse software é utilizado para gerar dados referentes a características e
desempenho da usina fotovoltaica instalada no IFG Uruaçu. Na página inicial são
disponibilizados dados do sistema e gráficos representam a potência do sistema em
diferentes intervalos de tempo, como pode ser visto na Figura 21.
Nesta dissertação, as principais informações analisadas serão referentes à
potência, rendimento e compensação financeira da usina.
31

Figura 21 – Informações sobre o sistema fotovoltaico do IFG Uruaçu apresentadas na


plataforma Sunny Portal. Fonte: O autor, 2018.
32

4 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
2017
Atividades
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

Levantamento e
revisão X X X X X X
bibliográfica

Reuniões semanais
X X X X X X X X X X
com orientador

Coleta de dados
climáticos e X X X X X X X X X X X
computacionais

Interpretação dos
X X X X X X X X X X X
dados

Produção final da
X X X X
Dissertação
33

5 REFERÊNCIAS

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Economia, Rotas Tecnológicas - Textos selecionados. Edição eletrônica gratuita.
Disponível em: <http://www.eumed.net/libros-gratis/2010e/827/index.htm>. Acesso em:
27 de jun. 2018.
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL. Atlas da Energia
Elétrica do Brasil. Brasília – DF, 2005. 2ª Edição.
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL. Resolução Normativa
N° 482, de 17 de Abril de 2012. Brasília, 2012.
BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Secretaria de Energia Elétrica. Boletim
Mensal de Monitoramento do Sistema Elétrico Brasileiro: Abril/2018. Brasília, 2018.
BRASIL. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei
Nº 13.169, de 6 de Outubro de 2015. Brasília, 2015.
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CENTRO DE REFERÊNCIA PARA ENERGIA SOLAR E EÓLICA SÉRGIO DE
SALVO BRITO (CRESESB). Manual de engenharia para sistemas fotovoltaicos.
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