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MN-0503-00001
Manual de Gerenciamento da Manutenção e Confiabilidade - MGMC
CAPÍTULO 06 - OPORTUNIDADES RELATIVAS ÀS PERDAS DE PRODUÇÃO
1. Objetivo
Descreve as diretrizes para uso das informações relativas à medição e acompanhamento da
produtividade (eficácia e eficiência) das unidades industriais e identificação das restrições de
produção, de forma integrada, pelas áreas de manutenção, produção, processo, qualidade e
produtividade da Braskem.
É estabelecido o processo de seguimento de ações integradas para mitigação das perdas de
produção, através dos seus resultados quantitativos em termos financeiros.
São definidos os critérios para:
Cálculo do Índice de Eficiência Global (IEG) e o impacto dos seus componentes nos
resultados atuais de desempenho;
Cálculo de outras perdas no processo de produção, tais como custo de capital (ex:
excesso de estoque de matérias-primas e produtos acabados) e custo variável (ex:
consumo específico de matérias primas, utilidades e insumos energéticos;
Identificação e priorização das oportunidades de melhoria em relação as perdas
identificadas, com os resultados expressos em termos financeiros.
2. Premissas Básicas
O processo de Oportunidades Relativas às Perdas de Produção é fundamentado nos seguintes
princípios:
Gerenciamento sistemático das perdas do processo produtivo, incluindo produção,
consumos específicos de energia, demais utilidades e produtos químicos auxiliares;
Cálculo do Índice de Eficiência Global - IEG - e determinação dos gaps em relação a
referenciais internos e externos de desempenho;
Direcionamento eficaz dos recursos da Engenharia de Manutenção e Confiabilidade
disponíveis, uma vez identificadas, analisadas e priorizadas as principais oportunidades
de melhoria no processo produtivo;
Perdas por falhas em equipamentos tratadas num sistema único, independente se foram
oriundas de problemas de processo ou manutenção.
3. Considerações Gerais
No âmbito da função manutenção (rotina e parada), os custos atribuídos são compostos pelas
despesas com pessoal, gastos com contratações de terceiros, despesas com materiais de
consumo, despesas com materiais de aplicação e os investimentos necessários para manter a
necessária atualização tecnológica (REPO).
No entanto, as perdas relacionadas à manutenção e operação, oriundas da indisponibilidade
operacional, da vazão não otimizada, dos re-trabalhos e refugos, dos gastos com energia e
demais utilidades, multas, assim como as perdas com os insumos no processo produtivo são,
ABORDAGEM EM
EMPRESAS DE
REFERÊNCIA
Conservar
ABORDAGEM TRADICIONAL o ritmo
das
Conservar melhorias
o nível
máximo
Conservar da
o nível produtividade
Conservar
máximo da
a máxima
produção
disponibilidade
especificada
Reparar o dos
que quebrou equipamentos
intervalo de tempo.
As principais perdas do processo produtivo são expressas pelo IEG, conforme descrito a
seguir:
Perdas por Redução de Capacidade: é considerada toda vez que a produção máxima
da unidade não é atingida. Sua quantificação é feita considerando-se a diferença entre a
quantidade real produzida e a quantidade possível na taxa de referência x o tempo em
que a unidade ficou disponível.
A estratificação das causas de redução de capacidade está listada a seguir.
P2 Perdas por Redução de Carga
P2.1 Redução por parada programada para manutenção
P2.2 Redução por parada programada para recuperação do catalisador
P2.3 Redução por falta de carga
P2.4 Redução por baixa qualidade da carga
P2.5 Redução por mercado desfavorável
P2.6 Redução por parada programada de cliente
P2.7 Redução por parada não programada de cliente
P2.8 Redução por falha de equipamento
P2.9 Redução por problema de processo
P2.10 Redução por falha no suprimento de energia
P2.11 Redução de carga durante partida/parada
P2.12 Redução para troca de tipo de produto
P2.13 Redução por modificação de projeto
P2.14 Redução por teste (capacidade, projeto, produto)
P2.15 Diferença entre o mix e a resina de referência
Perdas por Produto Off-Spec: é considerada toda vez que a capacidade e outros
recursos da unidade foram utilizados para produzir off-spec. Sua quantificação é feita
considerando-se a quantidade de off spec x (diferença de preço entre o produto prêmio e
o produto off).
A estratificação das causas de produto não-especificado está listada a seguir.
P3 Perdas por Produto Não-Especificado
P3.1 Produto fora de especificação perdido
P3.2 Produto fora de especificação com restrição
P3.3 Produto degradado
P3.4 Produto recirculado ou reprocessado
P3.5 Varredura de pó
P3.6 Varredura de pellets
P3.7 Borra
P3.8 Resíduo
P3.9 Produto de teste
P3.10 Produto de transição (FEL, FEA, etc)
P3.11 Produto usado na purga de linhas de ensaque
100%
17,4%
80%
60%
93,0%
94,7% 97,2% 97,2% 75,6%
40% 82,1%
75,6%
20%
0%
Fator de Fator de Fator de IEG Melhores Nível de IEG Gap factível
Disponibilidade Capacidade Qualidade Calculado Marcas para o factível
IEG
O IEG calculado indicado na Figura 6.2 deve ser obtido, para efeito de comparação com
referenciais externos, da seguinte forma:
Cálculo do IEG Global, levando-se em consideração todos os elementos da estrutura de
perdas;
Exclusão dos fatores que influenciaram o IEG por problemas de mercado/ vendas, uma
vez que esta é uma premissa sobre a qual os referenciais externos são compilados;
Anualização do efeito das paradas programadas, também pelo mesmo motivo acima.
Uma vez conhecido o gap total para o IEG deve-se planejar a implantação das oportunidades
identificadas e priorizadas a serem acordadas entre as diversas áreas.
O procedimento corporativo específico listado em anexo deste Capítulo determina qual a
área responsável pela determinação dos valores de referência para o IEG.
Onde os valores destas perdas não são quantificados por processos de benchmarking
externo, que indicam usualmente métricas de desempenho global, torna-se necessário
realizar esta avaliação através de comparação com o desempenho da própria planta. As
referências empregadas são:
Índices teóricos de desempenho de processo;
Índices de desempenho de processo fornecidos pelo licenciador da tecnologia;
Índices de desempenho de processo determinados pela engenharia de produção/
processo com base no histórico de produção ou em melhorias implantadas na unidade
industrial;
Índices de desempenho de processo considerados como sustentáveis, medidos num
determinado período de avaliação.
Realiza análise de
causa raiz pelo
RCA-MERIDIUM
Cadastra e prioriza a
oportunidade no
módulo de Estudos de
Engenharia do
MERIDIUM
Tramita processo
Propõe solução e de Aprovação para
Recomendações ações com
investimentos
Executa/
Gere captura/ Divulga
Comissiona/ Dá
e replica as soluções
partida
Referências Bibliográficas
[1] SUZUKI, Tokutaro - “TPM in Process Industries”, Portland, Oregon/USA: Productivity Press,
1994
[2] MOUBRAY, John - “Reliability-centered Maintenance RCM-II”, Great Britain: Biddles Ltd, 1997