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JUÍNA/MT
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO
GROSSO CAMPUS JUÍNA
JUÍNA – MT
2022
Cauane Caroline Cervini Pelizzar
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Orientador
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso - Campus Juína
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Supervisor (empresa)
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Coordenadora de Estágio e Empregos
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso - Campus Juína
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1 ESTAGIÁRIO
1.1 Nome: Cauane Caroline Cervini Pelizzar
1.2 Curso: Técnico em Agropecuária
1.3 Turma: 3º A
1.4 Endereço: Avenida Cuiabá, 2425-N -Módulo 05
1.5 Telefone: (66) 996101915
1.6 E-mail: cauanepelizzar2016@gmail.com
2 EMPRESA
2.1 Nome: São Francisco Pet Center
2.2 Representante Legal: Diogo Ricardo Lando
2.3 Endereço: Av. Gabriel Müler, 977-N – Módulo 02
2.4 Telefone: (66) 3566-4401
2.5 E-mail: lando_tga@hotmail.com
3 ESTÁGIO
3.1 Área de Realização: Pet Shop
3.2 Coordenador do Curso: Lilian Chambó
3.3 Coordenador de Estágio e Emprego: Wagner Mendes
3.4 Professor Orientador: Jaqueline da Silva Duarte Appolari
3.5 Supervisor do Estágio na Empresa: Diogo Ricardo Lando
3.6 Carga Horária Total: 240h
3.7 Data de Início e Término do Estágio: 19/07/2021 a 30/07/2021 e 20/12/2021 a 30/01/2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 6
2 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................ 7
2.1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA ..................................................................................................... 7
2.2 Atividades desenvolvidas ..................................................................................................... 7
2.2.1 Atividade 1- Banho ............................................................................................................ 7
2.2.2 Atividade 2- Tosa ............................................................................................................ 11
2.2.3 Atividade 3- Cirurgias ..................................................................................................... 12
2.2.3.1- Tumor mamário canino. .............................................................................................. 12
2.2.3.2- Castração de cachorro. ................................................................................................ 15
2.2.4 Atividade 4- Limpeza de tártaro ...................................................................................... 19
3 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 22
1 INTRODUÇÃO
6
2 DESENVOLVIMENTO
As atividades que acompanhamos com mais frequência foram o banho e a tosa dos
animais. Quanto às cirurgias, a grande maioria se tratava de castração de cão e gato, e com
menor frequência a retirada de nódulos e massas tumorais associadas as glândulas mamárias.
Fez parte também de nossa rotina de acompanhamento a limpeza de tártaro nos dentes dos
animais.
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A higiene é fundamental para a manutenção da saúde e bem-estar de nossos amigos de
estimação, portanto, criar o hábito de dar banho regularmente é extremamente importante para
que os pets fiquem protegidos.
Na realização da atividade de banho (figura 1), se usa três produtos, começando
molhando o pelo do animal e passando o shampoo neutralizador de odores, logo após isso
dependendo do tipo do pelo do animal vai ter três shampoos, para pelos pretos, dourados e o
totalizante para os pelos brancos, usar um desses e logo após passar o condicionador.
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Figura 2- Soprador Figura 3- Secagem do animal
Figura 4- Máquina que os animais secam. Figura 5- Fazendo a secagem e limpeza das orelhas
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Figura 6- Soprador para fazer a secagem.
Os shampoos devem ser diluídos em água com o uso de uma ampola (figura 7 e 8),
para os pelos dourados e pretos a diluição era 1:4, já para os shampoos neutralizador de
odores, pelos claros e para o condicionador a diluição era 1:10.
.
Fonte: SOUZA, 2021. Fonte: PELIZZAR, 2021.
Após se realizar a secagem do animal era de extrema importância fazer o corte das
unhas. O corte das unhas é feito sempre que necessário ou a cada 15 dias para manutenção.
Segundo (BOCK et al, 2016) as unhas possuem um vaso que acompanha seu crescimento, o
corte é realizado 1 cm posterior a este vaso para que a unha não sangre. As unhas dos dedos
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Ergô devem ser cuidadas sempre, pois seu crescimento excessivo pode levar a feridas no
próprio dedo do cão.
Já nos banhos terapêuticos -se três shampoos: dois tipos que são usados em todos os
banhos e um específico para o problema de pele do animal. O banho terapêutico segundo a
médica-veterinária, pós-graduada em Dermatologia Veterinária, diretora Social da SBDV,
Camila São Bernardo, afirma que, atualmente, o tratamento tópico com banhos terapêuticos é
uma das melhores ferramentas existentes para o controle de infecções e inflamações na pele.
De acordo com a médica-veterinária especialista em Dermatologia, sócia-proprietária
da Clínica Veterinária Metazooa é Secretária Geral da Sociedade Brasileira de Dermatologia
Veterinária (SBDV), Cristina Sartorato, o banho terapêutico é um tratamento que deve ser
prescrito por médico-veterinário capaz de avaliar as condições e necessidades do paciente. “É
um recurso de grande valia, pois o paciente pode ser beneficiado da ação direta dos princípios
ativos na pele, diminuindo o impacto sistêmico e a interferência de processos metabólicos”,
afirma e completa que a arte da escolha dos ativos requer conhecimento e experiência clínica,
evitando interações físico-químicas que afetem a efetividade da formulação.
A tosa não tem apenas fins estéticos para o animal, mas também é considerado
necessário para a saúde dele, com exceção em casos de animais que possuam pelo mais curto.
Os principais problemas relacionados aos pelos compridos na saúde do pet ocorrem
durante o verão, onde os dias mais quentes e úmidos são propícios para questões como as
seguintes: Proliferação de parasitas, problemas de pele e hipertermia.
O procedimento de tosa é realizado quando os cachorros possuem muitos nós em seus
pelos. As tosas higiênicas consistem na retirada de pelos da barriga e ao redor do ânus,
também são aparados os pelos do focinho e das patas. Essas são feitas a cada 15 dias e ajudam
a evitar o acúmulo de sujidades e microrganismos nessas áreas (BLOCK et al., 2016).
A tosa na tesoura (figura 9), a tesoura traz um melhor acabamento, ainda que deixe o
procedimento mais demorado. Ela é indicada para cães que ficam muito agitados com o
barulho da máquina, que possuem alergia à lâmina ou, ainda, aos cães de pelo médio e longo.
A tosa na máquina (figura 10 e 11) deve ser feita apenas por profissionais experientes,
pois o procedimento exige conhecimento da lâmina correta para o tipo de pelo do pet. Além
do que, a máquina destinada à tosa dos animais, possui valor mais barato, e como
consequência ocorre o surgimento de mais subpelos afetando a estética do animal.
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Figura 9 - Tosa na tesoura. Figura 10 - Tosa na lâmina.
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Os canídeos possuem duas cadeias mamárias, esquerda e direita, cada uma delas com
cinco glândulas: duas torácicas (torácica cranial – T1; torácica caudal – T2), duas abdominais
(abdominal cranial – A1; abdominal caudal – A2) e uma inguinal (I1), podendo qualquer uma
delas ser foco de um ou mais tumores (LANA et al., 2007).
A primeira abordagem de paciente com nódulos mamários deve consistir em exame
físico minucioso, não apenas das glândulas mamárias, mas também de características gerais
que permitam avaliar o estado geral do animal. Ao exame físico da cadeia mamária, devem
ser registrados os seguintes aspectos das lesões: consistência, número, localização e tamanho,
assim como eventuais sinais de aderência aos tecidos adjacentes, deformações das mamas e
ulceração em pele (LANA et al., 2007).
As cadelas apresentam cios longos e são animais monoéstricos. Estes cios são
divididos em proestro, estro, metaestro, diestro e anestro, sendo que cada um desses processos
apresenta uma parte do cio, em que será vista a data correta para aplicação do
anticoncepcional (SILVA; LIMA, 2018).
Os anticoncepcionais mais utilizados em cadelas para não entrarem no estro são
progestágenos, megestrol, medroxiprogesterona e proligestona, todos à base de progesterona,
que vem causando cada vez mais problemas nos animais após sua utilização, pois, uma das
consequências mais comumente observadas é a neoplasia mamária, ou tumor mamário, que
aparece com um tempo depois das aplicações do anticoncepcional (FERNANDES et al.,
2020).
Para se realizar a cirurgia o paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal com os
membros torácicos estendidos e fixados cranialmente, bem como os pélvicos estendidos e
fixados causalmente, todos em uma posição relaxada (figura 12) (MACPHAIL, 2007). Todo o
abdome ventral do paciente, bem como seu tórax e áreas inguinais devem ser preparadas
assepticamente e campos estéreis devem ser presos (MACPHAIL, 2007). Uma incisão elíptica
deve ser realizada ao redor da mama que vai ser retirada, com margens de pelo menos 1 a 2
cm de tecido saudável em pele e profundamente em subcutâneo até a fáscia abdominal ou
torácica externas (figura 13). Este é um fator importante já que o tratamento efetivo do câncer
em estágios iniciais com intuito de cura depende da mastectomia com margens livres (DIAS
et al., 2016). Deve-se evitar incisar tecido mamário sempre que possível, porém em alguns
momentos isso não é possível, uma vez que o tecido mamário pode ser confluente entre as
diversas mamas adjacentes de uma mesma cadeia, por outro lado, a delimitação da linha entre
as cadeias contralaterais é bem definida (MACPHAIL, 2007). Hemorragias superficiais
devem ser controladas com eletrocoagulação, pinças hemostáticas ou através de ligaduras.
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Figura 12- Posição para se realizar a cirurgia. Figura 13- Corte ao redor da mama.
Figura 14- Retirada da mama com o tumor. Figura 15- Fechamento do procedimento.
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Figura 16- Mama retirada.
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Primeiramente o paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal, essa técnica é
realizada com uma incisão na linha mediana ventral (figura 18), sendo o tamanho da incisão
variável conforme o porte do paciente. Em cadelas a incisão é realizada no terço cranial da
distância entre o umbigo e o púbis, pois os ovários são bem mais difíceis de exteriorizar que o
corpo uterino. Se o útero estiver distendido ou aumentado, a incisão será alongada
(SLATTER, 2007). O corno uterino direito é localizado e seu trajeto é seguido cranialmente
até encontrar o ovário direito. O baço deve ser evitado. Uma pinça é aplicada no ligamento
próprio do ovário, sendo utilizada para retração do ovário enquanto o ligamento suspensor é
distendido ou rompido com o dedo indicador. Uma janela é aberta no mesovário, caudalmente
aos vasos ovarianos (BOJRAB, 1996). O pedículo ovariano é triplamente pinçado, e o
pedículo é seccionado entre a pinça mais próxima ao ovário e a pinça intermediária. A pinça
mais distalmente ao ovário é removida, de modo que a ligadura do pedículo ocupe o sulco
deixado pela pinça (SLATTER, 2007). Pode-se optar pelo pinçamento duplo do pedículo
ovariano, sendo a terceira pinça posicionada sobre o ligamento próprio, entre o ovário e o
corno uterino (figura 19). Nesse caso a incisão é realizada entre a pinça média e o ovário
(BOJRAB, 1996).
É utilizado material de sutura absorvível para a realização dessas ligaduras. O
pedículo é então pinçado com uma pinça hemostática, e a última pinça é removida,
realizando-se a inspeção do pedículo quanto a sangramentos. O pedículo é cuidadosamente
reposicionado na cavidade abdominal e a pinça hemostática é removida. O procedimento é
repetido no pedículo ovariano contralateral (FOSSUM, 2008).
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Figura 19- Pinçamento do corno uterino. Figura 20- Pontos.
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dartos e na fáscia espermática, expondo os testículos, envoltos pela túnica vaginal parietal,
que continuaram mantidos pelos dedos do cirurgião. O cordão espermático foi identificado,
pinçado e dados dois nós como ligadura (figura 24) (TAVARES et al. 2019).
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Figura 26- Pontos da cirurgia.
Segundo Kowalesky 2005, o cão inicia a troca da dentição decídua pelos dentes
permanente com aproximadamente quatro meses. A escovação deve ser iniciada ainda na
dentição de leite, para que o animal tenha mais aceitabilidade da rotina no decorrer de seu
crescimento, e esse procedimento rotineiro irá atuar como prevenção das periodontopatias.
A maior incidência de tártaro/cálculo acontece em cães de raças menores ou mais
velhos, entre 4 a 5 anos. Enquanto animais de grande porte e jovens, de aproximadamente um
ano de idade, possuem menores índices de placas bacterianas (REZENDE et al., 2004).
O tratamento consiste na tartarectomia ou limpeza de tártaro, que deve ser realizada
com o animal anestesiado e material odontológico adequado, é considerado rápido e de
simples execução (YOULE, 2012).
É sempre bom lembrar da importância da escovação do seu pet desde cedo, para se
evitar chegar ao ponto do caso da Figura 29, onde o animal tinha muitos dentes já estragados
e com o procedimento, eles acabaram caindo (figura 29).
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Figura 27- Equipamento odontológico. Figura 28- Procedimento.
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3 CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FOSSUM, T. W. Cirurgia de Pequenos Animais. 2. ed. Rio de Janeiro: Roca, 2005. 1408 p.
Acesso em: 23 set. 2022.
JOHNSTON, S. D. Questions and answers on the effects of surgically neutering dogs and
cats. Journal of the American Medical Veterinary Association, v. 198, n. 7, p. 1206-1214,
Apr. 1991. Acesso em: 23 set. 2022.
SILVA, L.D.M.; LIMA, D.B.C. Aspectos da fisiologia reprodutiva da cadela. Belém. 2018.
6p. Acesso em: 25 set. 2022.
ROMAGNOLI, S. Surgical Gonadectomy in the bitch & queen: should it be done and at
what age? Paper presented at the Southern European Veterinary Conference, Barcelona,
Spain, 2008. Acesso em: 23 set. 2022.
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NATHALIA BOCK1; LILIANA DE MELO FRANÇA2; PAULA TAINE POSSAS
BRAGA3; FERNANDA DAGMAR MARTINS4; SABRINA DE OLIVEIRA CAPELLA5;
MÁRCIA DE OLIVEIRA NOBRE6. IMPORTÂNCIA DA HIGIENE EM CÃES
TERAPEUTAS. Disponível em: https://cti.ufpel.edu.br/siepe/arquivos/2016/CA_02067.pdf.
Acesso em: 25 set. 2022.
SLATTER, D. Manual de Cirurgia de Pequenos Animais. 3. ed. São Paulo: Manole, 2007.
v. 2. 2713 p. Acesso em: 24 set. 2022.
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