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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO
CAMPUS JUÍNA
ANEXO XI

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Cauane Caroline Cervini Pelizzar

JUÍNA/MT
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO
GROSSO CAMPUS JUÍNA

Cauane Caroline Cervini Pelizzar

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Relatório de Estágio Supervisionado


apresentado à Coordenação de Estágio e
Empregos do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de Mato Grosso –
Campus Juína, como requisito parcial para a
conclusão da disciplina de estágio obrigatório.

Orientadora: Jaqueline da Silva Duarte Appolari

JUÍNA – MT
2022
Cauane Caroline Cervini Pelizzar

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Relatório de Estágio Supervisionado


apresentado à Coordenação de Estágio e
Emprego do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de Mato Grosso –
Campus Juína, como requisito parcial para a
conclusão da disciplina de estágio obrigatório.

Aprovado em _______de ________de ______.

_______________________________________
Orientador
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso - Campus Juína

_______________________________________
Supervisor (empresa)

_______________________________________
Coordenadora de Estágio e Empregos
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso - Campus Juína
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1 ESTAGIÁRIO
1.1 Nome: Cauane Caroline Cervini Pelizzar
1.2 Curso: Técnico em Agropecuária
1.3 Turma: 3º A
1.4 Endereço: Avenida Cuiabá, 2425-N -Módulo 05
1.5 Telefone: (66) 996101915
1.6 E-mail: cauanepelizzar2016@gmail.com

2 EMPRESA
2.1 Nome: São Francisco Pet Center
2.2 Representante Legal: Diogo Ricardo Lando
2.3 Endereço: Av. Gabriel Müler, 977-N – Módulo 02
2.4 Telefone: (66) 3566-4401
2.5 E-mail: lando_tga@hotmail.com

3 ESTÁGIO
3.1 Área de Realização: Pet Shop
3.2 Coordenador do Curso: Lilian Chambó
3.3 Coordenador de Estágio e Emprego: Wagner Mendes
3.4 Professor Orientador: Jaqueline da Silva Duarte Appolari
3.5 Supervisor do Estágio na Empresa: Diogo Ricardo Lando
3.6 Carga Horária Total: 240h
3.7 Data de Início e Término do Estágio: 19/07/2021 a 30/07/2021 e 20/12/2021 a 30/01/2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 6
2 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................ 7
2.1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA ..................................................................................................... 7
2.2 Atividades desenvolvidas ..................................................................................................... 7
2.2.1 Atividade 1- Banho ............................................................................................................ 7
2.2.2 Atividade 2- Tosa ............................................................................................................ 11
2.2.3 Atividade 3- Cirurgias ..................................................................................................... 12
2.2.3.1- Tumor mamário canino. .............................................................................................. 12
2.2.3.2- Castração de cachorro. ................................................................................................ 15
2.2.4 Atividade 4- Limpeza de tártaro ...................................................................................... 19
3 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 22
1 INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular Supervisionado em Técnico em agropecuária objetiva


proporcionar uma experiência ao acadêmico ao introduzi-lo no contexto do mercado de
trabalho e o expor a situações enfrentadas no cotidiano, visando aprimorar o entendimento da
profissão.
O referido estágio foi realizado na área clínica e veterinária e pet shop. O período foi
nas férias de 19 de julho a 30 de julho 2021 e no dia 20 de dezembro de 2021 a 30 de janeiro
de 2022, totalizando 240 horas de atividades práticas, onde foram acompanhadas e
desenvolvidas atividades sob a supervisão do Dr. Médico Veterinário Diogo Ricardo Lando e
orientação da Prof. Jaqueline da Silva Duarte Appolari.
Durante este período foi possível o acompanhamento das atividades rotineiras da
clínica, da cirúrgica e do setor de banho e embelezamento dos animais. Tal vivência me
proporcionou conhecer um ambiente de trabalho e assim ter mais clareza do que é um serviço
feito com boa qualidade e dedicação. Além do que, também tive a oportunidade de adquirir
novos conhecimentos e experiências durante este estágio.
A realização do técnico nesta área teve como objetivo contribuir para a formação
profissional complementando o que foi abordado durante o ensino técnico. Sendo assim, este
relatório tem por finalidade relatar a experiência e discutir brevemente os aspectos todas as
experiências vivenciadas.

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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA

A clínica possui quatro funcionários, sendo um responsável pelo banho e


embelezamento dos animais, uma recepcionista que recepciona os clientes e seus animais, e
administra as vendas relacionadas a área de pet shop, um motoboy responsável por transportar
os animais e um médico veterinário.
Na empresa além do atendimento de banho e tosa, também se comercializa rações,
bebedouros, comedouros, casinhas, entre outros produtos
Na clínica existem dois consultórios, onde ambos possuem mesas de inox, utilizada
para a realização de procedimentos ambulatoriais e coleta de amostras para exames. Os
consultórios também possuíam armários, nos quais eram guardados medicamentos e objetos
para auxiliar o médico veterinário nas consultas dos animais, nos procedimentos
ambulatoriais e nas coletas de amostras para exames. No qual um é para atendimentos mais
para vacinações, avaliação do animal, medicações, limpeza de tártaro, realização de exames
etc. Nesta sala há alguns instrumentais cirúrgicos, estetoscópio, termômetro, potes com gazes
e algodão, ataduras, seringas, borrifadores com álcool 70%, água oxigenada, iodo providente,
álcool iodado e desinfetante. Já a segunda sala serve para a realização de cirurgias e também
te um laboratório acoplado na sala para realização de exames como hemogramas.
A clínica possui um local de internação que também é utilizado como local de espera
para os animais que aguardam o banho e/ou a tosa, uma sala de banho e uma sala de espera
para os animais que já haviam finalizado.

2.2 Atividades desenvolvidas

As atividades que acompanhamos com mais frequência foram o banho e a tosa dos
animais. Quanto às cirurgias, a grande maioria se tratava de castração de cão e gato, e com
menor frequência a retirada de nódulos e massas tumorais associadas as glândulas mamárias.
Fez parte também de nossa rotina de acompanhamento a limpeza de tártaro nos dentes dos
animais.

2.2.1 Atividade 1- Banho

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A higiene é fundamental para a manutenção da saúde e bem-estar de nossos amigos de
estimação, portanto, criar o hábito de dar banho regularmente é extremamente importante para
que os pets fiquem protegidos.
Na realização da atividade de banho (figura 1), se usa três produtos, começando
molhando o pelo do animal e passando o shampoo neutralizador de odores, logo após isso
dependendo do tipo do pelo do animal vai ter três shampoos, para pelos pretos, dourados e o
totalizante para os pelos brancos, usar um desses e logo após passar o condicionador.

Figura 1- Realização de banho.

Fonte: PELIZZAR, 2021.

Após realizar os procedimentos do banho, deve-se secar o animal com o soprador


próprio para cães com ar aquecido (figuras 2, 3 e 6), direciona o ar do secador sempre
escovando o pelo na mesma direção e pôr na máquina de secar (figura 4). Depois de seco é
feito a finalização do animal. O cão deve ficar totalmente seco, evitando deixar qualquer parte
úmida, principalmente orelhas que podem a vir desenvolver doenças como otites (BLOCK et
al., 2016).

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Figura 2- Soprador Figura 3- Secagem do animal

Fonte: SOUZA, 2021. Fonte: SOUZA, 2021

Figura 4- Máquina que os animais secam. Figura 5- Fazendo a secagem e limpeza das orelhas

Fonte: PELIZZAR, 2021. Fonte: PELIZZAR, 2021.

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Figura 6- Soprador para fazer a secagem.

Fonte: PELIZZAR, 2021.

Os shampoos devem ser diluídos em água com o uso de uma ampola (figura 7 e 8),
para os pelos dourados e pretos a diluição era 1:4, já para os shampoos neutralizador de
odores, pelos claros e para o condicionador a diluição era 1:10.

Figura 7- Shampoos diluídos. Figura 8- Diluindo o shampoo.

.
Fonte: SOUZA, 2021. Fonte: PELIZZAR, 2021.

Após se realizar a secagem do animal era de extrema importância fazer o corte das
unhas. O corte das unhas é feito sempre que necessário ou a cada 15 dias para manutenção.
Segundo (BOCK et al, 2016) as unhas possuem um vaso que acompanha seu crescimento, o
corte é realizado 1 cm posterior a este vaso para que a unha não sangre. As unhas dos dedos

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Ergô devem ser cuidadas sempre, pois seu crescimento excessivo pode levar a feridas no
próprio dedo do cão.
Já nos banhos terapêuticos -se três shampoos: dois tipos que são usados em todos os
banhos e um específico para o problema de pele do animal. O banho terapêutico segundo a
médica-veterinária, pós-graduada em Dermatologia Veterinária, diretora Social da SBDV,
Camila São Bernardo, afirma que, atualmente, o tratamento tópico com banhos terapêuticos é
uma das melhores ferramentas existentes para o controle de infecções e inflamações na pele.
De acordo com a médica-veterinária especialista em Dermatologia, sócia-proprietária
da Clínica Veterinária Metazooa é Secretária Geral da Sociedade Brasileira de Dermatologia
Veterinária (SBDV), Cristina Sartorato, o banho terapêutico é um tratamento que deve ser
prescrito por médico-veterinário capaz de avaliar as condições e necessidades do paciente. “É
um recurso de grande valia, pois o paciente pode ser beneficiado da ação direta dos princípios
ativos na pele, diminuindo o impacto sistêmico e a interferência de processos metabólicos”,
afirma e completa que a arte da escolha dos ativos requer conhecimento e experiência clínica,
evitando interações físico-químicas que afetem a efetividade da formulação.

2.2.2 Atividade 2- Tosa

A tosa não tem apenas fins estéticos para o animal, mas também é considerado
necessário para a saúde dele, com exceção em casos de animais que possuam pelo mais curto.
Os principais problemas relacionados aos pelos compridos na saúde do pet ocorrem
durante o verão, onde os dias mais quentes e úmidos são propícios para questões como as
seguintes: Proliferação de parasitas, problemas de pele e hipertermia.
O procedimento de tosa é realizado quando os cachorros possuem muitos nós em seus
pelos. As tosas higiênicas consistem na retirada de pelos da barriga e ao redor do ânus,
também são aparados os pelos do focinho e das patas. Essas são feitas a cada 15 dias e ajudam
a evitar o acúmulo de sujidades e microrganismos nessas áreas (BLOCK et al., 2016).
A tosa na tesoura (figura 9), a tesoura traz um melhor acabamento, ainda que deixe o
procedimento mais demorado. Ela é indicada para cães que ficam muito agitados com o
barulho da máquina, que possuem alergia à lâmina ou, ainda, aos cães de pelo médio e longo.
A tosa na máquina (figura 10 e 11) deve ser feita apenas por profissionais experientes,
pois o procedimento exige conhecimento da lâmina correta para o tipo de pelo do pet. Além
do que, a máquina destinada à tosa dos animais, possui valor mais barato, e como
consequência ocorre o surgimento de mais subpelos afetando a estética do animal.

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Figura 9 - Tosa na tesoura. Figura 10 - Tosa na lâmina.

Fonte: PELIZZAR, 2021. Fonte: PELIZZAR, 2021.

Figura 11- Tosa na lâmina.

Fonte: SOUZA, 2021.

2.2.3 Atividade 3- Cirurgias

2.2.3.1- Tumor mamário canino.


Tumores mamários caninos representam 25 a 50% dos tumores caninos, sendo que a
metade são considerados malignos. São decotados em animais velhos e de meia idade, não
existindo uma predisposição racial, com maior risco nas raças puras. O tipo de terapia incita
controvérsias e, a cirurgia tem sido eficaz na cura de 50% dos tumores malignos (DALECK et
al., 1998)

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Os canídeos possuem duas cadeias mamárias, esquerda e direita, cada uma delas com
cinco glândulas: duas torácicas (torácica cranial – T1; torácica caudal – T2), duas abdominais
(abdominal cranial – A1; abdominal caudal – A2) e uma inguinal (I1), podendo qualquer uma
delas ser foco de um ou mais tumores (LANA et al., 2007).
A primeira abordagem de paciente com nódulos mamários deve consistir em exame
físico minucioso, não apenas das glândulas mamárias, mas também de características gerais
que permitam avaliar o estado geral do animal. Ao exame físico da cadeia mamária, devem
ser registrados os seguintes aspectos das lesões: consistência, número, localização e tamanho,
assim como eventuais sinais de aderência aos tecidos adjacentes, deformações das mamas e
ulceração em pele (LANA et al., 2007).
As cadelas apresentam cios longos e são animais monoéstricos. Estes cios são
divididos em proestro, estro, metaestro, diestro e anestro, sendo que cada um desses processos
apresenta uma parte do cio, em que será vista a data correta para aplicação do
anticoncepcional (SILVA; LIMA, 2018).
Os anticoncepcionais mais utilizados em cadelas para não entrarem no estro são
progestágenos, megestrol, medroxiprogesterona e proligestona, todos à base de progesterona,
que vem causando cada vez mais problemas nos animais após sua utilização, pois, uma das
consequências mais comumente observadas é a neoplasia mamária, ou tumor mamário, que
aparece com um tempo depois das aplicações do anticoncepcional (FERNANDES et al.,
2020).
Para se realizar a cirurgia o paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal com os
membros torácicos estendidos e fixados cranialmente, bem como os pélvicos estendidos e
fixados causalmente, todos em uma posição relaxada (figura 12) (MACPHAIL, 2007). Todo o
abdome ventral do paciente, bem como seu tórax e áreas inguinais devem ser preparadas
assepticamente e campos estéreis devem ser presos (MACPHAIL, 2007). Uma incisão elíptica
deve ser realizada ao redor da mama que vai ser retirada, com margens de pelo menos 1 a 2
cm de tecido saudável em pele e profundamente em subcutâneo até a fáscia abdominal ou
torácica externas (figura 13). Este é um fator importante já que o tratamento efetivo do câncer
em estágios iniciais com intuito de cura depende da mastectomia com margens livres (DIAS
et al., 2016). Deve-se evitar incisar tecido mamário sempre que possível, porém em alguns
momentos isso não é possível, uma vez que o tecido mamário pode ser confluente entre as
diversas mamas adjacentes de uma mesma cadeia, por outro lado, a delimitação da linha entre
as cadeias contralaterais é bem definida (MACPHAIL, 2007). Hemorragias superficiais
devem ser controladas com eletrocoagulação, pinças hemostáticas ou através de ligaduras.

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Figura 12- Posição para se realizar a cirurgia. Figura 13- Corte ao redor da mama.

Fonte: SOUZA, 2021. Fonte: SOUZA, 2021.

Figura 14- Retirada da mama com o tumor. Figura 15- Fechamento do procedimento.

Fonte: SOUZA, 2021. Fonte: SOUZA, 2021.

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Figura 16- Mama retirada.

Fonte: SOUZA, 2021.

2.2.3.2- Castração de cachorro.

Vários métodos não cirúrgicos têm sido utilizados na tentativa de controlar a


superpopulação de cães e gatos; no entanto, foram observados inúmeros fatores desfavoráveis.
A esterilização cirúrgica é uma maneira eficiente, definitiva, segura, e permite o controle
populacional logo após sua realização, além de favorecer programas de adoção. Além da
incapacidade reprodutiva, a castração apresenta como vantagens a prevenção de várias
doenças dos órgãos reprodutivos e a diminuição na incidência de problemas
estrógenodependentes (JOHNSTON, 1991).
As cirurgias de esterilização nas fêmeas, tanto caninas quanto felinas, são a
ovariectomia e a ovariossalpingohisterectomia (OSH); em machos, de ambas as espécies,
realiza-se a vasectomia ou a orquiectomia (OQ). As desvantagens imediatas das cirurgias
esterilizantes se referem a possíveis complicações cirúrgicas e anestésicas, prevenidas com o
treinamento adequado dos profissionais envolvidos na realização do procedimento
(JOHNSTON, 1991; HOWE, 1999).
O método de esterilização mais usado nas cadelas é a ovariectomia, onde
primeiramente determina-se o peso do animal, aplica-se o anestésico, posteriormente retira-se
os pelos do abdômen para se realização da cirurgia.
A cirurgia de OSH consiste na remoção dos ovários, ovidutos e do útero (figura 21),
um procedimento amplamente realizado na rotina mais cedo ou mais tarde na vida do animal
(ROMAGNOLI, 2008).

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Primeiramente o paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal, essa técnica é
realizada com uma incisão na linha mediana ventral (figura 18), sendo o tamanho da incisão
variável conforme o porte do paciente. Em cadelas a incisão é realizada no terço cranial da
distância entre o umbigo e o púbis, pois os ovários são bem mais difíceis de exteriorizar que o
corpo uterino. Se o útero estiver distendido ou aumentado, a incisão será alongada
(SLATTER, 2007). O corno uterino direito é localizado e seu trajeto é seguido cranialmente
até encontrar o ovário direito. O baço deve ser evitado. Uma pinça é aplicada no ligamento
próprio do ovário, sendo utilizada para retração do ovário enquanto o ligamento suspensor é
distendido ou rompido com o dedo indicador. Uma janela é aberta no mesovário, caudalmente
aos vasos ovarianos (BOJRAB, 1996). O pedículo ovariano é triplamente pinçado, e o
pedículo é seccionado entre a pinça mais próxima ao ovário e a pinça intermediária. A pinça
mais distalmente ao ovário é removida, de modo que a ligadura do pedículo ocupe o sulco
deixado pela pinça (SLATTER, 2007). Pode-se optar pelo pinçamento duplo do pedículo
ovariano, sendo a terceira pinça posicionada sobre o ligamento próprio, entre o ovário e o
corno uterino (figura 19). Nesse caso a incisão é realizada entre a pinça média e o ovário
(BOJRAB, 1996).
É utilizado material de sutura absorvível para a realização dessas ligaduras. O
pedículo é então pinçado com uma pinça hemostática, e a última pinça é removida,
realizando-se a inspeção do pedículo quanto a sangramentos. O pedículo é cuidadosamente
reposicionado na cavidade abdominal e a pinça hemostática é removida. O procedimento é
repetido no pedículo ovariano contralateral (FOSSUM, 2008).

Figura 17- Campo cirúrgico. Figura 18- Realização da incisão.

Fonte: PELIZZAR, 2021. Fonte: PELIZZAR, 2021.

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Figura 19- Pinçamento do corno uterino. Figura 20- Pontos.

Fonte: PELIZZAR, 2021. Fonte: PELIZZAR, 2021.

Figura 21- Sistema reprodutor.

Fonte: PELIZZAR, 2021.

Já em animais machos era realizado a orquiectomia é a retirada cirúrgica dos


testículos, epidídimos e parte dos cordões espermáticos, comumente chamada de castração.
Para se realizar a cirurgia foi feito a retirada de pelo com máquina na região do
testículo e, em seguida, a antissepsia com solução de gluconato de clorexidina 2% em solução
alcoólica. Os animais foram posicionados em decúbito dorsal, para a realização dos
procedimentos propostos (figura 22).
A incisão de pele foi realizada na bolsa escrotal, na linha média, com extensão de
aproximadamente 4 cm, essa medida teve como referência a aproximação do testículo ao
pênis (figura 23). O testículo foi deslocado subcutaneamente, sob pressão, para a linha de
incisão, e mantido, nessa região, pelos dedos do cirurgião. Foi realizada uma incisão na túnica

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dartos e na fáscia espermática, expondo os testículos, envoltos pela túnica vaginal parietal,
que continuaram mantidos pelos dedos do cirurgião. O cordão espermático foi identificado,
pinçado e dados dois nós como ligadura (figura 24) (TAVARES et al. 2019).

Figura 22- Posição para se fazer a cirurgia. Figura 23- Incisão.

Fonte: PELIZZAR, 2021. Fonte: PELIZZAR, 2021.

Figura 24- Realização dos nós. Figura 25- Escroto canino.

Fonte: PELIZZAR, 2021. Fonte: PELIZZAR, 2021.

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Figura 26- Pontos da cirurgia.

Fonte: PELIZZAR, 2021.

2.2.4 Atividade 4- Limpeza de tártaro

Segundo Kowalesky 2005, o cão inicia a troca da dentição decídua pelos dentes
permanente com aproximadamente quatro meses. A escovação deve ser iniciada ainda na
dentição de leite, para que o animal tenha mais aceitabilidade da rotina no decorrer de seu
crescimento, e esse procedimento rotineiro irá atuar como prevenção das periodontopatias.
A maior incidência de tártaro/cálculo acontece em cães de raças menores ou mais
velhos, entre 4 a 5 anos. Enquanto animais de grande porte e jovens, de aproximadamente um
ano de idade, possuem menores índices de placas bacterianas (REZENDE et al., 2004).
O tratamento consiste na tartarectomia ou limpeza de tártaro, que deve ser realizada
com o animal anestesiado e material odontológico adequado, é considerado rápido e de
simples execução (YOULE, 2012).
É sempre bom lembrar da importância da escovação do seu pet desde cedo, para se
evitar chegar ao ponto do caso da Figura 29, onde o animal tinha muitos dentes já estragados
e com o procedimento, eles acabaram caindo (figura 29).

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Figura 27- Equipamento odontológico. Figura 28- Procedimento.

Fonte: PELIZZAR, 2021. Fonte: PELIZZAR, 2021.

Figura 29- Dentes estragados.

Fonte: PELIZZAR, 2021.

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3 CONCLUSÃO

A realização do estágio supervisionado obrigatório me apresentou ao mercado de


trabalho do Técnico em Agropecuária, mostrando que o profissional deve buscar sempre a
excelência no desempenhar de sua profissão, sempre procurando prestar o melhor e mais
completo atendimento possível, prezando pelo respeito e a ética profissional.
Além disso, tive a oportunidade de colocar em prática o conhecimento adquirido
durante o curso técnico, podendo acompanhar os resultados obtidos ao final de cada
tratamento.
Por fim, adquiri novos conhecimentos na área da veterinária e aperfeiçoamento dos
conhecimentos e técnicas pessoais, que foram das mais simples, como as experiências de
embelezamento de animais e, também, das mais importantes as técnicas cirúrgicas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOJRAB M. J. Técnicas Atuais em Cirurgia de Pequenos Animais. 3. ed. Rio de Janeiro:


Roca, 1996. 896 p. Acesso em: 23 set. 2022.

Camila São Bernardo, Cristina Sartorato. Banho terapêutico para tratamento de


dermatopatias oferece bons resultados aos pets. [Home page]. Disponível em:
https://caesegatos.com.br/banho-terapeutico-para-tratamento-de-dermatopatias-oferece-bons-
resultados-aos-pets. Acesso em: 24 set. 2022.

FERNANDES, E.R.L.; MELO, W.G.G.; SOUSA, M.P.; CHAVES, L.D.C.S.C.; SILVA,


L.N.; COSTA, T.M.; LEITE, D.F.S.S. Uso de fármacos contraceptivos e seus efeitos
colaterais em cães e gatos: Revisão de literatura. N° 34, 2020. 14p. Acesso em: 23 set.
2022.

FOSSUM, T. W. Cirurgia de Pequenos Animais. 2. ed. Rio de Janeiro: Roca, 2005. 1408 p.
Acesso em: 23 set. 2022.

JOHNSTON, S. D. Questions and answers on the effects of surgically neutering dogs and
cats. Journal of the American Medical Veterinary Association, v. 198, n. 7, p. 1206-1214,
Apr. 1991. Acesso em: 23 set. 2022.

LANA, S. E.; RUTTEMAN, G. R.; WITHROW, S. J. Tumors of the mammary gland.


In:WITHROW, S. J.; VAIL, D. M.; WITHROW, S. J., MacEWEN, E.G. Small Animal
Clinical Oncology.4.ed. St. Louis: Saunders Elsevier, 2007. p.619-636. Acesso em: 23 set.
2022.

SILVA, L.D.M.; LIMA, D.B.C. Aspectos da fisiologia reprodutiva da cadela. Belém. 2018.
6p. Acesso em: 25 set. 2022.

ROMAGNOLI, S. Surgical Gonadectomy in the bitch & queen: should it be done and at
what age? Paper presented at the Southern European Veterinary Conference, Barcelona,
Spain, 2008. Acesso em: 23 set. 2022.

22
NATHALIA BOCK1; LILIANA DE MELO FRANÇA2; PAULA TAINE POSSAS
BRAGA3; FERNANDA DAGMAR MARTINS4; SABRINA DE OLIVEIRA CAPELLA5;
MÁRCIA DE OLIVEIRA NOBRE6. IMPORTÂNCIA DA HIGIENE EM CÃES
TERAPEUTAS. Disponível em: https://cti.ufpel.edu.br/siepe/arquivos/2016/CA_02067.pdf.
Acesso em: 25 set. 2022.

SLATTER, D. Manual de Cirurgia de Pequenos Animais. 3. ed. São Paulo: Manole, 2007.
v. 2. 2713 p. Acesso em: 24 set. 2022.

TAVARES, Denise Cláudia1*; SEVERIANO, Nayara Colaço2; ARAUJO, Alessandra Costa3;


FARIAS, Élida Aparecida da Fonseca Costa3; SILVA, Paula Martins da1. COMPARAÇÃO
ENTRE ORQUIECTOMIA PRÉ- ESCROTAL E ESCROTAL,
CORRELACIONADAS COM O TEMPO CIRÚRGICO EM CÃES. Rev. Ciên. Vet.
Saúde Públ., v.6, n. 1, p. 107-125, 2019. Acesso em: 24 set. 2022.

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