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1 Open banking 

e LGPD: o desafio dos


2 bancos na proteção de dados
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4 O modelo ditado pelo Banco Central, as instituições financeiras


5 classificadas como S1, ou seja, aquelas que possuem porte igual ou
6 superior a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) ou que tenham atividade
7 internacional relevante, e S2, instituições de porte entre 1% e 10% do
8 PIB, serão obrigadas a participar do open banking.
9 Assim, os grandes bancos atuantes no Brasil terão participação
10 compulsória, desde que o cliente autorize o compartilhamento dos dados.
11 Já as demais instituições, como empresas de pagamento e fintechs, terão
12 participação voluntária e deverão também compartilhar os dados de seus
13 clientes para os seus concorrentes.
14 Tal cenário favorece uma prática fundamental do open banking: a
15 reciprocidade, considerando que todas as empresas aderentes terão o
16 direito de receber dados de seus concorrentes e o dever de compartilhá-
17 los, desde que haja consentimento dos clientes. Como resultado, há a
18 ampliação da livre concorrência e favorecimento do maior interessado, o
19 consumidor, que terá em suas mãos a escolha acerca do
20 compartilhamento dos seus dados, que será digital e realizado dentro de
21 um ambiente seguro e supervisionado pelo Banco Central.
22 O processo estará de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados
23 (LGPD), seguindo um fluxo padrão de consentimento pelo cliente
24 semelhante ao do acesso à instituição por meio do aplicativo ou internet
25 banking via reconhecimento facial, biometria ou senha.
26 Assim, o tratamento de dados pessoais será um critério essencial a ser
27 levado em consideração por uma instituição financeira ao aderir ao open
28 banking. Portanto, novos processos e demandas serão criadas junto com
29 essa inovação do mercado bancário, assim como o desenvolvimento de
30 soluções que deverão acompanhar o respeito à privacidade e à proteção
31 de dados pessoais.

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