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LIBRAS
(Língua Brasileira de Sinais)
Material Didático
INSTITUTO NACIONAL SABER
INSTITUTO NACIONAL SABER
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 70
UNIDADE 1 - LIBRAS (LÍNGUA
BRASILEIRA DE SINAIS)
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Antes de começarmos nossa caminhada para o aprendizado da
Língua Brasileira de Sinais é importantíssimo que você compreenda que esta língua
não é a língua de um país, mas, é a língua de um povo que se autodenomina de Povo
Surdo3 . Os surdos deste povo são pessoas que se reconhecem pela ótica cultural e
não medicalizada possuem uma organização política de vida em função de suas
habilidades, neste caso a principal é a habilidade visual, o que gera hábitos também
visuais e uma língua também visual.
Neste estudo quando nos referimos aos surdos, estamos nós referindo àqueles
que utilizam a Libras assim como você utiliza a Língua Portuguesa. Os surdos para
identificar aqueles que não são surdos costumam perguntar: _ Você é ouvinte?, Assim
o termo ouvinte é uma forma de reconhecer o não-surdo.
Talvez não tenha ficado claro o suficiente quem são os surdos e quem são os
ouvintes, mas com certeza gradativamente com o decorrer do estudo você
compreenderá o significado tais termos.
Os ouvidos, podendo dispor em grau de perda, desde a surdez leve até a
profunda. Termo comum no vocabulário médico e científico. Usado por alguns
fonoaudiólogos e documentos oficiais. Enquadra o surdo na categoria “Deficiência”.
Deficiente Auditivo – Pessoa que possui a deficiência em um ou ambos
ouvidos, podendo dispor em grau de perda, desde a surdez leve até a profunda. Termo
comum no vocabulário médico e científico. Usado por alguns fonoaudiólogos e
documentos oficiais. Enquadra o surdo na categoria “Deficiência”.
As pessoas surdas, que estão politicamente atuando para terem seus direitos
de cidadania e lingüísticos respeitados, fazem uma distinção entre “ser Surdo” e ser
“deficiente auditivo” A palavra “deficiente”, que não foi escolhida por elas para se
denominarem, estigmatiza a pessoa porque a mostra sempre pelo que ela não tem,
em relação ás outras e, não, o que ela pode ter de diferente e, por isso acrescentar
às outras pessoas.
Ser surdo é saber que pode falar com mãos e aprender uma língua oralauditiva
através dessa, é conviver com pessoas que, em um universo de barulhos, depara-se
com pessoas que estão percebendo o mundo, principalmente pela visão, e isso faz
com que eles sejam diferentes e não necessariamente deficientes.
A diferença está no modo de apreender o mundo, que gera valores,
comportamento comum compartilhado e tradições sócio-interativas, a este modus
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vivendi está sendo denominado de “Cultura Surda”.
Em outra visão, a surdez, sendo de origem congênita, é quando se nasce surdo,
isto é, não se tem a capacidade de ouvir nenhum som. Por consequência, surge uma
série de dificuldades na aquisição da linguagem, bem como no desenvolvimento da
comunicação. Por sua vez, a deficiência auditiva é um déficit adquirido, ou seja, é
quando se nasce com uma audição perfeita e que, devido a lesões ou doenças, há
perda. Nestas situações, na maior parte dos casos, a pessoa já aprendeu a se
comunicar oralmente. Porém, ao adquirir esta deficiência, vai ter de aprender a
comunicar de outra forma. Em certos casos, pode-se recorrer ao uso de aparelhos
auditivos ou a intervenções cirúrgicas (dependendo do grau da deficiência auditiva) a
fim de minimizar ou corrigir o problema.
Caracterizando a surdez
O conhecimento sobre as características da surdez permite àqueles que se
relacionam ou que pretendem desenvolver algum tipo de trabalho pedagógico com
pessoas surdas, a compreensão desse fenômeno, aumentando sua possibilidade de
atender às necessidades especiais constatadas.
Quanto ao períodos de aquisição, a surdez pode ser dividida em dois grandes
grupos:
Congênita: quando o indivíduo já nasceu surdo. “Nesse caso a surdez é
prélingual”, ou seja, ocorreu antes da aquisição da linguagem.
Adquirida: quando o indivíduo perde a audição no decorrer da sua vida. Nesse
caso a surdez poderá ser “pré ou pós-lingual”, dependendo da sua ocorrência ter se
dado antes e depois da aquisição da linguagem.
Quanto a etiologia ( causas da surdez), ela se divide em:
Pré - natais: surdez provocada por fatores genéticos e hereditários, doenças
adquiridas pela mãe na época da gestação(rubéola, toxoplasmose, citomegalivírus) e
exposição da mãe a drogas ototóxicas ( medicamentos que podem afetar a audição)
Peri – natais: surdez provocada mais frequentemente por parto prematuro,
anóxia cerebral (falta de oxigenação o cérebro logo após o nascimento) e trauma e
parto (uso inadequado de fórceps, parto excessivamente rápido, parto demorado).
Pós – natais: surdez provocada por doenças adquiridas pelo indivíduo ao longo
da vida, como: meningite, caxumba, sarampo. Além do uso de medicamento ototóxico,
outros fatores também tem relação com a surdez, como o avanço da idade e
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acidentes.
O audiômetro é um instrumento utilizado para medir a sensibilidade auditiva de
um indivíduo. O nível de intensidade é medido em decibel (dB).
Por meio desse instrumento faz-se necessário a realização de alguns testes,
obtendo-se uma classificação da surdez quando ao grau de comprometimento (grau
e/intensidade da perda auditiva), a qual será classificada em níveis, de acordo com a
sensibilidade auditiva do individuo:
• Pode-se dividir a perda auditiva em 5 categorias + Anacusia.
• (conforme Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999)
db=decibéis
Anacusia: este termo significa falta de audição, sendo diferente de surdez, onde
existem resíduos auditivos. Audição Considerada Normal - perda entre 0 a 24 db nível
de audição.
Surdez Leve: nesse caso a pessoa pode apresentar dificuldade para ouvir o
som do tic-tac do relógio, ou mesmo uma conversação silenciosa (cochicho).
Surdez Moderada: com esse grau de perda auditiva a pessoa pode apresentar
alguma dificuldade para ouvir uma voz fraca ou um canto de um passarinho.
Surdez acentuada: com esse grau de perda auditiva a pessoa poderá ter
alguma dificuldade para ouvir uma conversação normal.
Surdez severa: nesse caso a pessoa poderá ter dificuldades para ouvir o
telefone tocando ou ruído das máquinas de escrever num escritório.
Surdez profunda: nesse o ruído de caminhão, de discoteca, de uma maquina
de serrar madeira ou, ainda, o ruído de um avião decolando.
A surdez pode ser ainda, classificada como unilateral, quando se apresenta em
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apenas um ouvido e bilateral, quando acomete ambos ouvidos.
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dentro do lar é um benefício e que esta aquisição contribui para o
aprendizado da língua oral como Segunda língua para os surdos.
Os estudos em indivíduos surdos demonstram que a Língua de Sinais
apresenta uma organização neural semelhante à língua oral, ou seja, que esta se
organiza no cérebro da mesma maneira que as línguas faladas.
A Língua de Sinais apresenta, por ser uma língua, um período crítico precoce
para sua aquisição, considerando-se que a forma de comunicação natural é aquela
para o qual o sujeito está mais bem preparado, levando-se em conta a noção de
conforto estabelecido diante de qualquer tipo de aquisição na tenra idade.
A língua de sinais é língua língua ou linguagem?
Linguagem
Linguagem é tudo que envolve significação, que pode ser humano (pintura,
música, cinema), animal (abelhas, golfinhos, baleias) ou artificial (linguagem de
computador, código Morse, código internacional de bandeiras). Ou seja, “sistema de
comunicação natural ou artificial, humana ou não” (Fernandes, 2002:16).
Língua
É um conjunto de palavras, sinais e expressões organizados a partir de regras,
sendo utilizado por um povo para sua interação. Sendo assim a língua seria uma forma
de linguagem: a linguagem verbal. As línguas estariam em uma posição de destaque
entre todas as linguagens, ou seja, podemos falar de todas as outras linguagens
utilizando as palavras ou os sinais. Assim como as línguas orais, as línguas de sinais
se organizam em diferentes níveis: semântico, sintático, morfológico e fonológico.
O temo utilizado corretamente é "língua" de sinais e não "linguagem" de sinais.
E isso porque, concordando com Oviedo (1996), "língua" designa um específico
sistema de signos que é utilizado por uma comunidade para se comunicarem. Já
"linguagem" está relacionada à capacidade da espécie humana para se comunicar
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através de um sistema de signos; é a capacidade humana de criar e usar
as línguas e que, conforme Vygotsky tem papel essencial na organização das funções
psicológicas superiores. Daí que resulta ser inapropriado utilizar o termo "linguagem"
para designar a língua de uma comunidade; no caso a da comunidade surda, a Língua
de Sinais.
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Assim, como Quadros e Karnopp (2004:36-37) concluem esta análise dos
mitos, tais concepções equivocadas em relação às línguas de sinais compartilham
traços comuns, assinalando um estatuto lingüístico inferior em relação ao plano da
superfície. Todavia, as investigações mostram que as línguas de sinais, sob o ponto
de vista lingüístico, são completas, complexas e possuem uma abstrata estruturação
em todos os níveis de análise’.
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Comumente quando conhecemos alguém lhes perguntamos logo
o nome, como se chama, para que todas as vezes que quisermos nos referir àquela
pessoa temos um signo que a representa. O nome que estamos falando é o que na
Língua Brasileira de Sinais denominamos de sinal pessoal ou somente sinal, costuma-
se dizer que se trata de um nome visual, um batismo, para dar início à participação na
comunidade surda.
Um nome visual, como o próprio nome diz se trata de uma marca, um traço
visual próprio da pessoa. Quando tal pessoa ainda não tem um sinal (nome visual)
usa-se o alfabeto manual que compõe o quadro das configurações de mãos usadas
na Libras. O alfabeto manual teve origem pela necessidade de representar as letras
de forma visual e era usado principalmente para ensinar pessoas surdas a ler e
escrever, na Libras o uso do alfabeto manual é caracterizado como um Empréstimo
Linguístico.
Assim como todas as línguas a Libras tem seu léxico criado a partir de unidades
mínimas que junto a outros parâmetros formam o sinal (vocábulo), estas unidades
mínimas denominamos de CONFIGURAÇÕES DE MÃOS, ou seja, são as formas
utilizadas para formação de sinais. Através de algumas dessas configurações de
mãos é possível representar o alfabeto de outras línguas orais como a língua
portuguesa, por exemplo.
Datilologia
Alfabeto manual é usado somente para nomes de pessoas e lugares, rótulos,
não é uma representação direta do português e sim da ortografia. É uma sequência
de letras escritas do português.
Variações linguísticas
Na maioria do mundo, há, pelo menos, uma língua de sinais usada amplamente
na comunidade surda de cada país, diferente daquela da língua falada utilizada na
mesma área geográfica. Isto se dá porque essas línguas são independentes das
línguas orais, pois foram produzidas dentro das comunidades surdas. A Língua de
Sinais Americana (ASL) é diferente da Língua de Sinais Britânica (BSL), que difere,
por sua vez, da Língua de Sinais Francesa (LSF).
NOME
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Além disso, dentro de um mesmo país há as variações regionais. A LIBRAS
apresenta dialetos regionais, salientando assim, uma vez mais, o seu caráter de língua
natural.
• VARIAÇÃO REGIONAL: representa as variações de sinais de uma região
para outra, no mesmo país.
Ex.:
VERDE
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alterações decorrentes dos costumes da geração que o utiliza.
Ex.:
AZUL
Iconicidade e arbitrariedade
A modalidade gestual-visual-espacial pela qual a LIBRAS é produzida e
percebida pelos surdos leva, muitas vezes, as pessoas a pensarem que todos os
sinais são o “desenho” no ar do referente que representam. É claro que, por
decorrência de sua natureza lingüística, a realização de um sinal pode ser motivada
pelas características do dado da realidade a que se refere, mas isso não é uma regra.
A grande maioria dos sinais da LIBRAS são arbitrários, não mantendo relação de
semelhança alguma com seu referente. Vejamos alguns exemplos entre os sinais
icônicos e arbitrários.
Sinais icônicos
Uma foto é icônica porque reproduz a imagem do referente, isto é, a pessoa ou
coisa fotografada. Assim também são alguns sinais da LIBRAS, gestos que fazem
alusão à imagem do seu significado.
Ex.:
Isso não significa que os sinais icônicos são iguais em todas as línguas. Cada
sociedade capta facetas diferentes do mesmo referente, representadas através de
seus próprios sinais, convencionalmente, (FERREIRA BRITO, 1993) conforme os
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exemplos abaixo:
ÁRVORE
LIBRAS - representa o tronco usando o antebraço e a mão aberta, as folhas
em movimento. LSC (Língua de Sinais Chinesa) - representa apenas o tronco da
árvore com as duas mãos (os dedos indicador e polegar ficam abertos e curvos).
Sinais arbitrários
São aqueles que não mantêm nenhuma semelhança com o dado da realidade
que representam.
Uma das propriedades básicas de uma língua é a arbitrariedade existente entre
significante e referente. Durante muito tempo afirmou-se que as línguas de sinais não
eram línguas por serem icônicas, não representando, portanto, conceitos abstratos.
Isto não é verdade, pois em língua de sinais tais conceitos também podem ser
representados, em toda sua complexidade.
Ex.
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1.4 Estrutura gramatical
• Aspectos estruturais
Fonologia das línguas de sinais
Fonologia envolve o estudo das unidades menores que irão fazer diferença
na formação de uma palavra. Por exemplo, no português, os sons de /p/ e de
/b/ são distintivos porque formam um par mínimo /pala/ e /bala/. O par mínimo
indica que ao mudar apenas uma unidade mínima, ou seja, /p/ e /b/, em uma
determinada combinação determinará mudança de significado. Isso é o que
acontece com os pares mínimos listados na língua de sinais brasileira a
seguir.
O termo fonologia tem sido usado também para designar o estudo dos
elementos básicos distintivos da língua de sinais.
Como as LS são de modalidade espaço-visual, uma vez que a informação
lingüística é recebida pelos olhos e produzida pelas mãos, às unidades básicas da
fonologia dessas línguas, não são fonemas, mas são elementos de natureza icônica,
que também são compostos por um conjunto de propriedades distintivas.
Os sinais apresentam uma estrutura dual, isto é, podem ser analisados em
termos de um conjunto de propriedades distintivas (sem significado) e de regras que
orientam essas propriedades. Dessa forma, os estudiosos propuseram parâmetros
que não carregam significado isoladamente. Na comunidade científica, prevalece,
dessa forma, a idéia de que esses parâmetros são unidades mínimas (fonemas) que
constituem os morfemas nas línguas de sinais, de forma análoga (semelhante) aos
fonemas que constituem morfemas nas línguas orais.
A LIBRAS têm sua estrutura gramatical organizada a partir de alguns
parâmetros que estruturam sua formação nos diferentes níveis linguísticos. Três são
seus parâmetros principais ou maiores: a Configuração da(s) mão(s)- (CM), o
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Movimento - (M) e o Ponto de Articulação - (PA); e outros constituem
seus parâmetros menores: orientação de mão – (Or ou Om) e as expressões não-
manuais - faciais ou corporais – (ENM).
Parâmetros fonológicos:
• Configuração de Mão (CM).
• Localização ou Ponto de Articulação (PA).
• Movimento (M).
• Orientação e direcionalidade (Or).
• Expressões não – manuais (ENM).
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(FERREIRA BRITO, 1995, p.220)
Ex
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b) Ponto de articulação (PA)/ Localização: também designado
por ponto de articulação. Trata-se da área no corpo em que o sinal é
articulado. Na Libras e também em outras línguas de sinais conhecidas, o
espaço de enunciação é uma área que contém todos os pontos dentro de
um raio de alcance das mãos em que os sinais são articulados. As locações
dividem-se em quato regiões principais: cabeça, mão, tronco e espaço
neutro.
Ex.:
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Direcionalidade do movimento
a) Unidirecional: movimento em uma direção no espaço, durante a realização
de um sinal.
Ex.: PROIBID@, SENTAR, MANDAR.
b) Bidirecional: movimento realizado por uma ou ambas as mãos, em duas
direções diferentes.
Ex.: PRONT@, JULGAMENTO, GRANDE, COMPRID@, DISCUTIR,
EMPREGAD@, PRIM@, TRABALHAR, BRINCAR.
c) Multidirecional: movimentos que exploram várias direções no espaço,
durante a realização de um sinal.
Ex.: INCOMODAR, PESQUISAR.
Tipos de movimentos
a) movimento retilíneo:
b) movimento helicoidal:
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c) movimento circular:
d) movimento semicircular:
e) movimento sinuoso:
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f) movimento angular:
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Quando se quer falar de uma terceira pessoa presente, mas deseja-se ser discreto,
por educação, não se aponta para essa pessoa diretamente. Ou se faz um sinal com
os olhos e um leve movimento de cabeça em direção à pessoa mencionada ou aponta-
se para a palma da mão (voltada para a direção onde se encontra a pessoa referida).
b) Pronomes demonstrativos: na LIBRAS os pronomes demonstrativos e os
advérbios de lugar tem o mesmo sinal, sendo diferenciados no contexto.
Configuração de mão [G]
EST@ / AQUI - olhar para o lugar apontado, perto da 1ª pessoa.
ESS@ / AÍ - olhar para o lugar apontado, perto da 2ª pessoa.
AQUEL@ / LÁ - olhar para o lugar distante apontado.
Tipos de referentes:
• Referentes presentes. Ex.: EU, VOCÊ, EL@...
• Referentes ausentes com localizações reais. Ex.: RECIFE, PREFEITURA...
• Referentes ausentes sem localização.
c) Pronomes possessivos: também não possuem marca para gênero e estão
relacionados às pessoas do discurso e não à coisa possuída, como acontece
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em Português:
EU: ME@ IRM@ ( CM [5] batendo no peito do emissor) VOCÊ: TE@ AMIG@ ( CM
[K] movimento em direção à pessoa referida)
Observação. : para os possessivos no dual, trial, quadrial e plural (grupo) são
usados os pronomes pessoais correspondentes.
d) Pronomes interrogativos: os pronomes interrogativos QUE, QUEM e ONDE
caracterizam-se, essencialmente, pela expressão facial interrogativa feita
simultaneamente ao pronome.
QUE / QUEM: usados no início da frase. (CM [bO].
QUEM: com o sentido de quem é e quem é são mais usados no final da frase.
QUANDO: a pergunta com quando está relacionada a um advérbio de tempo (hoje,
amanhã, ontem) ou a um dia de semana específico.
Ex.:
EL@ VIAJAR RIO QUANDO-PASSADO (interrogação)
EL@ VIAJAR RIO QUANDO-FUTURO (interrogação)
EU CONVIDAR VOCÊ VIR MINH@ ESCOLA. VOCÊ PODER D-I-A (interrogação)
QUE-HORAS? / QUANTAS-HORAS?
Para se referir a horas aponta-se para o pulso e relaciona-se o numeral para a
quantidade desejada.
Ex.:
CURSO COMEÇAR QUE-HORAS AQUI (interrogação) Resposta: CURSO
COMEÇAR HORAS DUAS.
a) Quanto ao movimento
QUEIJO/RIR
ACUSAR/ADMIRAR
b) Quanto à configuração da mão
MARROM/ROXO
ACOSTUMADO/EDUCADO
c) Quanto à locação
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APRENDER/SÁBADO
QUEIJO/FEIO
AZAR/DESCULPA
A combinação de unidades menores, os fonemas, pode ser realizada utilizandos e
uma ou duas mãos para formar um sinal. O sinal com duas mãos pode ter a mesma
configuração de mão ou não. No primeiro caso, o movimento associado ao sinal deve
ser simétrico (condição de simetria). A seguir apresentamos alguns exemplos:
Sinais com duas mãos e mesma configuração de mão:
TRABALHAR NAMORAR
TELEVISÃO VÍDEO
No segundo caso, há possibilidade de haver a combinação de duas configurações
de mão, no entanto, uma mão necessariamente será passiva e a outra ativa. A seguir
apresentamos alguns exemplos:
ERRAR ÁRVORE
FINGIR AJUDAR
No caso da LIBRAS, tanto os equivalentes aos vocábulos quanto aos demais itens
lexicais em uma língua oral são sinais. É muito comum as pessoas pensarem que os
vocábulos de uma língua de sinais são constituídos a partir do alfabeto manual. Mas
isso só ocorre quando não há um sinal equivalente, como é o caso de um nome próprio
ou das palavras técnicas.
Empréstimos linguísticos
Existem casos em que a língua de sinais faz o empréstimo de palavras de uma
língua oral, o fazem através da soletração manual. Exemplos como AZUL, NUNCA,
OI, VAI, seriam empréstimos que já foram incorporados ao léxico da Libras.
A soletração manual não é o processo único de formação dos vocábulos (sinais)
em LIBRAS. Como podemos observar no exemplo, a soletração manual das letras de
uma palavra em português é a mera transposição espacial dos grafemas de uma
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palavra da língua oral, por meio das mãos; apenas um meio de se fazer
empréstimos em LIBRAS. Assim como a palavra “xerox”, em português, é um
empréstimo do inglês, o exemplo anterior ilustra o fenômeno do empréstimo em
LIBRAS, pois, na maioria dos casos, existe o sinal correspondente à situação, ao
objeto ou à idéia e não é necessário usar a soletração manual.
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1.8 Tipos de verbos na língua de sinais brasileira
Segundo QUADROS e KARNOPP (2004), os verbos na língua de sinais
brasileira estão divididos nas seguintes classes:
a) Verbos simples: são verbos que não se flexionam em pessoa e número e
não incorporam afixos locativos. Alguns desses verbos apresentam flexão
de aspecto. Todos os verbos ancorados no corpo são verbos simples. Há
também alguns que são feitos no espaço neutro. Exemplos dessa categoria
são:
CONHECER, AMAR, APRENDER, SABER, INVENTAR, GOSTAR.
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Nesse exemplo, o sinal de casa foi estabelecido em um ponto no
espaço (d) e o sinal do verbo foi realizado em cima deste mesmo ponto tornando a
expressão definida e específica.
b) Verbos com concordância: são verbos que se flexionam em pessoa,
número e aspecto, mas não incorporam afixos locativos. Exemplos dessa
categoria são DAR, ENVIAR, RESPONDER, PERGUNTAR, DIZER,
PROVOCAR, que são subdivididos em concordância pura e reversa
(backwards). Os verbos com concordância apresentam a direcionalidade e
a orientação. A direcionalidade está associada às relações semânticas
(source/goal). A orientação da mão voltada para o objeto da sentença está
associada à sintaxe marcando Caso.
Ex.:
1.9 Sintaxe
Sintaxe é a área de estudo que analisa a combinação das palavras para a
formação de estruturas maiores (frases).
Tipos de frases
Para produzirmos uma frase em LIBRAS nas formas afirmativa, exclamativa,
interrogativa, negativa ou imperativa é necessário estarmos atentos às expressões
faciais e corporais a serem realizadas, simultaneamente, às mesmas.
• Afirmativa: a expressão facial é neutra.
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e) Exclamativa: sobrancelhas levantadas e um ligeiro movimento da cabeça
inclinando-se para cima e para baixo.
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c) acrescida do sinal NÃO (com o dedo indicador) à frase afirmativa.
1.11 Classificadores
Esse fenômeno linguístico é uma representação visual de objetos e ações de
forma quase transparente, embora apresente características de arbitrariedade. São
marcadores de concordância de gênero para pessoa, animais ou coisas.
Portanto, os classificadores na LIBRAS são marcadores de concordância de
gênero para pessoas, animais ou coisas. São muito importantes, pois ajudam construir
sua estrutura sintática, através de recursos corporais que possibilitam relações
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gramaticais altamente abstratas.
Ex.:
LIBRAS CARRO BATER POSTE
Cl Verbo em Cl - Movimento
Português "O carro bateu no poste."
LIBRAS PRATOS-EMPILHADOS
Cl Verbo em localização
Português "Os pratos estão empilhados"
ROLE-PLAY
Este é um recurso muito usado na LIBRAS quando os surdos estão
desenvolvendo a narrativa. O sinalizador coloca-se na posição dos personagens
referidos na narrativa, alternando com eles em situações de diálogo ou ação.
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UNIDADE 2 - LIBRAS BÁSICO
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faziam e por que não vinham se confessar.
As pessoas não iam se confessar porque não apresentavam uma língua
estruturante para seu pensamento. Mas a igreja também estava muito preocupada,
pois nasciam muitos surdos nos castelos dos nobres, devido à frequência dos
casamentos consanguineos, comuns na época, visto que a nobreza não queria dividr
sua herabnça com outras famílias e acabavam casando-se entre primos, sobrinhas,
tios e até irmãos.
Como nos mosteiros da Igreja havia padres, monges e frades que utiliizavam
de uma língua gestual rudimentar, porque nesses ambientes existia o voto do silêncio,
esses religiosos foram deslocados para esses castelos com a missão de educar os
filhos surdos dos nobres em troca de grandes fortunas.
Em 1880, aconteceu o Congresso Mundial de Professores de Surdos em Milão,
na Itália, onde foi discutido qual seria o melhor método para a educação dos surdos.
Nesse congresso ficou resolvido que o melhor métdo era o oral puro, sendo proibida
a utilização da língua de sinais a partir desta data.
A partir daí, as crianças surdas, muitas vezes, tinha suas mãos amarradas para
trás e eram obrigadas a sentarem em cima das mãos ao irem para a escola, para que
não usassem a língua de sinais.
Tal opressão perdurou por mais de um século, trazendo uma série de
consequências sociais e educacionais negativas.
No Brasil, a primeira lei que viabiliza o uso da Língua Brasileira de Sinais como
a primeira língua dos surdos foi assinada em novembro de 2002 pelo Presidente
Fernando Henrique Cardoso
Quem são os surdos?
São aquelas pessoas que utilizam a comunicação espaço- visual como
principal meio de conhecer o mundo, em substituição à audição e à fala. A maioria
das pessoas surdas, no contato com outros surdos, desenvolve a Língua de Sinais.
Já outros, por viverem isolados ou em locais onde não exista uma comunidade surda,
apenas se comunicam por gestos. Existem surdos que por imposição familiar ou
opção pessoal preferem utilizar a língua oral (fala).
Deficiência Auditiva
Termo técnico usado na área da saúde e, algumas vezes, em textos legais.
refere-se a uma perda sensorial auditiva. Não designa o grupo cultural dos surdos.
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Surdo-Mudo
Provavelmente a mais antiga e incorreta denominação atribuida ao surdo, e
infelizmente ainda utilizada em certas áreas e divulgada nos meios de comunicação,
principalmente televisão, jornais e rádio
• O fato de uma pessoa ser surda não significa que ela seja muda. A mudez
é uma outra deficiência, totalmente desagregada da surdez. São minorias
os surdos que também são mudos. Fato é a total possibilidade de um surdo
falar, através de exercícios fonoaudiológicos, aos quais chamamos de
surdos oralizados. Também é possível um surdo nunca ter falado,sem que
seja mudo, mas apenas por falta de exercício.
• Por isso, o surdo só será também mudo se, e somente se, for constatada
clinicamente deficiência na sua oralização, impedindo-o de emitir sons. Fora
isto, é um erro chamá-los de surdo-mudo. Apague esta ideia!
O que é o Surdo-Mudo?
Erro social dado ao tato de que o surdo vive num ‘’silêncio” rotulado pela própria
sociedade (por falta de conhedmento do real significado das duas palavras).
Surdez: dificuldade parcial ou total no que se refere à audição
Mudez: problema ligado à voz.
O que é a deficiência auditiva?
É apenas uma perda sensorial, por isto as pessoas com problemas de audição
têm potencialidade igual a de qualquer ouvinte. Comunicação com liberdade e
segurança. Para os surdos a língua de sinais é fundamental, pois só através dela
podem se comunicar.
Desmistificando os estereótipos
• Nem todo surdo é mudo;
• Nem todos os surdos fazem leitura labial;
• Nem todos os surdos sabem Língua de Sinais;
• Ao falar com surdo não é necessário tocá-lo fortemente e/ou falar em voz
alta.
• A Língua de Sinais não é universal.
LEI DE LIBRAS
Lei n° 10.436, de 24 de abril de 2002.
Dispõe sobre a LÍNGUA BRASILERA DE SINAIS - LIBRAS e dá outras
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providências. Eu o presidente da república faço saber que o Congresso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei.
Art. 1 - É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a LÍNGUA
BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS e outros recursos de expressão a ela associados.
Parágrafo Único. entende-se como LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS -
LIBRAS a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de
natureza visual-motora. Com estrutura gramatical própria, constituem um sistema
linguístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas
surdas do Brasil.
Art. 2 - Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas
concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e
difusão da LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS como meio de comunicação
objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil.
Art 3 - As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços
públicos de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado
aos portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor.
Art. 4 - O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais,
municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de
educação especial, de fonoaudióloga e de magistério, em seus níveis médio e
superior, do ensino da língua brasileira de sinais - libras, como parte integrante dos
parâmetros cirriculares nacionais - PCNS. Conforme legislação vigente
Parágrafo Único. A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS não poderá
substituir a modalidade escrita da Língua Portuguesa.
Art. 5 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 24 de abril de 2002; 1810 da Independência e 1140 da República.
Fernando Henrique Cardoso
Paulo Renato Souza
Texto Publicado no D.O.U. de 25.4.2002.
Surdez
Surdez á a diminuição da capacidade de percepção normal dos sons. De
acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a pessoa que não percebe sons
acima 26 dB é portadora de surdez.
A surdez pode ser:
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• Leve: as pessoas podem não se dar conta que ouvem menos:
somente um teste de audição (ãudiometria) vai revelar a deficiência. E a
perda acima de 25 a 40 decibéis (D.B.);
• Moderada: É a perda de 41 a 55 (D.B.). Os sons podem ficar distorcidos e
na conversação as palavras se tornam abafadas e mais difíceis para
entender, particularmente quando têm várias pessoas conversando em
locais com ruído ambiental ou salas onde existe eco. A pessoa só consegue
escutar os sons muito altos como o som ambiente de urna sala de trabalho
e tem dificuldade para falar ao telefone.
• Severa: a perda de 71 a 90 (D.B.). Para ouvir, a pessoa precisa de um som
tão alto quanto o barulho de uma impressora rotativa (até 80 decibéis).
• Surdez profunda: É a perda Acima de 91 (D.B.). A pessoa só ouve ruídos
como os provocados por uma turbina de avião (120 decibéis) disparo de
revolver (150 decibéis) e tiro de canhão (200 decibéis).
Prevenção da surdez:
• Proteção à maternidade, através de assistência pré-natal, e parto assistido
adequadamente:
• Cuidados adequados ao recém-nascido, proporcionando amparo afetivo e
ambiente propício para seu desenvolvimento;
• Vacinação completa das crianças:
• Tratamento médico a todas as doenças da infância;
• Evitar os casamentos consanguíneos;
• Alimentação e estimulação adequada na etapa pré-escolar:
• Diagnóstico precoce de todos os distúrbios no desenvolvimento.
Parâmetros
Os sinais são formados a partidr da conmbinação do movimento das mãos com
um determindado formato em um detetermindado lugar, podendo este lugar ser uma
parte do comorpo ou um espaço em frente ao corpo.
Nas línguas de sinais podem ser encontratados os seguintes parâmetros:
• Confirguração de mãos: são formas das mãos, que podem ser da
datilologia (alfabeto manual) ou outras formas feitas pela mão predominante
( mão direita para os destros) ou pelas duas mãos do emissou ou pelo
sinalizador. Os sinais APRENDER, LARANJA, OUVIR E AMOR têm a
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mesma configuração de mãos que são realizadas na testa, na
boca, na orelha e no lado esquerdo do peito respectivamente;
• Ponto de articulação: é o lugar onde inside a mão predominante
configurada, podendo esta tocar alguma parte do corpo ou estar em um
espaçõ neutro v ertical ( do meio do corpo até a cabeça) e horizontal (à
frente do emissor). Os sinais TRABALHAR, BRICAR, BESTEIRA,
CONSERTAR são feitos no espaço neutro e os sinais ESQUECER,
MENTE, APRENDER E PENSAR são realizados na testa;
• Movimento: os sinais podem ter movimento ou não. Os sinais citados acima
têm movimento, com exceção de PENSAR que, como os sinais AJOELHAR
E EM-PÉ m não teêm movimento;
• Orientação / direcionalidade: os sinais têm uma direção com relação aos
parâmetros acima. Assim os verbos IR e VIR se opõem em relação à
derecionalidade, como os verbos SUBIR e DESCER, ACENDER E
APAGAR, ABRIR-PORTA e FECHAR-PORTA;
• Expressão facial e / ou corporal: muitos sinais, além dos quatro
parâmetros mencionados acima, em sua configuração têm como traço
digferenciador também a expressão facial e/ou corporal, como os sinais
ALEGRE e TRISTE. Há sinais feitos somente com a bochecha como
LADRÃO, ATO-SEXUAL; sinais feitos com a mão e expressão facial, como
o sinal BALA, e há ainda sinais em sons e expressões faciais
complementam os traços manuais, como os sinais HELICOPTERO e
MOTOR.
Na combinação destes cinco parâmetros, tem-se o sinal. Falar com as mãos é,
portanto, combinar estes elemenstos para formarem as palavras e estas formarem as
frases em um contexto.
Numerais
As línguas podem ter formas diferentes para apresentar os numerais quando
utilizados como cardinais, ordinais, quantidade, medida, idade, dias da semana ou
mês, horas e valores monetários. Isso também acontece na LIBRAS. Nesta unidade
e nas seguintes, serão apresentados os numerais em relação às situações
mencionadas acima.
Final sendo utizada em um contexto onde o numeral é ordinal ou quantidade,
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por exemplo: o numeral cardinal é diferente da quantidade 1, que é
diferente do ordinal PRIMEIR@, que é diferente de que é diferente de PRIMEIRO-
GRAU, que é diferente de MÊS-1.
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2.2 Vocabulário
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Sentar em duplas para fazer um diálogo com os sinais aprendidos.
Pronomes pessoais
A LIBRAS possui um sistema pronominal para representar as pessoas do
discurso: primeira pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): EU; NÓS-2, NÓS3,
NÓS-4, NÓS-GRUPO, NÓS/NÓS-TOD@S;
• Primeira Pessoa do Singular: EU
Apontar para o peito do enunciador (a pessoa que fala).
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• Primeira Pessoa do Plural: NÓS-2, NÓS-3, NÓS-4, NÓS-
NÓS-TOD@
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Pronomes possessivos
Os pronomes possessivos, como os pessoais e demonstrativos, também não
possuem marca para gênero e estão relacionados às pessoas do discurso e não à
coisa possuída, como acontece em português.
• EU Ü ME@ SOBRINH@;
• VOCÊ Ü TE@ ESPOS@;
• EL@ Ü SE@.FILH@
Para a primeira pessoa: ME@, pode haver duas configurações de mão: uma é
a mão aberta com os dedos juntos, que bate levemente no peito do emissor; a outra
é a configuração da mão em P com o dedo médio batendo no peito - MEUPRÓPRIO.
Para as segunda e terceira pessoas, a mão tem esta segunda configuração em P,
mas o movimento é em direção à pessoa com que se fala (segunda pessoa) ou está
sendo mencionada (terceira pessoa).
Não há sinal específico para os pronomes possessivo no dual, trial, quadrial e
plural (grupo), nestas situações são usados os pronomes pessoais correspondentes.
Exemplo: NÓS FILH@ ‘nosso(a) filho(a)”
Pronomes demonstrativos em libras
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UNIDADE 3 - CONTEXTO ESCOLAR
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3.2 Familia
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3.3 Escola
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3.4 Cargos
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3.5 Materiais
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3.6 Disciplinas
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3.7 Tempo
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3.8 Vários
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BIBLIOGRAFIA
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Tempo Brasileiro: UFRJ, Departamento de Lingüística e Filologia, 1995.
PIMENTA, Nelson; QUADROS, Ronice Muller de. Curso de Libras 1. Rio de Janeiro :
LSB Vídeo, 2006.
QUADROS, Ronice Muller de; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de sinais brasileira:
estudos lingüísticos. Porto Alegre : Artmed, 2004.
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