Você está na página 1de 25

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

UFRGS-FLE

CURSO: INTRODUÇÃO À TEORIA DE AMOSTRAGEM DE GY

PPGE3M
PORTO ALEGRE
NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2016
ENTREGA MARCO/2017

FORMULÁRIO - CADERNO DE EXERCÍCIOS

Maria Luiza de Souza e Vládia de Souza

vladiasouza@gmail.com

Nomes dos Integrantes do Grupo:

1º Flávio Azevedo Neves Amarante


2º Luana
3º Nikolas Wink
4º Paulo Henrique Faria
5º Ricardo Radtke

1
FÓRMULAS DA TEORIA DE GY
Var(as) = f.g.c.l.dN3/Ms (1) ML >> Ms ; (ML ~ 10. Ms)

Var(as) = C .dN3/Ms (2) Onde: C = f.g.c.l

s2(FE) = f.g.c.l.dN3/Ms (3) Mesmo que (1), mas escrita de outro modo

s2(FE) = f.g.c.l.dN3.(1/Ms – 1/ML) (4) Fórmula de Gy completa

Modo usual de apresentar a Fórmula de Gy


s2 = C.dN3/Ms (5)
quando ML >> Ms ; (ML ~ 10. Ms)

Descrição dos fatores da fórmula de Gy

Var(as): Variância relativa do teor médio do mineral na amostra (as); “as” é expresso em proporção
ou fração ponderal, logo varia de 0 a 1.

s2 (FE): Variância relativa do erro fundamental de amostragem, notado por FE.

C: Constante de amostragem, C = f.g.c.l

c: Fator mineralógico
Onde: “aL” é a proporção média do mineral de
interesse no lote (L) amostrado.
c = ((1–aL)/aL).((1-aL).ρM + aL.ρG)
ρM = é a densidade de média do mineral de
(6)
[g.cm-3] interesse no lote (L) amostrado.
ρG = é a densidade de média da ganga no lote
(L) que está sendo amostrado.
l: Fator de liberação, sendo que l varia entre 0 e 1; [sem dimensão].
l = (dl/dN)0,5 (7) Onde: dl é o tamanho de liberação do mineral.

dN: é o top-size do fragmento sólido no lote amostrado; o mesmo que d95% passante; [cm].

f: fator de forma das partículas, geralmente varia entre 0,1 e 0,5; [sem dimensão].

f = 0,1 p/ partículas lamelares. f = 0,2 p/ ouro (achatado por esforços mecânicos).

f = π/6 = 0,5 p/ partículas esféricas. f = 1 para partículas cúbicas

g = fator granulométrico ou de DG;


Usar g = 0,25 – Ver Tabela 1 abaixo
[sem dimensão].

Ms: massa da amostra; [g].

ML: massa do lote; [g].

2
Tabela 1. Valores do fator granulométrico, segundo Gy.
Tipo de sólido Valor de g Observação
Não calibrado 0,25 Produto de britadores
Passante em uma peneira 0,40
Retido em uma peneira 0,50
Calibrado 0,55/0,75 Entre 2 peneiras consecutivas
Naturalmente calibrado 0,75 E.g.: Grãos (arroz, soja, etc)
Perfeitamente calibrado 1,0 E.g.: Esferas de rolamento

3
GRUPO C – QUESTÕES
1) 0,5 pto
Suponha que no procedimento de amostragem de sua empresa vocês trabalhem com as seguintes
precisões (erros relativos):
• Tomada da amostra primária: 5%
• Preparação da amostra: 0,5%, 0,12%, 0,10% e 0,75%
(são QUATRO etapas de preparação)
• Análise química: 3% (realizada em laboratório terceirizado)

a) Qual a precisão global do processo?


𝜎 2 (𝐹𝐸) = 0,052 + 0,0052 + 0,00122 + 0,0012 + 0,00752 + 0,032 = 0,003484
𝜎(𝐹𝐸) ≈ 𝐸𝑅𝑅𝑂(𝐹𝐸) = √0,003484 = ±0,059
Precisão de 5,9% para 1 Desvio padrão.

b) Analisando os dados, seu chefe conclui que a precisão da análise química deve ser melhorada
e que ele já está em contato com outro laboratório que garante uma precisão de análise de 1%,
embora os custos com análises aumentem. Ele solicita (para ontem) que você analise os dados e
dê sua opinião. O que você diz? Fundamente sua resposta.

Seria uma boa estratégia, visto que o erro laboratorial em comparação aos erros de preparação
das amostras é significativamente maior, influenciando diretamente no desvio padrão. Seria
correto investir também em uma amostragem melhor, já que ela influencia bastante na precisão.

2) 0,5 pto
Foram coletadas subamostras de minério de ferro por meio de amostrador automático no
transportador de correia da britagem terciária. No final do turno, estas subamostras foram
compositadas para determinação do teor do minério. Supõe-se que não tenha ocorrido enviesamento
durante a coleta e que o teor seja aproximadamente 45% de hematita. Dado que o tamanho máximo
de partícula é 30 mm; o peso específico da hematita é 5,0 g/cm3; o da ganga é 2,6 g/cm3 e que o
minério necessita ser cominuído a -0,15 mm para que a hematita fique completamente liberada.

a) Qual a massa mínima de amostra que deveria ter sido coletada, de forma a garantir que a
precisão (erro relativo) no teor de blenda fosse de  5% para 99,9% de confiabilidade?

4
c ((1–aL)/aL).((1-aL).M + aL.G) 4,791111 g/cm^3
l (dl/dN)0,5 0,070711
f Partículas esféricas 0,5
g Não calibrado 0,25
f*g*c*l C 0,00847
M C*dN^3/(S^2(FE)) 4116,21 gr
Teor 0,45
dN 3,0 cm
ρMinério 5,0 g/cm^3
ρestéril 2,6 g/cm^3
dl 0,015 cm
erro padrão 0,017 g
variância do erro padrão 0,0003 g^2

b) Como podemos garantir que, ao coletar essa massa “mínima”, estas amostras serão
representativas do minério?

c) Proponha um protocolo amostral simplificado (desenhe um fluxograma) para que estes


requisitos sejam cumpridos.

Obs.: teor está expresso em relação ao mineral.


3) 0,5 pto
Segundo diversos autores, os sete erros de Gy são os seguintes:
• Erro Fundamental (variação na constituição do material)
• Erro de Segregação e Grupamento (variação na distribuição de grupos do material)
• Erro Não Periódico (variação do processo; longo período de observação)
• Erro Periódico (variação do processo; longo período de observação)
• Erro de Delimitação (do incremento)
• Erro de Extração (do incremento)
• Erro de Preparação ou Manuseio (da amostra)

Defina os erros, como ocorrem, apresente exemplos de ocorrência (ilustre sempre que possível) e
modos de minimizá-los. Não se esqueça de citar as referências bibliográficas.

A heterogeneidade é a única condição na qual um conjunto de unidades pode ser observado


na prática. E, segundo Gy (1998), “a heterogeneidade é vista como a única fonte de todos os erros de
amostragem”.

5
• Erro Fundamental: Quando uma amostra de massa MS é selecionada aleatoriamente,
fragmento por fragmento com a mesma probabilidade, a partir de um lote de material fragmentado
de massa ML, surge um erro de amostragem entre o teor real (e desconhecido) da amostra e o teor do
lote selecionado. Este erro é o menor erro existente para uma amostra selecionada em condições
ideais, e por isto é chamado de erro fundamental de amostragem. Nessas condições ideais, que nunca
ocorrem na prática, assume-se que cada fragmento tem a mesma probabilidade de seleção que
qualquer outro e, ainda, que cada fragmento é selecionado independentemente dos outros, ou seja,
um por um, sequencialmente (François-Bongarçon & Gy, 2002).

Geralmente esse erro tem uma média insignificante e é caracterizado por sua variância, a
formula utilizada para calcular este erro é:
1 1
𝑠2𝐹𝑆𝐸 = 𝑐𝑓𝑔𝑙𝑑3 ( − )
𝑀𝑠 𝑀𝐿
Onde:

• 2
𝑠𝐹𝑆𝐸 = variância relativa do possível resultado de teor da amostra;
• 𝑑 = tamanho máximo do fragmento;
• 𝑐, 𝑓, 𝑔, 𝑙 = fatores calculados ou obtidos experimentalmente.

a) Fator forma (f): o fator forma pode ser definido como um fator de cubicidade e vale um
quando todos os fragmentos são cubos perfeitos.
b) Fator granulometria (g): o fator granulometria leva em consideração a variação dos
tamanhos dos fragmentos no interior de um lote e vale um se estivermos lidando com
materiais perfeitamente calibrados.
c) Fator liberação (l): o fator liberação varia de zero – para materiais perfeitamente
homogêneos (quando não há liberação) – a um – quando o mineral de interesse está
completamente liberado.
d) Fator mineralogia (c): o fator mineralogia pode ser definido como:

(1 − 𝑎𝐿 )^2
𝑐 = λ𝑀 + λ𝑔 (1 − 𝑎𝐿 )
𝑎𝐿
• Erro de Segregação e Grupamento: Quanto maior a diferença de constituição
(composição, forma, tamanho, densidade etc.), maior a possibilidade de segregação. Dois fatores são
responsáveis pelo erro de amostragem introduzido pela heterogeneidade de distribuição: (1) o fator
de segregação, que é uma medida dos rearranjos espaciais, e (2) o fator de agrupamento, que é uma
medida da seletividade aleatória. Sabemos que o erro fundamental é o erro mínimo gerado ao se
selecionar uma amostra de um determinado lote. No entanto, o mínimo somente é alcançado sob uma
condição estatística: os fragmentos da amostra devem ser selecionados aleatoriamente, um por um, e
na prática isto não acontece. Ao selecionar um incremento para formar uma amostra, este incremento
geralmente é composto por vários fragmentos. Portanto, estatisticamente falando, uma amostra não é
composta estritamente por fragmentos aleatórios, mas por grupos aleatórios de fragmentos.
Consequentemente estamos acrescentando um erro a esta seleção, e quanto maior o grupo, maior esse
erro. Esse erro é definido como erro de segregação e agrupamento.

6
Figura 1: Exemplo de segregação em correias.

Figura 2: Exemplo de segregação em silos.

• Erros periódicos e não periódicos: os erros periódicos e não periódicos estão


relacionados a sua composição durante uma determinada analise. Os erros periódicos são oriundos
de mudanças cíclicas de longo alcance num processo continuo. Já os erros não periódicos são oriundos
de tendências e mudanças não cíclicas de longo alcance, como efeito pepita (in situ), interpolação
(variância de extensão).

7
Figura 3: Esquema ilustrativo mostrando a variação das medias no tempo.

• Erro de delimitação: Os erros de delimitações são oriundos da retirada da amostra,


como não é possível retirar toda a amostra, e sim sua uma parte representativa dela, isso faz com que
haja uma variação de suas características. Os cortadores são um bom exemplo de como eles devem
ser bem planejados para que não haja erros de delimitação.

Figura 4: Exemplo de erros de delimitação.

• Erros de extração: O erro de extração está associado na metodologia de como a massa


é dividida. Esse erro é produzido por desvios da regra do centro de gravidade, se o centro de gravidade
da partícula está dentro do volume teórico de delimitação, este fragmento pertence ao incremento,
caso contrário, pertence ao descarte.

Figura 5: Exemplo ilustrativo de como as amostras podem ser deslocadas devido ao seu centro de gravidade.

8
Figura 6: Exemplo de erro de extração.

• Erro de preparação: Os erros de preparação advém do manuseio da amostra, seja por


ações humanas ou de maquinário, podendo ocasionar varrições de massa neste processo.

Figura 7: Erro de preparação por contaminação.

4) 0,5 pto
A fórmula de Gy pode ser apresentada de diversas maneiras, algumas destas são as seguintes:

3  1 1   1 1   1 
S ( FE ) 2 = c  l  f  g  d N   −  = IHL   −  = C  d N 3   
 MS ML   MS ML   MS 

a) Quais os cuidados que devemos ter ao aplicar a fórmula de Gy ?

b) E qual, ou quais, são os “pontos fracos” da teoria de Gy?

9
c) Se houver enviesamento durante a coleta das amostras primárias esse erro ainda será válido?
Fundamente sua resposta. Cite alguns exemplos (ilustre sempre que possível) em que isso
pode ocorrer.

d) Quais as repercussões sobre o cálculo do erro fundamental e sobre a representatividade da


amostra frente ao lote, quando a massa da amostra é menor do que 10 x a massa do lote que se
quer representar?

5) 0,5 pto
Descreva o que são testes de heterogeneidade (para que servem e como devem ser realizados).
Obs.: faça sua descrição também com base nas equações matemáticas propostas originalmente por
Gy e modificações propostas por outros autores. Não se esqueça de citar as referências
bibliográficas. Discorra sobre as principais vantagens e limitações dos testes de heterogeneidade.

6) 0,5 pto
Foi realizado um teste de heterogeneidade baseado no método proposto por Bongarçon, Pitard e
Minnitt (WCSB5, 2011). Para este teste foram coletadas amostras de canal de uma frente de lavra,
totalizando cerca de 128 kg. Estas amostras foram divididas por meio dos equipamentos disponíveis
no laboratório da empresa. A forma de divisão foi por pilha longitudinal inicialmente, dando origem
a quatro amostras de aproximadamente 32 kg cada. Em seguida, esta massa foi dividida em 32 partes,
gerando subamostras de 1 kg cada. Foram obtidos os seguintes resultados para o minério:
Amostras Ln (DN) Ln(S2.MS) MS (g)
1 -1.897 1.2561 270
2 -0.700 3.0734 270
3 0.500 4.8950 270
4 1.600 6.5648 270

a.1) Faça um gráfico de Ln (DN) versus Ln (S2.MS), ou seja: do logaritmo natural do top size das
amostras versus o logaritmo natural do produto da variância pela massa das amostras. Obtenha os
valores de “K” e “alfa”.

10
CURVA DE CALIBRAÇÃO
7.00

6.00

5.00
Ln(S2.MS)

4.00

3.00

2.00
y = 1,5181x + 4,1359
1.00 R² = 1,00

0.00
-2.50 -2.00 -1.50 -1.00 -0.50 0.00 0.50 1.00 1.50 2.00
Ln (DN)

α = 1,5181 ; K= 62,5459

a.2) “Retrocalcule” os valores de top size, estime os valores de IHL e variância do erro fundamental
(S2) de cada um dos quatro conjuntos de amostras.
Dicas: x = Ln (DN) → DN = expx ; IHL = K.( DN) ; S2 (FE) = IHL/MS ;
Dn IHL S2
0,15 3,51 0,01
0,50 21,62 0,08
1,65 133,62 0,49
4,95 709,67 2,63

a.3) De acordo com o protocolo amostral adotada na empresa, descrito a seguir, calcule o erro
global deste para um nível de confiabilidade de 99,9%.
Dicas: IHL = K.( DN) ; S2 (FE) = IHL. (1/MS – 1/ML)

Protocolo:
Passo 1: tomada da amostra primária: 15 kg retirados de uma frente de lavra (“amostras” de canal)
de uma bancada que representa 15.000 toneladas;
Passo 2: peneiramento dos 15 kg para determinação do top size (cuja média se encontra em 5 cm);
Passo 3: britagem dos 15 kg a -2,54 cm;
Passo 4: divisão dos 15 kg para amostras de 2,5 kg;
Passo 5: britagem dos 2,5 kg a -0,63 cm;
Passo 6: divisão dos 2,5 kg para 200g;

11
Passo 7: pulverização dos 200g a -0,015 cm e
Passo 8: Análise química.
Obs.: Erro analítico: 2%
A seguir, é solicitado que você responda as seguintes questões. Justifique suas respostas com base na
bibliografia recomendada, no que foi aprendido/discutido em classe, bem como nos resultados deste
exercício. Sempre que possível utilize exemplos quanti e qualitativos.

b) Como podemos assegurar a representatividade de “amostras” de canais, pós de perfuratriz,


pilhas, etc., com vistas ao planejamento no curto prazo?

c) Considerando que o mineral de interesse apresenta-se com teor na ordem de 50%, você
considera o erro total do protocolo significativo? E no caso do mineral de interesse estar presente
na ordem de 1%?

d) Você considera o erro analítico significativo?

e) Você considera que o passo 1 deva ser levado em consideração no cálculo do erro fundamental
total do protocolo de preparação das amostras?

f) Você considera que a amostra primária (passo 1) seja representativa?

g) Quais os procedimentos que devem ser tomados para garantir e assegurar a qualidade da
amostragem?

h) Você considera que o modo como as amostras são divididas é importante (se por exemplo, por
Jones, carrossel, pilha alongada, “cruzeta” ...)?

7) 1,25 pto
Este exercício foi resolvido em classe para compreender o procedimento usado na construção de
nomogramas de protocolos amostrais.

Um depósito de molibdênio-tungstênio tem um teor de molibdênio (Mo) em torno de 0,10%. O Mo


ocorre como molibdenita MoS2, cuja densidade é 4,7 g/cm3 e a densidade da ganga é 2,7 g/cm3. A
molibdenita é relativamente grosseira e seu tamanho de liberação é em torno de 500 micra. A empresa

12
já dispunha de um protocolo de preparação de amostras de furos de sondagem e pretende aplicá-lo
para as amostras que serão obtidas em uma nova campanha.

As etapas principais do protocolo são as seguintes:

Passo 1: Recuperação de 3 m de testemunho – amostra de 40 kg;


Passo 2: Corte do testemunho ao meio;
Passo 3: Meio testemunho fragmentado a – 2,5 cm;
Passo 4: Divisão até 2,5 kg para formar a amostra que será enviada ao laboratório de preparação;
Passo 5: Cominuição da amostra recebida a – 3,35 mm;
Passo 6: Divisão até 625 g;
Passo 7: Cominuição até – 710 micra;
Passo 8: Divisão até 150 g;
Passo 9: Cominuição até – 100 micra;
Passo 10: Análise química usando 1 g de amostra.

a) Calcular a variância do erro fundamental e o desvio introduzidos em cada uma das etapas do
protocolo dado.

Primeira etapa Segunda etapa Terceira etapa Quarta etapa


dN (cm)= 2,5 dN (cm)= 0,335 dN (cm)= 0,071 dN (cm)= 0,01
c= 2814,371 c= 2814,371 c= 2814,371 c= 2814,371
l= 0,141421 l= 0,386334 l= 0,839181 l= 1
MS (g)= 2500 MS (g)= 625 MS (g)= 150 MS (g)= 1
IHL(g)= 777,3676 IHL= 5,109618 IHL= 0,105663 IHL= 0,000352
Desvio=± 0,539919 Desvio=± 0,078304 Desvio=± 0,023138 Desvio=± 0,018694
VAR (FE)= 0,291513 VAR (FE)= 0,006132 VAR (FE)= 0,000535 VAR (FE)= 0,000349

b) Calcular a variância total do erro fundamental (e o desvio total).


ERRO TOTAL: 0,298529 Desvio=± 0,546378

c) Construir o nomograma do protocolo dado e outro visando a melhorar este protocolo amostral,
supondo que em nenhuma etapa do protocolo otimizado será permitido um desvio padrão S(FE)
superior  12% (isto significa S2(FE) = 0,0144).

13
1,2,3 4 5 6 7 8 9 9
ML 40000 40000 2500 2500 625 625 150 150
MS 40000 2500 2500 625 625 150 150 1
dn 2,5 2,5 0,335 0,335 0,071 0,071 0,01 0,01
c 2813,303 2813,303 2813,303 2813,303 2813,303 2813,303 2813,303 2813,303
l 0,141421 0,141421 0,386334 0,386334 0,839181 0,839181 1 1
f 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
g 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25
C 49,73265 49,73265 135,8592 135,8592 295,109 295,109 351,6629 351,6629
S2(FE) 0,019427 0,310829 0,002043 0,006129 0,000169 0,000535 2,34E-06 0,000352
ERRO 0,13938 0,55752 0,0452 0,078289 0,013 0,023133 0,001531 0,018753

ERRO 0,317845
DESVIO 0,563778

14
1,2,3 4 5 6 7 8 9 9
ML 40000 40000 5000 5000 625 625 150 150
MS 40000 5000 5000 625 625 150 150 1
dn 0,4 0,4 0,15 0,15 0,071 0,071 0,01 0,01
c 2813,303 2813,303 2813,303 2813,303 2813,303 2813,303 2813,303 2813,303
l 0,353553 0,353553 0,57735 0,57735 0,839181 0,839181 1 1
f 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
g 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25
C 124,3316 124,3316 203,0327 203,0327 295,109 295,109 351,6629 351,6629
S2(FE) 0,000199 0,001393 0,000137 0,000959 0,000169 0,000535 2,34E-06 0,000352
ERRO 0,014104 0,037316 0,011707 0,030973 0,013 0,023133 0,001531 0,018753

ERRO 0,003239
DESVIO 0,056909

8) 1 pto
Observe e analise o protocolo amostral a seguir, cujo objetivo é reduzir a amostra inicial de 40 kg
(lote) a 1g para análise de Cu ou 50 g para análise de Au. São amostras obtidas de pó de perfuração
por ar reverso (AR).

15
a) Descreva as etapas do protocolo e identifique onde podem ocorrer os maiores erros (justifique
e descreva de que tipo podem ser estes erros)?

b) Quantas duplicatas existem? (Este é um protocolo de QAQC? Justifique)

c) Faça uma análise crítica do protocolo e dê sugestões de melhoria:

c.1) o que faltou nesse protocolo (foi omitido)?

c.2) o que deve ser analisado no QAQC (apenas teor? E de que forma?)

c.3) por que é realizada uma divisão antes da britagem? Você acredita que isso é correto?
Justifique.

d) No caso de protocolo de QAQC sugira taxas de inserção, exemplo: 1 amostra para cada 20
furos será analisada em duplicata ou 1 para cada 30 furos será analisada em duplicata.
Justifique.

e) Você concorda que a decisão das taxas de inserção para um protocolo de QAQC dependa [...]:

e.1) [...] do tipo de minério e da grandeza (ordem) dos teores dos elementos de interesse?
e.2) [...] geologia/estrutural do depósito?
e.3) [...] da malha de perfuração?
e.4) [...] das massas coletadas em campo?
e.5) [...] da distribuição das amostras no campo em planta e com a profundidade?

Justifique. Comente...
16
f) Conhecer as diferenças de teores entre os pares de duplicatas (“num protocolo QAQC”),
obtidos ao final deste protocolo, seria o suficiente para garantir a representatividade frente ao
lote de 40kg?
f.1) E com respeito a uma bancada lavrada?
f.2) E com respeito ao que foi processado na usina (reconciliação)?

g) Como podemos acessar o erro da análise química deste protocolo?

h) Você acredita que as massas mínimas foram determinadas em cata etapa como? Se conforme
a equação do erro fundamental de Gy faça uma análise crítica da mesma.

i) A maneira como estas amostras (AR) foram coletadas em campo tem implicações na
representatividade da amostra?

j) Você acredita que 1g de Cu e 50g para Au está adequado?

k) Deve-se fazer análise química dos grosseiros?

9) 0,5 pto

Quais os passos matemáticos básicos para analisar as diferenças entre as duplicatas?


-Sugira o que poderia ser um valor de erro aceitável para cobre e ouro.

10) 0,5 pto

Como o CHL e DHL do material muda ao longo do sequenciamento do protocolo? Ou não


muda?

11) 0,25 pto

Como a variância do erro fundamental do protocolo (S2(FE)) se relaciona ao erro de segregação e


agrupamento (S2(GSE)), bem como a variância das duplicatas de um lote?

12) 0,25 pto

Britar ou moer “demais” a amostra do que o “requerido” é problema? Justifique.

13) 1,25 pto - Variância de Extensao

Foi realizada a coleta de amostras em uma correia transportadora de ROM proveniente de uma
mina de minério de ferro. A amostragem foi realizada em intervalos de 4 minutos. Para cada
amostra foi medido o teor de sílica, expresso na Tabela 1 em SiO2 (%).

17
Tabela 1. Resultados da amostragem realizada de 4 em 4 min. na correia transportadora

Amostra SiO2 Amostra SiO2 Amostra SiO2 Amostra SiO2


nº (%) nº (%) nº (%) nº (%)
1 7.43 11 7.11 21 8.88 31 7.43
2 7.17 12 6.81 22 8.80 32 7.16
3 7.01 13 7.16 23 8.49 33 7.07
4 7.22 14 7.31 24 8.52 34 7.32
5 7.05 15 7.06 25 8.97 35 7.61
6 7.20 16 8.61 26 8.47 36 7.95
7 7.30 17 9.03 27 8.02 37 7.59
8 7.35 18 9.05 28 7.78 38 6.58
9 6.94 19 8.37 29 7.62 39 5.80
10 6.84 20 8.57 30 7.60 40 6.24

a) Apresentar estatística descritiva das amostras [gráfico(s) e tabela(s)] e “time-plot”.

Time plot
9.50

9.00

8.50

8.00
SiO2 (%)

7.50

7.00

6.50

6.00

5.50

5.00
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Tempo (min)

Média Variância Máximo Q75 Mediana Q25 Mínimo CV


7,61225 0,63738 9,05 8,37 7,35 7,07 5,8 0,10488

18
b) Apresentar variografia omnidirecional.

Efeito pepita Alcance Contribuição


0,008 40 62,938

c) Calcular o variograma médio para períodos t e t/2 (gammabar).


Tempo gammabar Tempo/2 gammabar
min min
15 0,124 7,5 0,067
30 0,231 15 0,124
45 0,317 22,5 0,179
60 0,378 30 0,231
120 0,492 60 0,378
180 0,535 90 0,451

d) Determinar os valores de variância de extensão e graficar em função do intervalo de tempo


de amostragem.
19
(Pede-se que, no gráfico de resposta, sejam explicitados os valores da variância de extensão
para períodos de 15 min, 30 min, 45 min, 60 min, 120 min e 180 minutos).
Erro Teor Teor
Var ext
(99%) min max
%2 % (%) (%)
0,182 1,279 6,333 8,892
0,337 1,742 5,870 9,354
0,455 2,023 5,589 9,635
0,525 2,174 5,439 9,786
0,606 2,335 5,278 9,947
0,620 2,362 5,250 9,974

Variância de extenção x Período


0.700

0.600
Variancia de extenção, σ2 (%2)

0.500

0.400

0.300

0.200

0.100

0.000
0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 195
Período, t (min)

e) Interpretar e discutir os resultados.

14) 1 pto
A Tabela 2 mostra os dados necessários para a calibração da fórmula de Gy segundo a metodologia
proposta por Bongarçon et al. (WCSB11). Com estes dados, determine os valores de K e .
Obs. Variância do erro analítico igual a 0,001.

Dicas de resolução
1) Calcular a var (absoluta) dos teores de cada grupo separadamente

2) Calcular a massa média dos teores de cada grupo separadamente


20
3) Calcular a var (relativa) dos teores de cada grupo separadamente = var abs / media2

4) Calcular LN do produto da massa media (MS) pela variância relativa (S2) de cada grupo

separadamente

5) Calcular LN do top size (DN) de cada grupo separadamente

6) Plotar LN (Ms.S2) versus LN (DN)

7) Pedir linha de tendência (linear) com equação da reta

8) Alfa=coeficiente angular da reta (a) e k=exp (coeficiente linear (b))

Tabela 2. Massa da amostra e teor de minério de ouro

No. Série Grupo1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo4

DN, (cm) 5,0 1,5 0,5 0,15

Massa Teor Massa Teor Massa Teor Massa Teor


Nº Amostra
(g) (g/t) (g) (g/t) (g) (g/t) (g) (g/t)
1 493,5 8,82 570,7 13,45 450,2 14,52 568,0 15,49
2 448,5 20,48 513,3 12,46 450,0 13,86 540,5 14,98
3 486,0 19,17 497,3 13,76 453,0 14,96 510,5 15,17
4 491,5 11,35 540,5 14,74 449,0 14,17 526,5 14,67
5 552,0 15,21 580,9 16,28 456,5 13,87 449,5 15,62
6 640,5 19,46 698,0 12,64 464,5 16,49 538,0 15,73
7 558,5 8,33 536,0 12,98 465,0 14,97 416,5 13,98
8 489,5 12,82 546,0 11,75 473,0 17,08 489,0 15,23
9 568,0 10,70 526,0 14,61 466,5 16,17 468,0 14,87
10 532,0 26,71 542,0 14,22 473,0 14,86 453,5 14,87
11 533,5 11,56 562,0 16,05 451,5 13,61 463,5 15,30
12 457,0 8,86 503,0 15,55 464,5 15,01 468,5 14,12
13 600,0 14,72 588,5 15,23 476,5 15,09 493,0 14,88
14 688,0 9,13 559,5 13,48 471,5 15,66 461,0 16,45
15 673,0 18,59 600,0 19,90 471,5 15,00 558,0 13,36
16 612,5 15,88 675,5 15,40 456,5 13,71 520,5 15,30
17 627,0 12,20 580,0 13,43 444,5 15,91 484,5 15,94
18 598,5 8,72 524,5 13,19 456,0 15,10 497,0 15,71
19 557,0 13,35 531,5 11,17 457,0 16,65 551,0 14,36
20 527,0 17,53 533,0 15,59 453,0 15,62 515,5 15,42
21 508,5 10,19 557,5 14,14 466,0 16,20 543,5 16,26
22 480,0 12,41 609,5 12,53 479,5 17,85 539,0 16,88
23 532,5 9,89 522,5 12,26 467,5 16,94 454,0 15,20
24 549,5 8,00 364,5 13,03 471,5 14,87 444,0 16,33
21
25 718,5 12,43 508,0 18,57 471,5 16,84 584,5 14,92
26 552,5 16,41 602,5 16,78 472,0 15,14 445,0 14,58
27 573,0 15,18 629,0 13,51 443,0 17,84 522,0 13,22
28 482,5 20,29 553,0 16,00 449,5 15,49 440,5 14,72
29 747,5 16,49 559,0 11,56 492,5 11,29 580,5 15,49
30 656,5 21,88 569,0 11,36 492,5 14,47 545,0 15,69

CURVA DE CALIBRAÇÃO
4.5

3.5

3
Ln(S2.MS)

2.5

1.5

1 y = 1.0541x + 2.2124
R² = 0.9809
0.5

0
-2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2
Ln(Dn)

Grupo1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo4


Massa Teor Massa Teor Massa Teor Massa Teor
Var 21,70 4,15 1,86 0,68
Média 564,48 14,23 556,09 14,19 463,62 15,31 502,35 15,16
Var. rel. 0,107 0,021 0,008 0,003

Ln(Ms.S2r)
4,10 2,44 1,30 0,40
Ln(Dn) 1,61 0,41 -0,69 -1,90
α 1,054
b 2,212
K 9,138

15) 1 pto
Para fins de avaliação das perdas produzidas por erros de amostragens, baseando-se em dados de
amostragem e estimativas de teores e densidades dos componentes do minério, foram obtidas as
seguintes informações:

22
• Bloco de 15 x 15 x 15 m3.
• Densidade 2,7 t/m3
• Viés de -0,2% no teor
• Precisão de 15% (erro relativo para 99,9% de confiabilidade dos teores)
• Teor “real” médio do bloco de 0,7% de Cu
• Teor “estimado” médio do bloco de 0,5% de Cu
• Teor de corte ≥ 0,5 % de Cu
• Custo adicional por unidade: U$S 1.000/t
• Preço de venda: U$S 3.000/ t de concentrado

a) Supondo que este bloco tenha sido classificado como minério: qual foi a perda marginal
(custo adicional de produção por unidade) de cobre neste bloco?
A perda marginal foi calculada através do custo adicional por unidade de U$S 1.000/t pela
massa do um bloco de minério de 9112,5 t.
Perda Marginal
$ 9.112.500,00

b) Supondo que em um ano sejam processados 3.000 blocos e que em 5% destes tenha ocorrido
o mesmo, ou seja: 5% de 3.000 blocos tiveram seus teores subestimados em 0,2%: qual seria
a perda marginal em toneladas de cobre? E em U$S por ano?

Para o cálculo dos da perda marginal por tonelada e por U$ ano foi considerado que os dados
apresentados representaram a produção mensal.
Blocos 3000
Blocos subestimados 150
Subestimados (%) % 5,0%
Teor subestimado % 0,2%
Perda marginal 1 bloco t 25,515
Perda marginal t 3827,25
Perda U$ ano U$ $ 137.781.000,00

c) O que você faria com o valor da perda marginal, caso pudesse evitá-lo?
Por exemplo: se baseado num valor de U$S 150 por metro perfurado, quantos furos poderiam
ser realizados por ano? E por dia? Considere no curto prazo.

Caso pudesse evitar a perda marginal seria possível perfurar 918540,00 m de


sondagem em um ano com o valor economizado.
23
Metro sondagem Metros de sondagem ano Metros de sondagem dia
U$/m m/ano m/dia
$ 150,00 918540,00 3674,16

d) Qual o valor em percentual desta perda comparado aos “ganhos” (valor de venda do
concentrado de cobre) anualmente?
Se levarmos em consideração os valores estimados do bloco temos um percentual de
2,06% quando comparamos os “ganhos” com as perdas. Caso seja considerado o valor
“real” do bloco temos 2,86% para a relação perda/ganho.

Blocos (0,7% ou 0,5%) 2850


Blocos (0,3%) 150
Ganho blocos (0,7%) “real” $ 545.383.125,00
Ganho blocos (0,5%) “estimado” $ 389.559.375,00
Ganho blocos (0,3%) $ 12.301.875,00
Valor venda concentrado Cu/ano "real" $ 6.692.220.000,00
Valor venda concentrado Cu/ano "estimado" $ 4.822.335.000,00
Perda/ganhos "reais" 2,06%
Perda/ganho "estimado" 2,86%

e) Você considera em percentual esta perda marginal (frente aos ganhos) anuais significativa?
Justifique. Comente.
Ao comparar a perda marginal frente aos ganhos “reais” obtemos um percentual de
2,06% referentes a um ano, desta forma a perda marginal parece pouco significativa frente ao
valor gerado pela venda. Comparando a perda marginal com os valores estimados para os
blocos obtemos um percentual de 2,86% indicando que se a venda ocorrer pelos valores
estimados a perda marginal possui uma significância um pouco maior.

f) Suponha agora que 5% dos blocos (sendo 3.000 processados por ano) tenham sido
classificados como estéril: qual teria sido a perda em U$S? E qual o % de perdas frente aos
ganhos (venda do concentrado)?

Levando em consideração os valores estimados do bloco temos um percentual de


5,26% quando comparamos os “ganhos” com as perdas com blocos estéreis. Caso seja
considerado o valor “real” do bloco temos 3,76% para a relação estéril/ganho.

Blocos minério 2850


Blocos estéril 150
Ganho blocos minério (0,7%) $ 545.383.125,00
Ganho blocos minério (0,5%) $ 389.559.375,00
Perda de blocos estéreis estimados a 0,5% $ 20.503.125,00
Perda/ganhos reais 3,76%
Perda/ganho estimado 5,26%

24
g) Você considera esta perda considerável? Justifique. Comente.
Caso os 150 blocos, que anteriormente foram estimados como minério, sejam
classificados como estéreis obtemos um percentual de 5,26% uma perda considerável dos
“ganhos” anuais. Esse valor representa uma perda de U$ 20.503.125,00 muito representativa
quando comparado ao total anual. Esse percentual é quase duas vezes maior que a perda
marginal em relação ao ganho “estimado”. Ao compararmos a perda dos blocos estéreis com
os ganhos dos valores “reais” encontramos também um percentual elevado e muito
significativo de 3,26%, mas q sofreu, menor influência nos valores anuais por se tratar de
blocos que apresentaram teores reais acima do estimado mascarando a perda dos blocos
estéreis.

25

Você também pode gostar