Você está na página 1de 13

UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ

(UNOCHAPECÓ)
Curso de Engenharia Química – 5° Período
Componente Curricular: Análise Instrumental
Professor: Jacir Dal Magro

EXPERIMENTO 08

ANÁLISE CROMATOGRÁFICA COM USO DE PADRÃO INTERNO.


DETERMINAÇÃO DE TIMOL EM ÓLEO ESSENCIAL DE TOMILHO USANDO
EUGENOL COMO PADRÃO INTERNO

Eduarda Laís Dalmolin Provenzi


Fernanda Marafon
Nathuani Aparecida Andolfatto
Vinicius Gabriel Cunha

Chapecó – SC, Julho de 2018


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 2
2. OBJETIVOS....................................................................................................................... 3
3. MATERIAIS, REAGENTES E MÉTODOS................................................................... 3
3.1. Materiais...................................................................................................................... 3
3.2. Reagentes..................................................................................................................... 3
3.3. Métodos........................................................................................................................ 3
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................................... 4
5. CONCLUSÃO................................................................................................................... 11
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................ 12

1
1. INTRODUÇÃO

A cromatografia está fundamentada na migração diferencial dos componentes de uma


mistura, que ocorre devido a diferentes interações, entre duas fases imiscíveis, a fase móvel e
a fase estacionária. A grande variedade de combinações entre fases móveis e estacionárias a
torna uma técnica extremamente versátil e de grande aplicação. A cromatografia pode ser
utilizada para a identificação de compostos, por comparação com padrões previamente
existentes, para a purificação de compostos, separando-se as substâncias indesejáveis e para a
separação dos componentes de uma mistura.(CASS et.al 1998).
A cromatografia gasosa é uma das técnicas mais empregadas em análises qualitativas
e quantitativas. É uma análise química instrumental por separação de compostos químicos e
uma amostra complexa. Além de possuir um alto poder de resolução, é muito atrativa devido
à possibilidade de detecção em escala de nano a picogramas. O principal mecanismo de
separação está baseado na participação dos componentes de uma amostra entre a fase móvel
gasosa e a fase estacionária líquida (DEGANI, CASS E VIERIRA).
Há dois tipos de cromatografia gasosa: cromatografia gás – sólido (GSC) e
cromatografia gás – líquido (GLC). A cromatografia gás – líquido tem ampla aplicação em
todas as áreas das ciências; o seu nome foi reduzido para cromatografia gasosa (GC), apesar
de este fato estar negligenciando a cromatografia gás – sólido com tipo legítimo de
cromatografia. A cromatografia gás – sólido está baseada em uma fase estacionária sólida, na
qual a retenção dos analitos é consequência de adsorção física (SKOOG, 2006).
Outro tipo de cromatografia é a líquida, onde na técnica a fase móvel é um líquido e a
fase estacionária é sólida. O processo cromatográfico acontece na fase líquida, sendo que os
componentes da amostra devem estar dissolvidos.
O objetivo deste experimento é a obtenção de conhecimento para desenvolver
protocolo de análise para identificação e quantificação de componentes químicos em misturas
com uso de padrão interno em cromatografia, além de diferenciar diferentes tipos de curvas
de calibração em cromatografia e entender os principais fatores que influenciam uma análise
quantitativa na cromatografia gasosa e as diferenças entre as calibrações, os erros que podem
ocorrer, e os procedimentos necessários para minimizá-los através do uso de padrão interno.

2
2. OBJETIVOS

O presente trabalho apresenta como objetivo o desenvolvimento do protocolo de


análise para identificação e quantificação de componentes químicos em misturas com uso de
padrão interno em cromatografia. Além de diferenciar diferentes tipos de curvas de
calibração em cromatografia. Outro objetivo é para entender os principais fatores que
influenciam uma análise quantitativa na cromatografia gasosa e as diferenças entre as
calibrações, os erros que podem ocorrer, e os procedimentos necessários para minimizá-los
através do uso de padrão interno.

3. MATERIAIS, REAGENTES E MÉTODOS


Todos os protocolos analíticos foram desenvolvidos baseados em metodologias padrões que
ocorreram no laboratório da Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó.

3.1. Materiais

● Cromatógrafo a gás;
● Béqueres de 50 e 100ml;
● Vials Agilent;
● Micropipetadores.

3.2. Reagentes

● Metanol;
● Padrão de timol;
● Padrão de eugenol;
● Óleo essencial de tomilho.

3.3. Métodos
Inicialmente preparou-se uma solução mãe de 20mg/mL, e assim, outras cinco
soluções-padrão contendo diferentes concentrações de timol em 10mL de metanol, sendo
essas de 2, 4, 6, 8 e 10 mg/mL. Adicionou-se uma quantidade de 50 mg de eugenol em cada
padrão.

3
Posteriormente, adicionou-se 100 mg da amostra de de óleo essencial de tomilho em
10 mL de metanol e adicionou-se 50 mg de eugenol como feito nos padrões anteriores.
Colocou-se os padrões e a amostra na bandeja 1 do cromatógrafo. Para o equipamento,
programou-se da seguinte maneira: Detector de Ionização da Chama na temperatura de
300ºC, temperatura no injetor 250ºC e fluxo de gás de arraste (hélio) 1 mL/min. Para a
temperatura com rampa de aquecimento, programou-se conforme tabela abaixo.

Rampa (ºC/min) Temperatura (ºC) Tempo de espera

70 0

10 190 0

50 240 0

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com as soluções padrões de timol nas concentrações de 2, 4, 6, 8 e 10 mg/mL de


timol, foram injetadas no cromatógrafo uma amostra de cada solução, para que fosse feitos
seus cromatogramas.
A Figura 01 demonstra o cromatograma obtido para a amostra de concentração 2
mg/mL, para exemplificar as análises. Sendo que o mesmo procedimento foi realizado para
as soluções de 4, 6, 8 e 10 mg/mL.

Figura 01. Cromatograma de Timol na Solução 1 (Concentração 2 mg/L)

4
Fonte: Primária, 2018.

Figura 02. Cromatograma de Timol na Solução 2 (Concentração 4 mg/L)

5
Fonte: Primária, 2018

Figura 03. Cromatograma de Timol na Solução 3 (Concentração 6 mg/L)

Fonte: Primária, 2018

Figura 04. Cromatograma de Timol na Solução 4 (Concentração 8 mg/L)

6
Fonte: Primária, 2018

Figura 05. Cromatograma de Timol na Solução 5 (Concentração 10 mg/L)

Fonte: Primária, 2018

7
Os cromatogramas obtidos para as demais concentrações seguiram o mesmo padrão
mostrado anteriormente na Figura 01, sendo que a única diferença foi a altura dos picos
encontrados, modificando assim sua área.
Obteve-se também o cromatograma de uma amostra de solução de Timol
desconhecida, o qual pode ser visto na Figura abaixo:

Figura 06. Cromatograma de Timol na Amostra (Solução desconhecida)

Fonte: Primária, 2018

Os resultados das áreas dos picos encontrados experimentalmente nas diferentes


concentrações de Timol podem ser vistos na tabela abaixo:

Tabela 01. Valores Experimentais da Área do pico de Timol e Eugenol para diferentes
concentrações

Padrão Concentração Área do Timol Área do Razão entre a


em mg/ml Eugenol Área do Timol
pelo Eugenol

8
1 2 12414833,5 35274557,6 0,351949

2 4 23377134,0 34077654,0 0,685996

3 6 46305193,0 34023506,2 1,360977

4 8 81835142,3 60362205,1 2,124491

5 10 66925527,17 31501918,22 1,355735

Amostra x 52742511,5 54116895,9 0,974607

Fonte: Primária, 2018

Com base em tais dados pode-se obter duas diferentes curvas de calibração do Timol,
utilizando para tal a concentração das amostras e a área dos picos. A primeira curva foi
plotada para dados do padrão externo, enquanto a segunda curva para dados do padrão
interno.
A curva de calibração de padrão interno foi feita com base na concentração da
amostra e na área de timol.

Figura 07. Curva de calibração com padrão externo do timol

Fonte: Primária, 2018

9
Com base na curva de calibração do padrão externo, obteve-se a equação da reta que
descreve o comportamento da variação da área do pico de timol em relação a concentração
deste na solução.

𝑦 = 8𝐸 + 06𝑥 − 4𝐸 + 06 (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 01)

A curva de calibração de padrão interno utilizou a razão entre a área do timol pelo
eugenol.

Figura 08. Curva de calibração com padrão interno

Fonte: Primária, 2018

Com base na curva de calibração do padrão interno, obteve-se a equação da reta que
descreve o comportamento deste:

𝑦 = 0,4215𝑥 − 0,0886 (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 02)

Com base nas equações da reta obtida por meio das curvas de calibração, pode-se
determinar a concentração de timol na amostra de concentração desconhecida.
Tal cálculo foi realizado primeiramente substituindo a área do pico de timol na
amostra de concentração de timol desconhecida, na equação da curva de calibração com
padrão externo do timol. Sendo que este pode ser visto abaixo:

10
𝑦 = 8𝐸 + 06𝑥 − 4𝐸 + 06
52742511,5 = 8𝐸 + 06𝑥 − 4𝐸 + 06
𝑥 = 7,093 𝑚𝑔/𝑚𝐿

O cálculo para a concentração de timol também foi realizado com a utilização da


Equação 02, ou seja, com base na curva de calibração do padrão do timol. Sendo que o valor
substituído na equação foi o da Razão entre a Área do Timol pelo Eugenol. Tal procedimento
pode ser visto abaixo:

𝑦 = 0,2107𝑥 − 0,0886
0,974607 = 0,2107𝑥 − 0,0886
𝑥 = 5,046 𝑚𝑔/𝑚𝐿

Os valores encontrados possuem são próximos um do outro, no entanto, tem-se um


pequeno erro, devido a inexperiência da realização dos procedimentos experimentais.

5. CONCLUSÃO

Com a realização do experimento, plotou-se as curvas de calibração com padrão


externo e interno para o timol. E com base nessa curva calculou-se a concentração de timol
na amostra desconhecida.
Os valores para tais concentrações foram 7,093 mg/mL baseado no padrão externo, e
5,046 mg/mL baseado no padrão interno. Tais dados apresentaram um pequeno desvio entre
si, no entanto o ocorrido se dá devido a inexperiência da realização do experimento em
questão por parte dos acadêmicos.
Em linhas gerais, com base nos resultados fornecidos pelos cromatogramas, foi
possível concluir que este experimento apresentou resultados satisfatórios, o que nos mostra
que o método é válido.

11
6. REFERÊNCIAS

ATKINS, Peter; JONES, Loretta. Princípios de Química: questionando a vida moderna e


o meio ambiente. Porto Alegre, 2001. Editora Bookmam.

DABRIO, Manuel V. (Et al.) Cromatografía y electroforesis en columna. Barcelona:


Springer-Verlag, 2002.

EWING, Galen W. Métodos Instrumentais de Análise Química. São Paulo, 2002. Editora
Edgar Blücher.

HARRIS, Daniel C.. Análise química quantitativa. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2005.

SCHULER, Alexandre. Cromatografia a gás e a líquido. Detectores, aquisição de dados,


validação e avaliação estatística. 10. ed. UFPE: 2007.

12

Você também pode gostar