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Raulmaster Centro Educacional

Disciplina: Português Data: 15/03/2022


Professora: Ana Claudia Série: 5º ano
Aluno (a):_____________________________

Hora da leitura!!

NOSSOS NETOS NÃO VÃO COMER PASTÉIS!


Pode ser ignorância nossa, mas não sabíamos que o novo vilão do planeta é o óleo de
cozinha! Sim, aquele usado pra fritar pastel, bife à milanesa e batata frita! Sabíamos que
jogar óleo usado na pia podia causar um grande entupimento. E que uma das opções era
jogá-lo na privada. Mas, como não somos cozinheiras de mão cheia e sabemos que frituras
fazem a maior sujeira, nunca pensamos muito sobre o assunto óleo.
Até agora começaram a pipocar notas sobre o “descarte do óleo”. Ou seja: como jogar
aquele óleo usado fora!? Segundo os cientistas, o óleo dos pastéis pode ser o responsável
por enchentes, morte dos fitoplânctons e até pelo aquecimento global! E não pense que isso
não tem a ver com você para quem cozinha é ovo na manteiga. Porque, agora, comer uma
coxinha é quase um crime contra o planeta, se você pensar bem.
Deve ser por isso que algumas cozinheiras guardam o óleo velho e usado numa lata
sinistra, geralmente embaixo da pia. Elas deixam lá até pensarem numa maneira melhor de
jogar o tal óleo assassino de fitoplânctons. Devem ir acumulando latas e latas de óleo, em
silêncio, por anos. E, depois, sem saber o que fazer, colocam tudo aquilo numa Kombi,
desaparecem pelo mundo e passam a viver na clandestinidade, cheias de culpa.
Os ecologistas recomendam que você entregue o óleo para ONGs que fazem reciclagem
ou façam sabão caseiro. Sim, um sabão caseiro com o óleo velho! Que nem naquele filme
Clube da luta, em que os sabonetes das madames eram feitos com a gordura da
lipoaspiração. Eca! Só de pensar nisso já desistimos de comer qualquer coisa frita para
sempre! Ou de usar sabonete.
Uma coisa nos deixou tristes: o fato de que talvez nossos netos (se tivermos algum) nunca
conhecerão o sabor de um delicioso bife à milanesa ou de um pastel de queijo. Pense nas
feiras sem barraca do pastel. Certamente, ir à feira vai ficar mais triste.
Porque, se a gente tiver que levar latas de óleos velhos para reciclagem ou usar sabão com
odor de fritura, vamos adotar só alimentos cozidos. No vapor.
A vida fica cada dia mais triste no planeta Terra. E, por enquanto, vamos nos entupir de
pastel para esquecer disso.

Momento de histeria

Estamos fritas!

(Jô Hallack, Nina Lemos e Raq Affonso. Nossos netos não vão comer pastel! Folhateen, suplemento do
jornal Folha de S. Paulo, 17 set. 2007.)
QUESTÕES DE INTERPRETAÇÃO
1. Por que, segundo a crônica, "nossos netos não vão comer pastéis"?
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2. Que aspecto da vida cotidiana foi usado pelas autoras para comentar as mudanças
inevitáveis de nossos hábitos?
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3. Por que as autoras não haviam pensado ainda sobre o assunto?
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4. Qual é o sentido do verbo pipocar nessa frase? Releia: "Até que agora começaram a
pipocar notas sobre o 'descarte do óleo'."
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5. Substitua esse verbo por uma expressão sinônima.
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6. É possível que algum cientista tenha feito essa afirmação? Releia: "Segundo os cientistas,
o óleo dos pastéis pode ser o responsável por enchentes, morte dos fitoplânctons e até pelo
aquecimento global!"
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7. Qual pode ter sido o objetivo das autoras ao dar essa informação?
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8. Cite outros trechos em que se percebe o mesmo objetivo.
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9. Como as autoras se sentem em relação à necessidade de adotar esse novo procedimento?
Copie um trecho que confirme sua resposta.
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10. Embora haja no texto explicações de cientistas para os fatos apresentados, ele não pode
ser chamado de artigo de divulgação científica. O que há nele que o diferencia dos artigos de
divulgação científica?
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Raulmaster Centro Educacional
Disciplina: Português Data: 17/03/2022
Professora: Ana Claudia Série: 5º ano
Aluno (a):_____________________________

Hora da leitura!!

Vida urbana

Leia o trecho de uma crônica do jornalista e escritor Lima Barreto (1881-
1922) e observe a análise que o autor nela desenvolve. 

Atualmente, nada mais mete medo a um pobre diabo que a tal história de aluguel de
casa. Não há quem não esteja pagando, por trapeiras, exorbitantes locações dignas de
bolsos de ricaços [...] Um amigo, muito meu amigo mesmo, paga atualmente, nos confins
dos subúrbios, o avantajado aluguel de duzentos e cinco mil-réis por uma casa que, há
dois anos, não lhe custava mais de cento e cinquenta mil-réis. Para melhorar um tão
doloroso estado de coisas, a prefeitura pôs abaixo o Castelo e adjacências, demolindo
alguns prédios, cujos moradores vão aumentar a procura e encarecer, portanto, ainda
mais, as rendas das habitações mercenárias. 
A municipalidade desta cidade tem dessas medidas paradoxais, para as quais chamo a
atenção dos governos das grandes cidades do mundo. Fala-se, por exemplo, na vergonha
que é a Favela, ali, numa das portas de entrada da cidade - o que faz a nossa edilidade?
Nada mais, nada menos do que isto: gasta cinco mil contos para construir uma avenida
nas areias de Copacabana. Clama-se contra as péssimas condições de higiene do
matadouro de Santa Cruz, imediatamente a prefeitura providencia chamando
concorrência para a construção de um prado de corridas modelo, no Jardim Botânico, à
imitação de Chantilly. 
De forma que a nossa municipalidade não procura prover as necessidades imediatas
dos seus munícipes, mas as suas superfluidades. [...] 
QUESTÕES DE INTERPRETAÇÃO
1. Qual o assunto abordado por Lima Barreto em sua crônica? 
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2. A crônica inicia-se com o advérbio "Atualmente". A que momento esse advérbio situa
os fatos? 
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3. Embora o leitor reconheça o assunto tratado como sendo ainda atual, existem
referências no texto que indicam uma situação específica do passado histórico.
Identifique algumas dessas referências. 
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4. Levando em conta que as crônicas podem ser narrativas, argumentativas ou poéticas,
como se classifica a crônica de Lima Barreto? Por quê?
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cronista deixa transparecer sobre o problema apontado na cidade carioca?
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