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Michelle Perrot é uma historiadora da terceira geração dos annales.

Essa que passa a dar


uma visão maior para a participação das mulheres na história e no fazer historiografia.

Prêmios: História dos quartos, Paris, Seuil, 2009 – Prêmio Femina de Ensaio 2009.

Possui livros voltados a vida privada e foi organizadora de livros como: História da vida
privada (volume 4)

Os excluídos da história: operários, mulheres e prisioneiros

“As razões disso certamente encontram-se nos métodos da história social há longo
tempo voltada mais para a descrição estrutural de categorias isoladas do que para as
relações entre elas” O OLHAR DO OUTRO: OS PATRÕES FRANCESES VISTOS PELOS OPERÁRIOS
(1880-1914)

Perrot abre o capítulo explorando as relações próximas entre patrão e funcionário ,


explorando inclusive a semântica da palavra “Patron’3

“E acontece que os operários se identificam com a ‘casa’ onde trabalham, vangloriando-se


de sua estabilidade, do recrutamento hereditário que une sua linhagem à empresa”O OLHAR
DO OUTRO: OS PATRÕES FRANCESES VISTOS PELOS OPERÁRIOS (1880-1914)

“Por vezes há na reivindicação operária um tom de Cahier de doléances1 e vestígios


de uma crença na bondade do Rei.”O OLHAR DO OUTRO: OS PATRÕES FRANCESES VISTOS
PELOS OPERÁRIOS (1880-1914)

A mudança de visão por parte dos operários a partir do segundo império e principalmente da
Comuna. Onde os patrões são vistos como um inimigo e opressor da classe operária (Talvez
uma consciência de classe)
Comparação das relações de trabalho com as relações feudais.

“Será que o filho de um milionário tem o direito de gastar milhões sem produzir nada,
enquanto o trabalhador morre no serviço?”O OLHAR DO OUTRO: OS PATRÕES FRANCESES
VISTOS PELOS OPERÁRIOS (1880-1914)

Fala sobre iconografia: “Ao lado do burguês barrigudo, do judeu com os dedos e o nariz aduncos a contar
o seu ouro, encontra-se, principalmente na iconografia, uma outra encarnação do patronato”O OLHAR DO
OUTRO: OS PATRÕES FRANCESES VISTOS PELOS OPERÁRIOS (1880-1914)

Fala sobre a culpa do capitalista por conta do obsoletismo francês nas indústrias em relação ao resto do mundo.
[...]uma crítica ao patronato como agente econômico e, à contraluz, a imagem do que deveria ser o verdadeiro
empresário. Transparece uma certa admiração pela eficiência do capitalismo americano, e mesmo pela potência
concentrada e racionalizada das fábricas alemãs. O OLHAR DO OUTRO: OS PATRÕES FRANCESES VISTOS PELOS
OPERÁRIOS (1880-1914)

Fala de Delahaye : “Entre nós, além dos direitos restritivos e protetores que os consumidores são
obrigados a pagar, os manufatureiros franceses conservam seu velho instrumental; continuam a usar
velhos teares que no máximo prestariam para ser enviados ao museu de Cluny, como recordação de um
modo de produção antigo, e só pensam em baixar os salários e aumentar a jornada de trabalho.”

1
São registros nos quais a assembleia de cada das circunscrições francesas, encarregadas de
eleger os deputados para os Estados Gerais, anotava petições e queixas da população.
“Em uma palavra, é preciso que eles se acostumem a conhecer a vida, as forças, as transformações do
seu adversário irredutível: o capitalismo.”Uniao Federal da Metalurgia em 1909, A organização patronal

O PRIMEIRO PRIMEIRO DE MAIO NA FRANÇA (1890): NASCIMENTO DE UM RITO OPERÁRIO

Estabelecer uma relação ao Brasil, em que enquanto estavamos decidindo diminuir as horas de
trabalho, no brasil tinhamos acabado de sair da escravidão

“Trata-se de dar à classe operária consciência de si mesma através da realização de gestos idênticos
num amplo espaço e de impressionar a opinião pública com tal espetáculo.” O PRIMEIRO PRIMEIRO DE
MAIO NA FRANÇA (1890): NASCIMENTO DE UM RITO OPERÁRIO

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