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ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE BARRAGENS

IEC PUC MINAS

Disciplina:

Mecânica dos Solos Aplicada


Professor: Luiz Eduardo Monteiro Marcelino – M.Sc.

Parceria:

Prof. Eduardo Monteiro – M.Sc. 1


IEC PUC Minas

Ementa

Caracterização dos Solos


Classificação dos Solos
Tensões no Solo
Percolação
Adensamento
Resistência ao Cisalhamento dos Solos
Compactação

Prof. Eduardo Monteiro – M.Sc. 2


IEC PUC Minas

Cronograma e Horário de Aulas


Aula Data Dia da semana Conteúdo
1 05/09/22 Segunda-feira Caracterização
2 08/09/22 Quinta-feira Classificação
Início: 19:00h
3 12/09/22 Segunda-feira Tensões no Solo Término: 22:30h
4 19/09/22 Segunda-feira Tensões no Solo • De 19:00 às 20:40
5 03/10/22 Segunda-feira Percolação • De 20:50 às 22:30
6 17/10/22 Segunda-feira Compressibilidade e Adensamento
7 24/10/22 Segunda-feira Compressibilidade e Adensamento
8 31/10/22 Segunda-feira Resistência ao Cisalhamento
9 07/11/22 Segunda-feira Resistência ao Cisalhamento
10 14/11/22 Segunda-feira Compactação
11 21/11/22 Segunda-feira Revisão e Avaliação
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Avaliações

Atividades Práticas: 40 pontos


Avaliação: 60 pontos
Total: 100 pontos

Pontuação mínima para aprovação: 70 pontos

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Caracterização dos Solos
Os índices físicos quantificam as proporções das três fases de um solo,
relacionando massas e volumes.

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Teor de Umidade
O teor de umidade do solo (w) é a razão entre o
peso da água do solo e o peso das partículas
sólidas.
Ww Peso de água
w=
Ws Peso de sólidos

O teor de umidade volumétrico (θ) é a razão


entre o volume de água do solo e volume total.

Vw Volume de água
=
V Volume Total

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Teor de Umidade
Relação entre o teor de umidade (w) e o Almeida et al. (2008)
índice de compressão (Cc) para argilas

Referência Correlação Descrição


Almeida et. al. (2008) CC = 0,013 w Argilas do Rio de Janeiro
Argilas de baixa sensibilidade
Koppula (1981) (St < 1,5) e normalmente
CC = 0,01w
Apud Almeida et. al. (2008) adensadas de Chicago e
Alberta
Bowles (1979)
CC = 0,0115 w Argilas e siltes orgânicos
Apud Almeida et. al. (2008)
Amostras reconstituídas de
(Nagaraj & Miura, 2001)
CC = 0,0103 w argilas com (LL) entre 36 a
Apud Almeida et. al. (2008)
160%

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Porosidade
A porosidade é a relação entre o volume de
vazios (água e ar) e o volume total. Quando o
solo está saturado, o volume de água iguala-se
ao volume de vazios.
VV
n= Volume de vazios
V Volume Total

Para solos saturados tem-se a porosidade


igual ao teor de umidade volumétrico.
VW Volume de água
= sat = n
V Volume Total

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Índice de Vazios
O índice de vazios (e) é a razão entre o
volume de vazios do solo e o volume das
partículas sólidas.

Vv Volume de vazios
e= Volume de sólidos
Vs

e n
n= e=
1+ e 1− n

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Índice de Vazios Máximos e Mínimos
Hough (1957; citado em Lambe e Whitman, 1969).

Descrição emax emin nmax nmin


Esferas uniformes 0,92 0,35 0,48 0,26
Areia Ottawa 0,80 0,50 0,44 0,33
Areia uniforme 1,00 0,40 0,50 0,29
Silte uniforme 1,10 0,40 0,52 0,29
Areia siltosa 0,90 0,30 0,47 0,23
Areia grossa a fina 0,95 0,20 0,49 0,17
Areia micácea 1,20 0,40 0,55 0,29
Areia siltosa com pedregulho 0,85 0,14 0,46 0,12
Faixa média de e: 0,96 – 0,34
Faixa média de n: 0,49 – 0,25

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Índice de Vazios
Parâmetros físicos da Argila de Sarapuí (RJ)

e0: índice de vazios;


wn: teor de umidade;
wL: limite de liquidez;
wP: limite de plasticidade; e
gn: peso específico.

Almeida et al. (2005)


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Índice de Vazios
Relação entre índice de vazios e tensão de pré-adensamento para solos da
Baixada Santista com mais de 50% de teor de argila.

Massad (2009)

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Índice de Vazios
Influência do índice de
vazios no ângulo de atrito
Dilatância (ψ)
Aumento do ângulo de atrito com
o aumento índice de vazios
Ainda há um certo nível de interlocking
ϕcv: ângulo de atrito quando da variação mesmo após grandes deformações
constante de volume (“residual”).
ϕu: ângulo de atrito grão-grão (quartzo
áspero ≈ 26°).

Lambe e Whitman (1969).


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Índice de Vazios

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Índice de Vazios

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Índice de Vazios
O efeito de índice de vazios no ângulo de
atrito pode ser explicado pelo conceito de
“interlocking” (embricamento).

Energia

Vencer a resistência Expandir o solo em


friccional entre contraposição ao
partículas confinamento
Lambe e Whitman (1969).
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Índice de Vazios

ϕu: ângulo de atrito grão-grão

Resistência ao cisalhamento: uma


parcela devido ao ϕu e outra
relacionada ao interlocking.

Lambe e Whitman (1969).


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Índice de Vazios

ϕu: ângulo de atrito grão-grão

Resistência ao cisalhamento: uma


parcela devido ao ϕu e outra
relacionada ao interlocking.

Lambe e Whitman (1969).


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Índice de Vazios

ecrítico

Lambe e Whitman (1969).

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Índice de Vazios

Índice de vazios crítico:


• Índice de vazios crítico é o valor de índice de vazios para o qual a variação
em volume permanece constante durante o cisalhamento.
• É o estágio para o qual a areia tende ao ser

Índice de Vazios
rompida, independentemente do índice de Areia fofa
vazios inicial.
• Se a areia estiver com um índice de vazios
menor do que o crítico (areia compacta), ela Índice de vazios crítico
deverá se dilatar para romper, por outro lado,
se a areia estiver com um índice de vazios
maior do que o crítico (areia fofa), ela irá se Areia compacta
romper sob compressão.
Deformação axial
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Índice de Vazios

Parâmetro de Estado (y)


• Comportamento contrátil quando positivo.
CSL (Critical State Line)

Índice de Vazios
• Comportamento dilatante quando negativo.
Fofo
• A magnitude do parâmetro de estado,
indexado ao estado efetivo de tensões (p’), dá y<0 (Contrátil)

referências sobre o estado de compacidade do B A


material. y>0
Compacto
y = e − ec (Dilatante)

ec : Índice de vazios no estado crítico


Tensão média (p’)
e : Índice de vazios de campo
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Peso Específico do Solo

O peso específico natural (γ):

P Peso da amostra de solo


g=
V Volume total da amostra de solo

O peso específico seco (γd):

PS Peso de sólidos na amostra de solo g Peso específico natural


gd = gd =
V Volume total da amostra de solo 1+ w Umidade
O peso específico dos sólidos (γs):

PS Peso de sólidos da amostra de solo g s = g d  (1 + e )


gS =
VS Volume de sólidos na amostra de solo Índice de Vazios
Prof. Eduardo Monteiro – M.Sc. Peso específico seco 22
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Densidade Relativa dos Grãos

Densidade (Gs) ou densidade relativa dos grãos é a razão entre o peso específico dos sólidos (gs) e
o peso específico da água (gw) destilada e isenta de ar na temperatura de 4°C.

gS
GS = Peso específico dos grãos
gW Peso específico da água destilada e isenta de ar na temperatura de 4°C.

GS .w = S.e
Índice de Vazios
Vw Volume de água na amostra
Grau de Saturação S=
Umidade Vv Volume de vazios na amostra

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Relações entre Índices Físicos

G S + Se 1+ w
Peso específico natural: g= g w ou g = GS  g w
1+ e 1+ e

Peso específico saturado (S=1): g = Peso específico natural


GS + e gW = Peso específico da água destilada e isenta de ar a 4°C
g sat = gw gW = Peso específico saturado
1+ e
gW = Peso específico seco
Peso específico Seco (S=0): Gs = Densidade relativa dos grãos
S = Grau de saturação
GS
gd = gw w = Umidade
1+ e e = Índice de Vazios

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Densidade Relativa dos Grãos - Gs
• A densidade relativa dos grãos pode ser obtida por
meio do ensaio de massa específica dos sólidos.
• A partir do Gs obtido pode-se ter uma melhor
ideia, em termos mineralógicos, do tipo de
material que constitui o solo.
• Para a maioria dos solos, Gs está entre 2,6 a 2,9.
• Solos com matéria orgânica podem apresentar
valores inferiores a 2 e solos que contêm
substâncias como ferro, por exemplo, podem ter
valores superiores a 3, podendo alcançar 4.

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Densidade Relativa dos Grãos - Gs

Homogeneização da
amostra
Calibração do Retirada de vácuo no
picnômetro Dispersor picnômetro

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Peso Específico Relativo dos Minerais

Mineral Peso Específico, Gs


3,27-3,7
Quartzo 2,65
Caulinita 2,61 2,62-2,76

Ilita 2,84 3-3,47


Montmorilonita 2,65-2,80 2,8-3,2
Haloisita 2,0-2,55
Feldspato potássico 2,57 2,57
Feldspato sódico e cálcico 2,62-2,76
Clorita 2,6-2,9
Biotita 2,8-3,2 2,76-3,1
Muscovita 2,76-3,1
Hornblenda 3,0-3,47
2,65
Limonita 3,6-4,0
Olivina 3,27-3,7 Das (2007)
Lambe e Whitman (1969)

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Atividade Prática 1

O peso específico de uma areia acima do nível d’ água foi determinada em 20,60 kN/m³ e seu
teor de umidade, em 18%. Considerando o peso específico dos grãos igual a 27,00 kN/m³,
determine o peso específico e o teor de umidade se a areia estivesse saturada.

Solução:
Peso específico seco:
g nat 20,60
gd = = = 17,46 kN / m³
1 + w 1 + 0,18

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Atividade Prática 1

Solução:

Para um volume unitário (1m³): Ar


Peso de sólidos + água: 20,60 kN 0,353
Peso de sólidos: 17,46 kN Água
V=1
Volume de sólidos = ???
Ps 0,647
Vs = Sólidos
gs Peso específico dos grãos (dado: 27,00 kN)

17,46
Vs = = 0,647 m3
27,00

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Atividade Prática 1

Solução:

Para um volume unitário (1m³): 0,033 Ar


Peso de sólidos + água: 20,60 kN 0,353
Peso de sólidos: 17,46 kN 0,320 Água
Peso de água: 3,14 kN V=1

Volume de água = ??? 0,647 Sólidos


Pw
Vw =
gw Peso específico da água (9,81 kN/m³)
3,14
Vw = = 0,320 m3
9,81
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Atividade Prática 1

Solução:

Volume de sólidos = 0,647 m³ 0,033 Ar


Volume de água = 0,320 m³ 0,353
Volume de ar: 1,000 – 0,647 – 0,320 = 0,033 m³ 0,320 Água
Volume de vazios: 1,000 – 0,647 = 0,353 m³ V=1

0,647 Sólidos

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Atividade Prática 1
P P g w = 9,81 kN / m³
Solução: Vs = s Vw = w
gs gw
Se o solo estiver saturado: Vv = Vw
Logo 0,033 Água
Ar
Volume de água (para um volume unitário): 0,353 m³ 0,353
Peso de água: 3,46 kN 0,320 Água
Peso de sólidos: 17,46 kN (não se altera) V=1
Peso total: 20,92 kN
P 20,92 0,647 Sólidos
Peso específico saturado: g sat = sat = = 20,92 kN / m³
V 1

Umidade na condição saturada:


Mw(sat) 3,46
w sat = = = 19,8%
Ms 17,46

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Atividade Prática 1
Pw
Vw = g w = 9,81 kN / m³
Solução: gw
Se o solo estiver saturado: Vv = Vw
Logo 0,033 Água
Ar
Volume de água (para um volume unitário): 0,353 m³ 0,353
0,320 Água
Pw = Vw  g w Pw = Vw  g w = 0,353  9,81 = 3,46 kN
V=1
Peso de água: 3,46 kN
Peso de sólidos: 17,46 kN (não se altera) 0,647 Sólidos
Peso total: 20,92 kN
Psat 20,92
Peso específico saturado: g sat = = = 20,92 kN / m³
V 1
Mw(sat) 3,46
Umidade na condição saturada: w sat = = = 19,8%
Ms 17,46
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Densidade Relativa
• Trata-se de uma forma de avaliar a densidade de areias. Tem-se os termos
densidade relativa ou grau de compacidade (DR ou CR).
• Este parâmetro traduz o quanto uma areia está de seu estado mais denso.
• Assim, para uma densidade relativa igual a 100% a areia encontra-se no seu
estado mais denso. Para densidade relativa igual a 0% a areia encontra-se no seu
estado mais fofo.

emáx − e
Dr =
emáx − emín

emim = índice de vazios na condição mais densa possível;


emax = índice de vazios na condição mais fofa possível;
e = índice de vazios do solo ou amostra.
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Estado de Compacidade da Areia
A norma brasileira NBR 6502 – Rochas e Solos apresenta três níveis de classificação.

Densidade Relativa Descrição - NBR6502


Menor ou igual a 1/3 Areia fofa
Maior que 1/3 e menor ou igual a 2/3 Areia de media compacidade
Maior que 2/3 Areia compacta

Densidade Relativa (%) Descrição


0 - 15 Areia muito fofa
15 - 35 Areia fofa
35 - 65 Areia de media compacidade
65 - 85 Areia densa / Areia compacta
85 - 100 Areia muito densa / Areia muito compacta
Lambe e Whitman (1969).
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Densidade Relativa
Relação entre densidade relativa e ângulo de atrito

Duncan e Wright (2005)

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Grau de Saturação

O grau de saturação (S) representa a porcentagem do volume de vazios do solo que está
preenchida por água.

Vw Volume de água na amostra


S=
Vv Volume de vazios na amostra

 Teor de umidade volumétrico


S=
n Porosidade

VW Volume de água na amostra


=
V Volume total da amostra
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Água nos solos
Água higroscópica:
• Adsorvida na superfície das partículas
• Não pode ser removida pela secagem ao ar
Água capilar:
• Presente nos poros capilares
• Forma uma faixa de umidade acima do lençol freático
Água gravitativa:
• Presente nos macroporos
• Parcela livre para percolação

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Capilaridade
A subida da água no tubo capilar resulta do contato vidro-água-ar e da tensão
superficial da água.
A tensão na água logo abaixo do menisco é negativa e igual à altura de ascensão
capilar.
Adaptado de Pinto (2006)
A água nos vazios do solo na faixa acima do nível
freático e com ele comunicada está sob uma pressão
abaixo da atmosférica.
Logo, a pressão neutra é negativa.

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Capilaridade
Pinto (2006)

A água que não se comunica com o lençol freático


situa-se nos contatos entre os grãos e forma
meniscos capilares.

A tensão superficial tende a aproximar as


partículas, ou seja aumenta a tensão efetiva. Isso
confere ao solo uma coesão aparente.

A coesão aparente é eliminada se o solo se


saturar ou secar.

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Curva Característica – Umidade versus Sucção

A sucção matricial é a diferença entre a


pressão de ar no poro (uar) e a pressão da
água (uw). Ou seja: ua − uw

Fredlund e Rahardjo, 1993

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Curva Característica – Umidade versus Sucção

n = 0,5 Entrada de Ar
θsat =

Biblioteca do
Seep/W

θr – teor de
umidade residual
θr = 0,05

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Atividade Prática 2
Estime o coeficiente de compressibilidade (Cc) das
camadas de argila mole.

Considere:
Materiais saturados.
Densidade dos grãos: 2,65 kN/m³
Correlação entre w e Cc:

Cc = 0,01w

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Atividade Prática 2 n
sat = n e=
1− n
Solução:

Vw Vv
= n=
VT VT

Vv
sat = sat = n
VT

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e
Atividade Prática 2 w=
GS
Solução: GS.w = S.e

S.e
w= S = 100%
GS .

e
w=
GS

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e
Atividade Prática 2 w=
GS
Solução:

Argila mole 4,8 m a 6,3 m:


Cc = 0,01w = 0,54

Argila mole 8,40 m a 10,90 m:


Cc = 0,01w = 0,50

O uso de correlações deve se limitar a estudos acadêmicos ou


estimativas preliminares e não é indicado para projetos executivos

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Atividade Prática 3
Considerando a curva característica abaixo, estime a sucção de uma amostra, cujos dados são:
Umidade: 30,0%
Porosidade: 0,5  = n.S
Densidade dos grãos: 2,67 kN/m³ Ilustrativo para n = 0,5
Material Siltoso

Teor de umidade VW
volumétrico:
=
V

Vw
Grau de S=
saturação: Vv

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Atividade Prática 3
Solução:
Para estimar a sucção: descobrir o teor de umidade volumétrico ou o grau de saturação.

Grau de saturação: GS.w = S.e

Umidade: 30,0%
GS .w Densidade dos grãos: 2,67 kN/m³
S=
e Porosidade: 0,5
Índice de vazios: ???

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Atividade Prática 3
Solução:
Para estimar a sucção: descobrir o teor de umidade volumétrico ou o grau de saturação.

n 0,5 Umidade: 30,0%


Índice de vazios: e= e= = 1,0
1− n 1 − 0,5 Densidade dos grãos: 2,67 kN/m³
Porosidade: 0,5
Índice de vazios: 1,0

Grau de saturação: S = 2,67.0,3 = 80,1%


1,0

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Atividade Prática 3
Solução:
Grau de saturação:
S = 80,1%

Sucção mátrica:
ua − uw  10 kPa

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Atividade Prática 4
Grau de Massa Massa cápsula + Massa cápsula
Prof. (m) Amostra
saturação (%) cápsula (g) solo úmido (g) + solo seco (g)

De acordo com os dados de umidade 1 90,0 10,25 28,22 22,63


2 2 90,0 8,86 26,62 21,52
apresentados na tabela: 3 90,0 9,16 28,05 21,99
1 90,0 9,95 33,82 26,20
a) Elabore o perfil de umidade com a 4 2 90,0 10,13 36,59 28,49
3 90,0 9,83 32,94 25,18
profundidade (w vs z). 1 95,0 9,30 39,36 31,68
6 2 95,0 10,31 38,78 32,05
b) Elabore o perfil de índice de vazios (e vs z). 3 95,0 9,89 41,43 33,99
1 95,0 9,69 35,87 29,68
Dados: Gs é igual a 2,683. 8 2 95,0 9,95 36,30 29,89
3 95,0 9,11 38,14 31,76
O nível d’água está na cota 8,6 metros. 1 100,0 9,26 39,70 33,06
10 2 100,0 9,94 33,63 27,12
3 100,0 9,53 38,08 32,30
1 100,0 9,87 33,23 27,27
12 2 100,0 9,33 37,36 30,52
3 100,0 10,47 35,10 28,42
1 100,0 9,38 30,82 24,27
14 2 100,0 9,49 31,64 25,49
3 100,0 8,88 29,21 23,50
1 100,0 10,09 32,88 27,03
16 2 100,0 10,19 32,88 27,18
3 100,0 9,65 32,47 26,56

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Solução
Índice de
Grau de Massa Massa cápsula + Massa cápsula Massa de Massa de Umidade Umidade Índice de
Prof. (m) Amostra vazios
saturação (%) cápsula (g) solo úmido (g) + solo seco (g) água (g) solo seco (g) (%) média (%) vazios
médio
1 90,0 10,25 28,22 22,63 5,59 12,38 45,15 1,35
2 2 90,0 8,86 26,62 21,52 5,10 12,66 40,28 44,22 1,20 1,32
3 90,0 9,16 28,05 21,99 6,06 12,83 47,23 1,41
1 90,0 9,95 33,82 26,20 7,62 16,25 46,89 1,40
4 2 90,0 10,13 36,59 28,49 8,10 18,36 44,12 47,19 1,32 1,41
3 90,0 9,83 32,94 25,18 7,76 15,35 50,55 1,51
1 95,0 9,30 39,36 31,68 7,68 22,38 34,32 0,97
6 2 95,0 10,31 38,78 32,05 6,73 21,74 30,96 32,05 0,87 0,91
3 95,0 9,89 41,43 33,99 7,44 24,10 30,87 0,87
1 95,0 9,69 35,87 29,68 6,19 19,99 30,97 0,87
8 2 95,0 9,95 36,30 29,89 6,41 19,94 32,15 30,43 0,91 0,86
3 95,0 9,11 38,14 31,76 6,38 22,65 28,17 0,80
1 100,0 9,26 39,70 33,06 6,64 23,80 27,90 0,75
10 2 100,0 9,94 33,63 27,12 6,51 17,18 37,89 30,39 1,02 0,82
3 100,0 9,53 38,08 32,30 5,78 22,77 25,38 0,68
1 100,0 9,87 33,23 27,27 5,96 17,40 34,25 0,92
12 2 100,0 9,33 37,36 30,52 6,84 21,19 32,28 34,58 0,87 0,93
3 100,0 10,47 35,10 28,42 6,68 17,95 37,21 1,00
1 100,0 9,38 30,82 24,27 6,55 14,89 43,99 1,18
14 2 100,0 9,49 31,64 25,49 6,15 16,00 38,44 40,49 1,03 1,09
3 100,0 8,88 29,21 23,50 5,71 14,62 39,06 1,05
1 100,0 10,09 32,88 27,03 5,85 16,94 34,53 0,93
16 2 100,0 10,19 32,88 27,18 5,70 16,99 33,55 34,34 0,90 0,92
3 100,0 9,65 32,47 26,56 5,91 16,91 34,95 0,94

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Mw
w=
Solução Ms = 22,63 − 10,25 = 12,38 Ms GS.w = S.e
Mw = 28,22 − 22,63 = 5,59 GS = 2,683
Índice de
Grau de Massa Massa cápsula + Massa cápsula Massa de Massa de Umidade Umidade Índice de
Prof. (m) Amostra vazios
saturação (%) cápsula (g) solo úmido (g) + solo seco (g) água (g) solo seco (g) (%) média (%) vazios
médio
1 90,0 10,25 28,22 22,63 5,59 12,38 45,15 1,35
2 2 90,0 8,86 26,62 21,52 5,10 12,66 40,28 44,22 1,20 1,32
3 90,0 9,16 28,05 21,99 6,06 12,83 47,23 1,41
1 90,0 9,95 33,82 26,20 7,62 16,25 46,89 1,40
4 2 90,0 10,13 36,59 28,49 8,10 18,36 44,12 47,19 1,32 1,41
3 90,0 9,83 32,94 25,18 7,76 15,35 50,55 1,51
1 95,0 9,30 39,36 31,68 7,68 22,38 34,32 0,97
6 2 95,0 10,31 38,78 32,05 6,73 21,74 30,96 32,05 0,87 0,91
3 95,0 9,89 41,43 33,99 7,44 24,10 30,87 0,87
1 95,0 9,69 35,87 29,68 6,19 19,99 30,97 0,87
8 2 95,0 9,95 36,30 29,89 6,41 19,94 32,15 30,43 0,91 0,86
3 95,0 9,11 38,14 31,76 6,38 22,65 28,17 0,80
1 100,0 9,26 39,70 33,06 6,64 23,80 27,90 0,75
10 2 100,0 9,94 33,63 27,12 6,51 17,18 37,89 30,39 1,02 0,82
3 100,0 9,53 38,08 32,30 5,78 22,77 25,38 0,68
1 100,0 9,87 33,23 27,27 5,96 17,40 34,25 0,92
12 2 100,0 9,33 37,36 30,52 6,84 21,19 32,28 34,58 0,87 0,93
3 100,0 10,47 35,10 28,42 6,68 17,95 37,21 1,00
1 100,0 9,38 30,82 24,27 6,55 14,89 43,99 1,18
14 2 100,0 9,49 31,64 25,49 6,15 16,00 38,44 40,49 1,03 1,09
3 100,0 8,88 29,21 23,50 5,71 14,62 39,06 1,05
1 100,0 10,09 32,88 27,03 5,85 16,94 34,53 0,93
16 2 100,0 10,19 32,88 27,18 5,70 16,99 33,55 34,34 0,90 0,92
3 100,0 9,65 32,47 26,56 5,91 16,91 34,95 0,94

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Solução
GS.w = S.e

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Atividade Prática 5

Com base na sondagem SPT:


avalie o comportamento do índice de vazios,
determinado na atividade anterior, com o
respectivo índice NSPT. Comente os resultados

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Solução

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Atividade Prática 6

O solo de uma área de empréstimo possui a porosidade n = 0,58 e peso específico dos grãos de
gs = 27,0 kN/m3. Com este material será construído um aterro com volume 100.000 m³.

Com isso, qual deverá ser o volume de escavação, considerando que estão previstos para o
aterro um peso específico g = 18,0 kN/m³ e um teor de umidade h = 15,0% ?

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Atividade Prática 6
Peso específico seco
Solução: Peso específico natural

g 18,0 Ou seja, no aterro há 15,65 kN de


No aterro: gd = = = 15,65 kN / m³
1 + w 1 + 0,15 sólidos para cada 1,00 m³
Peso específico dos grãos
Na jazida:
n 0,58 gs 27,0
e= e= = 1,38 gd = = = 11,34 kN / m³
1− n 1 − 0,58 1 + e 1 + 1,38

g d aterro 15,65 Ou seja, na jazida há 15,65 kN


Fator de homogeneização: Fh = = = 1,38
g d jazida 11,34 de sólidos em 1,38 m³.

Portanto, para construir 100.000 m³ de aterro, o volume de escavação deverá ser 138.000 m³.

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Bibliografia

• Das, Braja M. (2007). Fundamentos de Engenharia Geotécnica. Thomson. 6ª Edição.


• Duncan, J. M. e Wright, S. G. (2005). Soil Strength and Slope Stability. John Wiley &
Sons.
• Lambe, T.W. e Whitman, R.V. (1969). Soil Mechanics. John Wiley & Sons.
• Almeida, M.S.S., Futai, M.M., Lacerda, W.A., Marques, E.S. Laboratory Behaviour of Rio
de Janeiro Soft Clays. Part1: Index and Compression Properties. Soils and Rocks, Vol.
31, No 2, pp 69-75. 2008.
• ALMEIDA, M. S. S., et. al. (2005). Investigações de Campo e de Laboratório na Argila de
Sarapuí. Solos e Rochas, São Paulo.

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Bibliografia

• Massad, F. (2009). Solos Marinhos da Baixada Santista. Características e Propriedades


Geotécnicas. Oficina de Textos, São Paulo.
• Fredlund, D.G. and Xing, A. (1994). Equations for the Soil-Water Characteristic Curve.
Canadian Geotechnical Journal.

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