Você está na página 1de 4

Slide 1

O autor expressou o momento histórico, onde a lei do ventre livre dava respaldo aos
filhos de escravos para serem criados, alimentados, vestidos e educados pelos patrões
como “órfãos”. O que na verdade não se passava de escravidão
O conto de Monteiro Lobato denuncia o preconceito de raça e a exclusão social
existente, mesmo depois da liberdade dos negros. Camuflada por trás de certas atitudes,
a escravidão continuava da mesma forma, os brancos não aceitavam a igualdade com os
negros. Essa abolição só veio a acontecer em decorrência do progresso económico pelo
qual o país passava. Visto que o país necessitava de mão de Obra livre que contribuísse
para o desenvolvimento do progresso.

O autor mostra, através do conto, o contraste entre uma criança negra e uma criança
branca, deixando clara, a discriminação racial presente na sociedade da época, o que
parece perdurar (durar muito) ainda nos tempos atuais. Negrinha não podia brincar com
as meninas brancas, muito menos possuir brinquedos, o que a limitava a sua condição
de escrava.

Durante seus sete anos de vida, ela só teve contato uma única vez com crianças brancas,
aonde veio a conhecer o que era um brinquedo. A partir de então, ela idealizou aquele
momento em sua mente, tornado-a escrava de um sentimento que nunca tornara a se
repetir, pois a mesma morreu por tristeza de ter se descoberto humana em meio aquela
cruel vida em que se encontrava.
Slide 2 e 3
Negrinha não tem nome – tem apelido; não tem família – tem dona, que não cuida dela;
não tem cor definida – é mulatinha escura; não tem lugar dentro da cozinha, dentro da
casa, dentro da sociedade. Não é à toa que parece ‘um gato sem dono’ – sua condição é
quase a mesma de um animal. “Aprendeu a andar, mas quase não andava”.

Em contrapartida, a senhora tem nome, título e posição social – dona Inácia. Excelente
senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, mimada dos padres, com lugar certo na
Igreja e camarote de luxo reservado no céu – descreve Lobato. A narrativa passa-se em
um tempo qualquer, poucos anos depois da abolição como se pode inferir no trecho:
Nascera na senzala, de mãe escrava. Mais à frente, Lobato lembra o tempo sem
explicitá-lo: Nunca se habituara ao regime novo – essa indecência de negro igual a
branco e qualquer coisinha: a polícia! O 13 de Maio tirou-lhe das mãos o azorrague.
Talvez seja mais uma denúncia subliminar de Lobato: preconceito e racismo não têm
tempo, são atemporais.
No entanto, as duas personagens pertencem a um mesmo contexto sócio-histórico do
Brasil: “Lobato situa a história de Negrinha em um tempo em que a escravidão havia
sido abolida por lei – mas leis não têm força para abolir costumes culturais. Desse
modo, percebe-se que D. Inácia não se adequou à abolição da escravatura e negrinha
continuava escrava. Por isso, a menina guarda as marcas da hostilidade, que chegam ao
ápice da violência, seja pelas agressões físicas, pelo desafeto ou pelos castigos que
recebe dos habitantes da casa-grande:
Batiam-lhe sempre, por ação ou omissão […] pestinha, diabo, coruja, barata descascada,
bruxa, pata choca, pinto gorado, mosca morta, sujeira, bisca, trapo, cachorrinha, coisa
ruim, lixo – não tinha conta o número de apelidos com que a mimoseavam […] O corpo
de negrinha era tatuado de sinais, cicatrizes, vergões. Batiam nele os da casa todos os
dias, houvesse ou não houvesse motivo.
Lobato, ao escrever esse conto, demonstrou sua genialidade como artista da palavra e
recriou uma realidade em que a exclusão das camadas oprimidas era banalizada.
Entretanto, essa situação continua bem atual. Não é raro ver, em pleno século XXI, o
preconceito e as desigualdades imperarem nos diversos meios sociais.
Negrinha iconiza esses excluídos, que sofrem tais mazelas devido à histórica
mentalidade medíocre e mesquinha de alguns indivíduos desse país. Visto que essa
personagem, como os primeiros gentios e africanos nessas terras, sofreu enormes
brutalidades, tentou a igualdade de direitos e sucumbiu aos danos irreversíveis de sua
cultura e moral. O Brasil sempre foi dominado pelos mais privilegiados e, mesmo
depois da libertação dos escravos, com a criação de leis que penalizam o racismo ou a
implantação da política de oportunidades igualitárias, a discriminação racial ainda está
arraigada na sociedade brasileira.

Slide 5 e 6

A história de "Negrinha" é marcada pela desigualdade social e pela exploração da


personagem principal, que é forçada a realizar tarefas domésticas e a suportar os maus
tratos dos membros da família que a empregam. Além disso, a história também
apresenta uma série de estereótipos raciais, como a ideia de que pessoas negras são
inferiores e incapazes de compreender as coisas.

Ao longo da narrativa, é possível observar a forma como a personagem Negrinha é vista


como uma espécie de objeto pelos demais personagens, sem que seja considerada uma
pessoa com sentimentos e desejos próprios. Essa visão desumanizante da personagem é
uma das principais críticas feitas à obra de Monteiro Lobato, que é considerado um
autor importante na história da literatura brasileira, mas cuja obra também é marcada
por elementos racistas e discriminatórios.

Essa desigualdade nos dias atuais vemos nas favelas, onde, toda a sociedade tem um
“pré-conceito”, de todos que moram ali. Da mesma forma que a negrinha é
caracterizada como uma “ninguém”, já que em todo momento ela é ridicularizada,
sendo tratada como se fosse um animal, vemos, também nas favelas, porque, a
sociedade sempre julgam as pessoas que moram em bairro periféricos e as taxam de
maneira semelhante a qual a negrinha foi taxada, porem, nos dias de hoje as pessoas
começaram a guardar suas opiniões para si, e por isso não presenciamos tanto
preconceito nas ruas, pelo fato de que as leis são mais rígidas nos tempos atuais,
diferente do que lemos no conto.

E esse ponto de desigualdade é algo que não precisamos trazer noticias para
apresentarmos em sala, já que presenciamos isso diariamente as desigualdade social.

Slide 7

D. Inácia, a patroa, mostra a verdadeira face quando está sem


visitas. Neste momento é possível percebê-la em toda sua plenitude. Na forma como
trata sua "protegida', Negrinha, que após a morte da mãe, se vê a mercê da "senhora
piedosa' que não hesitava em castigá-la. Nem mesmo brincar Negrinha podia:.Com
pretextos de que às soltas reinaria no quintal, estragando as plantas, a boa senhora
punha-a na sala, ao pé de si, num desvão da porta."). Negrinha, então, devia ficar
sentada, imóvel, durante horas e sem falar.

Negrinha é uma subalterna, excluída das atividades sociais, sem direito a falar ou ser
ouvida pela patroa, e principalmente por está impossibilitada de lutar contra os
desmandos de Dona Inácia, já que dependia diretamente dela para "viver.
Percebe-se, pois, que a personagem Negrinha não tem voz, cresce muda; pois nenhum
espaço lhe é dado para que se expresse, pelo contrário, qualquer forma utilizada para se
fazer ouvir é imediatamente bloqueada. As palavras lhe são tiradas, nao recebe ao
menos um nome; é chamada por um nome que representa a sua cor.

Esse maltrato que acontece no conto, é algo que até os dias de hoje presenciamos,
porque sempre tem um pai, mae, tia, tio, melhor dizendo, um responsável legal que as
vezes ultrapassa o limite da bronca, e acaba maltratando seus filhos, batendo muito, ou
simplesmente aproveitando dessas crianças para trabalhar. Algo que aconteceu
recentemente foi um menino de 1 ano que mora em Belo horizonte minas gerais, que foi
levado ao hospital por suspeita de maltratos da mae. A Criança foi encontrada com
marcas de mordida nas costas, inchaço na testa e ferimentos no nariz e nas bochechas.
Polícia também suspeita que ela tenha sido intoxicada com um medicamento.
DE ONDE VEIO ISSO TEM MUITO MAIS, POR SER ALGO QUE OCORRE
DENTRO DE CASA,UM LUGAR ONDE ACHAMOS QUE TODOS ESTÃO
SEGUROS, POREM NÃO É SEMPRE QUE AS CRIANÇAS ENTÃO PROTEGIDAS,
POR TEREM O PROBLEMA DENTRO DE SUA CASA.

Slide 8
A boneca tem a pele branca e cabelos claros, assim como as sobrinhas “lindas meninas
louras”, como “dois anjos do céu”. A boneca tem a aparência das meninas, “ricas,
nascidas e criadas em ninho de plumas”, isto é, pertencentes à elite social, distante da
pele negra de origem escrava As meninas ditam um padrão de beleza, que a boneca
reproduz, e que ainda persiste na sociedade atual.
Esse padrão de beleza vemos que é imposto pela sociedade a décadas, percebemos que
todas as crianças por influencia de desenhos e filmes, impõe que ter cabelo louro, olhos
azuis e ter a cor da pele claro é mais bonito, e isso é um fato, porque se formos fazer um
teste, pegar uma boneca com características que muitos impõe como padrão e arrumar
uma boneca de pele escura e cabelo encaracolado, uma do lado da outra a criança com
certeza vai pegar a boneca “padrão”, por causa das influencias que elas tem diante da
tecnologia, que são os desenhos, como por exemplo a barbie, que é um clássico que
todas as meninas gostam. E a partir disso, vemos que no conto também impõe esse
padrão de beleza.

Você também pode gostar