Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17ª. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra,
1987. p. 33-43
A leitura do capítulo 2 do livro de Paulo Freire que tem como título: “Pedagogia
do oprimido” nos mostra a visão de Freire sobre a educação “bancária” e
“problematizadora” que o mesmo vai abordar ao longo do capítulo. Seu destaque maior
no texto é sobre a necessidade de abandonar a educação bancária, que serve de
manipulação e retrocesso no processo de libertação da consciência humana, oprimindo
os mesmos, fazendo-os acreditar que devem se acostumar com o mundo ao qual vivem,
aceitando tudo que lhes é ensinado, transformando os mesmos em depósitos de
informações, ou seja, o objetivo da concepção bancária é “[...] controlar o pensar e a
ação, levando os homens ao ajustamento ao mundo. Inibindo o poder de criar, de atuar.”
(FREIRE, 1987, p. 37).
Em virtude disso, o mesmo vai nos mostrar uma educação diferenciada, que vai
mudar a forma de pensar tanto dos educadores quanto dos educandos, que é a educação
problematizadora, que irá libertar os oprimidos, concedendo para os mesmos a chance
de uma nova visão de mundo através da conscientização crítica. Essa nova concepção,
tem o papel de transformar, de revolucionar a forma de educar; mudando a maneira de
agir dos educadores com os educandos; de acordo com Freire “o educador já não é o
que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando
que, ao ser educado, também educa.” (FREIRE, 1987, p. 39). Pode-se perceber que na
concepção bancária essa atitude do educador de se aproximar do educando através do
diálogo era banalizado, pois não se podia ter tais aproximações e nem diálogo com os
educandos, pois o papel do educador era domesticar os educandos, oprimindo-os e
desumanizando os mesmos.
Com isso, a educação libertadora vai realizar a superação da concepção bancária,
indo contramão dos conceitos bancários. Na educação libertadora os educadores de
acordo com o texto “refaz, constantemente, seu ato cognoscente, na cognoscibilidade
dos educandos. Estes, em lugar de serem recipientes dóceis de depósitos, são agora
investigadores críticos, em diálogo com o educador, investigador crítico, também.”
(FREIRE, 1987, p. 40). Ou seja, o educador passa a estimular os educandos a
desenvolver sua consciência crítica, mudando sua forma de olhar o mundo, desprendo
os mesmos da alienação sofrida através da concepção bancária; dessa forma, o texto vai
dizer que