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Bolsista: José Antonio Kazienko Sallet

Resumo do Capítulo 2 do Livro “Pedagogia do Oprimido” de Paulo Freire

Para o autor, quando é feita a análise da relação entre educador e educando, encontra-se uma
relação que apresenta um caráter especial e marcante, os alunos são como uma vasilha vazia e os
professores vão depositando conteúdo nos educandos. Onde ocorre uma memorização mecânica do
conteúdo narrado pelo educador.
Segundo Freire, só existe saber na invenção, reinvenção, na busca inquieta polo mundo.
Agora, na educação bancária, onde o “saber” é depositado no aluno, ocorre a doação de
conhecimento do professor para o aluno. E a rigidez, do professor que sabe tudo e o aluno que não
sabe nada, nega a educação como um processo de busca, desenvolvimento.
De acordo com o texto, a educação bancária anula o poder criador do aluno, minimizando
sua criticidade, satisfazendo os desejos dos opressores, que não julgam a transformação do mundo
fundamental, pois estão confortáveis com a posição de beneficiários, demonstrando sua falsa
generosidade. Na verdade, os opressores tendem a mudar a mentalidade dos oprimidos e não a
situação que os oprime, sendo assim, melhor ocorre a dominação.
Um educador humanista não deve esperar que o povo descubra que a educação bancária os
oprime, mas suas ações devem ser orientadas para humanizar ambos os lados, educador e educando.
Fazendo assim, que haja o pensamento crítico, o pensar autêntico, desenvolvendo assim, o poder
criador em seus alunos.
Segundo o autor, a educação bancária serve para a dominação, negando a dialogicidade
como essência da educação e a problematizadora para a libertação do ser, superando a relação
aluno-professor, ela se faz dialógica. Paulo Freire afirma que o educador problematizador
proporciona aos seus alunos a superação do conhecimento popular, para assim chegar ao
conhecimento verdadeiro. Assim, resultando em uma inserção crítica na realidade.
Quanto mais são envolvidos em problemas do mundo e como participantes desse mundo,
mais os alunos se sentem desafiados, e assim, compreendem o próprio desafio na ação de captá-lo.
Tornando-se assim, seres desalienados, capazes de criarem conexões entre os desafios e
compreendem mais criticamente a realidade em que estão inseridos.
Paulo Freire conclui o texto, salientando as diferenças entre a educação bancária e a
libertadora, enquanto uma mistifica a realidade, para satisfazer seus interesses próprios, a outra está
comprometida com a libertação do pensamento. A primeira nega o diálogo, a segunda desvenda a
realidade. Uma assistencializa, outra criticiza. A primeira serve de instrumento de dominação, a
segunda estimula a criatividade, estimula a reflexão.
O capítulo termina afirmando a inconclusão do ser humano, de seu conhecimento sobre essa
falha e sua história também incompleta. Os seres humanos como sendo mais além de si mesmos,
projetos, caminhando para frente, fitando o futuro. Seres inseridos em uma situação desafiadora,
buscando sempre o ser mais.

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