Educação “bancária” e educação libertadora Paulo Freire
NARRADORES - DISSERTADORES
O Narração/Dissertação – educador é o sujeito que conduz os
educandos à memorização mecânica do conteúdo narrado.
O Educando - recipiente vazio que o educador enche.
O Quanto mais depósitos, melhor será o educador. O Quanto mais se deixa encher, melhor educando será. Desta forma, a educação se torna um ato de depositar, em que os educandos são depositários e o educador depositante (Educação Bancária).
Não há criatividade, não há transformação, não há
saber.
Na visão “bancária” da educação, o “saber” é uma
doação dos que se julgam sábios, aos que se julgam não saber (Ideologia da Opressão, alienação da ignorância). O educador é: Educação bancária a. O que educa, os educandos, os que são educados; b. O que sabe, os educandos, os que não sabem; c. O que pensa, os educandos, os pensados; d. O que diz a palavra, os educandos, os que escutam; e. O que disciplina, os educandos, os disciplinados; f. O que opta e prescreve sua opção, os educandos os que seguem; g. O que atua, os educandos, os que têm a ilusão de que atuam, na atuação do educador; h. Escolhe o conteúdo programático, os educandos, jamais ouvidos nesta escolha, se acomodam a ele; i. Identifica a autoridade do saber com sua autoridade, que opõe antagonicamente à liberdade dos educandos, os quais devem se adaptar as suas determinações; j. É o sujeito do processo, os educandos, meros objetos.
(FREIRE, 1981, p. 56)
O Quanto mais se exercitam os educandos nos depósitos que lhe são feitos, menos estes desenvolverão consciência crítica, que os inseria no mundo como sujeitos transformadores dele.
O Concepção passiva, que serve de dominação.
Educação Libertadora Problematizadora, que serve a libertação. Educador educa enquanto é educado, ambos se tornam sujeitos do processo e crescem juntos, mediatizados pelo mundo.
Os educandos vão desenvolvendo seu poder
de capacitação e de compreensão do mundo, suas relações com ele através de um processo de transformação. Referências
O PATTO, Maria Helena S. INTRODUÇÃO À
PSICOLOGIA ESCOLAR. 3.ed. São Paulo: Casa do Psicólogo. 1997. Parte I. Cap. 7. p. 54-70.