APRENDIZAGEM I Profa. Rita de Cássia A. Marinho Qual o papel básico do Psicólogo Escolar? Modelo acadêmico ou modelo clínico?
Lighthal (1963) “O psicólogo
escolar tem sido, e ainda é, um psicólogo clínico.” Psicólogo Escolar: educador ou As metas do psicólogo clínico? escolar não são as mesmas (Roger Reger) metas da escola em que trabalha.
Trabalha na escola, mas
pertence a clínica. Acadêmico: profissional fiel as tradições da faculdade. Cientista experimental do comportamento e professor interessado no estudo dos métodos da ciência psicológica, como com o conteúdo desta ciência. Seu Psicólogo principal interesse: enquanto metodologia científica, pesquisa e ensino. acadêmico e clínico nas Clínico: principal interesse deste profissional reside na escolas: saúde e doença mental, no diagnóstico e cura dos problemas comportamentais humanos. Aos poucos vai se envolvendo com os aspectos da prevenção. X Psicólogo escolar clínico: definido em três níveis de sofisticação:
•Nível mais baixo: aplicação de testes para determinar o nível
de inteligência do aluno e consequentemente o seu potencial para a aprendizagem.
•Nível intermediário: além da aplicação de testes, o psicólogo
faz uso de psicoterapia (individual e em grupo) enfatizando a distinção entre educação e comportamento, sendo que a educação é vista como responsabilidade do professor e o comportamento, especialmente o comportamento problema é de responsabilidade do professor. x Nívelmais sofisticado: psicólogo atua como consultor de saúde mental, procurando alcançar maior número de alunos, pais, professores e administradores. Interessado basicamente na prevenção. Os alunos que requerem testes e psicoterapia são encaminhados a profissionais fora do contexto escolar. Tendem a enfatizar a distinção entre educação e comportamento em sala de aula. O modelo clínico tende a dividir o processo de educação em duas classificações (artificiais):
A educação, enquanto processo
unitário, processo de transmissão de informação e habilidades às crianças . A motivação é vista como algo que o professor instala nos Educação x alunos. comportamento O comportamento é visto como parte do processo educacional. Quando este interfere no processo educacional é de responsabilidade do especialista resolvê-lo e não do educador. O modelo clínico enquanto modelo de atuação do psicólogo escolar e questionável por uma segunda razão:
Quando o comportamento é separado artificialmente da
educação, há uma tendência de eximir os professores da responsabilidade pelo comportamento dos alunos. Os alunos com dificuldades tendem a ser excluídos pelo professor, que considera que suas responsabilidades são somente para os alunos que respondem adequadamente ao sistema educacional.
Os psicólogos que se adequam a este modelo, tendem a
agravar e aumentar o problema como um todo. Uma terceira razão para examinar criticamente o modelo clínico enquanto modelo de atuação do psicólogo escolar, podemos considerar:
A natureza dos problemas com os quais trabalha, ou
seja, os alunos com problemas de comportamento são considerados emocionalmente perturbados ou mesmo portadores de problemas. Na verdade, nada é feito a fim de examinar as condições pelas quais os alunos têm seus “problemas”, a fim de verificar se as condições, mais do que o aluno, contribuem para os problemas observados.
A causa do problemas esta dentro do aluno, do que nas
condições à ele oferecida, desta forma, a psicoterapia é frequentemente recomendada. Existe uma forma mais adequada para a atuação do psicólogo escolar:
Atuar de acordo com o papel de educador, com o
objetivo de aumentar a qualidade e a eficiência do processo educacional, através da aplicação dos conhecimentos psicológicos, além de contribuir para o planejamento de programa educacionais para os alunos. Desta forma, o modelo mais apropriado para o psicólogo escolar, parece ser o educacional.
Um profissional que se utiliza de modernas tecnologias ,
técnicas, métodos e materiais.
Enfatiza o crescimento e o desenvolvimento dos alunos,
ao invés de reforçar a “patologia”.
Utiliza-se do método científico para a resolução de
problemas educacionais e psicológicos.
Um agente de ligação entre o mundo acadêmico e o
sistema escolar. PATTO, Maria Helena S. Introdução à Psicologia Escolar. 3.ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1997. Referências Parte I. Cap. 1 (p.09-16).