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Resumo
Esse artigo visa trazer reflexões sobre a influência no desenvolvimento de crianças e adolescentes
em um sistema educacional livre de coerção, repressão e um currículo obrigatório e
predeterminado, utilizados na maioria das escolas. Esse texto toma como base a obra literária
Liberdade sem medo (Summerhill) de A. S. Neill (1960), trazendo reflexões psicopedagógicas e do
desenvolvimento humano a partir da Psicologia Humanista e da Pedagogia não-diretiva defendida
por Carl Rogers. O texto busca trazer reflexões hipotéticas de aplicação de uma educação centrada
no aluno, fazer paralelos com a pedagogia tradicional aplicada no Brasil e as possibilidades de
aplicação de um método não-diretivo de ensino.
Summary
This article aims to bring reflections on the influence on the development of children and
adolescents in an educational system free of coercion, repression and a mandatory and
predetermined curriculum, used in most schools. This text is based on the literary work Freedom
without fear (Summerhill) by A. S. Neill (1960), bringing psychopedagogical reflections and human
development from the Humanist Psychology and the non-directive Pedagogy defended by Carl
Rogers. The text seeks to bring hypothetical reflections on the application of a student-centered
education, making parallels with the traditional pedagogy applied in Brazil and the possibilities of
applying a non-directive teaching method.
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Graduando da Licenciatura em Filosofia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, e Bacharelado em Psicologia
na Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR). Bolsista do projeto de pesquisa intitulado: Memória, corpo e
padecimento existencial: um olhar sobre obras de Frida Kahlo e Vincent Van Gogh a partir da Psicanálise e da Filosofia.
E-mail: avvguimaraes@gmail.com ou 201820794@uesb.edu.br
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Introdução
O primeiro contato do ser humano com a educação acontece na família, onde visões de
mundo, formas de se comportar, pensamentos e ideologias são transferidos metodologicamente aos
sujeitos pelas figuras cuidadoras e parentais que circulam e visitam o ambiente da criança. Desde
bebê, o indivíduo é inserido em um sistema social fechado e previamente construído, que é o núcleo
familiar. As primeiras significações são advindas desse convívio até certa fase do desenvolvimento,
ao passo que, geralmente após os dois anos, os indivíduos começam a expressar pensamentos
verbalmente, reproduzindo um comportamento já conhecido entre seus entes. (VYGOTSKY, 1987).
De tal maneira, “as crianças, desde muito pequenas, precisam interagir com os objetos aos quais
estão expostas e aprender os hábitos socioculturais da sua coletividade” (BARBOSA, 2006, p. 38).
Por conta disso, a autonomia e a liberdade de escolha devem ser incentivadas ao longo de
todo o processo de desenvolvimento, para que a criança não se atenha apenas à repetição e a
incorporação de comportamentos externos como as únicas realidades possíveis de ser-no-mundo2.
Logo, deixá-la escolher fora de uma expectativa e demanda fechada, faz com que ela se constitua
mais segura, autoconfiante e com uma autoestima saudável na construção de uma identidade segura
e resiliente. Porém, algumas famílias são mais conservadoras e fechadas em relação às suas próprias
metodologias de educação e suas expectativas para com a criança e, de certa forma, o mesmo
acontece nas escolas, local em que a criança também é inserida em um ambiente fechado, com
várias regras de convivência, expectativas comportamentais e curriculares. Essas formatações
podem gerar uma supressão da identidade em construção e a levar à ideia de fracasso em relação ao
meio, e consequentemente, sentir-se excluída e incapaz de suprir as necessidades do ambiente
(PATTO, 1999).
Na escola tal qual conhecemos, as demandas comportamentais e curriculares são para todos,
sendo que as disciplinas ou tarefas lúdicas, na maioria das vezes, não são de escolha da criança ou
baseadas no que ela gosta de fazer, mas sim, em uma metodologia de ensino que visa o melhor
desempenho do aluno e que ele supra as expectativas cognitivas e psicossociais demandadas à sua
idade (PATTO, 1999). Como argumenta Wallon (GALVÃO apud WALLON, 2000) em sua teoria do
desenvolvimento humano, a criança tem seu desenvolvimento único, o que nos traz a ideia de que
cada criança em seu contexto educacional, seja ele familiar ou escolar, irá se desenvolver de
maneira própria e progressiva a partir das possibilidades do seu próprio ambiente, da cultura e do
seu desenvolvimento sociocognitivo (GALVÃO apud WALLON, 2000). Dessa maneira, ter um
sistema educacional fechado, pautado em expectativas intelectuais adotadas para cada idade, e um
currículo predeterminado e obrigatório, exclui a atenção à unicidade do desenvolvimento de cada
aluno, demandando mais do que ele consegue entregar (PATTO, 1999). Segundo Galvão (apud
WALLON, 2000), o desenvolvimento do indivíduo não é linear e regido por regras absolutas, já que
ele tem crises, entraves, rupturas, retrocessos e reelaborações, o que faz com que o desenvolvimento
no âmbito educacional quase nunca seja como o esperado.
A metodologia deste trabalho é de caráter qualitativo, sendo um artigo de opinião, que tem
como objetivo trazer reflexões acerca dos sistemas educacionais fechados, coercitivos e punitivos,
bem como seus desdobramentos. Com isso, busca-se fazer uma análise sobre como uma educação
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Em "Ser e Tempo", obra fundamental do filósofo alemão Martin Heidegger, publicada em 1927. Nesta obra,
Heidegger busca investigar a questão do ser humano (Dasein) em sua existência concreta, questionando o sentido da
existência humana e a relação do homem com o mundo. Heidegger destaca que o Dasein, ou ser-no-mundo, é um ser
que existe sempre imerso no mundo, e que sua existência é caracterizada pela projeção constante em possibilidades de
ser. Essas possibilidades não são meras opções que o Dasein escolhe, mas sim uma dimensão essencial da sua própria
existência.
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não-diretiva, que preza pela autonomia e que não pune, impactaria de maneira positiva nos
processos psicológicos dos alunos.
2. Teste de Binet-Simon
Assim, para a época, os mais inteligentes teriam mais probabilidade de sucesso na vida.
Esses fatores contribuíram, e muito, para a segregação de alunos e para a sensação de fracasso
escolar tida como incapacidade de aprender, e que eram comumente chamados de burros. Assim,
quem não cumprisse os requisitos do aparato escolar, se via impelido a desistir dos estudos devido à
influência do meio social que os classificava constantemente como incapazes, restando-lhes
adentrar precocemente ao mercado de trabalho.
No Brasil, conforme trazido por Rocha (2019), Noemy Silveira e Isaías Alves examinavam
vários alunos com testes de inteligência com esse mesmo viés, notando que:
[...] O que estava em jogo era o modelo de expansão do sistema educacional brasileiro,
relacionado ao advento da República. É nesse contexto que se situa a convergência entre o
ideal de modernização nacional e a crença no papel da educação como elemento de
transformação do país. Assim, Alves e Silveira tinham ao seu lado o discurso que associava
ciência e modernidade, e que via nos conhecimentos psicológicos um dos caminhos de
entrada da ciência na escola. (Rocha, 2019, pág. 3)
Isaías Alves e Noemy Silveira nasceram em momentos e lugares distintos. Enquanto Isaías
Alves nasceu em 1888 em Santo Antônio de Jesus, Bahia, Noemy Silveira veio ao mundo em 1902
em Santa Rosa de Viterbo, São Paulo. Ambos cresceram em regiões rurais. Suas formações
acadêmicas também foram diferentes: Isaías Alves formou-se em ciências jurídicas na Bahia em
1910, enquanto Noemy Silveira diplomou-se como professora primária na Escola Normal do Brás,
em 1918. Ambos realizaram pesquisas na área de psicologia educacional e na aplicação de testes de
inteligência.
Uma das principais críticas aos testes de inteligência é que a medida de inteligência é
limitada, pois não leva em conta outros fatores que podem influenciar o desempenho acadêmico e
profissional, como a motivação, a personalidade e as habilidades socioemocionais. Além disso, o
uso de testes de inteligência pode levar a estereótipos e preconceitos, pois as medidas podem ser
influenciadas por fatores culturais e socioeconômicos, o que pode levar a interpretações
equivocadas e injustas. Isso é especialmente relevante no Brasil, que é um país multicultural e
diverso.
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Outra crítica é que a ênfase na inteligência medida pelos testes pode levar a uma valorização
excessiva do conhecimento acadêmico e a uma exclusão de outras habilidades e talentos, como as
artísticas, as esportivas e as manuais. Isso pode levar a uma abordagem muito estreita da educação,
que não considera a diversidade de interesses e habilidades dos alunos. Portanto, apesar das
contribuições de Noemy Silveira e Isaías Alves para o estudo da psicologia educacional, é
importante reconhecer as limitações dos testes de inteligência e considerar outras abordagens para
avaliar a aprendizagem e o desenvolvimento humano.
Como vimos, o método positivista de educação não centraliza sua forma de ensino na
subjetividade e individualidade dos alunos, mas numa homogeneização das intelectualidades a
partir do método científico positivo de ensino, quase sempre não atribuindo nenhuma influência de
processos individuais de aprendizagem. Em contrapartida a este modelo, “a escola deve privilegiar
a busca do que é prático, útil, objetivo, direto e claro.” (Iskandar e Leal, 2022, pág. 3).
A Psicologia Humanista surge em 1950 como uma terceira força da psicologia a partir de
um questionamento crítico acerca dos dois movimentos psicológicos existentes: o behaviorismo e a
psicanálise. O behaviorismo é uma abordagem teórica da psicologia que se concentra no estudo do
comportamento humano e animal. Segundo essa abordagem, o comportamento é moldado por meio
de reforços e punições, e pode ser previsto e controlado por meio de técnicas de condicionamento.
Por outro lado, a psicanálise é uma teoria psicológica e uma forma de terapia criada por
Sigmund Freud que se concentra na compreensão do inconsciente humano e na análise dos conflitos
internos e traumas emocionais que afetam o comportamento. A psicanálise enfatiza a importância
da infância e das experiências emocionais precoces na formação da personalidade e do
comportamento adulto. A psicologia humanista surge como uma crítica a essas duas abordagens,
que eram as abordagens dominantes na psicologia na época. Essa abordagem foi criada na década
de 1950 por psicólogos como Abraham Maslow e Carl Rogers, que acreditavam que a psicologia
deveria se concentrar na experiência subjetiva do indivíduo e na sua busca por significado e
propósito na vida. Essa abordagem psicológica enfatiza a capacidade do indivíduo de tomar
decisões e de buscar o seu próprio crescimento e desenvolvimento pessoal.
Carl Ransom Rogers (1902-1987) foi e é, até hoje, considerado o mais influente teórico do
movimento humanista, como também é o criador da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP).
Fonseca, (2010), conforme citado por Lima (2018)
educação, das relações interpessoais, das relações familiares, das relações conjugais, da
comunicação interpessoal, da gestão de recursos humanos, da gestão de empresas, da
resolução e mediação de conflitos, pessoais, interpessoais e sociais, nos universos políticos
e raciais e por fim no trabalho de grupos de encontro que foi o foco de Rogers a partir da
publicação da obra “Uma Maneira de Ser” publicada em 1980, faz referência a sua filosofia
de vida que implicou e ainda implica em todos os domínios do humano, se tornando eficaz
em vários aspectos das relações humanas. (Lima, 2018, pág. 163)
5. Summerhill
[...] Summerhill governa-se pelo princípio de autonomia, democrático em sua forma. Tudo
quanto se relacione com a sociedade, o grupo, a vida, inclusive as punições pelas
transgressões sociais, é resolvido por votação nas Assembléias Gerais da Escola, nas noites
de sábado. (NEILL, 1970, p. 41).
Sendo uma escola privada, Summerhill é destinada para pessoas de classe média e,
infelizmente, não está acessível aos menos abastados, pelo menos na época em que foi fundada.
Muitos iniciam o processo escolar aos cinco anos, enquanto outros aos quinze. Todavia, as crianças,
comumente tendem a permanecer na escola até completarem dezesseis anos (NEILL, 1970, p. 3).
Em Summerhill, as crianças não são obrigadas a estudar, e podem escolher matérias e afazeres com
os quais mais se identificam. Tais métodos se ancoram no fato de que
[...] Obviamente, uma escola que faz com que alunos ativos fiquem sentados nas carteiras,
estudando assuntos em sua maior parte inúteis, é uma escola má. Será boa apenas para os
que acreditam em escolas desse tipo, para os cidadãos não-criadores que desejam crianças
dóceis, não criadoras, prontas a se adaptarem a uma civilização cujo marco de sucesso é o
dinheiro. (Neill, 1970, p. 4).
A.S. Neill enfatiza a importância de uma escola que valorize a criatividade e a liberdade do
aluno, permitindo que ele desenvolva suas habilidades e talentos naturais. Ele acredita que a escola
deve ser um espaço onde o aluno possa explorar e experimentar, e que a aprendizagem deve estar
conectada com a vida real e ter um propósito significativo.
varredor de ruas. Não escrevo isso para me dar ares, pois preferia antes ver a escola
produzir um varredor de ruas feliz do que um erudito neurótico (Neill, 1970, p. 4).
Neill reforça que os alunos não são obrigados a realizar nenhuma atividade, inclusive estudar coisas
que não se sentem confortáveis:
[...] Nenhum aluno é forçado a frequentar as aulas. Mas, se Jimmy vem para o Inglês na
segunda-feira e não mais aparece até a sexta-feira da semana seguinte, os outros reclamam,
com toda a razão, dizendo que ele está atrasando o trabalho. E podem expulsá-lo, por
impedir o progresso (Neill, 1970, p. 4).
As únicas atividades ditas obrigatórias são as de limpeza e convívio com os outros alunos.
Todas as regras de divisão de tarefas, resoluções para quem vier a afetar negativamente os demais,
será levada à uma assembleia e a resolução será votada por todos. Além disso, todos os votos em
Summerhill têm o mesmo valor, tanto para adultos quanto para crianças, sendo que alunos e
professores não são vistos como diferentes. Inclusive, os alunos podem aceitar ou não a presença do
professor na escola através do sistema de votação. Assim, Neill afirma que “não há perigo em armar
barulho com uma criança, quando o fazemos em termos de igualdade” (NEILL, 1970, p. 8).
Do período da manhã até às 13h00 são ministradas aulas, sendo da escolha do aluno
frequentá-las ou não, sem nenhuma punição pela sua escolha. As tardes são livres, e todos, inclusive
adultos, podem realizar a atividade que se sentirem confortáveis, desde jardinagem até oficina
mecânica. Summerhill defende que a criança é suficientemente capaz de escolher e se desenvolver
plenamente sozinha, com os professores apenas observando, cuidando e gerindo coisas das quais as
crianças ainda não estão aptas a manusear. Neill ainda afirma que tanto
[...] crianças, como adultos, aprendem o que desejam aprender. Toda outorga de prêmios,
notas e exames, desvia o desenvolvimento adequado da personalidade. Só os pedantes
declaram que o aprendizado livre é educação (NEILL, 1970, p. 23).
A escola defende a formação de indivíduos sem punição e coerção, preza por formar
humanos, dos mais diversos tipos, capazes de pensar por si mesmos e de ajudarem a sociedade com
o que são bons em fazer e que escolheram para si, assim, tendem a ser mais verdadeiros e satisfeitos
com suas próprias vidas:
[...] Educação de alto nível e diplomas universitários não fazem a mínima diferença na
confrontação dos males da sociedade. Um neurótico letrado não faz diferença alguma de
um neurótico iletrado. Em todos os países, sejam eles capitalistas, socialistas, ou
comunistas, primorosos prédios escolares são construídos para a educação dos jovens. Mas
todos os laboratórios e oficinas maravilhosos nada fazem para ajudar John, Peter ou Ivan a
vencer os prejuízos emocionais e os males sociais nascidos da pressão sobre eles exercida
pelos pais, pelos professores e pela qualidade coercitiva da nossa civilização. (Neill. 1970,
p. 26)
posteriormente a escola com dezessete anos, sem possibilidade de ler. Hoje, Jack é
ferramenteiro. Gosta de conversar sobre trabalhos de metalurgia. Agora sabe ler, mas, tanto
quanto me consta, lê principalmente artigos sobre assuntos de mecânica, e, às vezes,
trabalhos que tratam de psicologia. Penso que jamais leu um romance, contudo fala um
inglês perfeitamente gramatical, e seus conhecimentos gerais são notáveis. Um visitante
norte-americano, nada sabendo da história dele, disse-me: — Que garoto inteligente é o
Jack! (Neill. 1970, p. 28)
A história de Jack sugere que uma educação padrão nem sempre é suficiente para formar um
indivíduo bom e bem-sucedido. Jack não se encaixava no sistema escolar tradicional, mas
encontrou sua paixão e habilidade em trabalhos manuais e mecânicos. Apesar de não ter aprendido
a ler na escola, ele encontrou outros meios de adquirir conhecimento e desenvolver suas
habilidades.
Em suma, com esse relato Neill destaca a importância de uma educação personalizada que
leve em consideração as habilidades, interesses e necessidades individuais de cada aluno. Nem
todos os alunos se encaixam no modelo padrão de educação, e é importante reconhecer que existem
muitas maneiras diferentes de aprender e de se desenvolver como pessoa.
6. Conclusões
A pedagogia tradicional supõe que as crianças possuem uma tendência natural ao egoísmo,
sendo necessário uma interferência autoritária por parte da família e da escola, para desenvolver o
altruísmo. Summerhill parte do princípio de que as crianças realmente são egoístas, mas que,
crescendo sem medos, desenvolvem o altruísmo naturalmente. Ao tentar impor a elas um
comportamento altruísta para fugir do pretenso egoísmo natural, é que se cristaliza esse
comportamento. Ou seja, a educação tradicional erra por acreditar que é necessária uma
interferência autoritária, sem perceber que é justamente esse tipo de interferência que alimenta
aquilo que identifica como problema. Segundo Neill, é somente através do medo que se pode tentar
forçar o interesse de alguém.
Porém, Summerhill continua sendo uma escola privada em um país desenvolvido. Seria
utópico esperar que todas as escolas, ou pelo menos a maioria delas, seguissem sua metodologia.
Muitas problemáticas poderiam barrar a implementação de um sistema semelhante, como a
ideologia capitalista para formar trabalhadores que apenas saibam ler, escrever e resolver problemas
lógicos e tecnológicos, ou que exerçam suas funções de forma correta sem reclamar; a reformulação
da grade curricular de todas as etapas do ensino e a desdogmatização de que a educação fechada
como conhecemos é a única que consegue formar cidadãos aptos para viver em sociedade.
mesmo que não se importar; é, em vez disso, não impor uma direção. Isso requer um cuidado
apreciativo, uma atenção cuidadosa e uma observação atenta dos fenômenos que ocorrem, o que
permite que a essência da pessoa seja revelada e investigada. Em outras palavras, a abordagem
não-diretiva de Rogers é um meio de ajudar os alunos a descobrir seu potencial inato, sem impor
limites ou direcionamentos à sua jornada.
Referências
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