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AUMENTO DE DESEMPENHO MUSCULAR
E RECUPERAÇÃO MUSCULAR
PÓS-EXERCÍCIO: O QUE A LITERATURA
ATUAL NOS DIZ?
> OBJETIVOS
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
INTRODUÇÃO —
BREVE HISTÓRIA DA
FOTOBIOMODULAÇÃO
PARÂMETROS FÍSICOS
DA LUZ PARA A
FOTOBIOMODULAÇÃO
MECANISMOS DE AÇÃO
DA FOTOBIOMODULAÇÃO
TEMPO DE RESPOSTA
FOTOBIOMODULAÇÃO PARA
O DESEMPENHO MUSCULAR
DOSE-RESPOSTA
E RECUPERAÇÃO MUSCULAR
PÓS-EXERCÍCIO
DISPOSITIVOS EMISSORES
DE LUZ PARA A
FOTOBIOMODULAÇÃO
CASO CLÍNICO
CONCLUSÃO
FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA
> INTRODUÇÃO – BREVE HISTÓRIA
DA FOTOBIOMODULAÇÃO
O sol foi a primeira fonte de luz utilizada pela humanidade para fins terapêuticos, como
relatado em diversas escrituras antigas.1 No entanto, somente no final do século XVIII, Niels
Ryberg Finsen, médico e cientista dinamarquês–faroense, sistematizou o uso da luz para
tratar várias doenças humanas, como o Lupus vulgaris.2
Suas principais obras foram “Sobre os efeitos da luz na pele”, publicada em 1983, e “O uso
PROFISIO
de raios de luz químicos concentrados na medicina”, publicada em 1896. Esses trabalhos
sobre o uso da luz, na época chamado de fototerapia, renderam à Niels Ryberg Finsen o
Prêmio Nobel de Medicina ou Fisiologia em 1903, por demonstrar, de forma científica, que a
luz poderia ter efeitos bactericidas, bem como estimulantes, aos tecidos biológicos.2
6
O segundo grande marco histórico do uso da luz como uma terapia (fototerapia) foi a criação 2
do primeiro dispositivo emissor de luz do tipo LASER (Light Amplification by Stimulated
Emission of Radiation, ou seja, amplificação da luz por emissão estimulada de radiação),
em 1960, pelo físico e engenheiro norte-americano Theodore Maiman.2 No entanto, para se
concretizar a criação do primeiro LASER, que teve como meio ativo um bastão de cristal
de rubi, é importante destacar as bases teóricas utilizadas que permitiram sua idealização
e construção.3,4
O terceiro grande marco histórico para a FBM foi a invenção/criação do LED (light-emitting
diode, ou seja, diodo emissor de luz) na faixa do infravermelho por Robert Biard e Gary Pittman
em 1961, enquanto trabalhavam na Texas Instruments (EUA); e a criação do primeiro LED que
emitiu luz visível (vermelha), construído por Nick Holonyak Jr. (considerado o “pai do LED”)
enquanto trabalhava na General Electric (EUA), em 1962.5,6
Trabalhando na Tufts New England Medical Center in Boston, ele utilizou um LASER para
vaporizar células tumorais transplantadas em camundongos. Endre Mester, médico e professor
na Universidade de Budapest (Hungria), em 1965, tentou reproduzir os experimentos de Paul
McGuff utilizando um LASER de rubi customizado.7
Assim, Mester iniciou uma série de estudos, e mostrou que a luz na faixa do espectro
eletromagnético vermelho de baixa potência e intensidade promovia uma rápida cicatrização
de feridas.7 No ano de 1968, Mester publicou a primeira indicação do comportamento bifásico
de dose-resposta, ou efeito Arndt-Schulz no estudo intitulado “Studies on the inhibiting and
activating effects of laser beams”.8 Mester e seus colaboradores continuaram a investigar
os efeitos bioestimuladores do LASER sobre a cicatrização de feridas, pele, regeneração de
fibras musculares. Por todos os seus feitos, Endre Mester é considerado o “pai da FBM”.7
Durante o Congresso Mundial conjunto da WALT (World Association for Laser Therapy, hoje
intitulada como World Association for Photobiomodulation Therapy), e NAALT (North Association
for Light Therapy), ocorrido na cidade de Washington, D.C., nos EUA, em 2014, foi organizada
uma reunião para se obter um consenso de nomenclatura para unificar e representar, em único
termo, as terapias baseadas em luz até então denominadas com diferentes termos, como
Low-Intensity Laser Threrapy (LILT), Low-Level Laser Therapy (LLLT), LED therapy, ou ainda,
low-level laser (light) therapy. Assim nasceu o termo “fotobiomodulação”, que representa:2
Uma forma de terapia por luz que utiliza fontes emissoras de luz não ionizantes,
incluindo LASERs, LEDs e luz de banda larga, no espectro visível e infravermelho.
É um processo não térmico que envolve cromóforos endógenos que provocam
efeitos fotofísicos (ou seja, linear e não linear) e eventos fotoquímicos em
várias escalas biológicas. Este processo resulta em benefícios e resultados
terapêuticos, incluindo, mas não limitado ao alívio de dor ou inflamação,
imunomodulação e promoção de cicatrização de feridas e regeneração de
tecidos.
Por fim, o termo “Photobiomodulation Therapy” foi submetido ao Medical Subject Headings
(MeSH) Section, da Biblioteca Nacional de Medicina,2 e adicionado em 2016, e desde então
tem sido utilizado na literatura científica.
FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA
Fotobiomodulação (FBM) é um termo que engloba a luz emitida por diferentes fontes de
luz, como LASERs e LEDs, para promoverem efeitos fotofísicos, fotoquímicos, efeitos não
ionizantes (quebra ou alterações nas cadeias de DNA) e efeitos não térmicos, para modular
dor, inflamação e também o reparo tecidual.2,9–11
Para que a FBM promova esses efeitos supracitados, é necessário que se entenda primeiramente
quais são as características dessa luz terapêutica. As fontes emissoras de luz geralmente
utilizadas nos estudos que investigaram os efeitos da fotobiomodulação sobre sistemas
biológicos, sobretudo para o aumento de desempenho e recuperação muscular pós-exercício
em humanos ou em modelos animais, eram LASERs e/ou LEDs.12–14 Essas fontes emissoras
de luz diferem quanto à monocromaticidade, coerência e banda espectral, uma vez que
PROFISIO
os diodos do tipo LASER são mais coerentes, têm uma estreita banda espectral e menor
divergência (maior colimação) de seus feixes de luz comparados à luz emitida por LEDs.15
A monocromaticidade diz respeito ao comprimento de onda da luz (Figura 1) que, nos LASERs,
possui estreita faixa de variação. Exemplo: um laser emitindo luz na faixa do vermelho (630nm) 6
pode ter uma pequena faixa de variação de ± 2nm (ou seja: 629nm a 631nm). Essa variação
2
é o que se chama de banda espectral. Ainda, um LED pode também emitir luz na faixa do
vermelho (630nm), com pico de emissão em 630nm, mas com uma banda espectral maior
de ± 10nm (ou seja: 620nm a 640nm).7 Veja um exemplo na Figura 2.
Outra característica importante da luz é que ela é uma onda eletromagnética que possui uma
coerência (espacial e temporal). Essa coerência está intimamente ligada à monocromaticidade
e à banda espectral, pois quanto mais estreita é a banda espectral da luz emitida por um
LASER ou por um LED, maior será o sincronismo (temporal e espacial) dos picos e vales das
ondas eletromagnéticas dessa luz.7
a
a ond
en to d
prim
Com
Campo elétrico
Campo magnético
FIGURA 1: Onda eletromagnética com representação dos campos elétrico e magnético
e delimitação de comprimento de onda (𝜆). // Fonte: Arquivo de imagem dos autores.
LASER LED
605 610 615 620 625 630 635 640 645 650 655
Comprimento de onda (nm)
FIGURA 2: Diferenças entre emissores de luz do tipo LASER e LED quanto à banda espectral e fase
das ondas eletromagnéticas. O emissor do tipo LASER pode emitir luz no comprimento de onda
630nm (pico) com uma banda espectral estreita (variação de ± 2nm). O emissor do tipo LED pode
também emitir luz no comprimento de onda 630nm (pico), porém, com uma banda espectral larga
(variação de ± 10nm). Dessa maneira, as fases (cristas e vales das ondas eletromagnéticas) do
emissor do tipo LASER são alinhadas, enquanto as fases do emissor do tipo LED não são.
// Fonte: Arquivo de imagem dos autores.
Essas diferenças de banda espectral entre LASERs e LEDs, as quais interferem na coerência
temporal e espacial e na monocromaticidade, parecem não produzir significantes efeitos sobre
os sistemas biológicos, porém, mais estudos são necessários. Por fim, a colimação, que diz
respeito ao paralelismo ou ângulo de divergência em que os feixes de luz percorrem o espaço
a partir de sua emissão, parecem não produzir efeitos significativos sobre a modulação dos
tecidos biológicos.16
FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA
PARÂMETROS FÍSICOS DA LUZ PARA FOTOBIOMODULAÇÃO
PARÂMETRO CARACTERÍSTICA FÓRMULA
Comprimento de onda Irá determinar a monocromaticidade (ou não)
nm da luz, banda espectral, coerência espacial e
temporal
Potência radiante W Geralmente é medida em watts (W), mas na
fotobiomodulação, devido às quantidades Potência (W)=(Energia
relativamente baixas de energia necessárias [J]) / (Tempo [seg])
para alcançar os benefícios terapêuticos, muitas
vezes, é medida em miliWatts (mW)
Energia radiante em J É uma medida que determina a quantidade de Energia (J) = Potência
PROFISIO
energia luminosa depositada sobre o tecido (W) x Tempo (seg)
biológico (FBM). É medida em Joules (J) ou
ainda em mJ.
Tempo de irradiação É o tempo de aplicação da luz sobre o sistema Tempo (seg) =
em seg biológico. É calculado em seg, ou em mseg (Energia [J])/(Potência
ou ainda em nseg, no caso de pulsos de luz [W]) 6
emitidos por LASERs pulsados 2
Área de emissor do Define a área em cm2 coberta pelo feixe de -
feixe (cm2) luz na ponta do aplicador (LASER ou LED, por
exemplo), ou em qualquer distância além desse
ponto. Na ponta do aplicador, a área do feixe
de luz coincide com a área de radiação efetiva
desse aplicador. Assim, assume-se que a área
do feixe é a mesma área da ponta do aplicador
quando é colocada em contato direto com o
paciente. Porém, quando o aplicador é colocado
à distância do paciente, o feixe de luz pode se
espalhar dependendo da colimação desse feixe.
Isso ocorre nos casos que a luz emitida não é
colimada, apresentando grandes ângulos de
divergência. Assim, a área de irradiação do feixe
será maior do que àquela da ponta do aplicador.
Densidade de potência A densidade de potência pode ser definida como
ou irradiância (W/cm2) a razão entre a potência e a área da superfície Densidade de Potência
do feixe. Também conhecida como irradiância, a (W/cm2)=(Potência
densidade de potência é basicamente potência [W])/(Área [cm2])
por unidade de área do tamanho do ponto
lançado pelo feixe de luz. Em outras palavras,
é a potência dividida pela área.
Densidade de energia A densidade de energia, também conhecida Densidade de Energia
ou fluência ou dose como fluência ou dose, pode ser definida como (J/cm2) = (Energia
(J/cm2) a quantidade de energia fornecida por unidade [J])/(Área [cm2])
de área
Nm: nanômetro; W: watts; mW: miliwatts; FBM: fotobiomodulação; J: joule; mJ: milijoules;
seg: segundos; mseg: milissegundos; nseg: nanossegundos. // Fonte: Adaptado de Enwemeka (2009).17
Os comprimentos de onda mais utilizados pela FBM, utilizando LASERs e LEDs, são aqueles
da região do vermelho (600nm) ao infravermelho próximo (1.000nm); potência total entre
1mW e 500mW; densidade de potência entre 1mW/cm2 e 5W/cm2.15,21 Esses LASERs e LEDs
podem produzir efeitos semelhantes sobre o tecido biológico, no caso, o tecido muscular,
se a dose de luz entregue/aplicada estiver de acordo com a possível dose-resposta bifásica
(estimulação ou inibição), que determina a janela terapêutica15,21–23 previamente reportada
na literatura para o desempenho muscular e a recuperação muscular pós-exercício.12–14,19
No entanto, apesar de haver sugestões de algumas janelas terapêuticas para a energia total
aplicada sobre um grupo muscular,12–14,19,24 o terapeuta deve compreender o significado de
cada um dos parâmetros da luz e como a variação de cada um desses parâmetros pode
promover diferentes efeitos, que variam do estímulo à inibição dos processos biológicos.19,21
ATIVIDADES
a Apenas a I.
b Apenas a II.
c Apenas a I e a III.
d Apenas a I, a III e a IV.
FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA
de luz produzidos pelo aparelho, praticamente inexistindo qualquer divergência
da radiação emitida ao longo da distância percorrida. Ao citar essa característica,
fala-se de >> Resposta no final do capítulo
a colimação.
b coerência.
c monocromacidade.
d ressonância.
PROFISIO
I. Normalmente, utiliza-se LASERs e LEDs como fonte de luz.
II. É um processo não térmico e ionizante.
III. Utiliza espectros de luz na faixa do vermelho e infravermelho.
IV. As fontes de luz utilizadas são de alta intensidade.
6
▼ Quais estão corretas? >> Resposta no final do capítulo 2
a Apenas a I e a III.
b Apenas a II e a IV.
c Apenas a III e a IV.
d Apenas a I, a II e a III.
▼ Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. >> Resposta no final do capítulo
a V — V — V — F
b V — V — F — V
c F — V — V — F
d F — F — V — F
Para que a FBM promova seus efeitos sobre os tecidos biológicos, sobretudo o tecido
muscular humano, a luz deve atravessar as camadas mais superficiais da pele até alcançar
o seu alvo. Dessa maneira, as propriedades óticas dos diferentes tecidos corporais devem
ser levadas em consideração, porque a composição corporal do indivíduo, incluindo a pele
(quantidade de melanina) e o tecido adiposo, influenciarão na penetração, no espalhamento
e na absorção da luz da FBM pelos tecidos biológicos, seguindo a lei de Lambert-Beer.7
FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA
Feixe de luz luz verde
(600-850nm) luz azul
(900-1.100nm)
Transdução de
sinais celulares
PROFISIO
Sinalização de
vasodilatação
Sinalização Vias de
sinalização
de cálcio NF-κB 6
EROs 2
Segundo
Aumento
mensageiro
de ATPs
Ativação de fatores
de transcrição
ATPs
Núcleo
NF-kB: fator nuclear kappa B; EROs (espécies reativas de oxigênio); ATP (adenosina trifosfato).
FIGURA 3: Mecanismos de ação da luz sobre sistemas biológicos no nível celular e molecular.
A luz com comprimentos de onda entre 600 e 850nm é absorvida pela cadeia transportadora de
elétrons mitocondrial e leva à regulação positiva da capacidade respiratória. A luz infravermelha
próxima na faixa de 900 a 1.100nm é absorvida por aglomerados de água estruturados formados
em canais iônicos controlados por calor/luz. Um aumento na energia vibracional do aglomerado de
água leva a perturbar a estrutura da proteína e a abrir o canal que finalmente permite a modulação
dos níveis de cálcio (Ca2+) intracelular. A absorção de luz verde por fotorreceptores neuronais de
opsina (OPN2-5) ativa receptores transitórios de canais potenciais que causam permeabilização
não seletiva para Ca2+, sódio (Na+) e magnésio (Mg2+). Os criptocromos
(uma classe de flavoproteínas receptoras de luz azul) absorvem a luz azul e parecem ativar sinais
celulares transdutores via parte do nervo óptico para o núcleo supraquiasmático no cérebro,
o que é importante na regulação do relógio circadiano.
// Fonte: Adaptada de Salehpour e colaboradores (2018).25
TRPV
Membrana celular
ATP
Cadeia respiratória
Cit c oxidase
ON Segundo mensageiro
Mitocôndria EROs
Sinalização redox
5 Transcrição
3
Núcleo
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/
PMC3635110/
FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA
QUADRO 2
PROFISIO
Modulação de espécies reativas A FBM tem demonstrado bons resultados para estimular o aumento
de EROs e nitrogênio ERNs da atividade de enzimas antioxidantes como catalase, glutationa
peroxidase e superóxido dismutase (citosólica e mitocondrial).
Essas enzimas são responsáveis por neutralizar as EROs e ERNs
que são geradas durante e após exercícios físicos extenuantes 6
Reparo do dano muscular A FBM estimula a síntese de proteínas contráteis via modulação 2
da expressão de fatores de transcrição e genes relacionados à
hipertrofia muscular, como aumento de mTOR; aumento da proli-
feração mitocondrial via PPARGC1-α; aumento da vascularização
via VEGF e melhor combate ao estresse oxidativo via enzimas
antioxidantes, como SOD2. Genes relacionados à inflamação
como IL-1β, atrofia muscular como MuRF1 e miostatina têm
suas expressões significativamente diminuídas. A FBM também
parece acelerar a hipertrofia muscular humana quando associada
a programas de treinamento físico de força.26
Prevenção de dano muscular A literatura tem reportado importantes efeitos da FBM para
a prevenção de dano muscular induzida por exercício de alta
intensidade. Os marcadores sanguíneos de dano muscular
comumente utilizados na literatura, como a enzima creatina
kinase (ou fosfoquinase) e a LDH, têm seus níveis de incremento
discretos na corrente sanguínea (mensurados pela sua atividade)
quando a fotobiomodulação é aplicada previamente à execução
do exercício ou imediatamente após. Esse resultado sugere um
efeito protetor da FBM sobre o tecido musculoesquelético
ATIVIDADES
FOTOBIOMODULAÇÃO PARA AUMENTO DE DESEMPENHO MUSCULAR E RECUPERAÇÃO MUSCULAR PÓS-EXERCÍCIO: O QUE A LITERATURA ATUAL NOS DIZ?
▼ Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. >> Resposta no final do capítulo
a V — V — V — V
b V — F — V — V
c F — V— F — V
d F — F — F — V
a Apenas a I, a II e a III.
b Apenas a I, a III e a IV.
c Apenas a II, a III e a IV.
d A I, a II, a III e a IV.
FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA
>> Resposta no final do capítulo
a Lactato desidrogenase.
b Enzima citocromo c oxidase.
c Enzima lactato desidrogenase.
d FBM.
PROFISIO
A melhora do desempenho muscular nos exercícios físicos pode ser entendida, mas não
limitada, como a capacidade de gerar um número maior de repetições em uma sessão de
exercício; ou de desenvolver níveis mais elevados de torque ou momento; ou de saltar mais 6
alto; ou de correr mais rápido; ou de aumentar a captação, transporte e metabolização de 2
oxigênio; ou mesmo de desenvolver maior resistência à fadiga (manter o exercício por mais
tempo) na comparação com um grupo de referência ou controle.27,28
O uso da luz emitida por LASERs de baixa intensidade (LLLT, do inglês, low-level laser therapy)
e/ ou luz emitida por diodos emissores de luz (LEDs), reconhecidos recentemente como
FBM,2 para aumento do desempenho muscular nos exercícios e a recuperação do músculo
esquelético pós-exercício, não é novo, e tem atraído inclusive a atenção do Comitê Olímpico
internacional (COI).29
Como uma contextualização histórica muito breve e real, um dos primeiros estudos da
literatura sobre o uso da FBM para o aumento de desempenho muscular e recuperação
muscular pós-exercício foi conduzido por Craig e colaboradores.30,31 Esses autores relataram
nenhum efeito da FBM por LLLT com comprimentos de onda na faixa do vermelho (660nm)
e infravermelho (950nm) aplicada sobre o músculo bíceps braquial, para mitigar a dor muscular
de início tardio (DMIT), induzida por contrações excêntricas repetidas dos músculos flexores
do cotovelo de homens jovens.
Quase uma década depois de ensaios clínicos pioneiros, dois estudos em modelos animais
(in vivo) foram publicados na literatura investigando os efeitos da FBM sobre o desempenho
muscular de ratos.32,33 O primeiro estudo aplicou a FBM por LLLT em membros posteriores
de ratos após cada sessão de treinamento durante cinco semanas, com o objetivo de
acelerar a recuperação muscular e modular a atividade da enzima lactato desidrogenase
(LDH), relacionada à produção e oxidação de lactato — metabolismo energético, durante um
programa de treinamento em esteira.32
antes do protocolo de fadiga, com o objetivo de diminuir a fadiga muscular dos animais e os
danos musculares por meio dos níveis sanguíneos de creatina quinase (CK).
Esses dois estudos com modelos animais criaram as bases para as duas principais estratégias
atualmente conhecidas para a aplicação da FBM sobre os músculos esqueléticos, com o
objetivo de aumentar o desempenho nos exercícios físicos, bem como acelerar a recuperação
pós-exercício.12–14 Nesse contexto, existem duas estratégias principais atualmente conhecidas
para a aplicação da FBM:
Desde 2008, com a publicação de dois ensaios clínicos randomizados ao mesmo tempo na
revista Photomedicine and Laser in Surgery (outubro 2008, v. 26, n. 5),34,35 um grande número
de ensaios clínicos randomizados e estudos com modelos animais foram publicados com o
mesmo propósito: investigar os efeitos da FBM como pré-condicionamento, ou aplicada após
o exercício, para aumentar o desempenho muscular e acelerar a recuperação pós-exercício.13
Assim, uma série de estudos foi publicada envolvendo atletas, não atletas, indivíduos saudáveis
e com diferentes desenhos de estudo (cegos, não cegos, aleatorizados, cruzados, com terapia
sham) em ambientes controlados, como laboratórios de pesquisas, para investigar os efeitos
agudos da FBM sobre a fadiga muscular e prevenção de danos musculares (menos atividade
de CK na corrente sanguínea) em exercícios extenuantes.13
Além disso, em 2011, foi publicado o primeiro estudo combinando os efeitos da FBM com um
programa de treinamento físico de força (efeitos crônicos).36 Em 2015, as pesquisas “saíram”
do ambiente controlado dos laboratórios de pesquisa, e o primeiro ensaio clínico randomizado
com atletas em campo foi realizado durante o Campeonato Brasileiro de Voleibol.37
Nesse estudo, os atletas de uma das equipes participantes do campeonato foram irradiados
com FBM por LEDs sobre os membros inferiores como pré-condicionamento sempre de
40 a 60 minutos antes de cada um dos quatro jogos oficiais do referido campeonato em
que a fotobiomodulação foi testada. Nesse estudo, foi demonstrada uma dose-resposta,
ou janela terapêutica, da FBM quando aplicada como pré-condicionamento para a prevenção
de lesão muscular (menor atividade de CK na corrente sanguínea) em atletas profissionais
de voleibol em situação real de jogos oficiais.37
FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA
mais recentes, como maior hipertrofia do músculo esquelético26,38 e modulação da expressão
gênica relacionada à síntese/degradação de proteínas, inflamação e estresse oxidativo.26
Além dos mecanismos de ação, duas questões principais também têm sido investigadas:
■ tempo de resposta, ou tempo que a luz da FBM leva para induzir os seus efeitos biomoduladores
no tecido musculoesquelético quando aplicada como pré-condicionamento;40,42
PROFISIO
■ dose-resposta, ou a resposta à dose de luz aplicada, também conhecida como janela
terapêutica,12,14 a qual visa encontrar a quantidade de energia (J) que melhor estimula
o músculo esquelético para o aumento de desempenho no exercício e/ou recuperação
pós-exercício.
6
/ TEMPO DE RESPOSTA 2
Outra questão bastante importante que a literatura vem investigando é o momento de aplicar
a FBM sobre os músculos esqueléticos, se antes ou após o exercício. Um estudo do tipo
Masterclass,24 o qual expressa a opinião de autores, foi publicado recentemente, e sugeriu
recomendações clínicas e científicas para que a FBM seja aplicada antes (5 a 10 minutos)
de cada sessão de exercício durante um programa de treinamento de força.41
No entanto, há outras evidências na literatura que apontam que a FBM promoveu melhores
efeitos quando aplicada após cada sessão de treinamento,41 assim como também há estudo que
aponta para nenhuma diferença entre os momentos de irradiação antes (pré-condicionamento)
ou depois da realização do exercício, considerando a fadiga muscular,44 e há estudo mostrando
que a melhor estratégia seria o pré-condicionamento.45 Assim, mais pesquisas devem ser
conduzidas para que se tenha mais clareza sobre o momento de aplicação.
Ainda, em 2019, a mesma Masterclass24 reportou uma atualização das janelas terapêuticas
com recomendações clínicas e científicas para o uso da FBM para o aumento de desempenho
muscular e recuperação muscular pós-exercício.
350 120
150 60
Energia total (J)
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
A B C
FIGURA 5: A) Janela terapêutica baseada na energia total (J) aplicada sobre o músculo bíceps
braquial em exercícios agudos publicada em 2016. B) Janela terapêutica baseada na energia total
(J) aplicada sobre pequenos grupos musculares (ensaios clínicos randomizados que investigaram
os efeitos da FBM sobre o bíceps braquial) publicada em 2018. C) Atualização da janela terapêutica
baseada na energia total (J) aplicada sobre pequenos grupos musculares (ensaios clínicos
randomizados que investigaram os efeitos da FBM sobre o bíceps braquial) publicada em 2019.
// Fonte: Adaptada de Ferraresi e colaboradores (2016);12 Vanin e colaboradores (2018);14 Leal-Junior e colaboradores (2019).24
1000
900
700 400
Energia total (J)
2009
2010
2011
2013
2014
2015
2016
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
A B C
FIGURA 6: A) Janela terapêutica baseada na energia total (J) aplicada sobre o músculo
quadríceps femoral em exercícios agudos publicada em 2016. B) Janela terapêutica baseada na
energia total (J) aplicada sobre grandes grupos musculares (ensaios clínicos randomizados que
investigaram os efeitos da FBM sobre o quadríceps femoral) publicada em 2018. C) Atualização
da janela terapêutica baseada na energia total (J) aplicada sobre grandes grupos musculares
(ensaios clínicos randomizados que investigaram os efeitos da FBM sobre o quadríceps femoral)
publicada em 2019. // Fonte: Adaptada de Ferraresi e colaboradores (2016);12 Vanin e colaboradores (2018);14 Leal-Junior e
colaboradores (2019).24
FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA
na estratégia de pré-condicionamento) ou na recuperação muscular pós-exercício.46–49
A justificativa mais comum desses ensaios clínicos randomizados para a falta de resultados
positivos é a dose-resposta da FBM, embora janelas terapêuticas anteriores tenham sido
identificadas em relação à energia total (J) aplicada em diferentes músculos esqueléticos
e/ou diferentes tipos de exercícios.12,14,24
PROFISIO
A Figura 7 mostra combinações eficientes de densidade de potência ou irradiância (mW/cm2)
e tempo de irradiação (seg), entregando diferentes fluências (densidades de energia), que
podem gerar estímulo ou inibição dos processos biológicos mediados pela FBM.
6
2 2
/ cm
nc ia W
diâ
Irra
0 Est
imu
0 laç
ão Inib
içã
Tem o
p o (s
egu
ndo
s)
Nesse contexto, a literatura traz diversos estudos com dispositivos muito diferentes.12,14
É possível ler estudos usando canetas de LASER (LLLT), canetas de LED, cluster de LEDs,
cluster de LEDs mais diodos de LASER, cluster de diodos de LASER, arranjos de LEDs como
uma “manta” e cluster de LEDs mais diodos de LASER combinados com terapia por campos
magnéticos.12,14
Como um exemplo simples, um cluster de LEDs de 30,2cm2 entregando 30J por local de
irradiação (exemplo: 2 locais – energia total de 60J) sobre o bíceps braquial (dose de
0,99J/cm2 por local de aplicação) promoveu redução da fadiga muscular,50 enquanto uma
“manta” de LEDs aplicando os mesmos 60J sobre uma área de 166,75cm2 (dose de 0,35J/cm2)
não promoveu redução da fadiga muscular.49
Dessa maneira, embora ambos os estudos tenham seguido a janela terapêutica de 60J
aplicados sobre o músculo bíceps braquial,12,14,24 apenas um estudo50 identificou que a FBM
foi eficiente para reduzir a fadiga muscular.
A Figura 8 aborda percepções sobre o tamanho (área – cm2), distância entre cada fonte
emissora de luz e distribuição da luz entre diferentes dispositivos de FBM (cluster).
Distância de 1cm
Cluster pequeno: área hipotética de 10cm² Distribuição hipotética de luz: Superfície do tecido:
sobreposição dos feixes de luz sobreposição dos feixes de luz
Light emitting diode (LED)
Distância de 3cm
Superfície do tecido:
sem sobreposição dos feixes de luz
Cluster grande: área hipotética de 30cm² Distribuição hipotética de luz:
sem sobreposição dos feixes de luz
A B C
FIGURA 8: A) Clusters hipotéticos de tamanhos pequeno e grande compostos de diodos emissores
de luz (LEDs), e mesmo número de LEDs, mas com distâncias diferentes entre eles.
B) Emissão e distribuição hipotética de luz em um cluster pequeno (mostrando uma sobreposição
de luz emitida) e emissão e distribuição de luz em um cluster grande (sem sobreposição de
luz emitida). C) Distribuição hipotética da luz na superfície do tecido com cluster pequeno
(sobreposição da luz emitida e o possível efeito somatório da potência da luz de LEDs adjacentes)
e distribuição hipotética da luz na superfície do tecido com cluster grande
(sem sobreposição de luz emitida). // Fonte: Adaptada de Ferraresi (2020).19
FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA
As diferenças entre os dispositivos não se limitam apenas à área de irradiação e à densidade
de energia. Outras diferenças estão relacionadas ao número de fontes de luz (diodos do tipo
LASER e/ou LEDs), à potência (W) de cada LED ou diodo de LASER, à distância entre cada
fonte de luz, que pode afetar a distribuição da luz e a irradiância (densidade de potência –
mW/cm2) final do dispositivo (Figura 8). Os comprimentos de onda emitidos pelas fontes de luz,
bem como se o dispositivo combina outro tipo de terapia, como campo magnético, também
são fatores relevantes que devem ser considerados na prescrição das doses de luz da FBM.20
PROFISIO
muita atenção nos parâmetros da FBM geralmente descritos nos
estudos no formato de uma tabela, conforme recomendado.20
Se um dispositivo de FBM possui uma combinação mista de diodos do tipo LASER e LEDs,
é importante também verificar a porcentagem da luz emitida por cada um desses diferentes
tipos de emissores de luz, e então perceber qual tipo tem a maior contribuição para a energia
total aplicada. Como exemplo, pode-se citar Leal-Junior e colaboradores,43 que utilizaram um
cluster composto por quatro diodos do tipo LASER superpulsado na faixa do infravermelho
(905nm; 1,25mW cada), oito LEDs na faixa do vermelho (633nm; 25mW cada), oito LEDs na
faixa do infravermelho (850nm; 40mW cada), energia de 60J por local de aplicação, área do
cluster de 33cm2 e campo magnético de 110mT.
Dessa maneira, pode-se perceber que a energia emitida pelos quatro LASERs superpulsados
(em conjunto) foi de aproximadamente 0,6J, o que correspondeu a cerca de 1% da energia
total aplicada (60J). Isso significa que todos os efeitos descritos de melhoria de desempenho
muscular e recuperação muscular pós-exercício foram alcançados basicamente com a energia
emitida pelos LEDs, os quais emitiram aproximadamente 59,4J (cerca de 99% da energia)
combinada à terapia por campo magnético (110mT).43
poder distinguir qual das terapias ou qual é o percentual com que cada terapia contribui para
os resultados.45,51–55
Em relação à potência da luz (W), sabe-se que os tecidos humanos (pele, gordura, músculo,
tendão, osso), mais a água no interior dessas estruturas, oferecem uma barreira significativa
para a penetração/transmissão da luz. De acordo com estudo prévio,56 são necessárias
irradiâncias de pelo menos 100mW/cm2 para atingir 50mm de penetração no tecido com
comprimento de onda na faixa do vermelho.
Assim, fontes de luz com baixa potência (mW ou W) e grandes áreas (cm2) resultam em
baixa irradiância (mW/cm2 ou W/cm2), e, de acordo com a lei de Lambert-Beer, podem não
atingir o tecido muscular (penetração profunda) com intensidade suficiente para desencadear
um efeito biológico mensurável para o melhor desempenho no exercício ou recuperação.
Nesse contexto, o número de fontes emissoras de luz e a distância entre elas podem afetar
a irradiância final dos dispositivos do tipo cluster ou “mantas” utilizados.
A literatura parece concordar que é desejável irradiar (aplicar FBM) sobre a maior área
muscular para estimular esse tecido.12–14 Nesse contexto, novos dispositivos de FBM capazes
de cobrir todo o corpo57,58 foram testados para aumento de desempenho muscular e acelerar
a recuperação muscular pós-exercício. Embora esses estudos não tenham encontrado
resultados significativos, eles foram pioneiros, e podem abrir um grande caminho nesse
campo de pesquisa, incluindo o tratamento de doenças musculares. No entanto, novas
investigações são necessárias para encontrar as melhores doses de luz, uma vez que a
irradiação desses dispositivos é aplicada a distância.
FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA
PROFISIO
6
2
ATIVIDADES
10. Segundo a literatura mais recente, a janela terapêutica baseada na energia total (J)
FOTOBIOMODULAÇÃO PARA AUMENTO DE DESEMPENHO MUSCULAR E RECUPERAÇÃO MUSCULAR PÓS-EXERCÍCIO: O QUE A LITERATURA ATUAL NOS DIZ?
a 20 e 60 J.
b 20 e 80J.
c 360 e 510J.
d 120 e 300J.
11. Com relação aos principais efeitos da FBM para o desempenho muscular e a
recuperação pós-exercício relatados até o momento, marque V (verdadeiro) ou
F (falso).
— Aumento do pico de torque ou força.
— Maior atividade de CK ou LDH medida na corrente sanguínea.
— Prevenção de danos musculares.
— Resistência à fadiga.
▼ Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. >> Resposta no final do capítulo
a V — V — V — F
b V — V — F — V
c V — F — V — V
d F — V — V — V
12. Com relação aos dispositivos emissores de luz para a FBM, assinale a alternativa
correta. >> Resposta no final do capítulo
a O campo magnético é considerado o principal dispositivo de influência na FBM.
b Os comprimentos de onda emitidos pelas fontes de luz e a combinação com outro
tipo de terapia são fatores relevantes na prescrição das doses de luz da FBM.
c As diferenças entre os dispositivos se limitam apenas à área de irradiação e à densidade
de energia.
d Na maioria dos estudos, é possível determinar se os efeitos de melhora no desempenho
muscular são em razão da FBM.
CASO CLÍNICO
Fisioterapeuta da seleção brasileira de atletismo vem acompanhando o
desempenho de corredores de 400 metros rasos. Em provas como essa,
segundos fazem a diferença na conquista de uma medalha. Atualmente, a FBM
vem sendo uma alternativa adjuvante na melhoria do desempenho de atletas.
13. Dessa forma, como se poderia utilizar tal estratégia para melhoria do
FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA
desempenho dos seus corredores? Elabore um protocolo de aplicação da
FBM, destacando o tipo de dispositivo. >> Resposta no final do capítulo
PROFISIO
> CONCLUSÃO
Embora existam resultados importantes já publicados, a literatura ainda necessita de
uma padronização dos parâmetros da FBM para o aumento de desempenho muscular e
recuperação muscular pós-exercício que funcione efetivamente em ambientes controlados,
como laboratórios de pesquisa, ou no mundo real (competições de diferentes modalidades
esportivas), diferentes tipos de exercícios (monoarticular, multiarticular, corpo inteiro), pessoas
com diferentes condições de treinamento (atletas, não atletas) e diferentes populações
(adultos, idosos ou pessoas com doenças degenerativas).
Atualmente, as recomendações que se tem na literatura atual parecem não ser capazes de
cobrir todas essas questões.
ATIVIDADE 1 // RESPOSTA: C
► Comentário: O LASER foi criado em 1960 pelo físico e engenheiro norte-americano
Theodore Maiman. Endre Mester, médico e professor na Universidade de Budapest (Hungria),
descobriu, em 1965, que a luz na faixa do espectro eletromagnético vermelho de baixa potência
e intensidade promovia uma rápida cicatrização de feridas e pele, regeneração de fibras
musculares. Por todos os seus feitos, Endre Mester é considerado o “pai da FBM”, mas ele não
criou o LASER. Os trabalhos sobre o uso da luz, na época chamado de fototerapia, renderam
à Niels Ryberg Finsen o Prêmio Nobel em Medicina ou Fisiologia em 1903, por demonstrar,
de forma científica, que a luz poderia ter efeitos bactericidas, bem como estimulantes, aos
tecidos biológicos.
ATIVIDADE 2 // RESPOSTA: A
► Comentário: A colimação é uma característica da radiação a LASER, na qual a luz se
apresenta paralela e com a mínima divergência a relativa distância.
ATIVIDADE 3 // RESPOSTA: A
► Comentário: A FBM utiliza como fontes de luz o LASER e o LED na faixa espectral do
vermelho e infravermelho (600 a 1.000nm). É uma terapia não térmica e não ionizante e de
baixa potência.
ATIVIDADE 4 // RESPOSTA: A
► Comentário: Colimação e coerência são propriedades que diferem as luzes de LASER e
LED. Tais parâmetros parecem não produzir efeitos significativos sobre a modulação dos
tecidos biológicos. No entanto, parâmetros como comprimento de onda, energia, densidade
de energia, potência, densidade de potência, tempo e momento de aplicação são essenciais
para o sucesso da terapia.
ATIVIDADE 5 // RESPOSTA: D
► Comentário: O principal cromóforo reportado na literatura tem sido a enzima citocromo c
oxidase, presente dentro da cadeia de transporte de elétrons (CTE) das mitocôndrias. O uso
da FBM para o aumento do desempenho muscular e recuperação muscular pós-exercício é
dependente da estimulação da atividade mitocondrial reportada previamente, a qual ocorre
após a absorção da luz (fótons) pela enzima citocromo c oxidase. Assim, os aumentos
significativos nos níveis de energia (ATP) muscular é a hipótese mais popular para explicar os
efeitos extraordinários que a FBM parece exercer sobre o tecido muscular, o qual é fortemente
dependente de ATP para realizar a contração.
FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA
e moleculares, como alguns cromóforos, moléculas sinalizadoras, alterações de fatores de
transcrição celular e ativação de algumas moléculas efetoras.
ATIVIDADE 7 // RESPOSTA: A
► Comentário: Para que a FBM promova seus efeitos sobre os tecidos biológicos, sobretudo
o tecido muscular humano, a luz deve atravessar as camadas mais superficiais da pele, até
alcançar o seu alvo. Dessa maneira, as propriedades óticas dos diferentes tecidos corporais
devem ser levadas em consideração, porque a composição corporal do indivíduo, incluindo a
pele (quantidade de melanina) e o tecido adiposo, influenciarão na penetração, no espalhamento
e na absorção da luz da FBM pelos tecidos biológicos, seguindo a lei de Lambert-Beer.
ATIVIDADE 8 // RESPOSTA: B
PROFISIO
► Comentário: A FBM tem demonstrado um aumento da atividade da enzima citocromo c
oxidase (complexo IV da cadeia transportadora de elétrons), a qual é considerada um dos
principais cromóforos biológicos.
ATIVIDADE 9 // RESPOSTA: A 6
► Comentário: As duas afirmações são corretas, e a segunda explica a primeira. A dose 2
de luz aplicada (J ou J/cm2) específica para pequenos e grandes grupamentos musculares
é reportada por diversos ensaios clínicos randomizados e reunidos em revisões prévias.
Grupamentos musculares com tamanhos diferentes, como bíceps braquial e quadríceps
femoral, possuem janelas terapêuticas diferentes.
ATIVIDADE 10 // RESPOSTA: D
► Comentário: Recentes revisões da literatura identificaram janelas terapêuticas com base
na energia (J) total aplicada sobre quadríceps femoral em exercícios agudos. Ferraresi e
colaboradores encontraram uma janela de 56 a 315J; Vanin e colaboradores encontraram uma
janela de 60 a 300J; e Leal-Junior e colaboradores encontraram uma janela de 120 a 300J.
ATIVIDADE 11 // RESPOSTA: C
► Comentário: Os principais efeitos da FBM para o desempenho muscular e a recuperação
pós-exercício relatados até o momento são resistência à fadiga (aumento do número de
repetições ou aumento do tempo de contração muscular até a exaustão); aumento do pico
de torque ou força (geralmente analisado por dinamômetro isocinético e testes de repetição
máxima); e prevenção de danos musculares (menos atividade de CK ou LDH medida na
corrente sanguínea), como relatado em revisões e metanálises prévias.
ATIVIDADE 13
► RESPOSTA: Dispositivos que irradiam grandes áreas corporais, como clusters de LEDs/
LASERs e mantas de LED. Como o exercício é multiarticular, a aplicação normalmente é
realizada em uma grande área de aplicação (quadríceps femoral, isquiotibiais e tríceps sural).
Por isso, é interessante a utilização de um cluster com vários diodos ou de uma “manta”.
Isso agiliza a aplicação da luz sobre o tecido muscular, por irradiar uma maior área, quando
comparado com um diodo único, evitando assim gasto desnecessário com tempo e entregando
uma quantidade de energia maior por aplicação. O uso do LED ou LASER parecem ter efeitos
similares para o estímulo dos tecidos biológicos, desde que a janela terapêutica relacionada
à dosimetria e ao tempo de irradiação sejam similares.
ATIVIDADE 14
► RESPOSTA: A quantidade de energia aplicada por grupamento muscular segue a
recomendação de dose disponível na literatura: 60 a 300J de energia total para grandes
grupamentos musculares; 20 a 80J para pequenos grupos musculares. Também deve-se
garantir que cada área irradiada tenha, pelo menos, 1J/cm2 (densidade de energia ou fluência).
Dessa maneira, é possível que a energia total aplicada seja maior que a recomendada quando
se utilizar dispositivos de irradiação de grandes áreas, como mantas de 60 cm2 ou mais.
Nesse exemplo, uma manta de 600cm2, e respeitando a densidade de energia de 1 J/cm2,
tem a energia total de 600 Joules.
ATIVIDADE 15
► RESPOSTA: Aplicação pré-condicionamento. A aplicação realizada 3 a 6 horas antes do
exercício tem sido sugerida como momento ideal quando se busca melhoria de desempenho
imediato.
FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA
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