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Laserpuntura.

Conteudista: Prof.ª Esp. Erica Maria Elisabeth Flos


Revisão Textual: Thalia Feitosa Monteiro

Objetivo da Unidade:

Conhecer e aplicar as principais evidências da técnica da laserpuntura para cuidados da


saúde.

ʪ Contextualização

ʪ Material Teórico

ʪ Material Complementar

ʪ Referências
1/4

ʪ Contextualização

Você sabia que o laserpuntura pode substituir a acupuntura nos tratamentos em MTC?

As técnicas da medicina chinesa foram desenvolvidas há mais de 3 mil anos com o objetivo de promover o
equilíbrio energético do corpo humano. Lá nos povos ancestrais, os recursos eram a agulha, a moxabustão,
as sementes, não tinha tanta tecnologia com temos hoje, não é mesmo? Mas, com o avanço tecnológico em
saúde podemos também inovar na área da acupuntura, aperfeiçoando-a e tornando-a um recurso
terapêutico não invasivas. A laserpuntura é a união de duas técnicas: acupuntura e laserterapia utilizando a
emissão estimulada de fótons em acupontos visando atingir a a biomodulação, bioinibição, bioestimulação
analgesia e anti-inflamação.

Vídeo
Para iniciar nosso, estudo convidamos você a assistir um vídeo: Laser para substituir a
agulha, vale a pena?

 Atenção, estudante! Aqui, reforçamos o acesso ao conteúdo online para que você assista ao vídeo.
Será muito importante para o entendimento do conteúdo.
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ʪ Material Teórico

Fotobiomodulação

Aspectos Históricos
A aplicação da luz como tratamento foto-terapêutico é bastante antiga. Em 1903, Finsen recebeu o Prêmio
Nobel pelo avanço no “Tratamento do Lupus Vulgar utilizando fonte de luz ultravioleta”. Por essa razão,
alguns autores como Aggerbo em 1960. consideraram Finsen como pai da Fotomedicina moderna. Einstein
postulou as bases teóricas sobre a manipulação controlada de ondas de luz, e publicou suas ideias em
1917. Esta teoria foi verificada por Landberg em 1928, mas somente entre 1933 e 1934 Townes e Weber
falaram pela primeira vez em amplificação de micro-ondas. Nessa mesma época houve um grande avanço
no desenvolvimento de fibras ópticas e material óptico de uma maneira geral. A teoria da amplificação
através da emissão estimulada foi patenteada em 1951 por Fabrikant (um físico russo) e sua equipe, mas
permaneceram sem publicá-la até 1959 e por isso não pôde influenciar os trabalhos que se desenvolviam
nos Estados Unidos (ALMEIDA-LOPES, 2010).
Figura 1 – Albert Einstein postulou as bases teóricas sobre a manipulação
controlada de ondas de luz, em 1917
Fonte: interesnyefakty.org
O primeiro aparelho em que se usou a emissão estimulada de radiação foi chamado de MASER (outro
acrônimo inglês formado a partir de Microwave Amplification by Stimulated Emission of Radiation),
construído por Townes em 1952. Weber propôs no mesmo ano à amplificação do MASER (dispositivo
amplificador de micro-ondas), e essa teoria foi publicada por ele em 1953. Em 1954, Basov e Prokhorov
desenvolveram emissores de micro-ondas que acabaram sendo utilizados com finalidade diagnóstica. Em
1958 Schawlow e Townes publicaram princípios da amplificação de micro-ondas por emissão estimulada de
radiação, e foi então quando se falou pela primeira vez de luz monocromática e coerente (ALMEIDA-LOPES,
2010).

Figura 2 – Nikolay Gennadiyevich Basov e Aleksandr Mikhailovich Prokhorov


desenvolveram emissores de microondas em 1954
Fonte: Reprodução
O primeiro laser da história foi construído por um físico americano, Theodore Maiman, nos Estados Unidos
(MAIMAN, 1960), e apresentado em 16 de maio de 1960. Este primeiro laser era um laser de estado sólido
pulsado e foi desenvolvido a partir de um cristal cilíndrico de rubi com as duas superfícies cobertas por um
coating a base de prata, bombeado por uma lâmpada de flash, com emissão na região espectral do
vermelho, operando em 694,3 nm. Foi desenvolvido no Hugles Aircraft Research Laboratory em Malibu, e
nessa data apresentada à imprensa. Em 1961 Gould obteve a patente de aplicação, feito que deu lugar a
uma grande confusão à cerca de quem foi seu inventor. Ele publicou as indicações biomédicas da luz laser
de alta densidade de energia. A primeira aplicação foi realizada no campo da Oftalmologia e foi onde se
observou a primeira complicação clínica: em 1962 Dulberger publicou um trabalho sobre lesões retinais
produzidas pela focalização da luz e com consequente perda de visão. Em 1961 foi fundado por Leon
Goldman, na Universidade de Cincinnati, o primeiro laboratório de laser para aplicações médicas, onde as
primeiras experiências em animais foram realizadas (ALMEIDA-LOPES, 2010).

Saiba Mais
Um fato curioso é que um acidente de manipulação deu início a utilização do laser para
tratamentos com finalidades cirúrgicas. Um técnico de laboratório, ao manipular de maneira
inadequada um equipamento laser, irradiou seu olho e teve sua retina queimada, devido a
colimação deste raio através da lente (cristalino). Em 1962, Patel desenvolveu um laser
que posteriormente seria usado exclusivamente com finalidade terapêutica, um hélio-neônio
(He-Ne) com comprimento de onda de 632,8 nm. Na antiga União Soviética, diferentes
cientistas trabalhavam simultaneamente no desenvolvimento do laser. Basov e Prokhorov
fizeram grandes progressos nessa tecnologia e junto com Townes ganharam o Prêmio Nobel
de 1964.
Em 1966, as primeiras aplicações clínicas com laser operando em baixa potência foram relatadas por Endre
Mester de Budapeste, Hungria, que apresentou os primeiros relatos de casos clínicos sobre
“Bioestimulação com Laser de úlceras crônicas de membros inferiores usando laser de rubi e de argônio”,
tendo publicado seus primeiros artigos em 1966. Ele produziu um grande volume de trabalhos científicos,
clínicos e experimentais, tendo o laser de He-Ne como tema central.

Saiba Mais
Os laseres terapêuticos mais utilizados nas décadas de 70 e
80 foram os de He-Ne, com emissão na região do vermelho.

Nesta região do espectro eletromagnético, a radiação laser apresenta pequena penetração nos tecidos
biológicos, o que limitava a sua utilização. Para a aplicação desse tipo de laser em lesões mais profundas,
era necessária uma fibra óptica para guiar a radiação para o interior do corpo do paciente, limitando e
contraindicando muitas vezes esse tipo de terapia. Outra limitação dos laseres de He-Ne era sua grande
dimensão e o fato de seu meio ativo estar contido por ampolas de vidro que poderiam romper-se facilmente,
além do gás hélio permear rapidamente a parede da ampola, reduzindo drasticamente o tempo de vida
destes aparelhos (ALMEIDA-LOPES, 1999).

Em 1973, seguindo a mesma linha de Mester, Heinrich Plogg de Fort Coulombe, Canadá, apresentou um
trabalho sobre “O uso do laser em acupuntura sem agulhas”, para atenuação de dores. A partir do final
dessa década começaram a ser desenvolvidos diodos laser semicondutores comerciais, dando origem ao
primeiro diodo operando na região do infravermelho próximo, emitindo em 904 nm, constituído de um cristal
de arseneto de gálio (AsGa). As vantagens dele sobre o He-Ne é que, além da menor dimensão, apresenta
maior penetração no tecido biológico. Outra vantagem é que este dispositivo pode operar de forma contínua
ou pulsada, enquanto o He-Ne só opera em modo contínuo (ALMEIDA-LOPES, 1999).

Importante!
O efeito da fotobioestimulação com laser pulsado foi tema de diferentes trabalhos, sendo
que MORRONE et al., em 1998, demonstraram que para aplicações in vivo a radiação
contínua apresenta melhores resultados que a radiação pulsada.

Em 1981, apareceu pela primeira vez o relato da aplicação clínica de um diodo laser de AsGaAl, publicado
por Glen Calderhead, do Japão, que comparava a atenuação de dor promovida por um diodo laser e o laser
de Nd:YAG, (cristal de YAG dopado com Neodímio), operando em 1064 nm. No mesmo ano, se concedeu o
Prêmio Nobel a Schawlow, Bloemberger e Siegmahn, por seus estudos em espectroscopia aplicada a
tecnologia laser. A partir dos anos 90, diferentes dopantes foram introduzidos na tecnologia para obtenção
de diodos laser gerando uma larga faixa de comprimentos de onda. Com estes dispositivos hoje se podem
ter aparelhos pequenos, de fácil transporte e manuseio, com alta durabilidade e baixa frequência de
manutenção, além de baixo custo.

Dentre os tipos de laser disponíveis: O laser de diodo - ou laser semicondutores - ganham cada vez mais
eficiência, confiabilidade e espaço nos mais diversos mercados.

Na área de saúde, têm grande penetração pela possibilidade dos equipamentos com esse meio ativo serem
de dimensões reduzidas, leves, estáveis, portáteis, com longos tempos de vida de emissão, custos-
benefícios extremamente atraentes e por isso mesmo, com crescente aplicação em diversas áreas. Os
diodos ganham, a cada ano, cada vez mais potência e brilho – propriedade associada à qualidade do feixe –
e ampliam os comprimentos de onda de emissão. Juntos, estes avanços, aliados à diminuição de seu
tamanho e de seus custos, são responsáveis pelo crescente aumento de suas aplicações nos mais
distintos mercados de laser e aplicações. Isso não é diferente na área da saúde, na qual a tecnologia é
utilizada para diagnóstico, terapia e atualmente, devido a todas essas grandes vantagens, cada vez mais
como ferramenta cirúrgica, por ser, além de tudo, muito mais precisa e menos invasiva do que as opções
tradicionais (ALMEIDA-LOPES, 1999).

Leitura
Saiba mais sobre a história da laserterapia, acessando o link abaixo.

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ACESSE

Fundamentos
A luz pode ser descrita como uma emissão eletromagnética, e como tal, tem algumas características que a
identificam plenamente. Essas emissões são conhecidas, genericamente, por radiações ou ondas
eletromagnéticas, e estão contidas em uma grande banda ou faixa, que está subdividida de acordo com
algumas características físicas peculiares (NUPEN, 2016).

Palavras da autora: Existem as que não podemos ver, tais como as ondas de rádio AM e FM, e existem
aquelas que podemos ver, tais como as luminosas, compostas por fótons, tais como a luz emitida pelas
lâmpadas dos lustres das casas.
As emissões estão organizadas segundo o que se chama de “Espectro de Radiações Eletromagnéticas”,
baseado em uma característica particular: o comprimento de onda. Esse espectro é composto por radiações
infravermelhas, radiações visíveis, radiações ultravioletas, radiações ionizantes (raios x e raios gama), além
de outros tipos de radiação que não dizem respeito a este trabalho.

Figura 3 – Radiação eletromagnética


Fonte: Reprodução

Saiba Mais
O laser utilizado para tratamento médico, odontológico e veterinário (aquilo que chamamos
de “Ciências da Vida”) emitem radiações que estão situadas na faixa das radiações visíveis,
infravermelhas e ultravioleta e não são ionizantes.

Observe a Figura 4 para podermos identificar em que parte do espectro está classificada uma determinada
radiação, precisamos conhecer seu comprimento de onda, que nada mais é do que a distância medida entre
dois picos consecutivos de uma trajetória ondulatória (em forma onda). A unidade utilizada para expressar;

grandeza é uma fração do metro, normalmente o nanômetro, que é equivalente a 0,000000001 m (ou 10-9).

Saiba Mais
O termo laser é um acrômio da língua inglesa “light amplification by stimulated
emission of radiation”, ou seja, “amplificação da luz por emissão estimulada de
radiação”. O raio Laser é resultante da energia luminosa concentrada e transformada em
um único raio. O laser é uma fonte de luz natural gerada a partir da energia interna dos
átomos. São fontes de radiação eletromagnética ou luz que possuem algumas
características especiais que as diferem de outras fontes de luz, como uma lâmpada
incandescente.
Quais são os Tipos de Laser e qual o Comprimento de Onda pode ser Utilizado para
Tratamentos na Saúde?
Existem vários tipos de laser com diferentes comprimentos de onda e frequência cujo meio ativo pode ser
sólido, líquido ou gasoso, captados pela visão humana ou invisíveis, definindo a faixa espectral O
Laser pode ser classificado em duas categorias:

Lasers de alta potência ou cirúrgicos: apresenta efeitos térmicos com propriedades de corte,
vaporização e hemostasia;

Lasers de baixa potência/intensidade (LBI) ou terapêuticos: com propriedades analgésicas, anti-


inflamatórias e de bioestimulação; incluem-se nesta última categoria o laser de hélio-neônio
(HeNe), cujo comprimento de onda e 632,8nm, ou seja, na faixa de luz visível (luz vermelha); o
laser de arseneto de gálio e alumínio (Ga-As-Al) ou laser de diodo, cujo comprimento de onda
se situa fora do espectro de luz visível (luz infravermelha), sendo, aproximadamente, 780-
900nm, e o laser combinado de hélio-neônio diodo.

A radiação a laser difere da luz comum nos seguintes aspectos: A luz produzida por um laser potente tem
três propriedades únicas:

Monocromática: um único comprimento de onda;

Coerente: ondas estão em fase;

Colimação: ondas em paralelo.

Saiba Mais
Quando a radiação a laser interage com a matéria os efeitos são os mesmos de qualquer
outra radiação eletromagnética – ocorre reflexão, refração e absorção. Porém, a extensão
em que isto ocorre, vai depender da densidade da natureza e densidade da matéria, ou seja,
a radiação a laser passará inalterada através do espaço e será ligeiramente alterada no ar
(pelo menos para radiação visível), mas é marcadamente alterada em um material mais
denso, tais como os tecidos.

No tecido biológico, a coerência será perdida em frações de milímetros, assim o feixe não será mais
coerente, mas ainda continuará a ser monocromático, ou seja, continuará tendo uma frequência precisa.
Diferentes comprimentos de onda do laser têm diferentes profundidades de penetração em tecido humano.
Laser vermelho tem uma penetração mais profunda que o violeta, azul. Infravermelho não são visíveis, mas
tem sido demonstrado que penetra o tecido humano mais profundamente do que a luz vermelha visível.

Observe a Figura:
Figura 4 – Penetração da luz do laser nos tecidos cutâneos
Fonte: Adaptada de Getty Images

Outros parâmetros técnicos são potência de saída, densidade de potência, densidade de energia, intervalo
da dose, contínuo ou pulsado.

Efeitos da radiação a laser nos tecidos - como toda radiação, o laser pode:
Ser refletido para a superfície;

Penetrar nos tecidos na proporção que depende: comprimento de onda, natureza da superfície
tecidual, ângulo de incidência. Nos tecidos, a radiação a laser é difundida, dispersada e
disseminada pela:

Divergência;

Reflexão;

Refração e ainda mais atenuada pela absorção.

A profundidade de penetração da radiação vermelha visível e infravermelha curta é de apenas poucos


milímetros, 1-2 mm para laser He-Ne (luz vermelha) e 2-4 mm para laser de AsGaAl (laser IV) de 780-900nm
em tecidos moles.

Absorção nos Tecidos


A passagem de luz através da pele é complexa. A maior parte está se espalhando por volta da derme
através da epiderme, enquanto a derme é grossa. A derme é, então, pontuada por absorver luz dos vasos
sanguíneos e folículos pilosos. O padrão de absorção da luz relaciona-se à melanina e hemoglobinas com a
derme. As propriedades óticas da derme são bem diferentes daquelas da epiderme, basicamente por causa
da grande proporção de fibras colágenas que predomina na matriz extracelular do tecido conjuntivo. O
colágeno espalha fortemente a luz.

Qual a Consequência da Passagem da Luz pela Pele?


A consequência é que o comprimento de onda mais longo, a luz penetra mais dentro da derme do que o
curto, o máximo acontece próximo dos 1.200nm. A maior parte das macromoléculas biológicas e tecidos
estruturais absorvem fortemente a radiação visível e infravermelha. Como isso, a profundidade de
penetração, é pequena. Algumas moléculas absorvem muito bem: a hemoglobina e a melanina são
exemplos. A radiação infravermelha é fortemente absorvida pela água, que predomina em todos os tecidos e
está muitas vezes presente na superfície da pele como o suor. Um cenário mais provável, baseado em
mecanismos bioquímicos/fisiológicos conhecidos, é que a resposta é de amplo espectro no caso em que o
comprimento de onda preciso é menos importante do que a energia total fornecida por uma gama de
comprimento de ondas.

Evidências científicas mostram que a radiação benéfica não necessita de um comprimento de onda preciso
dos lasers. É verdade que os efeitos biológicos são estimulados até certa frequência ótima, mas
frequências variadas também são efetivas.

Leitura
Saiba mais sobre os Efeitos da laserterapia de baixa potência na cicatrização de feridas
cutâneas.

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ACESSE

Para a produção de um laser, são necessárias algumas condições especiais:

“Meio Ativo”, composto por substâncias (gasosas, líquidas, sólidas ou ainda por suas
associações) que geram luz quando excitadas por uma fonte de energia externa. Esse
processo de excitação é denominado de Bombeamento e sua função é transformar o meio
ativo em meio amplificador de radiação, já que promove nesta, o fenômeno denominado
Inversão de População, ou seja, os elétrons da camada de valência do meio absorvem a
energia bombeada e saltam para um nível de energia mais externo.
“Estado metaestável, ou seja, estar mais distante da influência do núcleo, seu nível de energia
é maior. Chamamos essa situação de estado metaestável. Quando o primeiro elétron decai,
retornando ao nível com menor energia (energia original), ocorre a liberação de um “pacotinho”
de energia altamente concentrado, ao qual chamamos fóton. Esse fóton acaba por excitar o
decaimento dos demais átomos que já estavam no estado excitado (metaestável). Isso gera
um processo em cascata e com crescimento em progressão geométrica, que resulta na
emissão estimulada de radiação.

O meio ativo deve estar contido em reservatório denominado Cavidade Ressonante. Nas
extremidades internas dessa cavidade devem existir espelhos, sendo um deles de reflexão
total e outro de reflexão parcial. Isso assegurará que esse sistema composto por reação
óptica e meio ativo seja a sede de uma oscilação laser. Como a cavidade do laser é composta
por espelhos em suas extremidades, essa radiação é amplificada, ou seja, os fótons emitidos
por estimulação entram em fase (todos os fótons assumem uma mesma direção) e permitem
que ocorra um incremento a cada “viagem” (reflexões múltiplas) completada dentro da
cavidade.

Saiba Mais
Existem muitos tipos de laser, porém, o princípio básico para se produzir um feixe de laser
é o mesmo para todos eles, quer seja um laser cirúrgico, terapêutico ou de diagnóstico.

Como Podemos Realizar a Identificação do Laser?


Para a identificação do laser, precisamos conhecer sua fonte geradora (caracterizada pelo meio-ativo que
vai gerar a luz laser) e sua intensidade (caracterizada pela densidade de potência óptica produzida ou
energia gerada do laser). Do mesmo modo que as lâmpadas residências são identificadas pelas potências,
normalmente expressa em Watts, também utilizamos esta unidade (ou uma fração dela), para identificar a
potência do laser (1mW = miliWatt = 0,001W). A última característica relevante do laser é referente ao seu
regime de funcionamento, isto é, existem aqueles que quando acionados, permanecem ligados
continuamente até serem desligados (laser contínuos, CW) e existem outros tipos que funcionam de forma
pulsada ou chaveada, ou seja, estão parte do tempo ligados e parte do tempo desligados. A maioria dos
lasers terapêuticos opera de modo contínuo.

Conceito de Irradiância, Fluência e Energia Depositada


Segundo Fukuda (2008), a laserterapia de baixa potência vem sendo cada vez mais utilizada e muitos
terapeutas e pesquisadores têm-se baseado na definição da dose do laser pela densidade energética (ΔE);
porém, a grande variedade de equipamentos de laser pode levar a diferença nos resultados terapêuticos
encontrados, por fornecerem parâmetros que variam de acordo com o fabricante. Você pode saber mais
sobre isso, lendo o artigo abaixo.

Leitura
Saiba mais sobre análise da dose do laser de baixa potência em equipamentos nacionais,
acessando o link abaixo.

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ACESSE

Irradiância
É o termo que os fotobiologistas usam como sinônimo para densidade de potência (DP), que é definida
como sendo a potência óptica útil do laser, expressa em Watts (W), dividida pela área irradiada, expressa
em centímetros quadrados (cm²). É através do controle da irradiância que o cirurgião pode cortar, vaporizar,
coagular ou “soldar” o tecido, quando da utilização de laser cirúrgicos.

A densidade de potência apropriada pode também gerar fotoativação a partir de um laser de baixa
intensidade de energia (laser terapêutico). Fluência é o termo utilizado para descrever a taxa de energia que
está sendo aplicada no tecido biológico. Ao multiplicarmos a irradiância (expressa em Watts por centímetro
quadrado ou W/cm²), pelo tempo de exposição (expresso em segundos) obteremos a fluência ou densidade
de energia, ou ainda dose de energia (DE) expressa em Joules por centímetro quadrado (J/cm²).

Energia (Dose)
É uma grandeza física que, no caso da laserterapia, representa a quantidade de luz laser que está sendo
depositada no tecido, e é definida multiplicando-se a potência óptica útil do aparelho laser (expressa em
Watts) pelo tempo de exposição (expresso em segundos). O resultado obtido tem como representação a
unidade Joule (J).

J/cm2 refere a quantidade de energia depositada em uma determinada área.

Lei de Arndt-Schulz: “Pouca energia estimula, muita energia suprime”;

Baixas quantidades de energia (menos de 4 J) estimulam (tonificam na MTC). Por exemplo:


aumentam a regeneração dos tecidos;

Altas quantidades de energia (mais de 4 J) inibem (sedam/dispersam na MTC). Por exemplo:


Estabilizam fibras C não mielinizadas de dor lenta e Fibras A delta pouco mielinizadas de dores
mais rápidas.

Quadro 1

Estímulo Dose
Estímulo Dose

Tonificação Até 3 Joules

Sedação / Dispersão 5 a 8 Joules

Harmonização 4 Joules

Cálculo da Energia: Energia (Joules) = Potência (Watts) x Tempo (s) ou Tempo = E(J)/ Potência
(Watts);

Cálculo da densidade de Energia: Densidade de Energia (J/cm2) = Potência (W) x Tempo (s) /
Tempo (s) / área (cm2) do ponto.

Potência
Nos dispositivos de baixa potência a métrica é dada em mW (mili Watts). Conhecer a potência é
determinante para saber o TEMPO de aplicação da dose de energia (J).

Potência (W) = Energia (J) / Tempo (s);

Aplicação em Onda Contínua (CW) tempo = x;

Aplicação em Onda Pulsada tempo = 2x.

Considerando que na fórmula a potência é dada em Watts, deve-se dividir a potência da caneta por 1000
para converter o valor e aplicar a forma corretamente.
Comprimento de Onda
O comprimento de onda é uma característica extremamente importante, pois é quem define a profundidade
de penetração no tecido alvo. Diferentes comprimentos de onda apresentam diferentes coeficientes de
absorção para um mesmo tecido. Jacques, em 1995, resumiu os diferentes coeficientes de absorção para
diferentes cromóforos em função do comprimento de onda (cromóforos são aglomerados moleculares
capazes de absorver luz). Como podemos observar, as radiações emitidas na região do ultravioleta e na
região do infravermelho médio apresentam alto coeficiente de absorção pela pele, fazendo com que a
radiação seja absorvida na superfície, enquanto na região no infravermelho próximo (820 nm e 840 nm)
constata-se baixo coeficiente de absorção, implicando em máxima penetração no tecido (Karu, 1985,1987).
Os tecidos são heterogêneos do ponto de vista óptico e, portanto, absorvem e refletem energia de maneira
distinta.

Importante!
A importância de a absorção acontecer de maneira diferenciada, segundo o tipo de tecido no
qual a energia é depositada, está no fato de que, dependendo comprimento de onda, esse
tecido absorve energia mais superficialmente ou permite que a luz o atravesse, agindo na
intimidade tecidual (geralmente a membrana celular). A isso denominamos “seletividade”
do laser.

Somente o processo de absorção será considerado, pois a luz, ao penetrar nos tecidos sofre um processo
chamado scattering ou espalhamento, sendo então, absorvida pelas células e convertida em efeitos
biológicos. Quando um raio de luz incide sobre uma superfície, a porcentagem de luz que será refletida
dependerá do ângulo de incidência desse raio. Quanto menor for o ângulo formado entre o raio incidente e a
superfície irradiada, maior será a reflexão desse raio, e, portanto, teremos menor absorção de energia por
parte do tecido. Daí a importância de aplicarmos o laser com o condutor de luz posicionado sempre de
maneira perpendicular ao tecido, evitando assim a reflexão e maximizando a absorção do laser.

A reflexão dependerá ainda das características ópticas do tecido, uma vez que estes são heterogêneos
desse ponto de vista, já que cada tecido absorve e reflete a luz de maneira distinta. Tecidos com queratina,
como a pele, por exemplo, refletem mais a luz laser do que tecidos sem queratina como as mucosas. O que
buscamos no tratamento absorção do laser pelo tecido, pois a luz Iaser só atuará se for absorvida e,
consequentemente, convertida em efeitos. Quanto maior o comprimento de onda, mais profunda a
penetração da luz.

Agora que você já conheceu a história e o fundamento da laserterapia, vamos entrar na prática: Você sabe como pode
usar o laser?

Usando o Laser
As pessoas que estiverem no ambiente de aplicação devem utilizar óculos de proteção específicos. Caso
não tenha óculos suficientes para terapeuta, auxiliar e paciente: deve-se umedecer um pedaço de algodão
com água e proteger os olhos do paciente.

Para você organizar sua sessão de laser é importante a preparação, ou seja:

Informe o paciente sobre a eficácia, segurança e possíveis adversos;

Limpe a pele com álcool 70%, melhora em até 20% a absorção da luz;

Comece com baixas doses e potência;


Não inicie com altas doses e períodos longos pois pode gerar “acomodação” nas células,
retardando ou bloqueando o andamento da cura.

O objetivo é carregar ou encher as células de fótons.

Se a dose for excessiva o paciente poderá relatar:

Agravo dos sintomas,

Espasmos musculares,

Fadiga,

Náusea,

Cafeléias.

Importante!
Peça ao paciente que relate qualquer sintoma durante a
aplicação.
Vejamos um modelo de caneta e suas posições:

Figura 5 – Caneta Recover MMO, na função Laser Vermelho e ponta curta


Fonte: Acervo da Conteudista

Figura 6 – Caneta Recover MMO, na função Laser Infravermelho e ponta


longa
Fonte: Acervo da Conteudista
Figura 7 – Posição da ponta do equipamento em relação a pele
Fonte: Reprodução

Cuidados com a coloração da pele:

Cuidados com tatuagens;

Marcas de nascença;

Alterações da pigmentação da pele;

Outras possíveis alterações de melanina.

Contra-Indicações da laserterapia:

Pacientes com marcapasso (relativa);

Epilepsia (relativa);

Epífises;

B1(JingMing) – olhos/retina;
Histórico de fotossensibilidade;

Não irradiar sobre glândulas: tireoide, endócrinas e testículos;

Após uso de peeling químico;

Medicamentos que geram fotossensibilidade como antibiótico a base de tetraciclina,


isotretinoína, erva de São João e outros;

Câncer (na região) – requer treinamento específico;

Glaucoma;

Gravidez – região do abdômen.

Agora, vejamos como você irá aplicar este vasto conhecimento da laserterapia na MTC. Lembre-se a
laserpuntura é uma técnica que une os conhecimentos da laserterapia com a acupuntura, por isso fez-se
necessário esta contextualização inicial sobre a técnica!

Laserpuntura
A aplicação de Laser em Medicina Tradicional Chinesa possui base na substituição das tradicionais
agulhas usadas em Acupuntura e do estímulo térmico da Moxa em quadros clínicos em que é indicada. Tal
opção teve lugar primeiramente na França e na Espanha, onde seus pioneiros optaram por seu emprego, em
razão direta da maior segurança e de melhores resultados clínicos, evitando expor o paciente aos riscos da
Acupuntura Tradicional, à qual ainda hoje alguns pacientes se mostram refratários.

A laserpuntura (Ji Guãng Fã) consiste na utilização da emissão estimulada de fótons procedentes da luz
que se produz em um dispositivo Laser para produzir um estímulo energético sobre os pontos de Acupuntura
com o objetivo de alcançar a biomodulação, bioestimulação, ou bioinibição em nível celular, a fim de
restabelecer o equilíbrio que deve existir entre Yin e Yang, entre Qi e Xue, desobstruir os canais e possibilitar
a livre circulação de Qi e Xue por todo o Organismo e, desta forma, obter uma resposta terapêutica
(FORNAZIERI, 2011).
Classifica-se a laserpuntura dentro da Medicina Tradicional Chinesa como um procedimento não invasivo de
terapêutica externa, sendo considerada modalidade avançada. É utilizada para irradiar tanto os pontos
corporais quanto os pontos auriculares e os demais microssistemas.

Tem como principais vantagens:

Ser totalmente indolor;

De fácil aplicação;

Aplicação em pontos de localização complexa;

Não oferece risco a derme ou epiderme;

É possível sua utilização em pacientes com doenças mentais, agitados, e em crianças, alto
poder analgésico e anti-inflamatório.

Saiba Mais
A terapia a Laser em acupuntura utiliza equipamentos com comprimento de onda do
espectro visível e infravermelho. Os equipamentos Laser com comprimento de onda entre
620 a 760 nM (vermelhos), são de utilizados para tratamento dos padrões de desequilíbrio
por Frio, no microssistema da orelha e na mão. Os equipamentos com comprimento de onda
entre 620 e 1.050 nM (infravermelhos) são indicados para tratamentos dos Padrões de
Desequilíbrio por Calor. Os equipamentos que trabalham em regime de onda contínua são
empregados com eficácia para um efeito dispersante.
Na laserpuntura usam-se basicamente dois tipos de Laser; Laser Hélio-Neônio (He-Ne), e Laser Arsenieto
de Gálio (As-Ga), onde apresentam as características de Baixa Intensidade (normalmente 5 mW de
potência), classificado como Soft Laser, da Classe III a. Não se deseja aplicação de potência (joules/cm²) e
sim excitação dos pontos de Acupuntura por frequência luminosa, através da estimulação.

Saiba Mais
Tonificação: São utilizadas as frequências de 1 a 10 Hz, para se obter os efeitos de
Tonificação, que pode ser feito com o recurso que normalmente existe nos aparelhos que é
Pulsar Intermitente da Emissão de Laser. A intermitência do sinal de Radiação faz com que
haja a Tonificação da energia do Canal escolhido.

Sedação: Frequência acima de 40 Hz, para se obter os efeitos de Sedação. Pode ser feita
com aplicação Contínua da Radiação Laser sobre o ponto escolhido.

Importante!
Todo tratamento eleito para ser realizado com laserpuntura deve se basear sempre no
conhecimento transmitido pela Medicina Tradicional Chinesa ao determinar o diagnóstico
mais abrangente e eficiente possível dentro dos sinais e sintomas apresentados pelos
pacientes.

Pesquisadores têm publicado relatos de sucesso ao utilizar técnicas da Medicina Tradicional Chinesa, em
tratamento de Feridas, e uma das técnicas que vem sendo utilizadas é a laserpuntura.

Saiba Mais
Estudos realizados demonstraram que a estimulação de um acuponto induz estímulos sobre
determinadas áreas no cérebro, ocasionando respostas como analgesia, vasodilatação, e
ativação do sistema imunológico (CUNHA, 2007).

Cunha (2007) cita em sua pesquisa estudos que demonstram que a Acupuntura pode induzir aumento do
fluxo sanguíneo muscular e do fluxo sanguíneo da pele, sendo que a indução do aumento do fluxo sanguíneo
muscular a partir da estimulação de pontos de Acupuntura se deve à ativação de nociceptores, relata ainda,
a estimulação profunda do músculo resultou em um aumento maior do fluxo de sangue na pele e do fluxo do
sangue no músculo, quando comparado a inserção subcutânea. A utilização do Laser em pontos de
Acupuntura apresenta a possibilidade de padronização da profundidade do estímulo, em função do
comprimento de onda e da estrutura do tecido permitindo a indução do aumento do fluxo sanguíneo
muscular da pele de forma mais regular do que com a utilização de agulhas. Ele vem sendo utilizado para
estimular pontos de Acupuntura desde 1970, primeiramente nas crianças e nos adultos que tinham algum
receio a agulhas.

A eficácia do Laser depende de três fatores:

Comprimento da onda;

Densidade de energia;

Local das aplicações.

Vejamos alguns exemplos de estudos de casos descritos na literatura:

Cunha (2017) descreve que os pacientes que apresentavam insuficiência arterial periférica dos Membros
Inferiores, com alto risco de desenvolver úlcera, em virtude da má vascularização, foi utilizado o Laser de
Baixa Intensidade para estimulação de pontos específicos de Acupuntura para que aumentasse a pressão
arterial periférica dos membros inferiores, e consequentemente, melhorar a vascularização.

Os pontos utilizados foram:

F2 (Fígado) Xingjian: que tem como função energética harmonizar o Qi Xue (Sangue), dissipar
o Yang Excessivo do Fígado e o Calor do Xue, fortalecer o Qi Xue, faz circular o Qi Estagnante,
acalma o Shen (Mente), dissipar a Umidade-Calor;

E41 (Estômago) Jiexi: harmoniza as funções energéticas do Wei (Estomago), fortalece o Pi Qi


(Baço-Pâncreas), acalma o Shen, tonifica o Qi dos tendões e músculos, dispersa a Umidade e
o Vento, e faz a limpeza do Calor Wei (Estômago);

B25 (Bexiga) Dachangshu: aumenta o Qi da nutrição, drena Umidade-Frio;

B40 (Bexiga) Weizhong: relaxa os músculos, remove a obstrução dos vasos sanguíneos,
refresca o Calor do Xue, dispersa o Vento perverso;
B60 (Bexiga) Kunlun: fortalece o Shen Qi (Rins), relaxa tendões e músculos, harmoniza a
circulação de Qi e de Xue, nos canais de energia;

B61 (Bexiga) Pushen: harmoniza a circulação de Qi nos canais de energia, fortalece o Qi do


encéfalo, relaxa os músculos e tendões, melhora os quadros de fraqueza ou paralisia do
membro inferior, processo alérgico e parestesia na borda lateral do pé;

VB30 (Vesícula Biliar) Huantiao: fortalece a coluna vertebral da região lombar e os membros
inferiores, remove as obstruções de Qi dos canais de energia, relaxa tendões e músculos;

VB34 (Vesícula Biliar) Yanglincquan: promove a circulação Gan (Fígado) e do Dan (Vesícula
Biliar), ativa a circulação do Xue nos canais de energia, regulariza a mobilidade das
articulações, relaxa e fortalece tendões e músculos, fortalece os ossos e joelhos, dispersa o
Vento e a Umidade-Calor das articulações do membro inferior;

VB38 (Vesícula Biliar) Yangfu: Paralisia do nervo fibular comum, parestesia na face lateral da
perna, processo alérgico e paralisia das pernas.

VB40 (Vesícula Biliar) Qiuxu: harmoniza o Gan Qi (Fígado), do Dan (Vesícula Biliar) e do Xue
(sangue), faz circular o Gan Qi, dispersa o Qi perverso alojada na superfície e na profundidade,
dispersa a Umidade-Calor.

Site
Consulte a localização dos pontos no link abaixo.

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ACESSE
A radiação do laser no acuponto provoca um estímulo na microcirculação, provavelmente por sua ação
indireta, por meio de mediadores químicos, no esfíncter pré-capilar, produzindo abertura constante deste. A
vasodilatação capilar e a arteriolar aumentam o transporte e a oferta de nutrientes e oxigênio, eliminam os
catabólitos, melhora o trofismo local e a capacidade anti-inflamatória (CUNHA, 2007).

Leitura
Saiba mais sobre o estudo de Laserpuntura no Tratamento de Feridas de Cunha (2007).

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ACESSE

Acosta et al. (2002),realizou sua pesquisa em pacientes com politraumas com alto índice de morbidade,
sendo divididos em aqueles que ocorrem segundos ou minutos após o acidente e as lesões causam morte
precoce ou que ocorrem durante as primeiras horas, geralmente com lesão epidural resultado de
hematomas, hemopneumotórax, rompimento do baço e do fígado e, geralmente, associada a lesões
hemorrágicas graves, e aquelas que ocorrem dias ou semanas após a sepses e falência de múltiplos
órgãos gerando morte tardia e o seu estudo se nesses pacientes. Foram utilizados pacientes masculinos,
de 15 a 65 anos e a disposição dos feridos e seus familiares e algumas exclusões como: pacientes com
neoplasias, portadores de AIDS ou outras doenças do sistema imunológico e queimaduras.

Utilizou-se dos pontos:


E36 (Estômago) em ação sobre a imunidade, sobre o eixo hipotálamo-hipófise- adrenal, timo e
antitóxico;

Ren 4 (Guan Yuan) atua na formação de linfócitos, na imunidade;

IG 4 (He Gu) ação na imunidade, sobre o eixo hipotálamo-hipófise- adrenal, timo;

IG 11 (Qu Chi) atuando na imunidade.

Nesse estudo observou-se um aumento no número de leucócitos e plaquetas após 10 sessões quando
comparado aos valores do início da terapia. Saiba mais sobre o estudo de Acosta et al. (2002). A periodicidade
dos tratamentos em laserpuntura segue os mesmos critérios para acupuntura tradicional.

Em alguns casos agudos, pode-se tratar mais frequentemente. Casos crônicos: 2 a 3 vezes na semana, por
4 a 5 sessões, evoluindo para uma vez na semana, até que se resolva. Em casos muito crônicos, pode ser
necessário aumentar a periodicidade das sessões.

Observe outros exemplos de aplicação da laserpuntura!

Aplicações em Auriculoterapia

Protocolo para Tabagismo (NADA – National Association of Detox Acupuncture)

Pontos: ShenMen, Rim, Simpático, Fígado e Pulmão – no lado dominante;

Laser Vermelho – 1 a 3 J por ponto.

Protocolo de Traumas Emocionais


Pontos: ShenMen, Rim, Simpático, Ponto Zero, Fígado, Pulmão (melancolia), Baço
(pensamentos obsessivos) e Coração;

Laser Vermelho – 1 a 3 J por ponto.

Aplicações em Acupuntura Sistêmica

Protocolo para Obesidade

Pontos: BA3 + BA6 + BA9 + E40 + E36 +E28+ E25 + E21 + Yintang + PC6 +C7 + VG20;

Laser Infra Vermelho – 1 a 3 J por ponto.

Legenda:
(V) Laser Vermelho.
(IV) Laser InfraVermelho.

Sinusite - (IV) Sedar: F3, IG4, IG20, Yintang, B67, Bitong, VB14, ID18, BA6 e VG14, também nos
seios nasais e maxilares.

Acne - (IV) Tonificar: BA6, IG1, IG4, IG11, VG14, E4, E6, E7. (V) Sedar diretamente em cada acne.

Menopausa – (IV) Harmonizar: F3, BA6, E36, IG4, B10, BP9, VG20.
Site
Para saber mais sobre outros estudos da laserpuntura na pediatria, no controle da dor, no
tratamento de feridas e muitas outras aplicações desta prática que você poderá se
aperfeiçoar com novos cursos, estudos e prática clínica. Consulte o portal da BVS Medicinas
Tradicionais, Integrativas e complementares e desfrute deste amplo conhecimento
acessando o link abaixo.

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ACESSE

Assim concluímos nossa orientação para você iniciar seu caminho na introdução à laserpuntura. Esse
conteúdo é o começo da sua descoberta sobre essa área fascinante. Abaixo, no item material
complementar, estão listadas algumas sugestões de leituras e vídeos para seu aprofundamento no assunto
e outras áreas de uso dessa tecnologia.
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ʪ Material Complementar

Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites

Acupuntura Brasil

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ACESSE

Livros

A Practical Handbook: Laser Acupuncture-successful Treatment


Concepts
KREISEL, V.; WEBER, M. A practical handbook: Laser acupuncture-successful treatment concepts.
Vancouver: Eastern Currents Distributing, 2012.
Vídeos

Como Utilizar o Laser na Auriculoterapia?


Um bate-papo sobre a técnica inovadora do uso do laser na Auriculoterapia, com a
Professora Roselaine Oliveira e o Fisioterapeuta e Especialista em Equipamentos Médicos e
Gerente de Pesquisa & Desenvolvimento Científico da ECCO Fibras Lucas Peres de Sousa,
onde vamos abordar o Laser na Auriculoterapia, entre outros assuntos como diferença entre:
laserterapia, fototerapia, ledterapia e fotobiomodulação.

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Leitura

Acupuntura e Analgesia: Aplicações Clínicas e Principais Acupontos

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ʪ Referências

ACOSTA, C. et al. Laseracupuntura con helio-neón en el tratamiento de


pacientes traumatizado. Revista Cubana de Medicina Militar. 31. 5-12. Disponível em:
<http://ref.scielo.org/f3nydd>. Acesso em: 28/10/2021.

ALMEIDA-LOPES, L. Análise in vitro da Proliferação Celular de Fibroblastos de Gengiva


Humana Tratados com Laser de Baixa Potência. Dissertação de Mestrado, São José
dos Campos, 1999.

ALMEIDA-LOPES, L. Laserpuntura: Bases Científicas e Aplicações - Revisão


Bibliográfica. Spaço Alternativo, São Carlos, 2010.

CARVALHO, A. F. M. et. al. Low-level laser therapy and Calendula officinalis in


repairing diabetic foot ulcers. Rev Esc Enferm USP. 2016.

CUNHA, R. G. Avaliação do Efeito da Acupuntura com agulhas e de Laser acupuntura em


pacientes com Doença Arterial Periférica. 2007. Disponível em:
<http://biblioteca.univap.br/dados/000002/00000223.pdfxx>. Acesso em:
19/10/21.

FORNAZIERI, L.C. Laser em Acupuntura: Teoria e Prática. 1ª edição. Ed.Roca 2011.


FUKUDA, T. Y.; MALFATTI, C. A. Análise da dose do laser de baixa potência em
equipamentos nacionais. Braz. J. Phys. Ther. 12 (1) • Fev 2008. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S1413-35552008000100013> Acesso em: 29/10/21.

KHOO, K. N. Successful treatment of diabetic foot ulcers with low-level laser


therapy. The Foot v.16. p. 184 – 187, 2006. Disponível em:
<http://dx.doi.org.ez23.periodicos.capes.gov.br/10.1016/j.foot.2006.05.004>.
Acesso em: 19/10/21.

LOPES, L. A. et. al. Os 50 anos do Laser. DMC Journal, V. 6, n. 28, dez.2010.

MACIOCIA, G. Os fundamentos da Medicina Chinesa: um texto abrangente para


acupunturista e fisioterapeutas. São Paulo: Roca. 2017, p. 197-232.

MARTINS, E.; GARCIA E. Pontos de acupuntura: guia ilustrado de referência. Ed rev.


São Paulo: Roca. 2003.

MEDEIROS, E. F. Acupuntura clássica e Teorias Base da MTC. 2011. Disponível em:


<http://acupunturabrasil.org/2011/arquivo/Biblioteca/Teorias%20de%20base/in
dex.htm>. Acesso em: 22/10/20201.

YAMAMURA Y. Acupuntura tradicional: a arte de inserir agulha. 2. ed. São Paulo:


Roca, 2004, 490P.
Sites Visitados
NUPEN. Laserterapia. 2016. Disponível em: <https://www.nupen.com.br/laser/laser-2/>.

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