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COMPLEMENTAR
CONTROLE DE
QUALIDADE
RESUMOS
SUMÁRIO
1. GARANTIA DE QUALIDADE.......................................................................................... 4
5. BIOEQUIVALÊNCIA.................................................................................................... 14
6.2 Especificidade/Seletividade..........................................................................................................17
6.3 Função da Resposta (Gráfico Analítico).........................................................................................18
REFERÊNCIAS............................................................................................................... 32
Controle de Qualidade 4
1. GARANTIA DE QUALIDADE
Garantia da qualidade é um dos setores considerados mais relevantes da indústria
farmacêutica. Está relacionada a todas as etapas da cadeia produtiva: desde a seleção
do fornecedor dos insumos farmacêuticos e materiais de embalagem, passando por to-
das as etapas do processo de fabricação até a liberação final do produto para o merca-
do. A garantia da qualidade também está presente até mesmo durante o transporte de
medicamentos por meio da qualificação das transportadoras, da qualificação do cliente
até chegar ao consumidor final, inclusive no atendimento às necessidades e reclama-
ções desse consumidor.
Aquisição
Expedição Armazenamento
Controle
de
Qualidade
Armazenamento Produção
Embalagem
2. CONTROLE DE QUALIDADE
DE ÁGUA
A água pode veicular um elevado número de enfermidades e essa transmissão pode
se dar por diferentes mecanismos. O mecanismo de transmissão de doenças mais co-
mumente lembrado e diretamente relacionado à qualidade da água é o da ingestão, por
meio do qual um indivíduo sadio ingere água que contenha componente nocivo à saúde e
a presença desse componente no organismo humano provoca o aparecimento de doença.
É importante destacar que tanto a qualidade da água quanto a sua quantidade e re-
gularidade de fornecimento são fatores determinantes para o acometimento de doenças
no homem. Conforme mostram os mecanismos de transmissão descritos, a insuficiente
quantidade de água pode resultar em (i) deficiências na higiene; (ii) acondicionamento da
água em vasilhames, para fins de reserva, podendo esses recipientes tornarem-se am-
bientes para procriação de vetores vulneráveis à deterioração da qualidade; e (iii) procura
por fontes alternativas de abastecimento, que constituem potenciais riscos à saúde, seja
pelo contato das pessoas com tais fontes (risco para esquistossomose, por exemplo), seja
pelo uso de águas de baixa qualidade microbiológica (risco de adoecer pela ingestão).
Segundo a farmacopeia brasileira são considerados como água para uso farmacêu-
tico os diversos tipos de água empregados na síntese de fármacos; na formulação e pro-
dução de medicamentos; em laboratórios de ensaios; diagnósticos e demais aplicações,
relacionadas à área da saúde, inclusive como principal componente na limpeza de utensí-
lios, equipamentos e sistemas. A estrutura química da água é peculiar, com um momento
dipolo e grande facilidade em formar ligações de hidrogênio. Essas propriedades tornam a
água um excelente meio para solubilizar, absorver, adsorver ou suspender diversos com-
postos, inclusive para carrear contaminantes e substâncias indesejáveis, que vão alterar a
pureza e eficácia de um produto farmacêutico. Em face de suas características, os proces-
sos de purificação; armazenamento e distribuição devem garantir que as especificações
farmacopeicas sejam atendidas, mantidas e controladas adequadamente. Os requisitos
de qualidade da água dependerão de sua finalidade e emprego, e a escolha do sistema de
purificação destina atender ao grau de pureza estabelecido. O usuário é responsável pela
seleção do tipo de água adequado aos seus objetivos, bem como pelos controles e veri-
ficações necessários, em intervalos que garantam a manutenção da qualidade desejada.
Ele deve assegurar que o sistema apresenta desempenho adequado e capacidade para
fornecer água com o nível de qualidade estabelecido, para atender aos parâmetros espe-
cificados nas monografias individuais.
O controle da contaminação da água é crucial, uma vez que a água tem grande ca-
pacidade de agregar compostos diversos e, também, de se contaminar novamente após a
Controle de Qualidade 7
purificação. Os contaminantes da água são representados por três grandes grupos: quí-
mico, biológico e físico.
Contaminantes
Orgânicos
Bactérias, Vírus e
Biodegradáveis: Metais
Protozoários
Petróleo
Orgânicos
Recalcitrantes ou
Refratários
3. MÉTODOS GERAIS EM
CONTROLE DE QUALIDADE
Os Controles da Qualidade Físico-químico e Microbiológico são vitais para a indús-
tria farmacêutica e devem ter laboratórios próprios e independentes da produção. Estas
áreas têm o objetivo de analisar os produtos fabricados conforme os métodos e especi-
ficações padronizadas e registradas junto ao órgão regulador. Visam também evitar ou
reduzir erros durante o processo produtivo, seja por meio de intervenções, monitoramento
da área de produção e avaliação de matérias-primas, materiais de embalagem, rótulos,
bulas, produtos intermediários e acabados.
Para verificar se de fato os medicamentos estão atendendo aos padrões de qualida-
de exigidos, são realizados testes e medições que permitem aprovar ou reprovar fármacos
e excipientes antes mesmo que estes sejam disponibilizados para a fabricação. As ativi-
dades desenvolvidas pelo Controle da Qualidade das indústrias farmacêuticas refletem
em todos os setores da empresa. Além de diversas análises laboratoriais, monitoram-se a
água utilizada no processo, a qualidade do ar das áreas fabris, a limpeza dos equipamen-
tos, os produtos de degradação e o gerenciamento de solventes residuais.
Controle de qualidade
Físico-químico de
medicamentos
Controle de Qualidade 10
Laboratório
Físico-Químico
Laboratório
Laboratório
de Material de
Microbiológico
Embalagens
Laboratório
de Controle de
Processo
3.5 RAMAN
Espectrômetro para a identificação de substâncias, verificação de amostras para
garantia de qualidade, para análise química de amostras e também para o estudo de vi-
brações moleculares. Tem como vantagem utilizar amostras pequenas, fazer uma rápida
identificação e uma análise não destrutiva de produtos acabados nas formas sólida, líqui-
da e gasosa.
3.6 FT-NIR
Método conhecido como Espectroscopia de Infravermelho com Transformações de
Fourier, é indicado para análises físico-química dos medicamentos. Tem como diferencial
a execução rápida por conta das medições remotas de processos por meio de fibra óptica.
3.8 Dureza
O teste de dureza permite determinar a resistência do comprimido ao esmagamento
ou à ruptura sob pressão radial. A dureza de um medicamento é importante, já que garante
a integridade do comprimido, permitindo que ele suporte choques causados durante os
processos pós-fabricação. A dureza de um comprimido é proporcional à força de com-
pressão e inversamente proporcional à sua porosidade. O teste se aplica, principalmente,
a comprimidos não revestidos, e consiste em submeter o comprimido à ação de um apare-
lho que mede a força, aplicada diametralmente, necessária para esmagá-lo ou quebrá-lo.
Controle de Qualidade 12
3.9 Friabilidade
O teste de friabilidade permite determinar a resistência dos comprimidos à abrasão,
quando submetidos à ação mecânica de aparelhagem específica. O teste se aplica, unica-
mente, a comprimidos não revestidos. O teste consiste na pesagem, com exatidão, de um
número determinado de comprimidos, submetê-los à ação do aparelho e retirá-los depois
de efetuadas 100 rotações (25rpm por 4 minutos). Após a remoção de qualquer resíduo de
pó dos comprimidos, eles são novamente pesados. A diferença entre o peso inicial e o final
representa a friabilidade, medida em função da porcentagem de pó perdido.
3.10 Desintegração
A desintegração é definida, para os fins desse teste, como o estado no qual nenhum
resíduo das unidades testadas (cápsulas ou comprimidos) permanece na tela metálica do
aparelho de desintegração, salvo fragmentos insolúveis de revestimento de comprimidos
ou invólucros de cápsulas. Consideram-se, também, como desintegradas as unidades que
durante o teste se transformam em massa pastosa, desde que não apresentem núcleo
palpável. A importância do teste está no fato de que a desintegração afeta diretamente
na absorção, biodisponibilidade e ação do fármaco. É necessário, portanto, para que o
princípio ativo fique disponível e exerça sua função terapêutica, que a forma farmacêutica
se desintegre em partículas menores, aumentando a superfície de contato com o meio.
O teste de desintegração se aplica a comprimidos não revestidos, revestidos com filme,
drágeas, comprimidos com revestimento entérico, comprimidos sublinguais, comprimi-
dos solúveis, comprimidos dispersíveis, cápsulas duras e cápsulas moles, supositórios e
óvulos. O teste não se aplica a pastilhas e comprimidos ou cápsulas de liberação contro-
lada (prolongada).
3.11 Dissolução
O teste de dissolução possibilita determinar a quantidade de substância ativa dis-
solvida no meio de dissolução quando o produto é submetido à ação de aparelhagem es-
pecífica, sob condições experimentais descritas. O resultado é expresso em porcentagem
da quantidade declarada no rótulo. O teste se destina a demonstrar se o produto atende
às exigências constantes da monografia do medicamento em comprimidos, cápsulas e
outros casos em que o teste seja requerido.
Controle de Qualidade 13
4. TESTE DE EQUIVALÊNCIA
FARMACÊUTICA
A equivalência farmacêutica entre dois medicamentos relaciona-se à comprovação
de que ambos contêm o mesmo fármaco (mesma base, sal ou éster da mesma molécula
terapeuticamente ativa), na mesma dosagem e forma farmacêutica, o que pode ser ava-
liado por meio de testes in vitro. Portanto, pode ser considerada como um indicativo da
bioequivalência entre os medicamentos em estudo, sem, contudo, garanti-la. A legislação
brasileira, tendo como base a regulamentação técnica e a experiência de diversos países
na área de medicamentos genéricos, estabelece que, para um medicamento ser registrado
como genérico, é necessário que se comprove sua equivalência farmacêutica e bioequi-
valência (mesma biodisponibilidade) em relação ao medicamento de referência indicado
pela Anvisa. A equivalência farmacêutica é um conjunto de avaliações in vitro realizadas
para comprovar que o medicamento genérico é equivalente ao medicamento de referência,
se ambos contêm o mesmo fármaco, na mesma dosagem e forma farmacêutica.
Peso Médio
Uniformidade de
Friabilidade
Conteúdo
Equivalência
Farmacêutica
Perfil de Desintegração
Dissolução
Dissolução
5. BIOEQUIVALÊNCIA
Os estudos de bioequivalência/biodisponibilidade relativa são realizados em seres
humanos e devem assegurar a identidade dos produtos (teste e referência) em relação à
velocidade da absorção e quantidade do fármaco absorvido. O estudo da bioequivalência
se desenvolve em três etapas: Clínica, Analítica e Estatística. A etapa clínica compreende
o recrutamento e a seleção de voluntários, a administração dos medicamentos e a coleta
de amostras para análises referentes ao estudo e monitoramento clínico dos voluntários
durante as etapas pré e pós-estudo. A etapa analítica compreende a análise das amostras
coletadas na etapa clínica com a quantificação do fármaco inalterado e/ou seu metabó-
lito ativo estudado, utilizando para isso métodos bioanalíticos validados, desenvolvidos
no laboratório ou obtidos de compêndios e literatura adequada, conforme a legislação
e normatização vigente. A etapa estatística compreende a análise dos dados obtidos na
etapa analítica com o cálculo dos parâmetros farmacocinéticos através de intervalos de
confiança e testes de hipóteses, utilizando-se para isso ferramentas como planilhas e
softwares devidamente validados. Todas as atividades realizadas nas três etapas devem
apresentar ferramentas de comprovação da rastreabilidade, de forma a permitir a recupe-
ração segura e confiável dos dados do estudo.
Biodisponibilidade significa a quantidade de fármaco e a velocidade com a qual esse
atinge a corrente circulatória. Dois medicamentos são considerados bioequivalentes quan-
do possuem a mesma biodisponibilidade, ou seja, não apresentam diferenças significativas
na quantidade absorvida do fármaco ou na velocidade de absorção, quando administrado
em dose equivalente, sob as mesmas condições experimentais. Se dois medicamentos são
considerados bioequivalentes, é possível aproveitar os estudos clínicos completos de um
medicamento para outro. Ou seja, diminui a complexidade de provas de segurança e efi-
cácia que o fabricante precisa apresentar no momento do registro do medicamento. Outra
aplicação dos estudos de bioequivalência é para o pós-registro de medicamentos. Quando
um produto sofre algum tipo de alteração pode ser demandado a comprovar novamente
que ainda é bioequivalente ao medicamento de referência (comparador).
Os estudos de equivalência e bioequivalência são de relevância considerável para
a saúde pública e interesses socioeconômicos, sendo importante a criação de mecanis-
mos e ferramentas que possam dar garantias de que os medicamentos a serem lançados
no mercado apresentem as mesmas características e propriedades físico-químicas que o
medicamento inovador, conhecido como de referência. Sendo assim, faz-se necessário o
desenvolvimento de metodologias seguras e dinâmicas de avaliação da garantia da qua-
lidade e dos processos referentes aos estudos realizados.
Controle de Qualidade 15
6. VALIDAÇÃO DE
MÉTODOS ANALÍTICOS
O desenvolvimento de um método analítico, a adaptação ou implementação de mé-
todo conhecido, envolvem processo de avaliação que estime sua eficiência na rotina do
laboratório. Esse processo costuma ser denominado validação. Várias definições estão
descritas na literatura para validação, tratando-se, portanto, de termo não específico. De-
terminado método é considerado validado se suas características estiverem de acordo
com os pré-requisitos estabelecidos. O objetivo da validação consiste em demonstrar que
o método analítico é adequado para o seu propósito. A validação deve ser considerada
quando se desenvolve ou efetua adaptações em metodologias já validadas, inclusão de
novas técnicas ou uso de diferentes equipamentos.
6.1.1 Exatidão
6.1.2 Precisão
6.1.3 Sensibilidade
Vamos falar sobre essa figura, na qual constam 3 equações da reta e 3 coeficien-
tes angulares distintos, o coeficiente angular é o valor ligado diretamente ao x (1,6265x;
1,0104x; 0,4008x); nessa imagem podemos observar que a reta de maior inclinação é a
Controle de Qualidade 17
de coeficiente angular 1,6265x, logo ela apresenta maior sensibilidade, pois conseguimos
distinguir valores de concentrações próximas, mas caso tenha ficado alguma dúvida, com
o auxílio de um lápis trace retas entre a concentração e o sinal respectivo, e você irá ob-
servar o mesmo.
6.1.4 Linearidade
A menor concentração do analito que pode ser detectada, mas não necessariamente
quantificada, sob condições experimentais estabelecidas constitui o limite de detecção.
Analistas, quando desenvolvem métodos novos ou modificados para análise de traços,
frequentemente definem Limites de Detecção (LD) em termos do desvio-padrão de medi-
das do branco.
6.1.8 Robustez
6.2 Especificidade/Seletividade
O termo especificidade, muitas vezes utilizado como sinônimo de seletividade, de-
fine a capacidade do método em detectar o analito de interesse na presença de outros
Controle de Qualidade 18
y = F(x) + ey
F(x) = B + Sx
Embora sempre se busque obter relação linear entre a propriedade a ser medida e
a concentração ou quantidade do analito pode-se também admitir a relação não linear
(16) (por exemplo, nas análises eletroquímicas, utilizando eletrodos de íon seletivo ou
biossensores).
Controle de Qualidade 20
7. MÉTODOS MICROBIOLÓGICOS
PARA PRODUTOS ESTÉREIS
Para realizar o teste de esterilidade em produtos farmacêuticos, as amostras devem
ser preparadas de modo a evitar possíveis falsos resultados, portanto, os frascos ou am-
polas contendo o medicamento que será analisado, devem ser tratados, a fim de minimizar
contaminação cruzada proveniente da parte externa da embalagem. A assepsia pode ser
realizada por imersão dos frascos ou ampolas de medicamentos em soluções antissépti-
cas, tal como álcool. Durante o preparo das amostras de medicamentos, deve-se identificar
as mesmas, a fim de não haver misturas de lotes para facilitar a liberação de resultados,
bem como garantir a confiabilidade dos mesmos. Esse teste deverá ser realizado em áreas
limpas e dentro de um fluxo laminar. O teste baseia-se em constatar a total esterilidade do
medicamento, uma vez que o mesmo deve ser isento de qualquer contaminação. O teste de
esterilidade pode ser realizado utilizando os métodos de filtração em membrana por sistema
aberto ou fechado (Figura 10 e 11) ou por inoculação direta, no qual a amostra é diretamente
inoculada no meio de cultura. Qualquer meio de cultura utilizado deverá ter sido aprovado no
seu teste de promoção de crescimento. Ambos os métodos são realizados através de uma
inoculação da amostra em frascos estéreis, e em seguida é adicionado meios de cultura e os
mesmos são incubados em estufas até o momento da leitura. O que difere o sistema aberto
do fechado é a forma de inoculação e manipulação do teste. No sistema aberto, o operador
utiliza um frasco estéril contendo meio de cultura e inocula a amostra a ser analisada, esse
processo é todo realizado manualmente. No sistema fechado, o operador manipula um equi-
pamento no qual irá fazer a inoculação da amostra e do meio de cultura, evitando assim o
contato direto e minimizando os riscos de contaminação cruzada.
Figura 12. Bolsas com meio de cultura em sistema fechado para teste de esterilidade5
Os dois meios de cultura utilizados para testes de esterilidade são: o caldo de tiogli-
colato e o caldo de caseína soja. O primeiro é utilizado para cultura de bactérias anaeróbi-
cas, embora, também detecta o crescimento de bactérias aeróbicas. O segundo é indicado
para a cultura de leveduras, fungos e bactérias aeróbicas. Após realizado os testes, os
meios de cultura são incubados por 14 dias em estufas de incubação com a temperatura
adequada para cada meio. São realizadas leituras diárias para observar se houve algum
tipo de contaminação.
Controle de Qualidade 22
8. MÉTODOS MICROBIOLÓGICOS
PARA PRODUTOS NÃO ESTÉREIS
A garantia de qualidade e os controles de produção devem ser tais que os micro-or-
ganismos capazes de proliferar e contaminar o produto estejam dentro dos limites. Os
limites microbianos devem ser adequados às várias categorias de produtos que reflitam o
tipo de contaminação mais provável introduzida durante a fabricação, bem como a via de
administração, o consumidor final (neonatos, crianças, idosos), o uso de agentes imunos-
supressores, corticosteroides e outros fatores. Ao avaliar os resultados dos testes micro-
biológicos, o número e os tipos de micro-organismos presentes devem ser considerados
no contexto mais abrangente uso do produto.
Os métodos de análise, envolvendo tanto os medicamentos não estéreis quanto
os cosméticos, abrangem três etapas fundamentais: amostragem, englobando coleta,
transporte e preparação da amostra para análise; determinação numérica ou contagem
das formas viáveis; isolamento e identificação dos micro-organismos indesejáveis a se-
rem pesquisados.
Para os ensaios microbiológicos em produtos não estéreis, devem ser utilizadas
técnicas assépticas na amostragem e na execução do teste. O teste deve ser realizado,
preferencialmente, em capela de fluxo laminar e empregar, quando possível, a técnica de
filtração por membrana. Se a amostra possuir atividade antimicrobiana, essa deve ser
convenientemente removida ou neutralizada.
Fluxo de ar;
Pressão;
Temperatura;
Umidade;
Ruído;
Vibração;
Iluminação;
Fugas Fugas
Pressão Positiva
Sala Pressurizada
ISO Classe 1 10 2
NOTA – Devido às incertezas relacionadas ao processo de medição, na definição da classe de limpeza não são utili-
zados mais que três algarismo significativos nos valores de concentração.
Controle de Qualidade 27
Existem dois métodos de análise com sensibilidades diferentes para execução desse
teste. O método de coagulação em gel e os métodos fotométricos. No método de coagu-
lação em gel, a amostra é inserida em tubos contendo o reagente LAL (F e esses tubos
são incubados em banho maria, a temperatura de 37°C por 1 hora. É realizada a leitura,
inclinando os tubos a 180° e verificando a formação de um coágulo ou gel no fundo do
mesmo. Em caso de positivo, é considerada presença de endotoxina. Esse método é se-
miquantitativo, portanto, não é possível medir a quantidade exata de endotoxina presente
na amostra.
Controle de Qualidade 30
Figura 18. Equipamento utilizado para realizar testes pelo método fotométrico25
Além desses métodos, há também os testes realizados em animais, esses testes são
conhecidos como testes de pirogênio in vivo. Ele é baseado na verificação do aumento da
temperatura corporal em coelhos, após injeção intravenosa da solução estéril que está
sendo analisada
Controle de Qualidade 31
REFERÊNCIAS
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Controle de Qualidade 33
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dando-importancia-da-S0187893X17300678
20. apoioprojetos.com.br/filtragem-eletrostatica/filtros-eletrostaticos-aplicacoes-co-
merciais/
21. vlindustria.com.br/a-importancia-das-salas-limpas/
22. bioscience.lonza.com/lonza_bs/BR/en/what-are-bacterial-endotoxins
23. pinterest.co.uk/pin/314548355197568941/
24. fishersci.se/shop/products/endotoxin-challenge-vials/11625090
25. biotek.pt/pt/products/detection-microplate-readers/800-ts-absorbance-reader/
26. revolucaoanimalistasite.wordpress.com/tipos-de-experimentos/
MATERIAL
COMPLEMENTAR
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