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Aplicada II
Material Teórico
Conceitos Fundamentais e Ciclo de Carnot
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Alessandra Fabiana Cavalcanti
Conceitos Fundamentais
e Ciclo de Carnot
• Introdução;
• 2ª Lei da Termodinâmica;
• Definição de Entropia;
• Ciclo de Carnot;
• Definição Sobre Rendimento de um Ciclo.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Apresentar aos alunos os fundamentos sobre a termodinâmica e suas aplicações a partir
da 2ª Lei em um Ciclo de Carnot com mudança de fase.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Conceitos Fundamentais e Ciclo de Carnot
Introdução
Olá aluno, nesse módulo estudaremos os fundamentos da termodinâmica, que
define a relação entre calor e trabalho. Há ainda a transformação de uma quantida-
de de calor em uma quantidade de trabalho, como mostra Figura 1. Este conteúdo
destina-se à necessidade de aumentar a eficiência térmica das máquinas térmicas.
Fonte Quente
Qq
Máquina
W
Térmica
Qf
Fonte Fria
Figura 1 – Máquina térmica para geração de trabalho
Onde:
Tabela 1
Transformações Gasosas Leis da Termodinâmica
Isotémica Lei Zero
Isobárica 1ª Lei
Isocórica 2ª Lei
Adiabática
8
Transformações Gasosas
Para entender o funcionamento das máquinas térmicas e os ciclos termodinâmi-
cos, antes é preciso entender o comportamento térmico dos gases. São eles alta-
mente compressíveis, sem forma própria e possuem alto coeficiente de dilatação.
Leis da termodinâmica
A lei zero da termodinâmica comprova que dois corpos estão separadamente em
equilíbrio com um terceiro corpo, então os dois corpos estão em equilíbrio entre si.
Essa lei fundamental da termodinâmica é importante porque através dela consegui-
mos definir as escalas de temperatura.
∆U = Q – W
1
O estado de um gás é o comportamento por ele apresentado a uma determinada pressão, volume e temperatura.
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UNIDADE Conceitos Fundamentais e Ciclo de Carnot
2ª Lei da Termodinâmica
Aluno, preste atenção nessa importante definição da 2ª Lei!!!
Já pensou na possibilidade de um refrigerador funcionar sem estar ligado na tomada da sua casa?
Calor
Corpo Corpo
100ºC 50ºC
Figura 2 – Transferência de calor entre dois corpos
Aluno, você já observou que um motor tende a esquentar com o tempo de fun-
cionamento? Certamente, o calor remanescente causado por essa operação em
ciclos do motor, não é utilizado para geração de trabalho no ciclo.
Energia útil
h=
EnergiaTotal
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Sabendo que a energia útil para um sistema, que tem por função gerar energia, é
o trabalho e a energia total do sistema, é toda energia fornecida pela fonte quente;
podemos definir que o rendimento de um sistema é igual a:
W
h=
Qq
Sendo:
W – Trabalho do ciclo
Qq - Q f
h=
Qq
Definição De Entropia
Aluno, ainda com a definição da 2ª Lei da Termodinâmica, podemos definir o
conceito de entropia.
Processo reversível é definido como aquele que, tendo ocorrido, pode ser inverti-
do e depois de realizada essa inversão, não se notará nenhum vestígio nos sistemas
e na vizinhança. Sendo ele um processo isentrópico.
Você já pensou de que forma relações de processos irreversíveis estão envolvidos no seu dia
Explor
a dia?
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11
UNIDADE Conceitos Fundamentais e Ciclo de Carnot
Por exemplo:
Você já notou que seu carro quando chega ao destino final, tem um aumento da
temperatura sobre o capô? Isso significa que parte da energia que seria destinada
ao movimento das rodas, foi destinada ao aumento de temperatura dentro do com-
partimento do motor. O grau de desordem provocado pelo atrito, por exemplo, fez
com que o sistema variasse sua energia de forma irreparável.
Isso significa que na volta do destino final ao mesmo ponto de partida, a energia
utilizada não seria a mesma, já que parte dessa energia se perdeu com o aqueci-
mento do capô.
Reversíveis
Irreeversíveis
DS =
DQ KJ
T (
kg × K )
Onde:
ΔS = variação da entropia
ΔQ = Variação da energia
T = Temperatura
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Fatores de irreversibilidade
Existem muitos fatores que tornam um processo irreversível. Entre eles a ex-
pansão não resistida, a transferência de calor com diferença finita de temperatura,
quando há mistura de duas substâncias diferentes e o atrito.
O atrito é um dos principais entre tantos fatores. É evidente que para vencer
o atrito, exige-se uma quantidade de trabalho. Além disso, é necessário que haja
alguma transferência de calor do sistema para superfícies adjacentes. Como essas
superfícies adjacentes não retornam ao seu estado inicial, conclui-se que o atrito
torna o processo irreversível.
Ciclo de Carnot
O ciclo de Carnot é o que inicia o estudo dos ciclos termodinâmicos. É importante
ressaltar que esse ciclo é idealizado e na prática não pode ser construído, mas serve
como parâmetro de um máximo rendimento a ser alcançado.
Nesse ciclo idealizado por ele, o fluido passa por uma série de processos e retor-
na ao seu estado inicial. Um desses processos envolve a geração de trabalho através
de um processo de expansão, no caso de ciclo geradores de potência.
2 3
1 4
s
Figura 4 – Ciclo de Carnot representado em um diagrama de temperatura × entropia
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UNIDADE Conceitos Fundamentais e Ciclo de Carnot
Explor
O que torna o ciclo de Carnot um ciclo ideal reversível?
Para refletirmos sobre a reversibilidade do ciclo, antes vamos estudar o que acon-
tece em cada um dos processos no ciclo.
• 1-2: Transformação adiabática reversível. Nesse processo há uma mudança
das três variáveis. (pressão, volume e temperatura);
Não há variação da entropia, ou seja, a energia aplicada do estado 1 para o
estado 2 e mesma se aplicada do estado 2 para o estado 1;
»» Pressão aumenta;
»» Temperatura aumenta;
»» Volume diminui;
• 2-3: Transformação isotérmica/isobárica. Nesse processo não há variação da
temperatura e da pressão. A transferência de energia que existe nesse pro-
cesso é realizada variando-se o volume do fluido. Ou seja, se nesse processo
absorve-se ou rejeita-se calor, isso é realizado com a mudança de estado de um
fluido. O fluido varia do estado 2 (líquido) para o estado 3 (gás);
»» Pressão constante;
»» Temperatura constante;
»» Volume aumenta;
• 3-4: Transformação adiabática reversível. Nesse processo também há mudan-
ça das três variáveis. (pressão, volume e temperatura);
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Definição Sobre Rendimento de um Ciclo
Anteriormente no tópico 2, através da 2ª Lei da Termodinâmica, definiu-se o
rendimento de uma máquina térmica; sendo definido em função da energia útil
sobre a energia total de um sistema.
Qq - Q f
h=
Qq
Qq = (Q3 – Q2)
Qf = (Q4 – Q1)
Qq - Q f Qq Qf Qf
h= = - = 1-
Qq Qq Qq Qq
Ou seja,
(Q4 - Q1 )
h = 1-
(Q3 - Q2 )
DQ
DS =
T
(Tsup )×(S3 - S2 )
h = 1-
(Tinf )×(S4 - S1 )
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UNIDADE Conceitos Fundamentais e Ciclo de Carnot
Onde:
2 3
Tsup
T inf
1 4
S1 , S2 S3 , S4 s
Figura 5
Logo:
Tsup
h = 1-
Tinf
16
Exemplo 1:
T
2 3 Q gerado
Q rejeitado
1 4
s
Figura 6
Dados: – T1 = 250 K
– T2 = 300 K
– S2 = 0,9 kJ/kg.K
– S4 = 1,2 kJ/kg.K
Resposta: A
Qgerado = Tsup × ( S3 - S 2 )
æ kJ kJ ö÷
Qgerado = 300 K ×çç1, 2 × - 0,9 ÷
èç kg × K kg × K ø÷÷
kJ
Qgerado = 90
kg
Qrejeitado = Tinf × ( S 4 - S1 )
æ kJ kJ ö÷
Qrejeitado = 250 K ×çç1, 2 × - 0,9 ÷
èç kg × K kg × K ø÷÷
kJ
Qgerado = 75
kg
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UNIDADE Conceitos Fundamentais e Ciclo de Carnot
Observe que é possível calcular o calor gerado e o calor recebido através da área
do gráfico.
kJ kJ
W = 90 - 75 =
kg kg
kJ
= 15
kg
c) sistema.
Qq - Q f
h=
Qq
kJ kJ
90 - 75
kg kg
h=
kJ
90
kg
h = 0,16 = 16%
Tsup - Tinf
h=
Tsup
300 K - 250 K
h=
300 K
h = 16 %
Exemplo 2:
a) 0,9 e 1,25
b) 0,8 e 1,4
c) 1 e 1
d) 1,25 e 0,9
e) 1,1 e 1
Resposta: D
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Sabemos que o rendimento do ciclo de Carnot pode ser calculado em função
da temperatura.
600 K - 350 K
h=
600 K
h = 42 %
Qq - Q f
h=
Qq
Logo,
2,15 kJ - Q f
0, 42 =
2,15 kJ
Q f = 1, 25 kJ
E o trabalho pode ser calculado como a diferença do calor recebido e o calor rejeitado.
W = Qq - Q f
W = 2,15 kJ -1, 25 kJ
W = 0,9kJ
Bons Estudos!
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UNIDADE Conceitos Fundamentais e Ciclo de Carnot
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Termodinâmica
CENGEL, Y. A.; BOLES, M. A. Termodinâmica. Porto Alegre: Grupo A, 2013 (e-Book).
Vídeos
Me Salva! ETR02 – Desigualdade de Clausius – Termodinâmica
https://youtu.be/xUIgiUfE_AQ
2ª Lei da Termodinâmica e Entropia – Termologia – Aula 20 Prof. Boaro
https://youtu.be/LbXTXWxRaZg
Variação da Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica
https://youtu.be/fwTRbdVi3hI
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Referências
MORAN, M. J. Princípios de Termodinâmica para Engenharia. 4. ed. Rio de
Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2002.
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