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INGLÊS INSTRUMENTAL UNIDADE 02 AULA 03

INSTITUTO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
PARAÍBA

Dicas Tipográficas, Palavras


Cognatas e Repetidas

1 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

 Identificar elementos tipográficos presentes em textos autênticos


em língua inglesa;
 Reconhecer palavras cognatas e falsos cognatos;
 Utilizar o recurso das palavras repetidas para facilitar o processo
de leitura de textos em língua inglesa;
INGLÊS INSTRUMENTAL - Dicas Tipográficas, Palavras Cognatas e Repetidas

2 COMEÇANDO A HISTÓRIA

Olá, Pessoal! Na aula passada vocês discutiram sobre gêneros textuais


e juntos nós entendemos que esse conhecimento pode ser muito útil na
hora de ler textos escritos em Língua Inglesa. Mas vocês talvez estejam se
perguntando: “Basta saber sobre gêneros textuais para fazer a leitura
de textos em Inglês?”. A resposta para essa pergunta é “Não!”. Há outros
conhecimentos que ajudam a compreender textos numa língua estrangeira e
eles se chamam: Estratégias de Leitura.

Muitas vezes quando nos deparamos com algum texto, percebemos que
alguns detalhes chamam mais a nossa atenção do que outros, não é verdade? É
como se o texto fosse uma mesa com muitos tipos de comidas em que alguns
pratos aparecem com mais destaque que os outros.

Pois bem, sabendo disso, vamos pedir para vocês observarem a mesa abaixo,
ou melhor, a imagem abaixo, fazendo uma lista dos pratos, quer dizer, dos
detalhes que mais chamam a sua atenção.

Figura 1

E então, conseguiu anotar o que mais chamou a sua atenção na capa de


revista? Percebeu que algumas informações chamam mais atenção que outras?
Por que você acha que isso acontece?

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3 TECENDO O CONHECIMENTO

3.1 Dicas tipográficas


Com qualquer gênero textual acontece isso, há sempre detalhes que vão
aparecer destacados e chamar a atenção do leitor com mais facilidade. Esses
detalhes são chamados de dicas tipográficas e elas são muito importantes
para a compreensão do texto, pois cada uma fornece um tipo de informação
diferente. Por exemplo: você deve ter aprendido nas aulas de Produção Textual
que quando escrevemos um texto, nós devemos escolher um título que
consiga resumir o assunto que foi tratado, não é mesmo? O título é, assim, uma
importante dica tipográfica, já que através de um bom título, nós podemos ter
uma ideia geral sobre o assunto discutido no texto.

Scott (2005, p. 291) esclarece que as dicas tipográficas (ou typographical clues
como ele as chama em inglês) são importantes estratégias de processamento da
leitura, principalmente em se tratando da língua inglesa. Como já vimos: letras
maiúsculas, palavras em itálico, em negrito, sublinhadas, figuras, travessões,
diagramas e símbolos, além da forma como os parágrafos são apresentados
(DEYES, p. 209). Vamos refletir? Por que razão você acha que os elementos
abaixo são importantes dicas tipográficas?

Diagramas 

Símbolos 

Travessões 

A organização dos parágrafos 

3.2 Palavras cognatas e palavras repetidas


Dando continuidade à nossa aula, queremos destacar que dentre outros
elementos que também são extremamente importantes para a compreensão
de textos escritos em Língua Inglesa estão as palavras cognatas e as palavras
repetidas. A utilização de ambas também remete às estratégias de processamento
de leitura (SCOTT, 2005, p. 291), além de facilitar e agilizar não somente a leitura,
mas também o entendimento e armazenamento de vocabulário.
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Uma palavra cognata é aquela que tem forma ortográfica semelhante ou


igual e significado igual à palavra na língua mãe, por exemplo: em inglês temos
chocolate e em português chocolate, assim, ambas as palavras têm ortografia e
significado idênticos, um cognato perfeito (HOLMES, 2005, p. 173). Um outro
exemplo seria a palavra inglesa opinion que se parece ortograficamente com a
palavra opinião e tem o mesmo significado.

Porém, quando falamos em palavras cognatas, nos deparamos com um


pequeno obstáculo chamado falsos cognatos (chamados em inglês de false
friends, ou os falsos amigos), que como o nome já diz são aquelas palavras que
têm grafia semelhante ou idêntica a Língua Portuguesa, mas seu significado
é inteiramente diferente, o que torna a nossa compreensão um pouco
difícil, caso não conheçamos tal palavra. Um exemplo pode ser agenda, que
ortograficamente se parece com “agenda”, aquela onde anotamos nossos
afazeres e compromissos, porém, na verdade, agenda em inglês significa uma
pauta ou uma programação a ser discutida. Outro exemplo de um falso cognato
pode ser visto na palavra amass que se parece com “amasso, amassar”, mas, na
verdade, significa acumular.

EXERCITANDO

1) Agora, vamos mostrar a parte inicial de um texto. Foi marcado nele


algumas dicas tipográficas. O que queremos que você faça é:

a) Reflita sobre como cada uma pode auxiliar na compreensão do texto.

1 Why It’s Smart to Be Bilingual


Aug 7, 2011 10:00 AM EDT
2
The brain’s real super-food may be learning new languages. 3
4
On a sweltering August morning, in a classroom
5
overlooking New York’s Hudson River, a group of
6 3-year-olds are rolling sticky rice balls in chocolate
sprinkles, as a teacher guides them completely in
Mandarin. Figura 2

This is just one toddler learning game at the total--immersion language summer
7
camp run by the primary school Bilingual Buds, which offers a year-round curriculum
8
in Mandarin as well as Spanish (at a New Jersey campus) for kids as young as 2. […]
9
Disponível em: http://www.thedailybeast.com/newsweek/2011/08/07/why-it-s-
smart-to-be-bilingual.html. Acesso em 7 de setembro de 2011.
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I) Título:

II) Subtítulo:

III) Imagem:

IV) Mês/Data:

V) Nome de uma cidade:

VI) Número:

VII) Palavra com iniciais maiúsculas:

VIII) Nome de uma língua:

IX) Nome de uma língua:

b) E aí? Conseguiu descobrir como cada uma das dicas tipográficas


observadas podem ser úteis para a compreensão do texto? Agora,
queremos que você nos diga, em poucas palavras, qual assunto vai ser
tratado ao longo do texto, explicando também como chegou a sua
resposta.

2) Agora, você vai ler mais um trecho do texto…

“[...] Bilingualism, of course, can be a leg up for college admission and


a résumé burnisher. But a growing body of research now offers a further
rationale: the regular, high-level use of more than one language may
actually improve early brain development.

According to several different studies, command of two or more


languages bolsters the ability to focus in the face of distraction, decide
between competing alternatives, and disregard irrelevant information.
These essential skills are grouped together, known in brain terms as
“executive function.” The research suggests they develop ahead of time in
bilingual children, and are already evident in kids as young as 3 or 4.
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While no one has yet identified the exact mechanism by which


bilingualism boosts brain development, the advantage likely stems from the
bilingual’s need to continually select the right language for a given situation.
According to Ellen Bialystok, a professor at York University in Toronto and a
leading researcher in the field, this constant selecting process is strenuous
exercise for the brain and involves processes beyond those required for
monolingual speech, resulting in an extra stash of mental acuity, or, in Bialy-
stok’s terms, a “cognitive reserve.”

Bilingual education, commonplace in many countries, is a growing trend


across the United States, with 440 elementary schools (up from virtually
none in 1970) offering immersion study in Spanish, Mandarin, and French,
in that order of popularity. […]”

“[...] While no one has yet identified the exact mechanism by which
bilingualism boosts brain development, the advantage likely stems from the
bilingual’s need to continually select the right language for a given situation.
According to Ellen Bialystok, a professor at York University in Toronto and a
leading researcher in the field, this constant selecting process is strenuous
exercise for the brain and involves processes beyond those required for
monolingual speech, resulting in an extra stash of mental acuity, or, in Bialy-
stok’s terms, a “cognitive reserve.”

Bilingual education, commonplace in many countries, is a growing trend


across the United States, with 440 elementary schools (up from virtually
none in 1970) offering immersion study in Spanish, Mandarin, and French,
in that order of popularity.

For parents whose toddlers can’t read Tolstoy in the original Russian, the
research does offer some comfort: Tamar Gollan, a professor at University
of California, San Diego, has found a vocabulary gap between children who
speak only one language and those who grow up with more. On average,
the more languages spoken, the smaller the vocabulary in each one. Gollan’s
research suggests that while that gap narrows as children grow, it does not
close completely.

The rule of thumb for improving in any language is simple practice. “The
more you use it, the better off you are,” Gollan says. “Vocabulary tests, SATs,
GREs—those are tests that probe the absolute limits of your ability, and
that’s where we find that bilinguals have the disadvantage, where you know
the word but you just can’t get it out.”
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Gollan believes this deficit can be compensated for with extra study. A
more complicated question is how and whether bilingualism may interact
with other cognitive issues that can appear in early childhood, specifically
attention disorders, says Bialystok. Because attention-deficit/hyperactivity
disorder (ADHD) is linked to compromised executive functioning, it is
unclear what impact learning a second language—which calls upon exactly
these executive skills—might have on children with this condition. Research
on this question is underway.

Some of the most valuable mental perks of bilingualism can’t be


measured at all, of course. To speak more than one language is to inherit a
global consciousness that opens the mind to more than one culture or way
of life.

Bilinguals also appear to be better at learning new languages than


monolinguals. London-based writer Clarisse Lehmann spent her early
childhood in Switzerland speaking French. At 6, she learned English. Later
she learned Spanish, German, and, during three years spent living in Tokyo,
Japanese.

“There’s a witty humor in English that has a different sensibility in French,”


she says. “And in Japanese, there’s no sarcasm. When I tried, it would be ‘We
don’t understand what you’re trying to say.’?”

With five languages under her belt—and a working familiarity with


Latin and Greek as well—Lehmann finally considers herself sufficiently
multilingual. “Enough, enough!” she says. “I don’t want to learn any more
languages.”
Disponivel em: http://www.thedailybeast.com/newsweek/2011/08/07/why-it-s-
smart-to-be-bilingual.html. Acessado em: 7 de Setembro de 2011.

a) Quando o autor necessita falar de pessoas importantes para a matéria,


como aparecem os nomes de tais pessoas?

b) Quando o autor necessitar citar locais que estão relacionados ao


assunto tratado na matéria, como aparece a redação desses locais?

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c) Provavelmente, você observou que as respostas das letras (a) e (b) são
semelhantes, se não iguais. Isso ocorre porque tanto a língua inglesa
como a língua materna possuem esta característica em comum, que
é a de...

d) Quando o autor necessitar citar no corpo do texto trechos que foram


emitidos por pessoas diferentes, como esses trechos aparecem no
texto?

e) Você observou o que acontece quando o autor cita algumas línguas?


Qual a diferença entre a grafia da língua inglesa e a nossa (língua
portuguesa)?

f) Quando o autor lança mão de algum termo científico que possui uma
sigla, como é realizada a apresentação do termo e da sigla?

g) Qual a vantagem para o leitor, na utilização de uma sigla em um texto?

h) Um outro elemento muito recorrente também neste texto é o uso de


números. Você poderia elencar vantagens e desvantagens em utilizar
números em textos?

VANTAGENS DESVANTAGENS

4) Vamos compreender algumas informações importantes do texto com


maior profundidade?
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a) Associe as pessoas citadas no texto aos assuntos ao qual elas são


referidas:

I) Ellen Bialystok ( ) encontrou uma lacuna de


vocabulário em crianças
que falam apenas uma
língua.

II) Tamar Gollan ( ) fala mais de três línguas.

III) Clarisse Lehman ( ) pesquisadora do


bilinguismo.

b) Identifique o significado dos números destacados no texto, explicando


a que eles se referem. Lembre-se, os números podem estar em
algarismos ou escritos por extenso.

I) 440 II) 1970 III) 6

IV) 3 V) 5

c) Encontre no texto a tradução em inglês das línguas abaixo:

I) Espanhol II) Mandarim III) Francês

IV) Russo V) Alemão VI) Japonês

VII) Inglês VIII) Latim IX) Grego

d) Explique com suas palavras as siglas destacadas do texto.

I) SATs II) GREs III) ADHD

e) Existe alguma sigla do item (d) que possui equivalência na língua


portuguesa?

f) Se não possui equivalência, ela por acaso teria alguma palavra que
poderia substituí-la sem alterar a carga semântica?

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4 APROFUNDANDO SEU CONHECIMENTO

As dicas tipográficas não podem ser resumidas àquelas que vimos com a
primeira parte do texto. Sabe os sinais de pontuação? Pois é, eles também são
dicas tipográficas, pois como recursos de escrita, eles também têm algo a nos
dizer. Por exemplo, quando é que usamos o sinal de interrogação? Não é em
todas as sentenças, não é mesmo? Logo, quando vimos uma sentença com sinal
de interrogação dentro de um texto, já descobrimos uma informação sobre ela:
a informação de que ela é um questionamento feito dentro do texto.

Quer saber mais sobre os sinais de pontuação e seus usos comuns? Acesse:
http://www.brasilescola.com/redacao/pontuacao.htm

E sobre as palavras cognatas? O assunto está claro para você? Em caso de


dúvida, é sempre recomendada a busca no dicionário ou em nosso caso, para
facilitar a nossa vida em alguns sites da internet em que podemos confiar, como
este aqui, que nos proporciona uma ótima lista dos falsos cognatos. Vamos
consultá-la sempre que preciso, ok?
http://www.solinguainglesa.com.br/conteudo/falsos_cognatos1.php

5 TROCANDO EM MIÚDOS

Quase no fim dessa aula, percebemos que nossa discussão se desenvolveu


em torno de estratégias de leitura que podem ajudar muito na hora de realizar
leituras em Língua Inglesa: as dicas tipográficas, as palavras cognatas e as
palavras repetidas.

Com as dicas tipográficas, vimos que são os detalhes presentes nos textos,
e com algum tipo de destaque, podem transmitir para nós leitores algumas
informações específicas acerca do texto que estamos lendo.

Já as palavras cognatas nos auxiliam muito, pois, por serem muito parecidas
(às vezes até mesmo idênticas) com as palavras em Português, tornam-se
importantíssimas para a nossa compreensão. Além disso, reconhecendo
os cognatos, aproveitamos melhor o tempo para a leitura, uma vez que não
precisaremos ficar procurando o significado destas palavras. Só temos mesmo
é que tomar um pouco de cuidado com os falsos cognatos, mas isso não é
problema, pois sempre podemos recorrer ao dicionário em caso de dúvida, ou
a alguma lista de falsos cognatos online.
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Por fim, as palavras repetidas não são de grande serventia porque elas
delimitam o assunto do texto, isto é, como vão se repetindo ao longo do texto,
elas se caracterizam como palavras-chave para que possamos entender o
assunto a ser tratado no texto lido.

6 AUTOAVALIANDO

Fizemos uma lista de elementos que representam dicas tipográficas. Será


que você saberia refletir como esses elementos podem ajudar durante a leitura
de textos em Língua Inglesa?

a) Título e subtítulos;

b) Números;

c) Palavras iguais que você vê várias vezes em um mesmo texto;

d) Siglas;

e) Palavras que escrevemos em maiúsculo na Língua Inglesa;

f) Figuras, gráficos e tabelas;

g) Vocábulos em Língua Inglesa que têm a mesma grafia e significado


que a Língua Portuguesa;

h) Sinais de pontuação.

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REFERÊNCIAS

DEYES, Tony. “The selection and classification of texts in ESP. IN: CELANI, M. A. A. et al.
ESP in Brazil: 25 years of evolution and reflection. Campinas, SP: Mercado de Letras,
São Paulo: EDUC, 2005.

HOLMES, John. Snarks, quarks and cognates: an elusive fundamental particle in


reading comprehension. IN: CELANI, M. A. A. et al. ESP in Brazil: 25 years of evolution
and reflection. Campinas, SP: Mercado de Letras, São Paulo: EDUC, 2005.

HUTCHINSON, Tom & WATERS, Alan. English for Specific Purposes. A learning-
centred approach. Great Britain: Cambridge University Press, 1987.

SCOTT, Mike. Exercise types in EAP reading comprehension. IN: CELANI, M. A. A. et


al. ESP in Brazil: 25 years of evolution and reflection. Campinas, SP: Mercado de
Letras, São Paulo: EDUC, 2005.

SCRIVENER, Jim. Learning Teaching. A guide for English language teachers. 2nd
ed. Great Britain: Macmillan, 2005.

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