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Língua Inglesa:

Contextualização
Material Teórico
Desenvolvendo habilidades para o aprendizado de Línguas

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Ms. Karin Claudia Nin Brauer

Revisão Textual:
Profa. Ms. Maria Eugenia D’Esposito
Desenvolvendo habilidades para o
aprendizado de Línguas

• Introdução

• A Leitura (Reading)

• Leitura extensiva e Leitura Intensiva

• A Habilidade auditiva (Listening)

• A Produção Escrita (Writing)

• A Produção Oral (Speaking)

· Nessa unidade estudamos o conceito de metacognição e o


conceito de gêneros textuais relacionados ao estudo das
quatro habilidades (a habilidade leitora, a habilidade auditiva
e as habilidades de produção escrita e falada).

No conteúdo teórico cobriremos os passos necessários para que você possa dominar as
habilidades leitora (reading), auditiva (listening), de produções escritas (writing) e faladas
(speaking). Todas as quatro habilidades serão permeadas pelo conceito de metacognição,
um termo que envolve processos de estudo em que o aluno pode desenvolver suas
habilidades cognitivas para monitorar os seus próprios passos em direção ao domínio e
a fluência do idioma inglês.

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Unidade: Desenvolvendo habilidades para o aprendizado de Línguas

Contextualização

Nesta unidade, seus esforços deverão centrar-se nas habilidades que você deverá
desenvolver e exercitar para que aprenda a língua inglesa de uma maneira mais autônoma.
Logo abaixo, faremos algumas perguntas a respeito de uma notícia de jornal sobre as
manifestações ocorridas no Brasil em junho de 2013. Antes de ler a notícia, tente responder
algumas das seguintes perguntas:

1) Que tipo de informação você espera encontrar no texto?

2) Tendo em mente as manifestações ocorridas no Brasil em unho de 2013, que informaçõesvocê


prevê encontrar no texto?

Agora passe os olhos brevemente acessando a notícia abaixo:


www.guardian.co.uk/world/2013/jul/12/thousands-streets-brazil-protests?INTCMP=SRCH

Como foi sua leitura? Mesmo não compreendendo todo o texto, conseguiu identificar
alguma das informações previstas por você?
O que você acredita o/a tenha ajudado na leitura
O conteúdo teórico desta unidade pretende oferecer respostas a essa pergunta e também
lhe ajudar a desenvolver sua autonomia durante o seu processo de aprendizado da língua
inglesa. Pretendemos aqui apresentar em detalhe cada uma das habilidades necessárias para
dominar o idioma inglês: a habilidade leitora (reading), a habilidade auditiva (listening), e
as produções escritas (writing) e faladas (speaking).

Vamos lá?

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Introdução

O objetivo central desta unidade é provocar reflexões e oferecer oportunidades para que
você desenvolva as habilidades necessárias para um aprendizado consistente e eficaz da língua
inglesa. Pretendemos estudar aqui as principais habilidades que devemos exercitar para garantir
o domínio do idioma inglês: a habilidade leitora (reading), a habilidade auditiva (listening),
e as de produções escritas (writing) e faladas (speaking). Esta unidade deverá servir, também,
como um ponto de retorno e retomada a medida que progredimos em nossos conhecimentos
sobre o idioma. As estratégias e reflexões que apresentarmos deverão acompanhar o seu
contato com textos, vídeos, textos em áudio e práticas de fala.
Esta unidade está dividida em quatro seções e cada uma delas abordará uma das quatro
habilidades mencionadas acima. Essa divisão foi feita estritamente para fins didáticos pois, na
realidade prática de nosso contato com a língua que estamos aprendendo, as quatro habilidades
se complementam e interligam. Frequentemente lançamos mão de mais de uma dessas
habilidades ao lermos um texto ou assistirmos um vídeo, por exemplo.
Um dos conceitos importantes que norteia á esta unidade e permeará o estudo das quatro
habilidades é o conceito de metacognição. De acordo com Savia Coutinho e tal (2005), a
metacognição diz respeito aos processos mentais de ordem superior que estão constantemente
envolvidos no aprendizado – planejar-se para o aprendizado, monitorar o ritmo do aprendizado
e prever o próprio desenvolvimento. Em outras palavras, será de extrema importância que
você esteja sempre consciente e atento ao seu próprio processo de aprendizado para que possa
desenvolver sua autonomia para aprender o idioma inglês. Monitorar seu ritmo de leitura,
corrigir as frases que produz e procurar por erros são exemplos de uma postura metacognitiva.

A LEITURA (Reading)

A leitura é uma das fontes mais importantes para o aprendizado


de uma nova língua. É de extrema importância, portanto, que
aproveitemos os momentos de leitura de textos em língua inglesa para
aprimorarmos nossas habilidades leitoras em nossa própria língua.
Como frequentemente aprendemos a ler quando criança, tendemos a
naturalizar o processo de leitura e raramente paramos para refletir como
estamos lendo. Muitas vezes não compreendemos um texto e pensamos
“é um texto difícil mesmo”, ou “não sou suficientemente inteligente
para entender isso”, quando, às vezes, a solução seria simplesmente
nos questionarmos: será que estou lendo este texto de forma correta?
Normalmente não fazemos essa reflexão e muitas leituras interessantes
Fonte: Thinkstock.com em nossa própria língua acabam sendo deixadas de lado.
Ao contrário do que se pensa, há formas diferentes de se ler um texto. Além disso, a maioria
dos textos que lemos pertence a um determinado gênero textual.

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Unidade: Desenvolvendo habilidades para o aprendizado de Línguas

O que é gênero textual?


Um dos primeiros teóricos a tratar das características que os textos apresentam foi Mikhail
Bakhtin, com quem aprendemos a perceber que os vários tipos de textos que circulam em nosso
meio social - sejam eles textos escritos ou falados -, tendem a se agrupar em gêneros do discurso,
pois possuem aspectos semelhantes entre si. Nas palavras de Bakhtin (2003, pág. 262):

Todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da


linguagem. Compreende-se perfeitamente que o caráter e as formas desse uso
sejam tão multiformes quanto os campos da atividade humana, o que, é claro,
não contradiz a unidade nacional de uma língua. O emprego da língua efetua-
se em forma de enunciados (orais e escritos) concretos e únicos, proferidos por
integrantes desse ou daquele campo de atividade humana. Esses enunciados
refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo não
só por seu conteúdo (temático) e pelo estilo da linguagem, ou seja, pela seleção
dos recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais da língua mas, acima de tudo,
por sua construção composicional.

Cada gênero textual, , por exemplo, uma receita de bolo, um artigo científico, um artigo
de jornal ou uma bula de remédio, ativa em nosso cérebro uma série de expectativas a seu
respeito . Quando lemos uma bula de remédio, muito provavelmente não esperamos encontrar
respostas para as grandes questões da existência humana na terra, mas sim, informações acerca
de quantas cápsulas devemos tomar, com que frequência etc. Como fazemos muitas dessas
leituras em nosso dia-a-dia, por questões práticas, é raro que nos conscientizemos a respeito de
como estamos lendo, poisa maioria desses textos está em nossa língua mãe, que conhecemos
bem e com a qual estamos acostumados.
Ao progredirmos em nossos estudos da língua inglesa, uma língua que estamos começando
a conhecer, precisaremos estar mais conscientes de nossos processos de leitura.Será importante
para nós, por exemplo, ao nos depararmos com um horóscopo de jornal em língua inglesa, nos
lembrarmos dos motivos que nos levam a leresse tipo de leitura e do tipo de informação que
frequentemente encontramos em horóscopos de jornal. Esse tipo de preparo será fundamental
para diminuir nossa ansiedade (que é comum) ao estarmos diante de textos em uma língua que
estamos aprendendo, mas que nos parece ainda um tanto estranha.
Veja abaixo o texto de um horóscopo tirado da internet. Faça uma rápida leitura. Gostaríamos
de sugerir que, mesmo que você tenha acesso a algum tipo de dicionário, que você não o use
durante esta atividade, pois nosso propósito principal aqui é levá-lo a perceber a importância
de se preparar para uma leitura, ao menos inicialmente, com os conhecimentos que você já
possui sobre o texto. Pretendemos aqui sugerir estratégias de leitura que o tornem um leitor em
língua inglesa mais independente e que aprenda a restringir o número de palavras que precisará
procurar em um dicionário, tornando o processo de leitura mais ágil e menos enfadonho.

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http://my.horoscope.com/astrology/free-daily-horoscope-scorpio.html

Imaginamos que, ao fazer uma primeira leitura, você já tenha reconhecido algumas das
palavras por serem muito parecidas com palavras do português. Volte ao texto, releia-o
novamente e anote no seu caderno, as palavras que você reconheceu:

Imaginamos que entre as palavras que anotou devem estar presentes: horoscope (horóscopo),
tactic (tática), convert (converter), motivation (motivação) positive (positiva), energy (energia)
situation (situação), comment (comentar, comentário) insult (insulto), reaction (reação),
emotionally (emocionalmente). Assim, um dos primeiros passos ao uma lermos textos em inglês,
é identificar as palavras em língua inglesa que nos remetem a palavras em língua portuguesa e
que possam nos ajudar a compreender seu conteúdo .
Um dos próximos passos para refinarmos nossa compreensão do texto é refletir sobre as
características comuns a esse gênero textual. Mesmo que você não acredite em horóscopos e
não os leia frequentemente , por se tratar de um gênero conhecido, você está preparado para
fazer previsões a respeito do tipo de informação que é frequente nesses textos. Sabemos, por
exemplo, que, em sua maioria, os horóscopos trazem sugestões, conselhos e diretivas para que
possamos aplicar em nossas vidas. Devemos, então, ao iniciar nossa leitura do texto acima,
tentar antecipar o tipo de tempo verbal ou estrutura gramatical que são normalmente usados
para sugerir e aconselhar, como o imperativo (Faça isso, não faça aquilo. Fique em casa, trabalhe
menos etc) ou o futuro do pretérito (Seria uma boa ideia...., Você poderia....). Dessa maneira,
ao tentarmos compreender o texto, poderemos inferir sentidos possíveis de uma maneira mais
segura, menos desavisada. Que tal fazermos uma nova leitura do texto levando em conta o que
aprendemos nesse último parágrafo?
Convidamos você, então, a escrever algumas ideias que aparecem no horóscopo acima,
nno seu caderno. Não se preocupe em estar correto ou em entender tudo o que está no texto.
Desejamos apenas que você a exercitar um movimento de leitura que pode vir a ajudá-lo a ser
um leitor mais independente de textos em inglês. Uma tradução do texto se encontra ao fim
desta unidade para que você possa depois comparar com a sua previsão.
O que você percebeu após comparar sua previsão com a tradução sugerida ao final da
deste tema? Imaginamos que, ao exercitar uma leitura mais orientada e mais consciente do
texto, você tenha chegado pelo menos próximo de uma compreensão geral dele. Não se sinta

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Unidade: Desenvolvendo habilidades para o aprendizado de Línguas

desanimado caso tenha cometido equívocos. O exercício constante de uma leitura mais bem
orientada combinado aos seus progressos no aprendizado da língua inglesa (como o aumento
do seu vocabulário e seu conhecimento dos tempos verbais), gradualmente o conduzirá a uma
compreensão cada vez mais acurada do sentido dos textos.

Uma boa tática para converter seus medos em motivação para uma ação positiva. Você
tem uma grande quantidade de energia à sua disposição, Escorpião. Não o desperdice.
Esteja ciente de que é uma daquelas situações em que o menor comentário ou insulto pode
desencadear uma reação em cadeia de desinformação. As pessoas são emocionalmente
carregadas, então tome cuidado onde pisa.

Leitura extensiva e Leitura Intensiva

Para aprender melhor uma língua estrangeira é necessário que alternemos entre dois tipos
de leitura: a extensiva e a intensiva. Esses dois tipos de leitura precisam estar presentes no seu
processo de desenvolvimento do aprendizado da língua inglesa.

A leitura extensiva
Na leitura extensiva, não é necessária uma compreensão profunda dos sentidos dos textos.
A leitura extensiva convida o aprendiz do idioma estrangeiro a se ambientar com a língua, o
que ajuda a diminuir a ansiedade muitas vezes frequente no processo de aprendizado. Uma
prática frequente desse tipo de leitura, também formará na memória do leitor, um “banco de
dados” das características da língua. Assim, quando aprendermos regras gramaticais, tempos
verbais e vocabulário, por exemplo, eles lhe parecerão mais familiares. Além disso, quando
estivermos praticando a fala ou a escrita, esse “banco de dados” gradualmente formado pela
leitura extensiva, virá em nosso auxílio, mesmo que muitas vezes de maneira inconsciente, para
que nos lembremos de padrões e estruturas da língua.
Maneira de se praticar a leitura extensiva
Para que o aprendizado do idioma inglês seja mais eficaz e rápido é fundamental que
estejamos, sempre que possível, em contato com a língua estrangeira. Um primeiro passo seria,
então, pensar em assuntos e leituras que são interessantes para você, sobre os quais você
possa ler um pouco todos os dias. Notícias sobre esportes, economia, celebridades; horóscopo,
receitas, dicas sobre exercícios de ginástica: esses exemplos são, na maioria dos casos, textos
curtos e que frequentemente vem acompanhados de imagens, que facilitam a leitura. Um
exemplo: se você gosta muito de história, pode consultar bibliotecas digitais em inglês como a
Wikipédia e fazer uma leitura mais geral do texto. É claro que, se você ficar muito interessado
por um determinado assunto poderá pausar e ler o texto que encontrou mais cuidadosamente,
procurando palavras no dicionário, lendo mais lentamente, para entendê-lo melhor. Essa leitura
mais cuidadosa, que leva a uma compreensão mais profunda de um texto, é o que chamamos
de leitura intensiva, que será descrita no item a seguir.

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A leitura intensiva
A leitura intensiva exige um tempo de dedicação maior ao texto, pois o leitor a leitura
intensiva requer uma compreensão mais detalhada. Na prática desse tipo de leitura, devemos
levar em consideração as reflexões sobre leitura feitas no início da seção intitulada “A Leitura”
(que se encontraalgumas páginas acima) como, por exemplo, nos indagarmos a respeito do que
já conhecemos sobre o assuntoque o texto trata antes de começar a lê-lo.: Sobre o que se trata
este texto? Qual gênero textual está sendo usado? O que eu já sei sobre esse texto, mesmo antes
de começar a sua leitura?

A Habilidade auditiva (Listening)

Quando ouvimos uma conversa, uma música, um programa


de rádio em português estamos tão acostumados a ouvir a
esses gêneros orais que raramente nos damos conta de como
ouvimos. Os gêneros orais, do mesmo modo que os gêneros
textuais, possuem características estruturais e lexicais que
diferenciam um gênero de outro. Se fizermos uma pausa para
refletir, perceberemos que a narração de um jogo, uma notícia
de rádio, uma conversa sobre o final de semana, todos esses
gêneros, tem características próprias.
Ao ouvirmos uma conversa de dois amigos sobre o final
de semana esperamos que eles façam perguntas curtas um Fonte: Thinkstock.com
ao outro, que usem verbos no passado, que usem vocabulário
relacionados aos dias da semana além de verbos tais como: fazer, ir, acordar, almoçar. Ao nos
prepararmos para ouvir textos em inglês, será de extrema importância que nos perguntemos de
que gênero oral se trata e fazermos previsões e antecipações a respeito de que características
(como as exemplificadas acima) esperamos encontrar no trecho que iremos ouvir.

Escuta extensiva e escuta intensiva


É importante que destaquemos aqui que, ao praticarmos a escuta da língua inglesa,
deveremos também ter em mente o que foi dito acima sobre leitura extensiva e intensiva. Da
mesma maneira que a leitura extensiva pode nos auxiliar para que nos familiarizemos com
o idioma estrangeiro, o mesmo acontece quando aumentamos nosso contato com músicas,
filmes, seriados, palestras, vídeos da internet etc. Assistir a filmes com legenda em português é
um bom exemplo de praticar esse tipo de escuta: embora estejamos lendo as legendas, estamos
escutando o idioma inglês. Quanto mais assistirmos, mais nos aproximamos da língua.. Essa
prática é recomendada e pode ser entendida um momento de escuta intensiva, pois temos
a possibilidade de pausar a escuta (o vídeo, a música, por exemplo) e retomar trechos. Os
momentos de escuta extensiva podem ocorrer no caminho para o trabalho, em momentos de
relaxamento em casa ou ao fazermos exercícios físicos, por exemplo.

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Unidade: Desenvolvendo habilidades para o aprendizado de Línguas

E a escuta intensiva? Aqui só há menção à escuta extensiva embora no título a intensiva


também seja mencionada.

A Produção Escrita (Writing)

Nesta seção da unidade 2 e na próxima, nossa atenção


estará voltada para a produção em língua inglesa; falaremos
sobre as produções escrita e oral. Embora esta unidade
tenha sido estruturada em quatro grandes segmentos (leitura,
escuta, produção escrita e produção oral) ressaltamos que,
para um aprendizado sólido da língua inglesa, é fundamental
perceber que essas quatro habilidades devem também ser
percebidas como parte do processo orgânico que caracteriza
o aprendizado de uma língua.
A produção escrita geralmente se inicia com os pequenos
textos que vão sendo produzidos ao passo que nossa
familiaridade com o idioma vai gradualmente aumentando.
Nas próximas unidades, você será constantemente convidado
a observar e se basear em modelos para produzir pequenos
Fonte: Thinkstock.com textos . Não se trata de oferecer uma fórmula para que ela
seja mecanicamente copiada, mas sim, de modelos de escrita
produzidos na vida real.
No exemplo abaixo, apresentamos um e-mail de resposta de Ana, uma universitária brasileira,
para seu amigo americano Paul, que havia lhe enviado um e-mail dizendo ter programado uma
viagem para o Brasil. Antes mesmo de ler o e-mail, poderíamos certamente prever ao menos
parte de seu conteúdo: algum tipo de saudação, alguma pergunta sobre como Paul está, reações
a respeito de sua vinda para o Brasil etc. Para que prossigamos com nossas reflexões sobre
produção escrita, leia o e-mail reproduzido abaixo:

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Você certamente observou que, embora o e-mail esteja escrito em inglês, sua estrutura é
muito parecida com e-mails que escrevemos em português. Essa observação atenta dos gêneros
da escrita funciona como apoio para a produção de seus primeiros textos no idioma inglês.
Em nosso dia a dia, raramente produzimos textos que não tenham algum tipo de modelo, de
características fixas. Mesmo quando deixamos um bilhete de geladeira ou fazemos uma lista de
supermercado, nossos textos seguem um determinado padrão, mais ou menos fixo. No mundo
eletrônico da internet como no Facebook, por exemplo, podemos notar que, mesmo que os
textos sejam muito variados, encontraremos características que se repetem.

Auto-correção
Observar gêneros textuais e suas características também pode ser de grande auxílio para
que possamos exercitar a autocorreção. Vamos supor que você seja requisitado a produzir uma
narrativa curta sobre o seu último final de semana: que tipo de informação é comum em um
texto desses? O que você deve observar em seu próprio texto para detectar possíveis erros?
Sabemos que uma narrativa sobre um final de semana que passou trará colocações afirmativas
e/ou negativas com verbos no passado bem como advérbios e expressões adverbiais de lugar
e de tempo. Será muito importante, portanto, que você, após produzir o seu texto, busque
perceber se usou os tempos verbais do passado corretamente, se construiu bem uma sentença
negativa, se fez uso de advérbio de tempo ou ainda se cometeu algum erro ortográfico.
Corrigir nossos próprios textos sem termos parâmetros pode ser um tanto difícil, portanto,
busque sempre criar uma lista de elementos que devem constar em seu texto e releia sua produção
escrita tentando encontrá-los. Além disso, lembre-se que você sempre contará com a leitura e
comentários de um leitor, ou seja, de um professor ou de um tutor que farão comentários a
respeito de seu texto, darão sugestões de escrita e orientações para reescrita. Com esse processo
você se tornará cada vez mais independente com o uso do idioma inglês.

A Produção Oral (Speaking)


Esta seção da presente unidade trata de postu-
ras e práticas que o auxiliará a desenvolver au-
tonomia para aprender a falar a língua inglesa.
Antes de mais nada, ressaltamos que as três se-
ções acima trazem orientações e reflexões que
nos serão igualmente úteis ao concentrarmos
nossos esforços para a produção oral e será
muito importante que você conte também com
elas para que possa seguir com passos seguros
a caminho de um inglês fluente. Quanto mais
curiosos nos tornarmos sobre as várias formas
de manifestação da língua inglesa, mais con-
Fonte: Thinkstock.com
forto e tranquilidade teremos para nos comuni-
car em inglês.

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Unidade: Desenvolvendo habilidades para o aprendizado de Línguas

A produção oral costuma ser uma fonte de grande preocupação para aqueles que estão
dando os primeiros passos em direção a se tornarem falantes fluentes de um idioma estrangeiro.
Muito já se pesquisou sobre os processos da fala que estão envolvidos no ato da comunicação,
para que o ensino de línguas pudesse ser mais bem orientado. Principalmente depois da
década de 60, quando o ensino da língua inglesa já havia se tornado uma prática comum
em muitos países ocidentais. Nas décadas seguintes, com base na experiência de alunos e
professores e nas descobertas feitas pela Linguística e pela Neurologia, alguns métodos foram
descartados e outros aprimorados. Um dos primeiros métodos que foi usado por muitos anos
foi o método audiolingual.
Segundo Jack C. Richards e Richard Schmidt (2010, p.10) no Longman Dictionary of Language
Teaching and Applied Linguistics, o método audiolingual enfatiza: a) o ensino da fala e da escuta
antes do ensino da leitura e da escrita; b) utiliza-se de diálogos e exercícios de repetição; c)
desencoraja o uso da língua materna em sala de aula, e d) utiliza-se frequentemente da análise
contrastiva (comparações entre as estruturas gramaticais e fonéticas da língua materna e da
língua a ser aprendida). Essencialmente, esse método centrava-se, então, principalmente na
repetição de estruturas gramaticais ou frases com base em modelos de diálogos gravados ou em
estruturas de modelo apresentadas pelo professor. Algumas práticas propostas por esse modelo
mostram-se ainda muito úteis no aprendizado de um idioma, embora o método em si, como
prática central, tenha sido superposto por novos métodos que foram surgindo nas décadas
subsequentes. Ouvir frases em filmes, músicas, palestras e repeti-las é o tipo de prática que
certamente encorajamos aqui. Entretanto, ao contrário do que sugere o método audiolingual,
consideramos todas as quatro habilidades importantes para um desenvolvimento sólido no
aprendizado do idioma inglês.
Outro método que tem sido extensivamente usado no ensino de línguas estrangeiras em
muitos países do mundo é a abordagem comunicativa (communicative approach). De acordo
com Jack C. Richards e Richard Schmidt (2010, p.30) em Longman Dictionary of Language
Teaching and Applied Linguistics, essa abordagem propõe que o objetivo do aprendizado de
uma língua seja uma comunicação significativa e o uso ativo da língua devem ser o foco de todas
as atividades de sala de aula. A abordagem comunicativa foi desenvolvida particularmente pela
linguística aplicada na Inglaterra como uma maneira de oferecer uma alternativa às abordagens
como a do método audiolingual.
Uma sensação que costuma acompanhar muitos aprendizes quando começam a estudar
uma língua estrangeira é certo embaraço e desconforto na hora de falar. Trata-se de uma
sensação normal, que tende a diminuir ao passo que criamos intimidade com a língua
aumenta. O importante é que não deixemos de arriscar pelo receio de cometer erros e de não
falar de forma correta.

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Material Complementar

Nessa unidade estudamos o conceito de metacognição e o conceito de gêneros textuais


relacionados ao estudo das quatro habilidades (a habilidade leitora, a habilidade auditiva e
as habilidades de produção escrita e falada). Durante o estudo das unidades subsequentes,
para um aprendizado mais orgânico e eficaz do idioma inglês deveremos sempre que possível
recorrer às reflexões propostas na unidade 2.
Para que você possa ampliar e aprofundar seus conhecimentos sobre metacognição, os
gêneros textuais e as quatro habilidades, indicamos algumas leituras que você pode encontrar
acessando a internet.
É muito importante que você exerça a sua autonomia de estudante e que desenvolva sua
pró-atividade para construir novos conhecimentos.

• http://www.veramenezes.com/strategies.htm

• http://www.tede.ufv.br/tedesimplificado/tde_arquivos/55/TDE-2012-10-
22T113840Z-4028/Publico/texto%20completo.pdf

• http://www.portugues.com.br/redacao/generostextuais/

• http://anais.jiedimagem.com.br/pdf/2348.pdf

• http://pcc2010ufg.wikispaces.com/M%C3%A9todo+Audio-Lingual

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Unidade: Desenvolvendo habilidades para o aprendizado de Línguas

Referências

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003
DOLY, Anne-Marie. A metacognição, um apoio ao trabalho dos alunos. 1999 Porto
Editora, pp20)
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: ArtMed,1998
VIAN JUNIOR, Orlando. Língua e cultura inglesa, São Paulo: IESEDE, 2008

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Anotações

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