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DIÁRIO DE LEITURA
Para Canetti, a prática da escrita diarista deve ter o caráter de diálogo aberto e franco do escritor
consigo mesmo, com suas múltiplas faces e com os outros que o rodeiam, diálogo que deve permitir
uma autocrítica constante, em que o diarista deveria tratar-se com mais rigor do que um outro o faria
(Apud Machado et. al. 2007, p. 21).
8. Registro das reações diante do texto lido/ a ser lido: prazer; curiosidade; desprazer; preguiça; desinteresse inicial;
cansaço; questionamento das ideias do autor lido; interesse inicial pelo suporte e, que o texto se encontra; interesse
pelo objetivo do texto; rejeição às ideias do autor lido; tédio; dúvida sobre a atualidade do texto.
Levantamento do que é significativo para o leitor
Lembre-se sempre de que, durante a leitura de um texto, ao mesmo tempo em que for lendo, você deverá ir produzindo
o seu diário. NÃO DEIXE PARA FAZER ISSO AO FINAL DA LEITURA!
Aos poucos, à medida que for lendo, vai encontrar ideias importantes para você e ideias que parecem ser importantes
para o autor. Além disso, no diário, você vai registrar suas próprias ideias, seus sentimentos, suas reflexões, sobre o
que o autor discorre. Portanto, é necessário tomar cuidado e não misturar o que é seu com o que é do autor.
Para isso, registre as ideias que o autor coloca como sendo as mais importantes, a(s) tese(s) que ele defende e os
argumentos que usa para sustentá-las, de acordo com as normas científicas para citações. Quanto mais importantes,
maior a necessidade de registrá-las (Machado, Abreu-Tardelli, Lousada, 2007, p. 57).
Referências
MACHADO, Anna Rachel. O diário de leituras: a introdução de um novo instrumento na escola. São Paulo: Martins
Fontes, 1998.
MACHADO, Anna Rachel; LOUSADA, Eliane; ABREU-TARDELLI, Lília Santos. Trabalhos de pesquisa: diários de leitura
para a revisão bibliográfica. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
MACHADO, Anna Rachel; LOUSADA, Eliane; ABREU-TARDELLI, Lília Santos. O diário de leitura: ferramenta para uma
leitura crítica do texto. In: Resenha. São Paulo: Parábola Editorial, 2004, p. 63-83.