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Introdução
O diário de leitura é, segundo Rachel Machado, Lousada e Abreu-
Tardelli (na obra Resenha - leitura e produção de textos técnicos e
acadêmicos, Editora Parábola), uma ferramenta para a leitura crítica
de textos. As autoras defendem a idéia de que, com a prática do diário
de leitura, o aluno poderá ter uma atitude de leitor ativo, interativo e
crítico diante dos textos, o que, segundo elas, pode ajudá-lo a ter
opinião mais segura e fundamentada sobre o texto lido.
Ponto de partida
O diário de leitura não é uma atividade a ser desenvolvida
exclusivamente na sala aula. Pelo contrário. Deve ser iniciada pelo
professor junto aos seus alunos na sala de aula (nas aulas de leitura,
por exemplo), mas deve se estender para casa, como uma prática de
estudo que acompanhará o estudante pela vida escolar afora, desde o
ensino fundamental até a carreira universitária.
Objetivos
1) Levar os alunos à prática da leitura crítica do texto;
2) Desenvolver nos alunos técnicas de "diálogos" com o texto lido;
3) Motivar os alunos a manterem contato com a leitura e, ao mesmo
tempo, incentivar a escrita: indiscutivelmente, práticas sociais de
fundamental importância no mundo contemporâneo.
Estratégias
1) Peça aos alunos que cada um providencie um caderno. Nele serão
anotadas as observações, os comentários, as dúvidas, etc. acerca da
leitura que farão;
2) Esclareça para eles que o "diário de leitura" não é um diário íntimo,
isto é, aquele em que se escreve sobre a vida, e sim um diário
reflexivo de leitura;
3) Peça aos alunos que registrem tudo: a busca de objetivos para a
leitura, a expressão de dúvidas diante da leitura, reflexões sobre as
dificuldades com a leitura e tentativas de compreender suas causas
ou, mesmo, reflexões sobre o processo de leitura;
4) Diga para não se preocuparem com o certo ou o errado, pois tudo o
que se pensar ao ler o texto deverá ser registrado;
5) Explique ao alunos que, por se tratar de uma espécie de conversa,
eles não devem falar o tempo todo, mas também devem ouvir o autor
do texto que está sendo lido, pois, como numa conversação, também
precisamos dar voz ao nosso interlocutor;
6) Para isso, há várias ações envolvidas: falamos, escutamos,
concordamos, discordamos, interferimos, perguntamos, etc. Esse
movimento permite que ambos (autor do texto e aluno), falem e
escutem.
Comentários
O diário de leitura não é um texto para ser entregue ao professor, pois,
como o próprio nome sugere, é um diário, ou seja, um texto que
apenas o aluno irá ler. Todavia, se houver a necessidade de que o
texto seja entregue ao professor, uma segunda versão deverá ser
elaborada, verificando se há alguma informação que o aluno prefira
omitir, se ele deseja rever suas posições, ou mesmo melhorar o texto,
não se esquecendo de que, pelo fato de entregar ao professor, o
caderno deixa de ser um diário.
Seguem abaixo, com pequenas adaptações, algumas instruções,
dadas pelas autoras do livro, para a elaboração de um diário de
leitura: