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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

Flavia Beatriz Pereira da Costa


821135207

Produção Textual

São Paulo, 2022


SUMÁRIO

Design + Artesanato: O caminho Brasileiro……………………………………………………………………………..…03

TOLEDO L., ABREU A. - A conexão……………..………………………………………………………………………………04

MANZINI E., VEZZOLI C. O desenvolvimento de produtos sustentáveis. p.89-98….….05

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1º BORGES. Adélia - Design + Artesanato: O caminho Brasileiro. São Paulo: Terceiro Nome.
p.57-96.

Adélia Borges é uma curadora especializada em design e professora de história do


design. Já escreveu artigos, textos para catálogos e livros, dentre um deles “Design
+ Artesanato: O caminho Brasileiro.” da Editora Terceiro Nome, em que apresenta,
principalmente, as complementações que o Design realiza no artesanato e as
melhorias feitas através dessa complementação. Em um dos trechos desse livro, no
tópico “Vários Caminhos”, Adélia inicia evidenciando a necessidade de revitalização
do artesanato Brasileiro enfatizando que não há um procedimento padrão e, nos
parágrafos posteriores, discute as ações que estão sendo trilhadas para atingir o
objetivo subdividindo-as em eixos principais, apresentando diversos projetos.
Em “Melhorias das Condições Técnicas”, Adélia apresenta a necessidade de
estabelecer critérios de qualidade, por meio do resgate de antigos repertórios locais
e novas técnicas desenvolvidas por especialistas. Além da necessidade de adaptar
o produto feito para novos usos e uma especificação de criação para cada um, para
conseguir estabelecer valores e entregas, por exemplo. A partir disso, o Design
consegue adequar o produto, tendo em vista as possibilidades do mercado.
No “Uso de Materiais Locais”, é apresentado a questão da potencialização dos
materiais encontrados em cada região, com a ajuda dos moradores locais e, além
disso, o acompanhamento de profissionais para ajudar no manejo de maneira
sustentável. Consequentemente, evitando a utilização de outros materiais
comumente utilizados e conhecidos. Além disso, a reciclagem de materiais também
é demonstrada por Adélia como um meio de revitalização, já que esse grupo de
materiais está tendendo a crescer acompanhando a urbanização do Brasil, em que
ocorre um grande descarte de materiais. O Design pode ser um instrumento e a
ajuda necessária para a criação da maneira do uso e o resultado final, seja em
produtos ou serviços.
Por fim, concordo com Adélia que Design é um meio que pode ajudar na
revitalização do artesanato, que por ser uma forma de arte, proporciona uma forma
de cultura para o país. Além disso, os vários exemplos mencionados junto aos seus
resultados durante o decorrer da leitura, deixa claro a importância de um profissional
dessa linha de estudo saber técnicas que ajudem a sociedade e como isso pode ser
benéfico para ambos os lados.

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2º TOLEDO L., ABREU A. - A conexão.

“A conexão” foi escrita por Luis Fernando Toledo Antunes é um repórter políticas
públicas e jornalista de dados, com anos de experiências em algumas das principais
redes de comunicação do Brasil, e por, Allan de Abreu, repórter da revista piauí,
graduado em comunicação social com habilitação em Jornalismo e mestre em
Teoria da Literatura. Essa matéria tem como objetivo de mostrar a conexão entre um
exemplo de caso de contrabando de madeira amazônica para os Estados Unidos e
qual foi o papel de Ricardo Salles, ex ministro do meio ambiente do Brasil.
A matéria Inicia-se com uma situação que ocorreu em uma loja de Nova York, em
que lá vende materiais de madeiras a preços de ouro, além do estoque de madeiras
da árvore Tabebuia serratifolia (ipê amarelo) aos fundos do local, porém nenhum
dos funcionários sabe dizer de onde vem, apenas que são importadas. A saga do
crime ambiental descoberto pela revista piaui junto com o consórcio internacional de
jornalismo investigativo Organized Crime and Corruption Reporting Project
(OCCRP) e o Center for Climate Crime Analysis (CCCA) foi destrinchada durante o
decorrer do texto, que explicava de onde a madeira era extraída até a forma e o
meio clandestino que transportado até chegar na loja nos Estados Unidos, além de
comprovar o envolvimento do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Houveram fraudes que funcionavam para mascarar o contrabando, que iam desde
leilões de madeiras que nunca aconteceram a empresas fantasmas. Em meio a tudo
isso, houve uma proposta de tornar mais rigido a fiscalização de exportação do ipê,
mas, Ricardo Salles, o ministro do meio ambiente na época, engavetou a proposta
e, após um tempo, nomeou um agente da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência)
e um policial militar aposentado, ambos sem experiências na área ambiental, para
operar a Coordenação Inteligência de Fiscalização do Ibama e superintendente do
órgão no Pará, respectivamente. Ibama, que é especializado na fiscalização do
Meio Ambiente, e o Pará, em que há uma região já desmatada e é onde as
madeiras passam para conseguir ir ao Estados Unidos. Após meses, houve uma
investigação da Policia Federal, que estava analisando a participação de Salles em
facilitar o contrabando de madeiras amazonica extraída de forma ilegal, entre outros
crimes. Não demorou muito para Salles sair do cargo que ocupava.
Até que chegou o momento em que a investigação iniciada lá atrás foi interrompida
devido ao desmonte do setor de inteligência do órgão ambiental, por decisão de
Ricardo Salles que patrocinou o feito e também estava sob investigação.
Ninguém foi condenado.
Mais um caso sem solução e, consequentemente, mais desmatamento e madeiras
brasileiras chegando caríssimas em outros países, tomando forma de móveis e
telhados chiques, enquanto no Brasil, corruptos e organizações criminosas com
muito mais dinheiro e mais familias sendo prejudicadas. Mas é claro que tudo é
apenas “coincidência”.

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3º MANZINI E., VEZZOLI C. O desenvolvimento de produtos sustentáveis. p.89-98.

O livro "O desenvolvimento de produtos sustentáveis" foi escrito por Ezio Manzini,
Professor titular de Design no Politécnico de Milão, onde é Diretor da Unidade de
Pesquisa Design e Inovação para a Sustentabilidade e coordenador do Doutorado
em Design. E por, Carlo Vezzoli, que é professor da Escola de Design do Politecnico
di Milano e é dedicado a estudar o design para a sustentabilidade ambiental e
social. Nesse livro, há um tema chamado "Vida do Sistema-Produto" em que
apresenta e explica sobre o ciclo de vida de um produto de forma que os processos
são esquematizados da forma a seguir.
Pré produção (P. 93) que é a fase em que os materiais são produzidos, partindo de
uma matéria-prima semi-elaborada e os momentos fundamentais dessa fase são: a
aquisição dos recursos, transporte do lugar de aquisição até a produção e a
transformação dos recursos em materiais e energia. Em seguida, vem a Produção
(P. 94), em que ocorre a transformação dos materiais, montagem e acabamento,
sendo as três fases resultando em um produto final. A Distribuição (P. 95) começa
com a embalagem para a chegada íntegra nas mãos do usuário final, o transporte
que pode ser feito de diversas formas, com o destino para um local intermediário ou
final, e por fim, a armazenagem.
O Uso (P. 95) pode se caracterizar pelo produto ser utilizado por um período de
tempo ou consumo, em que pelas suas próprias características pode ser
consumido, e serviço. O produto continua em uso até o momento que o usuário
decida não utilizá-lo nunca mais ou eliminá-lo, o que pode acontecer por diversos
motivos variados. Por fim, o Descarte (P. 96), em que pode-se recuperar a
funcionalidade do produto ou de algum componente recuperando o uso original ou
criar uma nova função, valorizar as condições ou conteúdo energético do produto ou
não recuperá-lo. Além do ciclo de vida do produto em si, há os ciclos adicionais que
devem ser considerados, pois acrescentam ou são serviços que ajudam no produto
final, como por exemplo, uma embalagem de café. Em que, o café (produto final) e a
embalagem (adicional) possuem ciclos de vida diferente mas "trabalham" juntos.
Em conclusão, é importante saber os ciclos de vidas dos materiais e como lidar com
eles, principalmente ao falar sobre o descarte e como fazê-lo de maneira correta e o
Design utilizado como instrumento para sustentabilidade é um caminho a ser
seguido.

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