O documento define os cursos de pós-graduação no Brasil, distinguindo entre pós-graduação lato e stricto sensu. Estabelece que a pós-graduação stricto sensu deve ter mestrado com duração mínima de 1 ano e doutorado de 2 anos, com foco em pesquisa e seminários. Também define que os cursos de pós-graduação precisam ser aprovados pelo Conselho Federal de Educação.
O documento define os cursos de pós-graduação no Brasil, distinguindo entre pós-graduação lato e stricto sensu. Estabelece que a pós-graduação stricto sensu deve ter mestrado com duração mínima de 1 ano e doutorado de 2 anos, com foco em pesquisa e seminários. Também define que os cursos de pós-graduação precisam ser aprovados pelo Conselho Federal de Educação.
O documento define os cursos de pós-graduação no Brasil, distinguindo entre pós-graduação lato e stricto sensu. Estabelece que a pós-graduação stricto sensu deve ter mestrado com duração mínima de 1 ano e doutorado de 2 anos, com foco em pesquisa e seminários. Também define que os cursos de pós-graduação precisam ser aprovados pelo Conselho Federal de Educação.
Disciplina: Metodologia da Pesquisa e do Ensino em Direito
Trabalho: Fichamento Modelo Resumo ou Conteúdo
Referência: BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. CONSELHO
FEDERAL DE EDUCAÇÃO. Parecer n° 977/65. Define os cursos de pós- graduação. Documenta, 1965.
Publicado em 03 de dezembro de 1965, o parecer nº 977, além de
estabelecer a diferença entre pós-graduação lato senso e strico senso, traz importantes conclusões que se mostram como princípios indicativos da forma como deve ser regulamentada a implantação da pós-graduação no Brasil. Este é o marco inicial da institucionalização da pós-graduação no Brasil. Este parecer foi produzido ante a necessidade de implantar e desenvolver os cursos de pós-graduação no ensino superior brasileiro.
Após uma breve introdução que se refere ao pedido do então ministro da
Educação e Saúde, o parecer se divide em: “a origem histórica da pós-graduação”, “necessidade da pós-graduação”, “conceito de pós-graduação”, “um exemplo de pós-graduação: a norte americana”, “a pós-graduação na Lei de Diretrizes e Bases da Educação”, “a pós-graduação e o estatuto do magistério”, e “definição e características do mestrado e doutorado”.
Segundo ensina o parecer, a pós-graduação teria por objetivo formar corpo
docente competente e pesquisadores de alto nível, além de qualificar profissionalmente quem assim optasse. Além disso, ressalta que a pós-graduação é integrante do complexo universitário e necessária à realização da finalidade de uma universidade.
Neste mesmo documento, o autor atesta que o ensino superior brasileiro
ainda não conta com “mecanismos capazes de assegurar a produção de quadros docentes qualificados”. Afirma ainda que há muita imprecisão quando se trata de pós-graduação no Brasil.
Newton Sucupira relata a experiência de diversos modelos dessa nova
modalidade de ensino superior tal como, os modelos francês, alemão e norte americano. Há um tópico isolado tratando unicamente do modelo norte-americano.
Ao tratar sobre o panorama histórico do surgimento da pós-graduação, o
autor do texto destaca que esse sistema tem sua origem na estrutura das universidades norte-americanas. Nestas universidades, continua, a pós-graduação está voltada para os estudos avançados de determinadas matérias. O desenvolvimento desses programas seria fruto da influência germânica, que encoraja a universidade a ser mais que a mera transmissão de informações.
Quando fala sobre a necessidade da pós-graduação, o autor afirma que
apenas a graduação não seria suficiente para acompanhar a velocidade das pesquisas e não seria digno pensar que todos os alunos matriculados em graduações quisessem seguir no aprofundamento das matérias. Aduz:
“o desenvolvimento do saber e das técnicas aconselha
introduzir na universidade uma espécie de diversificação vertical com o escalonamento de níveis de estudo que vão desde o ciclo básico, a graduação, até a pós-graduação. (p. 3)
O autor conclui que a pós-graduação se torna a cúpula dos estudos nas
universidades modernas.
A seguir, falando sobre o conceito de pós-graduação, o autor faz uma
importante diferenciação entre pós-graduação lato sensu e stricto sensu. Ensina que a denominação “lato sensu” se destina a todo curso que se segue à pós- graduação, como as especializações. Por outro lado, as pós-graduações “stricto sensu” seriam aquelas que proporcionariam grau acadêmico de alta competência cientifica. O objetivo da pós-graduação stricto sensu seria científico, ao passo que da lato sensu seria aperfeiçoamento profissional.
Passados esses conceitos, o autor apresenta o modelo norte-americano de
pós-graduação. Explica que lá há dois níveis, mestrado e doutorado e ainda a diferença entre mestrado profissional e de pesquisa e doutorado profissional e de pesquisa. O autor descreve ainda sobre as áreas de concentração e de domínio, sistemática de obtenção de créditos, sobre a flexibilidade e duração dos programas dentre outras informações.
Em seguida, o parecer discorre sobre a pós-graduação na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação de 1961. Segundo o autor, a lei diferencia graduação, pós- graduação e especialização, mas não determina a natureza da pós-graduação o que gera certa confusão.
Interpretando a lei, o autor define pós-graduação como uma categoria própria
e afirma que para obtenção desse grau, é necessário já obter graduação. Afirma também que os programas podem fixar seus critérios para seus processos seletivos. O autor passa então a tratar das características do mestrado e doutorado.
No Brasil, a pós-graduação deveria ser dividida em dois níveis: mestrado,
com duração de no mínimo um ano, e doutorado, com duração mínima de dois anos. Estes programas deveriam ter matérias próprias condizentes com suas áreas de concentração e, primordialmente, optar-se-ia por aulas em formas de seminários. A pesquisa é característica primordial desses programas e resultará, ao final, em yma dissertação de mestrado ou tese de doutorado.
O relator afirma que o mestrado não é pré-requisito obrigatório para ingresso
no doutorado e pode ser o título final da carreira dos acadêmicos que assim optarem. Em relação aos tipos de doutorado, o autor sugere que seja contemplado dentro de quatro grandes áreas, quais sejam: Letras, Ciências Naturais, Ciências Humanas e Filosofia.
Ao final, o autor escreve 16 itens de conclusão, dentre os quais está a
conclusão nº 16, afirmando que:
Os cursos de pós-graduação devem ser aprovados
pelo Conselho federal de Educação para que seus diplomas sejam registrados no Ministério da Educação e possam produzir efeitos legais. Para isso o Conselho baixará normas fixando os critérios de aprovação dos cursos. (p.11)
Como já mencionado, o parecer de Newton Sucupira é um marco na história
das pós-graduações brasileiras. Ele conceitua e norteia a pós-graduação stricto sensu se revelando como verdadeiros princípio para implementação destas.
Carta Aberta A Comunidade Academica de Alunos e Professores Dos Cursos de Bacharelado Licenciatura e Pos-Graduação em Filosofia Da Universidade Federal Do Ceará - Ufc