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Coleção de Química Conceitual 1 -

Estrutura Atômica, Ligações


e Estereoquímica
Henrique E. Toma
Lançamento 2013
ISBN: 9788521207290 Formato: 17x24 cm
Páginas: 144
Introdução 1

COLEÇÃO de QUÍMICA CONCEITUAL


volume um

ESTRUTURA ATÔMICA,
LIGAÇÕES E ESTEREOQUÍMICA

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Introdução 9

CONTEÚDO

1 INTRODUÇÃO, 11
A Questão das Unidades e da Nomenclatura, 15

2 MATÉRIA E ENERGIA, 19
Luz, 23
O Elétron, 39
O Próton, 42
O Nêutron, 42
O Átomo Nuclear, 43
A existência do núcleo, 44
Número Atômico, 45
Massa Atômica e Isótopos, 45
Visão Microscópica do Átomo, 47

3 A NATUREZA QUÂNTICA DA MATÉRIA, 51


A Mecânica Quântica, 55
O Spin Eletrônico e o Princípio de Pauli, 63

4 CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS, 71


Propriedades Periódicas, 76

5 ESTRUTURA MOLECULAR E LIGAÇÃO QUÍMICA, 81


Eletronegatividade, Polaridade, Distâncias e Energias de
Ligação, 84
Abordagem Quântica da Ligação Química, 88
Ligações Químicas em Moléculas Poliatômicas, 96
Ligações Múltiplas, 97

6 SIMETRIA MOLECULAR, 103


Grupo de Ponto, 106

7 ESTEREOQUÍMICA E TEORIAS DE REPULSÃO


INTERELETRÔNICA, 111
Teoria dos Quartetos Duplos de Linnett, 111

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10 Estrutura atômica, ligações e estereoquímica

A expansão do octeto, 115


Teoria da Repulsão dos Pares Eletrônicos de Valência
(TRPEV), 116
Teoria do Campo Ligante – Estereoquímica de Compostos
de Coordenação, 121
Estereoisomeria, 126
Isomeria Geométrica, 126
Isomeria Óptica, 128
Isomeria Conformacional, 130

8 CONVERSA COM O LEITOR, 133


Questões provocativas, 135

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Introdução 11

CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO

Para compreender melhor o mundo, é indispensável co-


nhecer a composição dos corpos e as leis que regem as
transformações da matéria. Em outras palavras, é preciso
falar de Química, que, como ciência, trata da composição,
estrutura e propriedades das substâncias e, principalmen-
te, dos processos que modificam sua natureza, permitindo
a criação de novas substâncias.
Na Química, as teorias existentes passaram, de uma
forma ou outra, pelo caminho da
1. observação;
2. experimentação;
3. proposição de modelo; e
4. verificação de sua capacidade de previsão.

Atualmente, com o avanço dos recursos computacio-


nais, os modelos são cada vez mais elaborados, e as teorias,
aperfeiçoadas, têm maior capacidade de previsão. Em algu-
mas áreas, como na Química Teórica, os modelos frequen-
temente antecipam os fatos, porém, mesmo assim, sempre
dependerão de experimentos e medidas para a sua con-

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Matéria e energia 19

CAPÍTULO 2
MATÉRIA E ENERGIA

Quando ainda não existia o tempo, ocorreu um evento,


quebrando a singularidade reinante. De repente, de algu-
ma forma, toda a matéria, energia, espaço e tempo se fez
presente, como em uma grande explosão. Aconteceu o “big
bang”. Os ecos desse momento ainda ressoam pelo univer-
so. Do domínio da energia, em um infinitésimo de tempo,
surgiram as partículas elementares que se condensaram
em matéria, formando posteriormente as galáxias. Milhões
de anos se passaram até então. Outros bilhões foram ne- Big bang, o início de tudo
cessários para o surgimento da vida, pelo menos em nosso – uma visão pictórica da
planeta. Essa é a visão simplificada da origem do universo, origem do universo no
segundo a ciência moderna. espaço e no tempo.

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A natureza quântica da matéria 51

CAPÍTULO 3
A NATUREZA QUÂNTICA
DA MATÉRIA

A ideia de um átomo constituído por um núcleo ao redor


do qual giram os elétrons representou um avanço significa-
tivo no desenvolvimento da teoria atômica. Entretanto, de
acordo com a física clássica, o deslocamento do elétron ao
longo de sua órbita deveria ser acompanhado pela emissão
de energia eletromagnética. Com a perda de energia, o elé-
tron acabaria caindo no núcleo. Os átomos, contudo, são
estáveis, e o colapso elétron–núcleo não se verifica. Para
explicar o modelo de átomo nuclear proposto por Ruther-
ford, seria necessário romper com a Física clássica. Esse
passo foi dado por Niels Bohr (Figura 3.1), em 1913, ao
lançar uma proposta muito arrojada que, posteriormente,
levaria ao surgimento da mecânica quântica.
Albert Einstein (Figura 3.2) foi um dos primeiros a uti-
lizar a teoria de Planck, já em 1905, para explicar o efeito
fotoelétrico apresentado por alguns materiais capazes de
emitir elétrons, quando expostos a luz. A emissão de elé-
trons só se verifica quando a frequência da radiação, ou sua
energia, atinge um valor limite, conhecido como energia de
ionização. Isso significa que a distribuição da energia no
interior do átomo não se dá de forma contínua, mas segun-
do níveis discretos de energia. Quando a energia fornecida

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Classificação periódica dos elementos 71

CAPÍTULO 4
CLASSIFICAÇÃO
PERIÓDICA DOS
ELEMENTOS

Em quase todo laboratório ou sala de aula de Química é


possível encontrar uma Tabela Periódica dos Elementos
(Tabela 4.1). Nessa tabela, os elementos com propriedades
semelhantes estão alinhados em colunas, constituindo o
que chamamos de famílias, sendo que as linhas horizontais
representam os períodos.
O conceito de periodicidade já data de mais de dois
séculos, existindo várias propostas, das quais a mais impor-
tante foi a de Dmitri Mendeleev (Figura 4.1), publicada em
1871, tendo como base a disposição dos elementos em 18
colunas, em linhas repetitivas, na sequência de seus pesos
atômicos. A Tabela de Mendeleev destacou-se, na época,
pela capacidade de previsão, deixando lacunas, reservadas
para elementos ainda desconhecidos na época, como o gá-
lio e o germânio, que só foram descobertos em 1875 e 1886,
respectivamente.
A tabela periódica moderna (Tabela 4.1) é baseada
nos números atômicos dos elementos, e se assemelha à de
Mendeleev, em virtude do paralelismo existente entre os
números atômicos e os pesos atômicos. A forma atual não é
necessariamente a mais lógica, porém é compacta e funcio-
nal. Provavelmente, nesta era da mecânica quântica, uma

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Classificação periódica dos elementos 81

CAPÍTULO 5
ESTRUTURA MOLECULAR
E LIGAÇÃO QUÍMICA

O meio material ao nosso redor reflete os diversos modos


pelos quais os átomos se ligam para formar compostos.
Por isso, as ligações químicas representam um assunto de
fundamental importância, e seu conhecimento é essen-
cial para um melhor entendimento da constituição e das
transformações que ocorrem em nosso mundo. Algumas
substâncias (alimentos e combustíveis) fornecem energia
mediante a quebra de ligações químicas; outras intera-
gem, dando origem a novos compostos, ou levam à disso-
lução de resíduos por meio da formação de novas ligações
(solventes e detergentes). Dessa forma, um número ilimi-
tado de compostos participa do nosso dia a dia, das mais
variadas formas.
As teorias atuais sobre ligação química foram, em gran-
de parte, inspiradas na ideia da união por meio de pares de
elétrons, proposta por G. N. Lewis (Figura 5.1) em 1916,
logo após o lançamento da teoria de Bohr.
Na concepção de Lewis, os dois elétrons da ligação
são atraídos eletrostaticamente por cada núcleo atômico
e, dessa forma, são compartilhados por eles. A ligação é
representada por meio de dois pontos, que seriam os elé-
trons, colocados entre os símbolos dos elementos.

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Classificação periódica dos elementos 103

CAPÍTULO 6
SIMETRIA MOLECULAR

A disposição espacial dos átomos em uma molécula cons-


titui a expressão de sua estereoquímica. A geometria ou
forma de uma molécula está diretamente relacionada com
as ligações químicas, que mantêm os átomos coesos e com
os efeitos de repulsão entre os elétrons, no nível da camada
de valência, principalmente do átomo central. A hibridiza-
ção dos orbitais é uma forma de adaptá-los à geometria mo-
lecular, porém o fator determinante é a disposição das liga-
ções e dos elétrons na camada de valência. Em moléculas
maiores e mais volumosas, as interações entre os átomos
ligados também desempenham papel importante na deter-
minação da geometria molecular.
Uma maneira eficiente de se apreciar, de forma racio-
nal, a geometria molecular, consiste em identificar os ele-
mentos de simetria presentes na molécula. Os elementos
de simetria representam eixos, centro ou planos abstratos,
sobre os quais podemos executar operações como rotação,
inversão ou reflexão, de forma a conduzir a uma nova situa-
ção de equivalência. Cada operação de simetria é executa-
da sobre o correspondente elemento de simetria.
Existem quatro tipos de elementos de simetria, conhe-
cidos como eixos de rotação (Cn), centro de inversão (i),

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Classificação periódica dos elementos 111

CAPÍTULO 7
ESTEREOQUÍMICA E
TEORIAS DE REPULSÃO
INTERELETRÔNICA

Teoria dos Quartetos Duplos de


Linnett
Um fato que não pode ser esquecido, é que os elétrons sem-
pre se repelem, e o reflexo disso pode ser observado até na
disposição dos átomos nos compostos. Como já foi discu-
tido, mesmo em se tratando de um único átomo com oito
elétrons na camada de valência, a imagem congelada, se
pudesse ser feita, corresponderia à de uma figura de cubo.
De fato, a disposição do octeto eletrônico segundo um cubo
conduz a uma minimização da repulsão intereletrônica na
camada de valência.
Com o estabelecimento do Princípio de Pauli, a nature-
za do spin eletrônico passou a ser incorporada na descrição
quântica do átomo. Dessa forma, se associarmos a cada par
eletrônico de Lewis, os seus respectivos spins, o octeto fi-
cará composto por dois quartetos de elétrons de mesma
natureza. Mantendo a visão cúbica, os elétrons de mesmo
spin ficariam dispostos segundo os vértices de um tetrae-
dro, para manter uma maior distância possível uns dos ou-
tros, de modo a minimizar a repulsão. O cubo, na realidade,
equivale a dois tetraedros interpenetrados, como pode ser
visto na Figura 7.1.

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Conversa com o leitor 133

CAPÍTULO 8
CONVERSA COM
O LEITOR

Neste volume você foi apresentado ao mundo da química, e


pôde perceber a linguagem expressa em termos de símbo-
los, fórmulas e unidades. Não se preocupe se tiver dificul-
dade de lidar com os números e suas unidades, pois esse
é um problema universal ainda fortemente ligado às raízes
culturais de cada país. É comum, nos países latinos, ter di-
ficuldades em lidar com graus Farenheit, libras, polegadas,
etc. Foi esse o motivo que levou a ciência moderna a adotar
um sistema de unidades internacional, SI, para ser válido
para todos.
A introdução sobre matéria e energia procurou reunir
equações e conceitos básicos de física, necessários para
lidar com a construção dos modelos e do conhecimento
químico. Nessa linha, foi desenvolvido o modelo atômico
e apresentada a questão dos isótopos e da radioatividade.
A natureza quântica da matéria mereceu um capítulo
próprio, apresentado com uma linguagem simples, apesar
de parecer estranha, por lidar com funções de onda e ha-
miltonianos. As dificuldades iniciais não devem servir de
desestímulo, e a persistência é fundamental. Hoje, a lin-
guagem científica se apoia no conhecimento quântico, pois
é ele que rege o nosso mundo nanométrico onde se situa a

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INOVAÇÃO E
EXCELÊNCIA EM

QUÍMICA

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