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16/11/2018 Língua Cigana: Anotações sobre o vocabulário do idioma cigano Romani | Arquivo de artigos e reportagens do jornalista Ozias Alv…

28th December 2007 Língua Cigana: Anotações sobre o vocabulário do


idioma cigano Romani
PREFÁCIO

Em 1991, escrevi uma reportagem especial sobre ciganos publicada no jornal Zero, dos alunos do curso de
jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com sede em Florianópolis, Santa Catarina,
Brasil.
Havia guardado as anotações das entrevistas com os ciganos que realizei na época. Em janeiro de 1998, realizei
uma limpeza em meu arquivo, ocasião em que encontrei tais anotações.
Fazendo jus a uma boa faxina, resolvei jogar fora as anotações dessa entrevista. No entanto, antes de
arremessá-las ao lixo, resolvi escrever este breve trabalho. Afinal, na ocasião anotei muitos vocabulários da
língua cigana Romani.
Com o objetivo de preservar as informações, reuni-as aqui. O Romani (também chamado de “Romanês”) é a
língua da maioria dos ciganos do mundo, principalmente do Brasil. Há outras duas línguas ciganas chamadas
“Calom” e “Sintó”.
Há em torno de uns cinco milhões de ciganos no mundo. A grande maioria deles já não vive mais como nômades
e também nem sequer mais prossegue suas tradições culturais, entre elas o idioma tribal.
Os ciganos não possuem escrita. O Romani é usado apenas como meio de comunicação oral. Muitos ciganos
não gostam de ensinar sua língua tribal aos “gajôs” (termo que designa as pessoas não ciganas).
Alegam que se os “gajôs” soubesse o romani, perderiam a “privacidade” de falar o que bem entendem entre si
sem que o “estranho” os compreenda.
Na ocasião da realização da reportagem especial, entrevistei um cigano chamado Orlando Ivanovitch, 25 anos.
Pertencente à tribo dos “Rom Lovara”, Orlando estava acampado num terreno baldio perto do shopping center
Itaguaçu, em Florianópolis.
Hospitaleiro com os “gajôs”, Ivanovitch concedeu-me uma longa entrevista em sua “tséra” (barraca).
Ensinou-me muitos vocabulários de romani, inclusive de outras línguas ciganas. Estudo línguas estrangeiras
desde a infância e na ocasião até pensei em vir a pesquisar o idioma cigano.
No entanto, tal plano saiu frustado por causa da falta de tempo. Meses depois estaria trabalhando no jornalismo
em hora integral e acabei tendo de desistir totalmente do projeto. O Romani é um idioma raro.
Sobre ele há pouco estudo. É um idioma que está se extinguindo em virtude da tendência de os ciganos
abandonarem a vida nômade e adotarem a cultura dos “gajôs”. Por isso, resolvi publicar este livreto. Reservei as
cópias para bibliotecas. Esta é minha modesta contribuição. Quem sabe alguém esteja realizando alguma
pesquisa sobre línguas ciganas e poderá ter exemplo de palavras e frases do idioma através deste livreto.
Este livreto é totalmente incompleto. É apenas uma coletânia de uma dezenas de palavras e frases. Não
apresentei estudo sobre a história do povo cigano e muito menos onde está inserido o idioma cigano nas famílias
linguísticas do mundo.
Eis minha desculpa que explica o fato deste livreto ser tão incompleto. Afinal, como salientei antes, desisti do
projeto de estudar o romani. Portanto, aqui estão apenas algumas anotações de vocabulário básico. Quem sabe
alguém possa prosseguir o trabalho realizando um estudo completo do idioma. Como gostaria de comprar, a título
de lazer, um livro “Aprenda Romani sem mestre”. Quem se candidata a escrever tal obra?
Aos leitores deste modesto livreto, um abraço e votos de felicidades pelos caminhos da intelectualidade.

Ozias Alves Jr
Biguaçu (SC), em 07 de janeiro de 1998

VOCABULÁRIOROMANI- PORTUGUÊS

A
Anáu- Nome.
Arakhame- Camisa (O KH tem som de “jota” espanhol).
Asdeulês- Adeus, até logo.
Avela- Tem. Axunáu/ ês, el, as, as, en, en (Verbo escutar conjugado no presente do infinito).

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B
Bagulho- Dinheiro.
Bal- Cabelo.
Barbaló- Rico
Bibiora- Abelha.
Binar- Vender.
Blancaera- Gíria.
Bocunhchas- Fome.
Bráu- Viva, Bravo.

C
Caique- Ninguém.
Cáfa- Café.
Calduncho- Pão.
Callicó- Manhã.
Cangli- Pente.
Cangri- Igreja.
Carrundro- Carro.
Cói- Aqui.
Colpiche- Arroz.
Conuna- Vestido de noiva.

D
Dái- Mãe.
Debel- Deus.
Délo- Deus.
Dicar- Ver.
Droboito- Bom dia.
Dron- Caminho.

E
Emanuxa- Elas.
Escomim- Cadeira.
Espelunca- Ganho de jogo.
Estache- Chapéu.

F
Falatuk- Por favor.
Fardí- Saia.
Fardisara- Saia.
Fístano- Vestido.
Fuçuí- Feijão.
Furata- Fora.
Furca- Garfo.

G
Gaché- Colega.
Gadâ- Roupa.
Gají- Mulher não cigana.
Gajô- Homem não cigano.
Galbi- Noiva.
Galbi liri- Coroa de Ouro (usada pela noiva no dia de seu casamento).
Gate- Camisa.
Grai- Cavalo.

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Guili- Música; rádio.


Gustipenhi- Roubo.

H
Hospitali- Hospital.

J
Jalar- Comer.
Jambo- Estranho.
Jocar- Bonita.
Jucalorro- Bonito
Junar- Escutar.
Junelar- Ouvir.

K
Kalaskê romanês- Canções de casamento.
Khertía- Papel (KH tem som de “jota” espanhol).

L
Lovê- Dinheiro

M
Machingarnó- Bêbado.
Malaxeriats- Boa Noite.
Maluco- Tonto.
Manrro- Pão.
Matô- Bêbado.
Maxina- Fósforo.
Me- Eu.
Mistô- Bem.
Mui- Cara.

N
Nai- Dedo.
Nicobar/ Nicobelar/Nicabar- Roubar.

O
Ojacá- Bonito.

P
Pajo- Cigarro.
Parnáu- Dinheiro.
Patrijana- Tomate.
Páu- Gelo.
Páxa- Vida; Pacha Dron- O caminho da vida.
Pechincha- Lucro.
Petisco- Bocadinha.
Pillar/Piyar- Beber.
Pimpão- Valente.
Pinelar- Pedir, dizer. Piraboror- Ladrão.

R
Randar- Furtar.

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Raramitx- Historinha.
Randaí- Furtar.
Remendinhar- Casar.
Roin- Colher.
Rokia- Saia (roupa).
Rom- Cigano; homem.
Romanês- Língua Romani; dança que a noiva executa perante seu futuro sogro.
Romi- Cigana; mulher.
Rurum- Cebola.

S
Sanacay- Ouro.
Sapui- Sabão.
Sarnistô- Vou bem.
Sarrato- Relógio.
Saurre- Nós.
Sicabar- Sair.
Sibôkalô- Muita fome.
Sim- Sou (Primeira pessoa do verbo ser do presente do indicativo. As outras formas do verbo “ser” em romani
são: sam, si, si, si, si).
Sonsidelar- Olhar.
Sorbar- Dormir. Stela- Carne.

T
Taribé- Cadeia.
Tséra- Tenda.
Txarô- Prato.
Tu- Tu, você.

U
Ua/unga- Sim.
Urdom- Carro.
Ustabar- Furtar, roubar.

V
Vadra- Balde.
Vaz- Mão.
Vô - Ele.
Vôn- Eles.

X
Xaborrí- Menina.
Xaborron- Menino.
Xabelar- Saber.
Xardó- Cobertor.
Xaubaru- Roupa do noivo.
Xi- Nada.
Xequeri- Açúcar.
Xexipen- Sim; verdade.
Xibé- Dia.
Xibar- Pôr.
Xicubelar- Furtar.
Xororó- Pobre.
Xorrés- Polícia.

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Xuxéus- Seios.
Xunga- Mulher feia.
Xuquel- Cão, cachorro.

MÚSICAS (Guili)
Anotei as letras de duas músicas ciganas da tribo dos Rom. São “Txumiden” e “Nonô Nanê Gaji”. A primeira é o
mundialmente famoso tango “Besame Mucho”.

BESAME MUCHO (Txumiden)

Besame Txumiden
Besame Mucho Txumiden mabut
Como fuera esta noche Sarsas katxiatiat
La última vez e primeiro data

Besame Txumiden
Besame Mucho Txumiden mabut
Tengo miedo de perderte Sorsas me sarasadent
ootra vez ek data

Nonô nanê Gají (Não queremos mulheres não ciganas)

Nonô nanê Gaji Não queremos mulheres não ciganas.


Barô lajau kan keresa É uma vergonha para nosso povo
Barô manguin kanpukinasa Vai sair uma fortuna para a gente
Galbentsa mesuriuto Com ouro vou te casar
Xatraça kancarása O casamento será feito

Verbos & Frases das línguas ciganas Romani, Calom e Sintó

PORTUGUÊS Romani Calom Sintó

Por favor Falatuk Pulso


Bom Dia Droboito Maraxoiguês Dróps
Boa Tarde Droboito Maraxoiguês Dróps
Tchau Asdeulês XumVocê fala Romani? Motsáu Romanês?
Eu não falo Romanês. Metsa ilaráu Romanês.
Meu nome é Pedro. Malachô Pedro.

Eu escuto rádio. Me achunau guili.


Tu escutas rádio. Tu achunês guili.
Ele escuta rádio. Vô achunel guili.
Ela escuta rádio. Vôi achunel guili.
Nós escutamos rádio. Saurre achunas guili.
Vocês escutam rádio. Amê achunas guili.
Eles escutam rádio Vôn achunen guili.
Elas escutam rádio Emanucha achunen guili.

Eu sou cigano Me sim rom.


Tu és cigano Tu sam rom.
Ele é cigano Vô si rom.
Nós somos ciganos Saurre si rom.
Vós sóis ciganos Amê si rom.
Eles são ciganos Vôn si rom.

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Elas são ciganas Emanucha si romia.

Meu pai saiu Murro dati aucristou


Como vais? Sarjas tu?
Vou muito bem. Sililachon.
Estás bem? T’alachon?

Algumas palavras da língua dos ciganos Calom


Os Calom são bem diferentes dos ciganos da tribo Rom. Para começar, as tradições dessas duas tribos são
totalmente diferentes. A começar pela língua.
Os Calom, também conhecidos por “sirbiaika” pelos ciganos Rom e “bugres” ou “judeus” pelos brasileiros em
geral, falam um idioma que mistura português antigo, vocabulário indígena e palavras do antigo idioma Calom.
Ao que parece, o primeiro cigano que chegou ao Brasil, em 1574, deportado de Portugal pela inquisição, era um
membro da tribo Calom.
Os Calom, aqueles ciganos de barracas grandes coloridas, chegaram ao Brasil na primeira metade deste século,
boa parte originária da Iugoslávia.
Entrevistei uma família de ciganos Calom. Quem os vê pensa que são mendigos pois esses ciganos não usam
roupas típicas e vivem em pequenas barracas em deploráveis condições de higiene.
O que os diferencia dos mendigos comuns é que possuem uma língua própria. Aqui uma mostra do que levantei
da linguagem deles.

Frases & Palavras


Milate nitché elniniká? Você tem lendia?
Kalimera- Preto.
Chrome pusas gnorizo?- Se gosto de arroz branco?
Menitché- Não.
Parako lô- Estás com fome?
Garikurim- Saia.
Roque- Cigano.
Vadô, matô- Bêbado.
Tepireni- Trabalharei.
Sokol- Sapato.
Sajastú- Como estás?
Mistô- Estou bem.
Meucondo- Coador.
Pux- Açúcar.
Corrumpiche- Arroz.
Fejoli- Feijão.
Máis- Carne.
Se ê sonáke?- Fala nossa língua?
Jukeêl- Cachorro.
Rariãens- Bom Dia.
Hariana- Dinheiro.
Kôlo- Lenha.
Balicháun- Galinha.
Pulk- Cabelo.
Uipen- Beber.
Xtirak- Sapato.
Rayal- Trabalhador.
Mensa nujálela ajarunch calom? - Conversas em língua calom?

Os ciganos Calom utilizam vasto vocabulário do português que pelo jeito deve ser antigo pois diferencia-se
acentuadamente do idioma comum do Brasil.
Só liga de fisca lá- “Só quer ficar lá” (Frase da cigana Ponina falando de sua filha Solange, que não quer

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trabalhar. Aliás, na reportagem que escrevi registrei um detalhe interessante. Essa filha da cigana coçava as
pernas com um pedaço de gilette gasta).
Seumo naca- “Não sabemos de nada”.
Nun dá origem- “Não trabalhar”.
Com’é que t’guia?- “Como vai você?”

ANEDOTAS
Durante a longa entrevista, o cigano Orlando Ivanovitch, meu entrevistado, contou-me duas anedotas sem graça
e pornográficas.
Por não saber contar com exatidão piadas e ainda por cima não serem boas anedotas, transcrevo aqui as
palavras finais das mesmas, ditas em romani. Vale o registro por serem frases na língua cigana.
Saiquerês e salata kaikamês, aponachude sut pemande- Você podem fazer a salada que vocês quiserem, mas
não fiquem jogando “maionese” em cima de mim.
“Maionese”, na piada pornográfica e sem graça que os ciganos contam, significa “sêmem”.
A piada é conhecida por “Cheran porengo” (A piada da maionese). Achni ucelina adekor- A menina que ficou com
carne defumada na garganta.
É o título de outra piada cigana que também não entendo qual a graça. Afinal, como relata a história, o cidadão
botou o dedo na garganta da garota, tida como morta porque se engasgou com a carne defumada. Tirou a
incômoda carne e a garota voltou a viver. Ah ah ah!!!

FRASES DE CASAMENTO ENTRE OS CIGANOS ROM


O casamento entre os ciganos Rom é decidido nas reuniões entre os homens. As noivas são “compradas” pelos
pais.
Por exemplo. Há um pai que tem um filho de 14 anos. Quer casá-lo. Na reunião dos homens, conversa com um
que tem uma filha na mesma idade.
Pergunta ao pai da moça quanto custa a menina para o casamento. O cidadão dá o preço- em ouro ou em
dinheiro.
Acertada e paga a quantia, marca-se a data do casamento. O dinheiro é o dote. Só há uma circunstância em que
o pai da moça, que “vendeu” sua filha para o casamento deve devolver o dinheiro ou ouro- se na noite de núpcias
o noivo (ou uma comissão de parentes) descobrir que a moça não é mais virgem.
Aqui algumas frases que os ciganos Rom utilizam durante a cerimônia de casamento. O pai da moça dirige-se ao
pai do noivo.
“Sardento murrachá en surisardento, sarakêsa gadiá avelato. Gardiá sararakesa avela tu borí. Nassunakai nai
galbi kaidalto umassi morrorat”. “Como eu te dei minha filha em casamento, mais tarde posso pegá-la de volta. Se
cuidares dela, terás nora. Não é o dinheiro e nem ouro que te dou, mais sim um sangue meu”.
O ancião da tribo, que conduz a cerimônia de casamento, observa, antes de beijar os noivos. “Messolaráu Kessim
pekakoabiáu. Me sái putráu o abiau. Sarmé likau ke pukinel laxiar”. “Eu testemunho que estou presente neste
casamento. Mais tarde posso ver o final do mesmo. Como está vendo, a filha foi paga”.
Três dias depois do casamento, é realizada a cerimônia do “desvirginamento”. Os noivos devem manter relações
sexuais perante uma comissão de parentes de ambos.
O objetivo é atestar que a moça é virgem. Caso não for, o noivo deve pronunciar a seguinte frase caso não
aceitar mais a noiva: “Ertinangê ke me tigenauas godiabuki”“Senhores. Desculpe-me. Não sabia o que estava
acontecendo”.
Se aceita o fato de sua noiva não ser mais virgem, então o rapaz salienta: “Apô kanai voi cheibari melaula gadiá
sarçi”“ Já que ela não foi moça, eu aceito do jeito que é”.
Neste caso, apesar do rapaz aceitá-la, o pai da garota deve devolver o ouro ou o dinheiro que recebeu de dote.
Afinal, entre os ciganos, só se paga quando a noiva realmente é virgem. Daí o significado de se comprar a noiva,
entre aquele povo de nômades.

Comentários: ozias@jbfoco.com.br.

Postado há 28th December 2007 por Arquivos Jornalista Ozias Alves Jr

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