Você está na página 1de 20

Projeto Quadra Urbana

Etnias Indígenas
Yanomamis
Respeito aos povos originários

Juan Molina • Mariana Schwartz • Victor Gabriel Rocha


LOCALIZAÇÃO
Está localizado no Norte da
Amazônia, na fronteira com
o sul da Venezuela onde têm
uma longa história e uma
vasta vegetação tropical.
Sendo mais ou menos 96.650
km² e tendo uma alta
relevância na questão de
proteção da
biodiversidade de fauna e
flora.
Fonte: Google maps
POPULAÇÃO
Os Yanomamis contém 4 subgrupos adjacentes que falam Yanomae, Yañomami, Sanima e Ninam e
compõe um grupo linguístico importante, considerado uma das 10 maiores etnias indígenas do Brasil.
De acordo com uma pesquisa feita em 2011 existem 35 mil pesssoas entre as aldeias do Brasil e Venezuela,
cerca de 20 mil estão no Brasil e são divididas em mais de 250 comunidades.

20.000
35.000 pessoas
pessoas

Fonte: Instuto Socioambiental


ORIGEM DO NOME
O etnônimo "Yanomami" foi
produzido pelos antropólogos a
partir da palavra yanõmami que,
na expressão yanõmami thëpë,
significa "seres humanos". Essa
expressão se opõe às categorias
yaro (animais de caça) e yai
(seres invisíveis ou sem nome),
mas também a napë (inimigo,
estrangeiro, "branco").
ORIGEM MÍSTICA
Os Yanomami remetem sua origem à copulação
do demiurgo Omama com a filha do monstro
aquático Tëpërësiki, dono das plantas
cultivadas. O Omama é atribuída a origem
das regras da sociedade e da cultura
yanomami atual, bem como a criação dos
espíritos auxiliares dos pajés: os ''xapiripë ''(ou
''hekurapë''). O filho de Omama foi o primeiro
xamã. O irmão ciumento e malvado de
Omama, Yoasi, é a origem da morte e dos
Fonte: proyanomami.org.br/ males do mundo. Fonte: Fatos desconhecidos (canal do youtube)
ORIGEM
Como a maioria dos povos indígenas do continente, os Yanomami provavelmente migraram pelo Estreito de
Bering entre a Ásia e a América cerca de 15.000 anos atrás, seguindo lentamente para a América do Sul.

Fonte: Google Imagens Fonte: Google Imagens


COSTUMES
Eles são um grupo
com uma forte ligação com a
natureza,
de muito respeito e além disso,
não enxergam a natureza
como algo apenas físico,
mas sim como algo vivo, como
uma entidade.
COSTUMES
A sociedade yanomami é caracterizada
pela clara divisão de trabalho entre
homens e mulheres nos serviços
cotidianos.
A organização dos alimento se divide
em: os homens caçam e as mulheres
cultivam e os dois pescam. A uma
noção de coletividade com os
alimentos, onde normalmente eles
dividem entre a comunidade.
CULTURA - ARTE
A arte é reconhecida, onde o
destaque se vai para as cestarias:
wiia (fundo), xotehe (raso). O
aprendizado dessa arte é passado
por geração, a matéria prima
utilizada é o cipó de titica com
detalhes de fungo negro ou
pinturas de tintas naturais com o
urucum. Por sua maioria é feita
pelas mulheres e tem a função no
auxílio colheita e na pesca.
RELIGIÃO
A religião praticada pelos Yanomami reúne elementos
típicos da cultura dos povos indígenas, como a
realização de rituais com chás e pós alucinógenos
(yãkõana) que provocam visões de entidades espirituais
(Xapiripë). Os líderes religiosos locais, chamados
comumente de pajés, são os responsáveis pela
realização dos diversos festivais religiosos indígenas que
buscam consagrar as divindades dessa população. A
religião é um traço importante para a cultura
yanomami e aborda aspectos da natureza local.
Fonte: Omama – Ancestrais da Terra (HQ inspirada nos mitos Yanommais)
RELIGIÃO
Os xapiripë são espíritos vistos sob a forma de miniaturas
humanoides enfeitadas de ornamentos cerimoniais coloridos
e brilhantes.
Existem xapiripë de mamíferos, pássaros, peixes, batráquios,
répteis, lagartos, quelônios, crustáceos e insetos. Existem
espíritos de diversas árvores, espíritos das folhas, espíritos dos
cipós, dos méis silvestres, da água, das pedras, das
cachoeiras… Muitos são também "imagens" de entidades
cósmicas (lua, sol, tempestade, trovão, relâmpago) e de
personagens mitológicas.
ARQUITETURA
Os Yanomami vivem em grandes casas comunais circulares chamadas de “yanos” ou “shabonos”. Algumas podem acomodar até
400 pessoas. A área central é utilizada para atividades tais como rituais, festas e jogos. Cada família tem sua própria fogueira onde o
alimento é preparado e cozido durante o dia.
ARQUITETURA

O item mais significativo é o shabono, ou clareira habitada, que pode ser composto por uma única grande casa com telhado cônico
chegando a quase 15 metros , ou por uma construção bem maior com grande área no centro. É coberto por folhas de palmeiras, sobre a
estrutura de galhos e varas. O homem cuida da construção em si, enquanto a mulher fica responsável para coletar os galhos, os cipos que
servirão para amarração das estruturas, e as folhagens de bananeira.
ARQUITETURA
A maior parte das
aldeias utilizava a
amarração de cipós
nas estruturas de
madeira. Vejamos
alguns tipos:
utilizavam entalhes no
madeiramento das
estruturas para
facilitar o encaixe das
peças, e a amarração
com os cipós:
CONTATO COM O HOMEM BRANCO
No Brasil, os primeiros encontros diretos de grupos yanomami
com representantes da fronteira extrativista local, bem como
com soldados da Comissão de Limites e funcionários do SPI ou
viajantes estrangeiros, ocorreram nas décadas de 1910 a 1940.
Entre os anos 1940 e meados dos anos 1960, a abertura de
alguns postos do SPI que constituíram uma rede de pólos de
sedentarização, fonte regular de objetos manufaturados e de
alguma assistência sanitária, mas também, muitas vezes,
origem de graves surtos epidêmicos (sarampo, gripe e
Retrato de índios Kaingang com bandeira do SPI e canhão.
coqueluche). Fonte: Fatos desconhecidos (canal do youtube)
CONTATO COM O HOMEM BRANCO
Nas décadas de 1970 e 1980, os projetos de desenvolvimento do Estado começaram a submeter os Yanomami a formas de
contato maciço com a fronteira econômica regional em expansão, principalmente no oeste de Roraima: estradas, projetos de
colonização, fazendas, serrarias, canteiros de obras e primeiros garimpos.

Esses contatos provocaram um choque epidemiológico de


grande magnitude, causando altas perdas demográficas,
uma degradação sanitária generalizada e, em algumas
áreas, graves fenômenos de desestruturação social.
CRISE
O garimpo ilegal na região Norte ocorre principalmente nas
terras indígenas e em áreas de proteção ambiental
classificadas como Unidade de Conservação (UC).

A ação dos garimpeiros contamina as águas dos rios com


mercúrio, derruba a vegetação, afasta animais, leva violência
e uma série de doenças, como malária e verminoses, aos
povos originários.

Especialistas apontam que a tragédia humanitária — que há


meses já era denunciada por entidades indigenistas — tem
como causa central o avanço do garimpo ilegal na terra
indígena nos últimos anos.

CRISE

Após diversas mortes, o Ministério da Saúde decretou


estado de emergência de saúde pública em Roraima,
região onde os Yanomani estão concentrados. O Ministérios
dos Povos Indígenas divulgou o número de 99 crianças
mortas recentemente devido ao avanço do garimpo ilegal .

Ainda há uma estimativa que ao todo, cerca de 570


crianças foram mortas pela contaminação da terra, do
ar e da água por mercúrio, com isso fazendo os animais se
afastarem por reconhecerem a água imprópria, causando
desnutrição e fome.
ATUALMENTE
Um Comitê de Coordenação Nacional foi criado visando discutir articulações para atender a população. Entre as medidas está sendo
definida a instalação de hospitais emergenciais e a entrega de mantimentos.

Além disso, foi assinado um Decreto pelo Presidente Lula neste ano de 2023, que permite a ação das Forças Armadas em
proteger as aldeias dos garimpos ilegais, também visando dar assistência sanitária e prevenção de casos de desnutrição e
dornças graves, entre outras requisições atribuídas ao decreto.

Você também pode gostar